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2.6 RELATÓRIOS SOCIOAMBIENTAIS: PESQUISAS ANTERIORES

2.6.1 Estudos Empíricos: Contexto Internacional

Informações ambientais voluntárias têm sido divulgadas desde o início da década de 1970 e este fato foi verificado por vários autores, (JAGGI e FREEDMAN, 1982; GRAY, 1990; HARTE et al., 1991; ROBERTS, 1991; OWEN, 1992; MATHEWS, 1997; LODHIA, 2004) associado ao número de acidentes ambientais e preocupações com as reservas de recursos naturais disponíveis para as próximas gerações.

De acordo com Carroll (1979), exemplos de estudos pioneiros conduzidos a respeito do tema foram publicados por Bowman e Haire (1975); que analisaram o conteúdo dos relatórios anuais de companhias com o objetivo de mensurar a proporção de informações dedicadas à responsabilidade social das empresas estudadas. Os autores enfatizaram os tópicos apresentados, tais como responsabilidade social corporativa, ações sociais, serviços públicos e cidadania corporativa. O segundo exemplo foi o estudo de Abbott e Monsen (1979), que analisaram o conteúdo dos relatórios anuais das companhias listadas na Fortune

500. A pesquisa apresentou o envolvimento das companhias com a questão social, divulgado em seus relatórios anuais e mensurado através de uma escala proposta pelos autores. (CARROLL, 1979).

Companhias do ramo de auditoria disponibilizaram os resultados de estudos para elaboração e divulgação de informações ambientais, utilizando amostra das maiores empresas do mundo com atuação em diversos setores. (DELOITTE TOUCHE TOHMATSU, 2003; ERNST YOUNG, 2003; KPMG, 1999, 2000, 2002, 2003, 2005, 2008; PRICEWATERHOUSECOOPERS, 1999).

Comparar a legislação entre dois ou mais países é um tema que há muito vem sendo estudado na literatura, quer sobre o aspecto legal de um evento, um setor especifico, ou mesmo estudos bibliográficos que ressaltaram a importância da harmonização das normas entre países. Muitos autores compararam a regulamentação para divulgação de informações socioambientais ou as particularidades de um país, com o objetivo de analisar as maiores diferenças e propor soluções para harmonização.

Gamble et al. (1996) conduziram um estudo com o objetivo de analisar o conteúdo das informações divulgadas por uma amostra de 276 organizações de 27 países, no período de 1989 a 1991. Através de testes estatísticos, os resultados da pesquisa permitiram aos autores concluir que há diferenças estatisticamente significantes entre a evidenciação individual ou total no período analisado; há diferenças negativa e estatisticamente significantes entre a evidenciação total e individual no período de 1990 a 1991; os Estados Unidos concentram maior número de companhias que divulgam informações ambientais.

Com base na análise descritiva dos relatórios anuais de uma amostra de 250 companhias multinacionais oriundas de sete países, Kolk, Walhain e Wateringen (2001) verificaram que há uma relação entre nacionalidade, setor e legislação quanto às informações socioambientais divulgadas por essas organizações. As pressões sociais exercem importante papel, principalmente no Reino Unido, Holanda e na Alemanha. Companhias multinacionais de setores potencialmente poluidores, como químico, farmacêutico, petróleo e gás e automobilístico, estão entre os mais regulamentados e dessa forma, divulgam mais informações sobre suas ações socioambientais.

Aerts, Cormier e Magnan (2004) realizaram um estudo integrado, cujo objetivo foi analisar pontos em comum ou diferenças na divulgação de informações ambientais de firmas européias com as companhias estabelecidas na América do Norte. Através da utilização de técnicas de estatística descritiva, os autores encontraram significativa relação entre usuários externos e evidenciação ambiental para firmas americanas, e inversamente, encontraram fracos efeitos estatísticos para firmas européias. A amostra selecionada foi composta por 267 companhias européias e 625 companhias norte americanas de setores variados como energia, química, mineração e farmacêutico. Os autores observaram que o contexto americano é mais regulamentado que o europeu. As companhias americanas divulgam mais informações sobre o risco de gastos com a recuperação ambiental que empresas européias, entretanto, ocorre o oposto com informações sobre desenvolvimento sustentável e gerenciamento ambiental.

Razeed e Considine (2004) analisaram a tendência de as empresas usarem a internet para disponibilizar informações financeiras e ambientais para todas as pessoas interessadas.

Foi selecionada uma amostra aleatória de 126 companhias de vários setores, listadas na New

York Stock Exchange e na Australian Stock Exchange (bolsas de valores americana e australiana) e com base na lista das 500 maiores companhias, divulgada pela revista Fortune no período de 1999-2000. O foco da pesquisa foi comparar as informações divulgadas no relatório socioambiental disponibilizado na internet, com o relatório anual das companhias. Os autores confirmaram as seguintes hipóteses:

• O tamanho da empresa está significativamente associado com o nível de divulgação de informação sobre o meio ambiente nos relatórios anuais;

• Há uma associação entre o país de origem da organização e a extensão de informações ambientais divulgadas voluntariamente na internet;

• Há uma associação entre o nível de penetração da internet e a extensão dos relatórios sobre o meio ambiente divulgados voluntariamente na internet;

• Há uma associação entre o nível de penetração da internet e a extensão dos relatórios sobre o meio ambiente divulgados voluntariamente nos relatórios anuais. (RAZEED e CONSIDINE, 2004, p.20, tradução nossa).

Chapple e Moon (2005) investigaram algumas hipóteses sobre a responsabilidade social corporativa divulgada em relatórios disponibilizados nos websites de 50 companhias de grande porte estabelecidas em 7 países asiáticos. De acordo com os autores, a divulgação de informações sobre o tema varia consideravelmente entre os países e não é explicada pelo desenvolvimento econômico, mas pelo contexto nacional e empresarial. As multinacionais são mais propensas à adoção de divulgação de relatórios de responsabilidade social corporativa que companhias locais.

Também com foco nas multinacionais, Jose e Lee (2007) estudaram as informações socioambientais divulgadas nos websites de uma amostra de 200 companhias com operações em 117 países. De acordo com os autores, entre suas conclusões, as práticas ambientais não são predominantes em todas as divisões das multinacionais; somente três companhias divulgaram tais informações em todas as suas subsidiárias em diferentes países, que são adaptações dos escritórios centrais.

Ying (2006) analisou comparativamente o conteúdo das informações ambientais divulgadas nos relatórios anuais de companhias de setores potencialmente poluidores estabelecidas no Canadá, Reino Unido e Hong Kong. De acordo com o autor, as companhias estabelecidas no Reino Unido dão maior ênfase ao tema.

Jennifer Ho e Taylor (2007) conduziram um estudo comparativo das informações socioambientais e econômicas divulgadas por empresas americanas e japonesas. Por meio da análise de conteúdo dos relatórios anuais, relatórios socioambientais e websites de uma amostra de 50 companhias, os autores identificaram significativas diferenças entre as práticas

de responsabilidade social corporativa relatadas nos dois países, atribuídas ao ambiente regulatório, fatores institucionais e cultura local.

Joshi e Gao (2009) investigaram as práticas voluntárias de inclusão de relatórios socioambientais nos websites de uma amostra de 49 companhias multinacionais. Em conformidade com estudos anteriores, os resultados mostraram que as entidades com melhor desempenho financeiro tendem a divulgar voluntariamente mais informações socioambientais. Baseado num estudo sobre a integração da governança corporativa nos relatórios de responsabilidade social divulgados pelas maiores companhias em nível mundial, de acordo com o ranking da Fortune Global; Kolk e Pinkse (2009) analisaram o conteúdo dos relatórios divulgados por 250 companhias. Os resultados indicaram que mais da metade dessas organizações divulga uma seção sobre governança corporativa nos seus relatórios e apresentam um link, explícito ou não, dessas informações com temas relacionados com a responsabilidade socioambiental.

Monteiro e Guzmán (2009) tiveram por objetivo identificar os fatores que explicam a extensão com que as companhias estabelecidas em Portugal divulgam informações ambientais nos seus relatórios anuais. Por meio de uma análise de conteúdo, verificaram que as informações ambientais recebem pouca atenção nos relatórios das companhias analisadas, embora tenha ocorrido um aumento da divulgação dessas informações, variáveis como tamanho e visibilidade dessas organizações influenciam na quantidade de informações ambientais.

O fenômeno da divulgação voluntária de informações socioambientais é objeto de estudo há décadas. Os resultados de muitas pesquisas indicaram maior ênfase nas questões socioambientais nos países economicamente mais desenvolvidos, em empresas de maior porte, como também as que exercem atividades potencialmente poluidoras. Há também forte ênfase na discussão sobre a forma de divulgação dessas informações, comparadas com o conteúdo disponibilizado pelas companhias nos seus websites. O Quadro 2.9 apresenta um resumo do levantamento bibliográfico de estudos com foco na divulgação de informações socioambientais em vários países.

Autor(es) País(es) Objetivo(s) Metodologia Principais Resultados

De Villiers (2003) África do Sul

Investigar por que as companhias do país não dão muita ênfase às informações sobre gestão ambiental nos seus relatórios anuais.

Administração de um questionário enviado para todas as companhias de capital aberto no país.

Não há muito interesse na divulgação dessas informações por não haver requerimento legal ou benefícios econômicos com essas ações.

De Villiers e Lubbe

(2001) África do Sul

Analisar as informações ambientais divulgadas nos relatórios anuais das organizações.

Análise de conteúdo dos relatórios anuais de uma amostra de 87 companhias.

As empresas do setor de energia foram as que mais se destacaram.

De Villiers e Van

Staden (2006) África do Sul Identificar evidenciação ambiental ao longo do as tendências de tempo.

Análise de conteúdo dos relatórios de uma amostra de 140 companhias de capital aberto no período de 9 anos.

As organizações tiveram um aumento significativo na quantidade de informações divulgadas no período de 1994 a 1995 e posteriormente, ocorreu um declínio da evidenciação dessas informações no período de 2000 a 2002.

Mitchell e Quinn (2005)

África do Sul

Avaliar e comparar as expectativas de dois grupos de stakeholders, os que preparam os relatórios socioambientais e ativistas, ONGs ambientalistas.

Administração de um questionário junto a 53 stakeholders.

Foram identificadas significativas diferenças entre as expectativas dos dois grupos em relação à importância dada a áreas específicas dos relatórios socioambientais.

Williams (1998) Ásia

Analisar o conteúdo das informações ambientais evidenciadas nos relatórios anuais de uma amostra de 356 companhias estabelecidas em sete países.

Análise de conteúdo e testes

estatísticos. Os resultados da pesquisa revelaram que a quantidade de informações ambientais evidenciadas variou significativamente entre as companhias.

Cowan e Gadene

(2005) Austrália

Analisar comparativamente as informações ambientais divulgadas voluntariamente e por força de lei.

Análise de conteúdo dos relatórios de 24 companhias que reportaram ao órgão local o inventário sobre emissão de poluentes, de 1998 a 2000.

Os resultados revelaram que as companhias divulgam mais informações ambientais voluntárias do que por força de lei.

Daley, Mckinlay e

Percy (2000) Austrália

Estudar a divulgação voluntária de informações ambientais de firmas que foram processadas pela agência

ambiental local entre1994 e 1998. Análise estatísticos. de conteúdo e testes

Essas informações recebem pouco destaque nos relatórios das organizações. Variáveis como propriedade e tamanho estão associadas com a quantidade de informações ambientais divulgadas nos seus relatórios.

Deegan e Rankin

(1996) Austrália

Investigar as práticas de relatórios ambientais das firmas antes e após más notícias divulgadas na mídia, de acordo com processos movidos pela agência ambiental local.

O período considerado foi de 1990 a 1993 e foram analisadas as informações ambientais divulgadas por uma amostra de 20 companhias.

Foi identificado o predomínio de notícias favoráveis à imagem corporativa.

Autor(es) País(es) Objetivo(s) Metodologia Principais Resultados

Frost e Wilmshurst

(2000) Austrália

Examinar a relação existente entre a importância de variáveis que influenciam a decisão de divulgar informações ambientais e o que é praticado pelas companhias.

Análise de conteúdo dos relatórios anuais de uma amostra de 62 companhias australianas de vários setores e administração de um questionário junto aos Chiefs Finance Officers – CFOs das empresas selecionadas, com questões sobre a divulgação de informações ambientais evidenciadas nos relatórios anuais dessas companhias.

Os resultados da pesquisa indicaram uma significativa correlação entre a importância percebida pelos CFOs e a divulgação de informações ambientais praticada pelas empresas componentes da amostra. Entretanto, conforme os resultados revelaram, os itens considerados importantes para os CFOs das companhias tiveram diferentes níveis na decisão de divulgar informações ambientais.

Guthrie Cuganesan e

Ward (2006) Austrália Analisar socioambientais as divulgadas informações por companhias estabelecidas no país.

Análise de conteúdo dos relatórios anuais e websites de uma amostra de companhias dos setores de alimentos e bebidas.

Pesquisas anteriores não incorporaram as variáveis específicas dos setores, diferenças significativas foram identificadas entre as companhias, declarativas por natureza.

Lodhia (2006) Austrália

Investigar a opinião de gerentes de 3 companhias do setor de mineração sobre o uso da internet para a divulgação de informações socioambientais.

Entrevistas semiestruturadas junto a funcionários das organizações.

Ressalta a internet como um importante veículo de comunicação que se consolida cada vez mais como instrumento de divulgação de informações socioambientais das companhias.

Tilt (1994) Austrália Identificar o potencial de influência da sociedade sobre as empresas, no que diz respeito à responsabilidade social corporativa.

Pesquisa de opinião junto às ONGs australianas.

Os resultados indicaram que além da pouca credibilidade, os relatórios sociais das companhias são insuficientes para avaliação do desempenho destas. A responsabilidade social deve ser mais extensa e as expectativas da sociedade vão além da divulgação das ações sociais, que deve ocorrer também em suas subsidiárias, com uma legislação padronizada e sistematizada para que a adesão à causa seja mais ampla.

Tilt e Symes (1999) Austrália Interpretar ambientais as divulgadas informações por companhias de capital aberto no país.

O estudo considerou uma amostra de 70 companhias, selecionadas com base no ranking das 500 maiores empresas listadas na Australian Stock Exchange em 1994. Foi conduzida uma análise de conteúdo.

Grande parte da evidenciação ambiental das empresas de mineração australianas se refere à provisão para a reabilitação de minas, em razão dos benefícios fiscais oriundos deste procedimento. No entendimento dos autores: “esse tipo de evidenciação provavelmente é influenciado não pelo desejo de ser ambientalmente consciente, mas pelo benefício tributário que as empresas têm, quando das despesas incorridas para reabilitação de minas”.

Autor(es) País(es) Objetivo(s) Metodologia Principais Resultados

Belal (2001) Bangladesh

Conduzir um estudo sobre a divulgação de informações socioambientais divulgadas pelas companhias no país.

Análise de conteúdo dos relatórios de uma amostra de 30 companhias.

As organizações dão maior ênfase às informações sobre seus investimentos sociais.

Belal e Owen (2007) Bangladesh Investigar a opinião de gerentes corporativos sobre a divulgação de informações sociais nos relatórios anuais de 23 companhias.

Condução de uma série de entrevistas semiestruturadas junto aos gerentes das organizações.

A principal motivação para tal divulgação está relacionada com o desejo de gerenciar grupos de stakeholders, percebidos como forças externas de pressão, principalmente em organizações subsidiárias de multinacionais.

Dutta e Bose (2008) Bangladesh Examinar a utilização de websites pelas companhias locais para comunicação de informações ambientais.

Análise de conteúdo das informações ambientais disponibilizadas nos websites de uma amostra de 104 companhias.

O processo está na sua infância e o nível de evidenciação é baixo entre as organizações pesquisadas.

Hossain (2006) Bangladesh Investigar a extensão e natureza das informações ambientais divulgadas em relatórios anuais.

Análise descritiva das informações ambientais divulgadas nos relatórios anuais de uma amostra de 82 companhias abertas.

Poucas companhias se esforçam para divulgar informações ambientais, geralmente de natureza qualitativa. A relação entre a extensão dessas informações e o tamanho das companhias é significante.

Islam e Deegan (2008)

Bangladesh Descrever e explicar as práticas de divulgação ambiental e social nos relatórios de companhias de um país em desenvolvimento.

Análise de conteúdo dos relatórios

anuais e entrevistas semiestruturadas. Alguns grupos de stakeholders em particular fazem pressão sobre as indústrias para que essas invistam em ações socioambientais.

Sobhani, Amran e

Zainuddin (2009) Bangladesh

Analisar as informações socioambientais divulgadas nos relatórios anuais das companhias.

Análise de conteúdo dos relatórios anuais de uma amostra de 100 companhias.

O nível de evidenciação aumentou nos últimos 10 anos, com foco em recursos humanos, comunidade e meio ambiente.

Cunha e Moneva

(2006) Espanha Brasil e

Verificar as diferenças de comportamento das organizações ao divulgar informações sobre suas ações ambientais em conformidade com as diretrizes da GRI.

Por meio de uma análise dos relatórios anuais de duas organizações locais, no período de 2001 e 2004.

Os resultados revelaram muitas divergências entre as organizações quanto à divulgação de informações ambientais nos seus relatórios.

Autor(es) País(es) Objetivo(s) Metodologia Principais Resultados Cormier e Gordon (2001) Canadá Investigar as diferenças na divulgação voluntária de informações socioambientais em duas empresas públicas e uma empresa privada do setor elétrico, no período de 1985 a 1996.

Testes estatísticos aplicados nos dados

secundários das companhias. Identificaram maior nível de divulgação de informações socioambientais nas empresas públicas do que nas empresas privadas.

Choi (1999) Coréia Analisar divulgação os socioambiental determinantes nos da relatórios anuais das companhias.

Análise descritiva das informações socioambientais divulgadas pelas organizações.

Tipo de indústria e tamanho são significativamente associados com a propensão para divulgar tais informações.

Biloslavo e

Trnav evi (2009) Eslovênia Analisar o discurso socioambiental das companhias estabelecidas no país.

Análise de conteúdo dos relatórios socioambientais e dos websites de uma amostra de 20 companhias de setores potencialmente poluidores.

Todas as organizações dão especial atenção às questões socioambientais tanto nos relatórios anuais como também nos seus websites.

Ayuso e Larrinaga

(2003) Espanha

Investigar as informações socioambientais divulgadas por companhias estabelecidas no país.

Análise de conteúdo de relatórios anuais e notícias publicadas na mídia impressa, de 1991 a 1995.

Os resultados evidenciaram que as organizações de maior porte divulgam mais informações sobre o tema, outra característica dessas organizações é o fato de pertencerem a setores potencialmente poluidores, e consequentemente, recebem grande atenção da mídia.

González et al. (2001)

Espanha

Estudar o comportamento de 9 companhias sobre questões socioambientais, baseado no referencial teórico proposto por Gray, Kouth e Lavers (1995), com o objetivo de verificar se suas proposições são aplicáveis em outros contextos.

Condução de entrevistas semiestruturadas e análise documental dos relatórios anuais das organizações.

Verificaram que as resistências à transparência na evidenciação de eventos socioambientais constitui um sério obstáculo para o desenvolvimento do tema.

Llena, Moneva e

Hernandez (2007) Espanha

Identificar os fatores determinantes da evidenciação socioambiental no país.

Análise de conteúdo das ações ambientais divulgadas nos relatórios anuais de uma amostra de 51 companhias.

Identificaram um aumento quantitativo das informações socioambientais divulgadas no período de 1992 a 1994.

Moneva, Lirio e

Torres (2007) Espanha

Investigar se a estratégia das companhias para com seus stakeholders está relacionada com o desempenho financeiro e social.

Análise de conteúdo da declaração da missão expressa nos relatórios de uma amostra de 52 companhias com base nas diretrizes da GRI.

Autor(es) País(es) Objetivo(s) Metodologia Principais Resultados

Alciatore, Dee e

Easton (2004) Estados Unidos

Examinar as informações socioambientais divulgadas por uma amostra de 34 companhias do setor petroquímico, no período de 1988 a 1999.

Análise de conteúdo. Verificaram que estes gastos representam uma porcentagem pequena dos custos ambientais que são evidenciados pelas companhias analisadas.

Lober, Bynum, Campbell e Jacques (1997) Estados Unidos Analisar as informações socioambientais divulgadas pelas 100 maiores companhias do país para determinar o tipo de informação e como são apresentadas e para qual audiência.

Análise de conteúdo e entrevistas junto a profissionais das 100 maiores companhias do país.

Os empregados e acionistas representam os principais grupos a quem são dirigidos os relatórios socioambientais.

Walden e Schwarts

(1997) Estados Unidos

Investigar se ocorreram aumentos significativos na evidenciação socioambiental no período de 1988 a 1990, considerado o período que refletiu os efeitos do acidente no Alaska, em que esteve envolvida a