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Evolução Política e Sócio-Educativa de Angola: 1974-

1.2. Evolução Social

Ao comparamos a evolução dos alunos no ano de 1973, o ensino primário apresentou cerca de 512.942 alunos, o ensino secundário 72000 alunos e o ensino superior o número foi de 4176 estes números mostram que os alunos era sobretudo na sua maioria portugueses como se pode verificar a explosão escolar no quadronº2 abaixo após a independência (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; 1978).

Neste contexto dois anos após a independência em 1977 o panorama da estrutura da população escolar foi o seguinte: O ensino secundário em Angola neste período histórico evoluiu para 105.368 alunos matriculados mais de 100 mil em relação ao ano de 1973, o ensino primário conforme abaixo no quadronº2.

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Quadro nº 2: Efectivos no Ensino Primário em 1977.

Níveis 1977 % Pré-Primaria 402306 39,2% 1ªClasse 297624 29,0% 2ªclasse 161128 15,7% 3ªclasse 95445 9,3% 4ºclasse 69788 6,8% Total 1026291 100

Fonte: MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, 1978.

Em 1977 Angola tinha uma única Universidade. O número de alunos matriculados no ensino superior baixou ao compararmos com período antes da independência para 20,98% numa diferença de 3067 distribuídos nas diversas faculdades23 que existiam como mostra o quadro nº 3 (idem).

Ao compararmos os dados de 1973 com os de 1977, no ensino primário, como mostra o quadro nº2 e 3 referenciados, verifica-se que o número de alunos foi inferior em relação ao ano de 1977. 39,2% representa o número mais alto de crianças no ensino pré-primária e 29,0% na 1ª classe registou -se uma grande explosão escolar em consequência dos efeitos da democratização do ensino e da obrigatoriedade da escolaridade básica após a independência em que as crianças e os adultos aderirem ao ensino a todos os níveis.

Podemos dizer que, após a independência e com a lei constitucional de 11de Novembro de 1975, a República Popular de Angola (RPA) consagrou o ensino democrático, gratuito e obrigatório da escolaridade de base registando-se um fenómeno de explosão escolar. A este fenómeno sucedeu, mais tarde, a massificação escolar em todas as regiões de Angola, principalmente naquelas províncias onde já existiam estabelecimentos escolares fruto do aumento demográfico.

23 Faculdade de Ciências Agrárias, Faculdade de Medicina, Faculdade de Engenharia, Faculdade de Ciências, Faculdade de Letras, Faculdade de Economia.

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Quadro nº 3: Evolução de alunos matriculados.

Fonte: MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, 1978.

No ensino de base regular. o aumento dos efectivos operou-se de forma diversa e consoante o desenvolvimento político, económico e sociocultural de cada província.

A década de 80 foi acompanhada por várias transformações políticas, económicas, sociais, e demográficas, que levou a deslocação e a concentração da população na zona urbana, suburbana e periférica , os efectivos escolares que foram abrangidos tiveram as faixas etárias variáveis ao que era permitido no sistema de educação formal regular em que a iniciação 5 anos, o I nível 6 a 9 anos, o II nível 10 a 11 anos, e o III nível 12 a 13 anos. Quadronº4.

Podemos verificar a tendência decrescente dos resultados apresentados sobretudo nos últimos anos em que 13,99% na iniciação, 20,27% no I nível e 18,66% no II nível. No 1º nível, os efectivos escolares ao longo dos anos apresentados foram variando por causa de a instabilidade político-militar, sobretudo nas zonas centro e sul do país. Esta situação provocou a destruição e encerramento de escolas, e, em alguns casos, a sua utilização para outras funções, o que reduziu substancialmente os efectivos escolares.

Níveis de ensino 1973 1974 1977 Total

Pré-primário - - 402306 - Primário 512942 - 623985 1136927 % 45,11 54,88 100 Secundário 72000 - 105368 177368 % 40,59 - 59,4 100 Superior - 4176 1109 5285 % - 79,06 20,98 100

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Quadro nº 4: Evolução dos Efectivos Escolares no Ensino de Base Regular.

Fonte: MED, 1985.

No 2º nível, podemos observar que existiu certa instabilidade nos efectivos escolares ao comparamos que em 1987 (18,09%) e em 1989, (18,66%) das matriculas baixarem nos dois anos em relação ao valor dos outros anos.

No 3º nível, na involução registada no período analisado explica-se, pelo facto de as escolas do 3º nível estarem situadas nas capitais de província.

Durante o período em análise foram controlados no ensino de base regular os alunos matriculados do género feminino conforme o quadro nº 5 abaixo.

Ano Lect. 1985/86 1986/87 1987/88 1988/89 1989/90 Total

Niv.Ensino Iniciação 227654 222161 212733 209171 141882 1013601 % 22,45 21,91 20,98 20,63 13,99 100 I Nível 970698 1022303 1031314 1067906 1038126 5120347 % 18,97 19,77 20,14 20,85 20,27 100 1ªclasse 372564 392316 386996 390947 370635 1913458 % 19,47 20,5 20,22 20,43 19,36 100 2ªclasse 298531 302971 317622 325867 313329 1558320 % 19,15 19,44 20,38 20,91 20,1 100 3ªclasse 190488 202412 205937 224957 223784 1047578 % 18,18 19,32 19,65 21,47 21,36 100 4ªclasse 109115 114604 120759 126135 130378 600991 % 18,15 19,06 20,09 20,98 21,69 100 IINível 130749 127486 109260 123528 112670 603693 % 21,65 21,11 18,09 20,46 18,66 100 5ªclasse 83911 77323 67846 78016 72472 379568 % 22,1 20,37 17,87 20,55 19,09 100 6ªclasse 46838 50163 41414 45512 40198 224125 % 20,89 22,38 18,47 20,3 17,93 100 IIINível 34745 38302 31702 38513 37043 180305 % 19,27 21,24 17,58 21,35 20,54 100 7ª classe 22459 24957 21393 25618 22735 121427 % 18,47 20,55 17,61 21,09 18,72 100 8ª classe 12286 13345 10309 12895 14308 63143 % 19,45 21,13 16,32 20,42 22,65 100

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Os efectivos do sexo feminino representaram no período em análise uma taxa de crescimento variável 13,50% nas classes iniciais 19,56% no I nível, 17,94% no II nível e 19,82% no III nível mostraram como as mulheres se comportaram no ano lectivo de 1989/1990.

Quadro nº 5: Evolução dos Efectivos Femininos no Ensino de Base Regular.

Ano lectivo 1985/86 1986/87 1987/88 1988/89 1989/90 Total

Iniciação 95639 98034 68759 81016 53607 397055 % 24,08 24,69 17,31 20,40 13,50 100 INível 403744 452075 345933 430379 397094 2029225 % 19,89 22,27 17,04 21,20 19,56 100 1ªclasse 156605 179153 137434 156932 137285 767409 % 20,40 23,34 17,90 20,44 17,88 100 2ªclasse 124663 134500 105121 135384 120563 620231 % 20,09 21,68 16,94 21,82 19,43 100 3ªclasse 79959 88536 67894 90447 83151 409987 % 19,50 21,59 16,56 22,06 20,28 100 4ªclasse 42517 49886 35485 47616 56095 231599 % 18,35 21,53 15,32 20,55 24,22 100 IINível 51539 53522 39406 46699 41803 232969 % 22,12 22,97 16,91 20,04 17,94 100 5ªclasse 33354 32232 23992 29069 26148 144795 % 23,03 22,26 16,56 20,07 18,05 100 6ªclasse 18185 21290 15414 17630 15655 88174 % 20,62 24,14 17,48 19,99 17,75 100 IIINível 12669 14632 12698 14627 13506 68132 % 18,59 21,47 18,63 21,46 19,82 100 7 ªclasse 8130 9160 8371 9241 8244 43146 % 18,84 21,23 19,40 21,41 19,10 100 8 ªclasse 4539 5472 4327 5386 5262 24986 % 18,18 21,92 17,33 21,55 21,05 100

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Fonte: MED,1985.

No entanto, ao compararmos as taxas dos efectivos escolares do sexo feminino nas variações de matrículas do valor global no sistema educativo do período em análise, podemos concluir que a mentalidade tradicional, em que o homem trabalha para sustentar a família e a mulher cuida dos filhos, da casa, da lavra e das tarefas domésticas prevaleceu, fazendo com que muitas raparigas não experimentassem a escola.

Durante os períodos em análise foram controlados professores que leccionaram por níveis de ensino de base regular como mostra o quadro nº6 abaixo.

Quadro nº 6:Efectivo de Professores por Níveis de Ensino de Base Regular. Ano Lectivo 1985/1986 1986/1987 1987/1988 1988/1989 1989/1990 Total

Inível 31161 30310 31658 31953 32157 157239 % 19,81 19,27 20,13 20,32 20,45 100 IINível 3172 2974 3113 3224 3494 15977 % 19,85 18,61 19,48 20,17 21,86 100 IIINível 1317 991 1274 1225 1644 6451 % 20,41 15,36 19,74 18,98 25,48 100 Total 35650 34275 36045 36402 37295 179667 % 19,84 19,07 20,06 20,26 20,75 100 Fonte: MED,1985. a) Dados incompletos

Os professores do ensino de base regular distribuídos por I, II, III níveis a taxa de 20,75% em 1989 do valor global, representou a taxa mais alta de

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professores que trabalhou nas instituições escolares, em 1986, 19,07% a taxa mais baixa de professores no ensino de base regular. A variação de professores deveu-se ao facto de algumas áreas regionais não terem escolas. O quadro abaixo mostra o número de salas das escolas do ensino de base regular.

Quadro nº 7: Número de Salas de Aulas por Níveis de Ensino de Base

Regular.

Ano lectivo 1985/1986 1986/1987 1987/1988 1988/1989 1989/1990 Total

INível 16765 14426 14586 13845 14937 74559 % 22,48 19,34 19,56 18,56 20,03 100 IINível 1489 1346 1426 1202 1481 6944 % 21,44 19,38 20,53 17,30 21,32 100 IIINível 478 521 618 675 720 3012 % 15,86 17,29 20,51 22,41 23,90 100 Total 18732 16293 16630 15722 17138 84515 % 22,16 19,27 19,67 18,60 20,27 100 Fonte: MED, 1985.

O número de salas de aulas no ensino de base regular o valor global 20,27% em 1989 e18,60% em 1988 a taxa mais baixa em comparação com a variação que se registou ao longo dos anos. Esta variação deu-se devido à instabilidade político militar que levou ao encerramento e destruição de escolas com maior referência para as zonas afectadas com a guerra.

O quadro 8 mostra o número de efectivos dos Institutos normais de educação. No ensino médio normal vocacionado para a formação de professores para o ensino de base regular a taxa da população discente matriculada variou entre 26,21% em 1989, e 13,88% em 1985, sendo esta a taxa mais baixa do valor

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global. A variação que se registou neste período explica-se pelo facto de os alunos passarem pelo processo de encaminhamento para frequentarem a escola de formação de professores.

Concluímos que a evolução dos efectivos escolares por cada nível foi variável, devido à falta de escolas para albergar a população discente e de professores, às condições sociais criadas em cada zona geográfica e a instabilidade político militar, ao baixo rendimento escolar dos alunos, e à falta de professores.

Quadro nº 8: Evolução dos Efectivos Matriculados nos Institutos Normais de

Educação. Classe 1980/1981 1985/1986 1986/1987 1987/1988 1988/1989 1989/1990 Total - 1402 1730 1727 2257 2950 10066 % - 13,92 17,18 17,15 22,42 29,30 100 10ª - 1109 1181 1241 1713 2084 7328 % - 15,13 16,11 16,93 23,37 28,43 100 11ª - 936 983 990 1144 1467 5520 % - 16,95 17,80 17,93 20,72 26,57 100 12ª - 623 853 851 973 1182 4482 % - 13,90 19,03 18,98 21,70 26,37 100 Total 1916 4070 4747 4809 6087 7683 29312 % 6,53 13,88 16,19 16,40 20,76 26,21 100 Fonte: MED, 1985.

Este fenómeno foi designado por massificação escolar, pelo facto de registar o aumento significativo dos efectivos escolares como consequência da independência alcançada em 11 de Novembro de 1975 e do governo angolano, através do Ministério da Educação, que adoptou o princípio político de

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escolarizar o máximo de crianças, para reduzir à medida que se avançava nas aulas superiores.24

No entanto, o nosso trabalho não foi registado dados dos anos lectivos subsequentes pelo facto de que os níveis de desperdício escolar terem aumentado, em proporção inversa, diminuírem os níveis de cobertura do sistema educativo e a taxa de escolarização no ensino geral de base foi inferior e a pertinência do ensino era fraca em todos os subsistemas.

Neste período constatamos rotura de dados pois que a nossa pesquisa apenas encontrou informação dos anos que fazem referencia o quadro nº9.

Quadro nº 9: Evolução dos efectivos escolares no ensino de base regular.

Fonte: GEPE, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO.1992

24 Nota metodológica: Os dados que apresentamos na nossa análise carecem de informação do censo actualizado da população (estatística).

Ano lect. Niv.Ensino Iniciação 164146 109265 273411 % 60,03 39,96 100 INivel 990155 835760 1825915 % 54,22 45,77 100 1ªclasse 343169 - - % 34,65 - - 2ªclasse 289863 - - % 29,27 - - 3ªclasse 217075 - - % 21,92 - - 4ªclasse 140048 - - % 14,14 - - IINível 124873 129879 254752 % 49,01 50,98 100 5ªclasse 77602 - - % 62,14 - - 6ªclasse 47271 - - % 37,85 - - IIINível 34626 63002 97628 % 35,46 64,53 100 7ªclasse 21651 - - % 62,52 - - 8ªclasse 12975 - - % 37,47 - - 1990/91 1995/96 Total

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Os dados que apresentamos mostram alguns períodos dos anos lectivos da década de 90.

O número de alunos do ensino de base regular nos anos 90 foram analisados apenas a partir dos anos lectivos de 1990/1991e 1995/1996 como apresentamos do valor global constatamos que 39,96% a taxa mais baixa e 64,53% a taxa mais alta de todos os anos lectivos.

Por outro lado podemos dizer que um outro momento foi da insegurança política militar que Angola atravessou naquela época histórica, a guerra abalou toda a sociedade.

Podemos observar no quadro 10, o número de alunos do sexo feminino que se matricularam no ensino de base regular.

Quadro nº10: Evolução dos efectivos escolares femininos do ensino de base

regular.

Ano lectivo 1990/91 Total de

alunos Iniciação 70226 164146 % 42,78 100 I Nivel 452187 990155 % 45,66 100 1ªclasse 163103 - % 36,06 - 2ªclasse 130606 - % 28,88 - 3ªclasse 97352 - % 21,52 - 4ªclasse 61126 - % 13,51 - IINível 50167 124873 % 40,17 100 5ªclasse 30112 - % 60,02 - 6ªclasse 20055 - % 39,97 -

IIINível 7ªe8ª classe 12504 34626

% 36,11 100

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O quadro atrás referenciado mostra a variação do sexo feminino no ano lectivo de 1990/1991 em análise em que 45,66% foi o valor mais elevado e 36,11% o valor mais baixo em relação aos outros níveis de ensino.

O quadro 11 apresenta o número de professores por níveis de ensino conforme se descreve.

Ao olharmos para o quadro notamos que 84,67% foi o valor mais alto e 5,83% o mais baixo, o que estabelece uma diferença muito grande se tivermos em conta o número de efectivos escolares registados de acordo o quadro nº11.

Quadro nº11: Efectivos de professores ano lectivo 1990/1991.

1990/1991 Iniciação e I nível

II nível III nível Total

30704 3442 2117 36263

% 84,67 9,49 5,837 100

Fonte: GEPE, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO.1992

O quadro abaixo apresenta o número de salas de aulas no ensino base regular.

Quadronº12: salas de aula no ensino de base regular 1990/1991

1990/1991 I nível II nível Total

13437 1417 14854

% 90,46 9,53 100

Fonte: GEPE, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO.1992

Os dados que se referenciam mostram que 9,53% representa o número mais baixo de salas de aulas no II nível.

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Durante o ano lectivo de 1990/1991, foram matriculados por classes nos institutos normais de educação os alunos referenciados no quadronº13 e apresentados por sexo feminino.

O número de alunos matriculados por cada classe distribuídos por sexo mostrou que 40,80% corresponde ao número de mulheres do valor global, muito embora que 34,29% seja o maior valor representativo em relação ao valor .global. No ano lectivo de 1995/1996 os dados não fazem a distinção por sexo.

Quadronº13: Alunos Matriculados no Ensino Médio Normal

1990/1991 9ªclasse 10ªclasse 11ªclasse 12ªclasse Total 1995/1996

Total F Total F Total F Total F F 8597

3907 1340 2850 11 37 2191 843 1566 55 6 937 6 3826 - % 34,29 % 39, 89 % 38,4 7 % 35,50 % 40,80 - INEF- Luanda 249 92 183 45 109 22 82 10 623 169 -

Fonte: GEPE, MINISTERIO DA EDUCAÇÃO.1992. Legenda:

F- Feminina

INEF- Instituto Normal de Educação Física (o número de alunos foi incluso nos valores globais).

Para melhor compreensão do quadro nº14 apresentamos os dados repartidos por dois períodos relativamente 2000 a 2003 por fazerem parte do sistema educativo que antecedeu o actual após a aprovação da nova lei de bases nº13/01 de 13 de Dezembro implementado a partir do decreto nº2/05 de 14 de Janeiro.

Do número de alunos matriculados no sistema educativo por níveis de ensino os dados mostraram os anos com maior representatividade de alunos em que 42,89% na iniciação, no I nível 35,89%, no II nível 33,88% e no III nível 35%.

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Podemos dizer durante o tempo que nos separou desde a primeira explosão escolar em 1977 registamos no ano de 2002, 24,85% que correspondeu a uma nova explosão escolar após o fim da guerra. No ensino médio normal apresentamos 27,44% do valor mais alto dos alunos matriculados.

O ano de 2004 a 2008 dados referentes a reforma educativa, mostraram que 22,02% correspondeu ao ano de 2007 com o maior número de alunos na iniciação, no ensino primário 22,32%, no 1º ciclo do ensino secundário 26,66%, no 2º ciclo do ensino secundário 23,13% e no ensino médio normal 21,16%.

Quadronº14:Efectivos de Alunos Matriculados no Sistema Educativo

2000/2008

Fonte: GEPE, MED, CAAME Legenda:

C.E.S.- Ciclo do ensino secundário E.M.N.- Ensino Médio Normal

Apresentamos no quadro 15 o número de salas de aulas registadas desde 2002 a 2008.

O quadro mostra a variação de crescimento de salas de aulas por níveis de ensino em que 19,19% no ensino primário, 24,44% no 1º ciclo do ensino secundário, 23,21% no 2º ciclo do ensino secundário.

2000 2001 2002 2003 Total 2004 2005 2006 2007 2008 Total Iniciação 199921 237208 278347 537378 1252854 % 15,95 18,93 22,21 42,89 100 I Nivel 1117047 1258492 1504666 2172772 6052977 % 18,45 20,79 24,85 35,89 100 II Nivel 179513 214382 229483 319502 942880 % 19,03 22,73 24,33 33,88 100 III Nivel 87880 102301 115475 164654 470310 % 18,68 21,75 24,55 35 100 Iniciação 678780 895145 842361 938389 893661 4248336 % 15,97 21,07 19,82 22,02 21,03 100 Primário 3022461 3119184 3370079 3558605 3757677 16828006 % 17,96 18,53 20,02 21,14 22,32 100 1ºC.E.S. 197735 233698 270662 316664 370485 1389244 % 14,23 16,82 19,48 22,79 26,66 100 2ºC.E.S. 159341 171882 179249 194933 212347 917752 % 17,36 18,72 19,53 21,24 23,13 100 E.M.N. 28342 31508 32641 34990 127481 61616 63185 65210 67085 69014 326110 % 22,23 24,71 25,6 27,44 100 18,89 19,37 19,99 20,57 21,16 100

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Quadronº15: Salas de aula nos diferentes níveis de ensino 2000/2008

Níveis 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Total Primário 17236 26436 33950 35665 37380 41343 45608 237618 % 7,25 11,12 14,28 15,00 15,73 17,39 19,19 100 1ºC.E.S 1225 1269 1421 1809 2197 2796 3467 14184 % 8,63 8,94 10,01 12,75 15,48 19,71 24,44 100 2ºC.E.S 551 571 640 814 995 1194 1441 6206 % 8,87 9,20 10,31 13,11 16,03 19,23 23,21 100 Fonte:CAAME, 2009.

Quadronº16: Despesas com a educação em kuanzas e %.

Fonte: CAAME, MED, 2009

O quadro mostra que 8,8% corresponde ao valor atribuído no ano lectivo de 1990 e 18,05% por representarem a variação de crescimento no período de 2006 a 2008 no ensino primário, e 29,82% no ensino secundário.

Durante este período foi importante observarmos como a evolução social do sistema educativo se comportou ao longo dos anos, registou-se variações tanto de aumento e descida da população quer docente, discente e em termos de salas de aulas.

Para melhor compreender resumiu-se que o processo de evolução social após a independência comparou-se os dados de 1973 e os de 1977, no ensino primário, como mostrou o quadro nº2 e3 referenciados, verificou-se que o O.G.E MED 1990 % 2006 % 2007 % 2008 % Atribuído 11674794 8,8 O.G.ENAC. 132468068 100 85523557267 100 40394653720 100 200620366 100 Pré- Escolar 9706214 0,01 84444000 0,21 51031062 25,44 Primário 3207381676 3,75 10134228803 25,09 36214205032 18051,11 Secundário 2037644219 2,38 4938272803 12,23 59817713369 29816,37

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número de alunos foi inferior em relação ao ano de 1977 39,2% o número mais alto de crianças no ensino pré-primária e 29,0% na 1ª classe registou -se uma grande explosão escolar em consequência dos efeitos da democratização do ensino e da obrigatoriedade da escolaridade básica após a independência em que as crianças e os adultos aderiram ao ensino a todos os níveis.

O ensino de base regular os efectivos escolares aumentou de forma diversa consoante o desenvolvimento político, económico e sociocultural de cada província.

Na década de 80, como o quadro nº4 mostrou, temos a imagem geral do número de efectivos matriculados no ensino de base regular no período que vai de 1985 a 1989. Podemos verificar uma tendência decrescente dos resultados apresentados, sobretudo nos últimos anos em que 13,99% na iniciação, 20,27% no I nível e 18,66% no II nível, isto mostrou os efeitos que a guerra causou naquela época histórica.

Os efectivos do sexo feminino representaram no período em análise uma taxa de crescimento variável 13,50% nas classes iniciais 19,56% no I nível, 17,94% no II nível e 19,82% no III nível mostraram como as mulheres se comportaram no ano lectivo de 1989/1990 quadro nº5.

Os professores do ensino de base regular distribuídos por I, II, III níveis a taxa de 20,75% em 1989 do valor global, representou a taxa mais alta de professores que trabalhou nas instituições escolares, em 1986, 19,07% a taxa mais baixa de professores no ensino de base regular quadro nº6.

O número de salas de aulas no ensino de base regular do valor global 20,27% em 1989 e18,60% em 1988 a taxa mais baixa em comparação com a variação que se registou ao longo dos anos quadro nº7.

. No ensino médio normal vocacionado para a formação de professores para o ensino de base regular a taxa da população discente matriculada variou entre 26,21% em 1989, e 13,88% em 1985, sendo esta a taxa mais baixa do valor global. A variação que se registou neste período explica-se pelo facto de os alunos passarem pelo processo de encaminhamento para frequentarem a escola de formação de professores, quadro nº8.

O número de alunos do ensino de base regular nos anos 90 foram analisados apenas a partir dos anos lectivos de 1990/1991e 1995/1996 como

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apresentamos do valor global constatamos que 39,96% a taxa mais baixa e 64,53% a taxa mais alta de todos os anos lectivos quadro nº9.

No que se refere à variação do sexo feminino no ano lectivo de 1990/1991,45,66% foi o valor mais elevado e 36,11% o valor mais baixo em relação aos outros níveis de ensino Quadro nº10.

O número de professores no ano lectivo de 1990/1991 foi variável nos três níveis de ensino como mostrou o quadro nº11 os professores do I nível representarem 84,67%.

Neste mesmo ano lectivo o número de salas foi de 90,46% no I nível e 9,53% no II nível.

Os alunos matriculados nos institutos normais no ano lectivo de 1990/1991 o número por cada classe foi distribuído por sexo como mostrou que 40,80% correspondeu ao número de mulheres do valor global, muito embora que 34,29% seja o maior valor representativo em relação ao valor global quadro nº13.

Quanto ao número de alunos matriculados no sistema educativo por níveis de ensino os dados mostraram os anos com maior representatividade em que 42,89% na iniciação, no I nível 35,89%, no II nível 33,88% e no III nível 35%. Podemos dizer durante o tempo que nos separou desde a primeira explosão escolar em 1977 registamos no ano de 2002, 24,85% que achamos considerar a uma nova explosão escolar após o fim da guerra. No ensino médio normal apresentamos 27,44% do valor mais alto dos alunos matriculados.

Do ano de 2004 a 2008 os dados referentes à reforma educativa, mostraram que 22,02% correspondeu ao ano de 2007 com o maior número de alunos na iniciação, no ensino primário 22,32%, no 1º ciclo do ensino secundário 26,66%, no 2º ciclo do ensino secundário 23,13% e no ensino médio normal 21,16%.quadro nº 14.

Durante este período foram controladas salas de aulas por níveis de ensino em que 19,19% no ensino primário, 24,44% no 1º ciclo do ensino secundário, 23,21% no 2º ciclo do ensino secundário quadro nº15.

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Capitulo II