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A EXPERIÊNCIA COM O PROUNI EM UMA IES NO PARANÁ

A IES na qual foi realizado o estudo empírico possuía, no período pesquisado, 2.746 alunos distribuídos em 15 cursos de graduação. O universo da pesquisa foi delimitado em dois cursos de licenciatura, sendo esses o curso de Educação Física e o curso de Pedagogia, uma vez que esses também são ofertados na maioria das IES públicas e privadas do Estado do Paraná, possibilitando, dessa forma, a ampliação da análise para outras IES. O recorte do período de pesquisa – 2009 a 2012 – ocorreu em função da possibilidade de acompanhamento de um ciclo de formação dos estudantes nos cursos.

Com base nos registros da secretaria acadêmica da faculdade, foram levantados dados como desempenho e frequência dos bolsistas

e não-bolsistas matriculados nos cursos de Licenciatura em Pedagogia e Educação Física, levando-se em consideração suas notas e faltas em todas as disciplinas referentes aos períodos letivos de 2009 a 2012, podendo-se levantar igualmente dados de gênero e Estado de procedência, a fim de delimitar o perfil socioeconômico dos alunos contemplados pelo programa.

Os dados foram coletados mediante acesso ao sistema acadêmico da instituição, com consulta às informações de cada aluno e turma. Após o levantamento das informações, foram elaborados os gráficos de apresentação dos resultados quantitativos referentes a média final e frequência dos estudantes durante o período estabelecido. A IES pesquisada adota, em seu regimento geral, como critérios de aprovação dos estudantes nas disciplinas, a média igual ou superior a 7,0 e frequência mínima de 75%.

Após a elaboração dos gráficos, procedeu-se à análise dos dados obtidos, procurando identificar o desempenho, tanto de assiduidade, quanto de rendimento dos estudantes bolsistas e não bolsistas.

A IES pesquisada aderiu ao Programa Universidade para Todos (PROUNI) desde o seu início, em 2005, tendo sido beneficiados, no primeiro ano de implantação, 66 alunos bolsistas nos diversos cursos ofertados pela faculdade, destes, 62 foram contemplados com bolsas integrais e 04 com bolsas parciais.

O número de alunos contemplados na IES, pelo Prouni, no ano de 2009, foi de 158 alunos. Houve um acréscimo de 44 alunos beneficiados em 2012, perfazendo um total de 202 alunos beneficiados, como demonstram as Tabelas 3 a 5.

Tabela 3 – Número de alunos bolsistas da IES no período de 2009 a 2012

Ano Matriculados Prouni contemplados (%)Percentual de

2009 1463 158 10,8

2010 1645 153 9,3

2011 2057 201 9,8

2012 2354 202 8,6

Durante o período analisado, a IES atendeu os preceitos legais, obser- vando a relação de uma bolsa de estudos para cada dez alunos matriculados, ocorrendo um acréscimo de 44 alunos, entre o primeiro e o último ano da pesquisa. Destaca-se que a variação no percentual de bolsas está relacionada à conclusão dos cursos por parte dos estudantes bolsistas, pois na instituição pesquisada ocorrem formaturas no mês de julho, acarretando no encerra- mento dos benefícios aos contemplados pelo programa. A complementação do percentual previsto pela legislação do Prouni não se efetiva devido ao fato de que o ingresso de novos bolsistas ocorre somente após o início das aulas, e o levantamento dos dados ocorreram sempre no término do ano letivo. Tabela 4 – Número de alunos bolsistas do curso de Pedagogia no período de 2009 a 2012

Ano Matriculados Prouni contemplados (%)Percentual de

2009 118 21 17,8

2010 132 16 12,1

2011 144 19 13,2

2012 147 17 11,6

Fonte: Secretaria Acadêmica da IES (2013).

Os dados do curso de Pedagogia apresentados na Tabela 4, considerando o período analisado, apresentam uma redução no número e no percentual de estudantes contemplados, muito embora, neste curso, a instituição tenha apresentado um percentual maior de alunos bolsistas do que o previsto na legislação. Segundo esclarecimentos da direção, tal fato ocorreu porque foram ofertadas bolsas adicionais para o curso, por ser política institucional incentivar e promover a formação de novos professores para atuar na cidade e na região. Tabela 5 – Número de alunos bolsistas do curso de Educação física – Licenciatura, no período de 2009 a 2012

Ano Matriculados Prouni contemplados (%)Percentual de

2009 241 23 9,5

2010 289 27 9,3

2011 330 31 10,0

Embora apresente o crescimento no número de matrículas, a Tabela 5 evidencia a variação no número de beneficiados com a bolsa Prouni no curso de Educação Física – Licenciatura, e também demonstra que a IES ficou muito próxima de atender, no período, a média de oferta de 10% de bolsas aos ma- triculados, de acordo com exigência legal do programa. A justificativa para esta diferença é a mesma para o caso dos dados apresentados na Tabela 3.

Pelos dados apresentados, percebe-se que a IES tem contribuído com a política do governo federal para a expansão das vagas do ensino superior no Brasil, pois conforme Côrtes e Frankenberg (2006, p. 844), “a implementação do Prouni, [...] amplia significativamente o número de vagas na educação superior, constituindo ações que vão ao encontro das metas do Plano Nacional de Educação”.

No que tange ao desempenho e à frequência dos bolsistas do Prouni, foi observado que, desde a implantação do programa até o momento atual, esses apresentam um melhor rendimento, bem como, maior frequência durante o período analisado em relação aos alunos não bolsistas, conforme pode ser observado nas Tabelas 6 e 7.

Tabela 6 – Comparação do desempenho dos alunos bolsistas e não bolsistas dos cursos de Pedagogia e Educação física – Licenciatura

Ano alunos regulares / Desempenho dos Pedagogia Desempenho dos alunos bolsistas / Pedagogia Desempenho dos alunos regulares / Educação física Desempenho dos alunos bolsistas / Educação física 2009 7,7 9,3 7,9 8,3 2010 6,3 8,9 6,6 8,3 2011 7,2 9,0 7,5 8,4 2012 7,2 8,5 7,4 8,2

Fonte: Secretaria Acadêmica da IES (2013).

No quesito avaliado para o desempenho acadêmico, os alunos bolsistas do curso de Pedagogia obtiveram média final de 8,9. Já os bolsistas pesquisados no curso de Educação Física tiveram média final de 8,3. Comparativamente aos alunos regulares matriculados no curso de Pedagogia, a diferença foi de 1,8 pontos na média final, e os alunos sem Bolsa Prouni tiveram rendimento menor.

Com os alunos de Educação Física esta diferença caiu para um ponto na média final, porém, os alunos não bolsistas deste curso também tiveram desempenho menor que os Bolsistas do Prouni.

Tabela 7 – Comparação da frequência dos alunos bolsistas e não bolsistas dos cursos de Pedagogia e Educação física – Licenciatura

Ano

Frequência

Pedagogia Educação física

Frequência dos alunos regulares Frequência dos alunos bolsistas Frequência dos alunos regulares Frequência dos alunos bolsistas 2009 95% 90% 95% 98% 2010 93% 98% 94% 97% 2011 97% 95% 96% 97% 2012 90% 91% 90% 97%

Fonte: Secretaria Acadêmica da IES (2013).

No comparativo da frequência, os alunos bolsistas do Prouni matriculados no curso de Pedagogia encerraram o ciclo de formação com 93,5% de presença às aulas. Já os demais acadêmicos não bolsistas deste curso alcançaram uma média final de 93,7%, um pouco superior à média dos bolsistas. Os alunos bolsistas do curso de Educação Física encerraram sua formação com 97,2% de frequência, contra 93,7% de frequência dos alunos não bolsistas.

De acordo com nota divulgada na imprensa eletrônica, esses dados confirmam os números apresentados em pesquisa realizada com alunos bolsistas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), que obtiveram melhor desempenho e maior frequência, comparados com os alunos não bolsistas, “os dados fazem parte da pesquisa Acesso e permanência – a experiência do Prouni na PUC Minas, feita pela universidade sobre o perfil dos candidatos ao programa e daqueles que efetivamente entraram no 1° semestre de 2006” (UNIVERSIA BRASIL, 2006). Outras informações que confirmam essa mesma realidade foram apresentadas pelo INEP, que divulga o bom desempenho dos alunos bolsistas do Prouni que ingressaram no ensino superior em 2006, resultado estampado nas notas obtidas por eles no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE).

Na IES objeto desta análise, do universo de 73 alunos do curso de Pedagogia contemplados pelo programa, 3 são do gênero masculino (0,4%) e 70 do gênero feminino (99,6%). Já, no curso de Educação Física, do total de 108 alunos contemplados, 44 são do gênero masculino (40,75%) e 64 do gênero feminino (59,25%).

Por esses percentuais, pode-se comprovar a tendência de matrículas no ensino superior brasileiro pois, segundo dados do sistema do Prouni (SISPROU- NI), no ano de 2013, na faixa etária entre 18 e 24 anos, foi registrado um percen- tual de 20,5% de mulheres, enquanto que o de homens foi de 14,6%. Do total de alunos matriculados no ensino superior, os dados de 2013 revelam que o gênero feminino representava 55,5%, o que evidencia a coerência entre os da- dos relacionados ao gênero dos bolsistas do Prouni e os acadêmicos do ensino superior no país. Cabe ressaltar que as mulheres têm sido maioria nos cursos de graduação no Brasil desde 1991, quando representavam 53% (RISTOFF, 2013).

No tocante ao Estado Federativo de origem dos acadêmicos bolsistas do curso de Pedagogia, constatou-se que todos são oriundos do Estado do Paraná, com o maior percentual do município onde a IES está localizada, com 17%.

Com relação aos bolsistas do curso de Educação Física, 85% são oriundos do Estado do Paraná, 10% do Estado de Santa Catarina e 5% do Estado do Rio Grande do Sul. Do total de bolsistas 25% pertencem ao município em que a IES está localizada.

Por esses dados é possível inferir que a tendência do aluno bolsista é buscar vaga em instituição localizada no próprio Estado de origem, ou próxima de sua residência. Por outro lado, observa-se que os bolsistas oriundos de outros Estados corroboram o aspecto de universalidade do acesso ao ensino superior, atendendo os preceitos da Lei Federal brasileira que preconiza a democratização do acesso a esse nível de ensino.

Relativamente à origem de formação escolar (escola pública ou privada), os alunos dos cursos de Pedagogia e Educação Física, contemplados com as bolsas do Prouni, integrais e parciais, apresentaram os seguintes perfis: dos bolsistas contemplados, 94,7% são oriundos de escolas públicas, tanto estaduais, quanto federais. Já os alunos oriundos das escolas privadas que tiveram bolsas integrais durante a sua formação

Estes dados sinalizam que o Prouni beneficia de forma significativa os alunos oriundos das escolas públicas, em acordo com o que determina a lei, que, em seu art. 2º, que preceitua que a bolsa será destinada: “a estudan- te que tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública [...]” (BRASIL, 2004).

Outro dado relevante revelado pelo estudo foi o da renda familiar: os alunos procedentes das escolas públicas e bolsistas na instituição apresentaram renda média de 1,9 salários mínimos, e os alunos das escolas particulares, de 2,6 salários mínimos.

Esses dados demonstram que a renda per capita familiar dos contemplados é menor do que o exigido pelo Prouni. O programa determina de que as bolsas de estudo integrais serão concedidas a brasileiros não portadores de diploma de curso superior, cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de até 1,5 salário-mínimo. Já as bolsas de estudos parciais de 50%, cujos critérios de distribuição são definidos em regulamento pelo Ministério da Educação, devem ser concedidas a brasileiros não portadores de diploma de curso superior, cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de até três salários mínimos (BRASIL, 2005).

Os dados de pesquisa revelam, conforme as Tabelas 6 e 7, que o desempenho por nota e frequência dos estudantes beneficiários do Prouni da IES analisada é superior ao dos demais estudantes, porém, no processo avaliativo não foram utilizadas medidas que diminuíssem a percepção sobre o ensino em razão da origem dos estudantes. Nogueira (2011, p. 244) propõe que:

Para que essas avaliações sejam eficientes, foram propostas maneiras de se estimular a criatividade na qualidade da educação superior, as quais envolvem a flexibilidade curricular com base nas demandas dos alunos, o desenvolvimento de projetos de pesquisa e a promoção da autono- mia intelectual, bem como a utilização de formas distintas de avaliação. Nesse sentido, concordamos com Nogueira (2011, p. 244) ao afirmar que as estratégias de avaliação de desempenho devem “[...] enfatizar a resolução de problemas, de desenvolvimento de projetos, rompendo a visão meramente curricular e artificial, como na realização de exames gerais que estandardizam o que se deve aprender”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sem a intenção de impor um argumento final, mas com o propósito de fornecer elementos que respondam à questão que guiou este estudo: as estratégias de avaliação de desempenho de estudantes indicadas nas políticas de democratização possibilitam a efetivação da qualidade da educação superior? E, tendo como recorte a adoção do Prouni por uma IES, nos cursos de Licenciatura em Educação Física e m Pedagogia, evidenciou-se que os alunos bolsistas apresentaram números superiores aos dos não bolsistas matriculados (como notas de desempenho e índices de frequência). Ressalta-se que este comportamento é observado também em outros cursos da mesma instituição, comprovado por meio da secretaria acadêmica da IES, e em outras instituições que realizaram análise semelhante, evidenciado em publicações sobre o tema.

Outrossim, nas palavras de Peixoto (2012, p. 81): “[...] a instituição do ProUni significou uma janela de oportunidades para que estudantes sem condições financeiras para arcar com as mensalidades, pudessem fazer um curso superior no setor privado”. Nesse sentido é importante destacar que as necessidades para alcançar as metas de qualidade do ensino superior vão além da concessão de bolsas, principalmente para esses estudantes que não teriam outra oportunidade de ingresso ao curso que frequentam.

Os números apresentados nesta pesquisa confirmam que o Programa Universidade Para Todos tem proporcionado a democratização do acesso para muitos jovens brasileiros via ingresso na educação superior no país. Esses dados demonstram que o objetivo de proporcionar o acesso de estudantes brasileiros de baixa renda à educação superior está sendo cumprido, mas que ainda é necessário o fortalecimento em ações de permanência e sucesso nos resultados acadêmicos, profissionais e sociais dos egressos.

Os olhares dos gestores das IES inseridas em políticas afirmativas, como o Prouni, devem estar atentos para fundamentar a educação de qualidade nos direitos humanos; considerar os estudantes como cidadãos

social, econômico, ambiental e cultural; entender o passado, significá-lo no presente e preparar para o futuro; construir conhecimento e proporcionar instrumentos para transformar a sociedade.

Os programas relacionados à expansão de acesso, às condições de permanência e à qualidade da educação superior receberam muitas críticas por parte de especialistas em educação e da população em geral, que levantaram dúvidas sobre a influência dos alunos do Prouni nos resultados das IES. As previsões feitas então estimavam que os alunos do Prouni teriam um desempenho inferior ao dos demais alunos, comprometendo assim o nível das turmas das quais fariam parte. Essa previsão não se comprovou, evidenciando-se, de fato, um desempenho superior desses alunos.

Diversos estudos têm evidenciado que se houver condições adequadas, suporte necessário e programas de acompanhamento, a

herança cultural recebida não é decisiva para o rendimento acadêmico,

onde as dificuldades econômicas, sociais e culturais podem ser superadas, como mostram os dados da pesquisa, que identificou ainda que os alunos bolsistas do Prouni apresentaram um desempenho superior ao dos demais alunos não bolsistas desde o primeiro ano da sua implantação, o que confirma que a teoria da incapacidade dos mesmos não é verdadeira.

Ressaltamos o destaque feito por Ristoff (2007) para o fato de que a expansão da educação para alunos carentes não compromete a qualidade do ensino, evidenciando que esses alunos do Prouni só não estavam na universidade por uma única razão: serem pobres. A implantação do Prouni contribui em parte para a melhora da qualidade social da educação.

Em suma, evidencia-se também que, para efetivação da qualidade do conjunto da educação superior no Brasil, muitos problemas ainda precisam ser resolvidos nos campos políticos, estruturais, administrativos e pedagógicos.

REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO

O estudo trata do trabalho e das relações presentes na terceirização no serviço público na atual conjuntura, tendo como pano de fundo as contratações de terceirizados que substituem os trabalhadores efetivos na atividade-meio e inclusive nas atividades-fim. Nesse prisma, apresenta aspectos da legislação, das contradições que envolvem o trabalho e uma concisa discussão sobre a terceirização nas universidades públicas, partindo da premissa de que a terceirização contribui com o estranhamento e precarização do trabalho.

Justifica-se discutir essa temática, tendo em vista que a Câmara dos Deputados aprovou em 2015, em Brasília, o Projeto de Lei nº 4.330 (BRASIL, 2004), que regulamenta a terceirização de serviços de empresas privadas, empresas públicas, sociedades de economia mista, produtores rurais e

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