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CAPÍTULO VIII INDÚSTRIA TÊXTIL

1 a 00, como objetivo de aValiar os seus próprios produtos Esse conceito dá ao comprador final um critério de comparação objetivo para saber se o produto é fabricado com métodos que agridem ou não

8.6. Qualidade e Produtividade na Indústria Brasileira

9.2.2. Exploração e Interpretação dos Dados

O objetivo da análise de dados é descrever, interpretar e explicar os dados coletados de maneira que estes venham a responder às questões formuladas no estudo, sendo que a decisão sobre os métodos e técnicas de análise a serem utilizados dependem da natureza dos dados obtidos e do tipo de informações e relações desejadas. Segundo Leedy (1989), “a natureza dos dados governa o método que é apropriado para interpretar os dados e as ferramentas de pesquisa que são necessárias para o processamento dos mesmos”.

Dependendo da natureza dos dados obtidos estes podem ser analisados através de estatística paramétrica ou não paramétrica. O termo parâmetro refere-se a medidas que descrevem a distribuição da população em termos de média ou variância. Testes não paramétricos ou de livre distribuição são assim chamados porque não dependem de formas precisas de distribuição da amostra. Os métodos não paramétricos não assumem um comportamento normal de distribuição da freqüência dos dados (por exemplo, médias e desvios padrões não são aplicáveis) e permitem a inferência independentemente das características ou da forma de distribuição da freqüência dos dados (Kelinger, 1970; Siegel, 1956, apud Fialho & Santos, 1995).

Relembrando rapidamente algumas noções de estatística, as escalas de medidas/valores são classificadas cm:

• Nominais: informam sobre propriedades ou identidades que possuem a mesma relação entre si; (por exemplo, profissões);

• Ordinais, informam sobre uma categoria classificatória ou ordem em relação à magnitude relativa; por exemplo, do mais alto ao mais baixo, do mais rápido ao mais vagaroso, do ótimo ao péssimo;

• Jnterwlares: estabelecem intervalos iguais entre números onde a escala é conhecida e sempre igual; (por exemplo, temperaturas, determinações de faixas etárias, datas de calendário, etc.);

• Rank / Numéricas: determinam identidade, ordem e unidade, indicando a real quantidade da propriedade sendo medida; (por exemplo, pesos, medidas, etc.).

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Dos levanlamenlôs de arquivo, obtivemos diversas estatísticas quanto a posição das organizações estudadas dentro do contexto nacional e internacional, bem como parâmetros com os quais comparar as observações, resultados de entrevistas e respostas a questionários, obtidos durante os levantamentos de campo.

AS ANÁLISES DE CONTEÚDO

Segundo Fialho & Santos (1995), as análises de conteúdo baseiam-se na análise clínica de casos, examinados individualmente, no detalhe dos processos desenvolvidos, e não sobre classes, preliminarmente definidas, de eventos ou de relações.

• Os modelos de gênese:

Os modelos de gênese têm por objetivo reconstituir o processo da produção dos desvios cm relação à situação considerada normal. Diferentemente dos modelos funcionais, esses modelos são, essencialmente, modelos diacrônicos (causa/efeito), traduzindo uma produção no tempo. Os modelos de gênese, são utilizados sob diferentes formas para o estudo dos riscos ambientais. A forma mais conhecida é a árvore de causas, que são utilizadas para a pesquisa das "causas" que levaram à produção do acidente.

Em nossa aplicação a questão foi a de buscar entender um ‘comportamento organizacional’, frente a uma situação de pressão internacional no que tange a questão ambiental. Em outras palavras, a análise dos dados crus e processados, para ser plenamente compreendida, deve se suportar em uma avaliação dos valores e crenças existentes na cultura, sistema social, ou decorrentes da situação econômica das diferentes organizações (sistema econômico).

PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS

Após o registro da informação obtida através dos diferentes métodos e técnicas dc coleta de dados, estes devem ser apresentados de maneira clara e objetiva para permitir uma interpretação, processamento, que conduza aos resultados desejados.

As informações obtidas nas entrevistas são, predominantemente, de caráter qualitativo. Estas podem ser apresentadas, basicamente dc duas maneiras: freqüências de dados obtidos em entrevistas estruturadas e transcrições de determinadas intervenções feitas pelos usuários que sejam consideradas relevantes para explicar determinados aspectos sendo investigados. Portanto, estas intervenções são qualitativas e não possuem um podo- de generalização, mas sim de indicar possíveis explicações para determinados resultados obtidos através de observações sistemáticas e

questionários. Entrevistas, quando comparadas a questionários, perdem em generalizações, mas ganham em profundidade.

Os resultados obtidos através dos questionários devem ser interpretados de acordo com a natureza das variáveis, e de acordo coni o tipo de teste realizado. Por exemplo, perguntas abatas são variáveis do tipo nominal e portanto podem ser classificadas (através de freqüências) e têm somente o poder de descreva a realidade, mas não permitem inferências sobre a mesma, a não ser que se utilizem as técnicas difusas para tratamento de variáveis lingüísticas..

Por outro lado, variáveis do tipo ordinal (p. ex., níveis de satisfação quanto a políticas adotadas) quando analisadas através de testes de correlação, fornecem informações sobre a existência ou não de correlação positiva ou negativa, que de acordo com a possibilidade de relação lógica entre as variáveis analisadas nos permite sugerir uma relação de causa e efeito.

Os resultados obtidos através dos questionários podem ser apresentados através de tabelas ou gráficos. As tabelas servem para a apresentação de forma ordenada em filas e colunas de informação relativa a um c alo número de variáveis. As tabelas podem sintetizar a descrição de um grande número de informações expressas tanto verbalmente quanto numericamente. Os gráficos são mais apropriados para a descrição de uma parte em relação ao todo e/ou comparação entre vários elementos. Cuidados devem existir com a concentração de muitas informações em um só gráfico, pois tendem a dificultar a compreensão e comparação entre os elementos.

A informação gráfica tende a ser mais atraente e de mais fácil compreensão do que a informação apresentada em forma numérica, entretanto, deve-se ter cuidado para que a informação gráfica expresse realmente os resultados e que seu aspecto formal não venha a confundir ou atrapalhar a compreensão dos resultados.

A apresentação de tabelas, fotos, desenhos e gráficos, além de fornecerem as evidências para as conclusões formuladas facilitam a leitura e compreensão dos resultados apresentados. A utilização destes recursos na descrição dos resultados faz com que somente aqueles resultados principais sejam analisados e comentados verbalmente no texto do relatório.

O texto do relatório deve explicar o significado dos dados numéricos apresentados, ou mesmo dos dados apresentados verbalmente nas tabelas e/ou gráficos, quando necessário. Deve-se, também, explicar em detalhe as conclusões formuladas. Quando símbolos ou abreviatura forem utilizadas nas tabelas e gráficos, estes devem ser explicados em rodapés das tabelas ou gráficos. Deve-se garantir que as informações sejam entendidas de forma clara e inequívoca.

Um aspecto importante a ser levado em consideração quando da redação do relatório é a consideração do grau de representatividade da amostra selecionada para estudo. Se estivermos realizando um estudo dc caso, trata-se de informação específica sobre o desempenho do objclo

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avaliado; se forem pesquisas comparativas, resultarão em dados genéricos utilizáveis como base para novos postos de trabalho.