• Nenhum resultado encontrado

Características de Estruturação

FASES DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR Quarta Fase

1997 - 2002 PRINCIPAIS PONTOS REFORMULADOS Primeira Fase 1978 – 1985 Segunda Fase 1986 - 1989 Terceira Fase 1990 - 1996 MEST. DOUT. Total de Créditos 96 120 100 100 200 Créditos em Disciplinas 64 60 50 35 55 Créditos em Disciplinas Obrigatórias e da Área de Concentração 48 30 25 24 40 Créditos em Disciplinas Optativas 16 30 25 11 15 Créditos para a Dissertação/Tese 32 60 50 65 145 Número de Disciplinas a serem Cursadas 9 a 13 15 a 17 10 a 13 5 a 8 8 a 12 Disciplinas Oferecidas 39 39 50 33 34

QUADRO 06 – Demonstrativo das alterações realizadas na estrutura curricular do PPGEE/UFSCar, no período

de 1978 a 2002.

FONTE: NUNES, et al. (1997), PPGEEs/UFSCar (1998 e 2004) e UFSCar (1998).

Durante o período de vigência da primeira fase do Programa (1978 a 1985), o mestrando dispunha de até cinco anos para conclusão do curso, prazo no qual, ele deveria cumprir 96 créditos, dos quais 64 em disciplinas e 32 na elaboração da dissertação. (NUNES, et al. 1997)

Quanto às disciplinas estas eram estruturadas num tronco curricular dividido em dois grupos de disciplinas denominados: 1) área de concentração (CO); e 2) área complementar (CL). Dos 64 créditos a serem cumpridos em disciplinas, 48 deveriam ser integralizados em disciplinas da área de concentração e 16 em disciplinas optativas ou área complementar52. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

Nesta fase, havia ainda a exigência de cumprimento de uma disciplina considerada pré-requisito pelo regimento do Programa, que não adicionava créditos aos alunos e era obrigatória53. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

52 As disciplinas da área de concentração enfatizavam a preparação para uma abordagem científica do ensino especial de portadores de deficiência mental. Já, as disciplinas optativas (ou da área complementar) eram consideradas complementares à formação do mestre em educação especial, e poderiam ser cumpridas também em outros programas de pós-graduação que continham disciplinas afins. Entretanto, o programa fazia ofertas regulares de disciplinas desta natureza. (PPGEEs/UFSCar, 1998, p.11)

53

Esta disciplina era intitulada “Análise Experimental da Aprendizagem” e tinha como objetivo “nivelar” o conhecimento acadêmico dos mestrandos acerca da abordagem conceitual do curso. (PPGEEs/UFSCar, 1998, p.11)

No período compreendido entre 1978 a 1985 foram oferecidas pelo PMEE, 17 disciplinas da área de concentração e 21 complementares, perfazendo um total de 39 disciplinas disponibilizadas para integralização curricular do aluno. (NUNES, et al. 1997)

Portanto, o regimento e as características das disciplinas implicavam no fato de que cada aluno cursava em média de seis a oito disciplinas da área de concentração, duas a quatro complementares e mais aquela considerada pré-requisito, perfazendo, um total entre nove a treze disciplinas num prazo mínimo de dois e máximo de três anos e o restante do tempo que o aluno dispunha para conclusão do mestrado (de dois a três anos), era destinado à pesquisa com vistas à elaboração da dissertação.

No final do ano de 1984 houve uma crise no Programa ocasionado pelo afastamento de 10 professores do corpo docente, sendo quatro do quadro permanente e dois em regime de tempo parcial, provocado, pelo encerramento do prazo de concessão de suas universidades de origem, e, mais quatro docentes também do quadro permanente, que estavam afastados para realização de capacitação profissional no exterior. (de ROSE,1990 apud PPGEEs/UFSCar, 1998)

Visando superar essa crise, o PMEE não realizou, em 1985, seleção para ingresso de alunos e empreendeu um estudo do plano curricular vigente, a partir, do conteúdo das ementas das disciplinas relacionadas aos objetivos do curso54. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

A partir, dos resultados obtidos no estudo de Duran et al. (1985) apud PPGEEs/UFSCar (1998) concluíram que: 1) várias disciplinas apresentavam conteúdo demasiadamente abrangente para ser desenvolvido em um semestre; 2) os critérios para a distinção entre os dois grupos de disciplinas (concentração e complementar) não estavam bem definidos; 3) a grade curricular era rígida e inviabilizava a execução de possíveis ajustes, especialmente, aqueles decorrentes de mudanças infra-estruturais, isto é, no âmbito do próprio Programa; 4) o conteúdo para a formação do mestre em educação especial era insuficiente, tanto para formação do especialista, quanto do pesquisador; e 5) a formação em docência para o ensino superior não estaria sendo garantida.

Além desses problemas apresentados no estudo de Duran et al. (1985) apud PPGEEs/UFSCar (1998) outra dificuldade considerada nos documentos analisados era o fato de que a pós-graduação parecia estar sendo empreendida em dois momentos independentes,

54

Para saber mais sobre esse estudo citado pelo PPGEEs/UFSCar (1998) ver: Duran, A.; Torezan, A.; Goyos, A.C.N.; e Tunes, E. Proposta de reformulação da estrutura e funcionamento do Programa de Mestrado da

um com o cumprimento dos créditos em disciplinas e o outro na realização da pesquisa com vistas à dissertação. Desta forma o cumprimento das exigências em relação aos créditos em disciplinas seria uma mera formalidade, enquanto a formação do pesquisador ficava restrita a relação orientador-orientando.

Portanto, ao considerar que a estrutura curricular do Programa estaria provocando distorções, ao ponto de afetar os objetivos do curso, foi efetuada uma reestruturação com o intuito de garantir segundo os proponentes: “uma maior organicidade às atividades desenvolvidas, otimizando o aproveitamento do pessoal docente representado pelos professores que colaboram com o programa.” (DURAN et al., 1985, p. 4 apud PPGEEs/UFSCar, 1998, p.8)

As diretrizes básicas que nortearam a primeira reformulação do programa no ano de 1985, e que passaram a ser implementadas a partir de 1986, foram propostas com o intuito de garantir: 1) que as atividades em disciplinas visassem à formação do pesquisador e do especialista na área de Educação Especial; 2) a formação de um profissional mais politizado e instrumentalizado para atuar diante dos problemas reais dessa área no País; 3) que a nova estrutura potencializasse o aproveitamento dos recursos humanos existentes, no sentido de tornar o Programa realista e viável; e 4) maior flexibilidade à nova estrutura para que esta pudesse melhor absorver e se ajustar às mudanças decorrentes da evolução do conhecimento ou mesmo das alterações conjunturais, típicas ao meio universitário. (NUNES, et al. 1997)

Na segunda fase do então PMEE, compreendida entre 1986 e 1989, o elemento básico da organização curricular do programa foram os chamados núcleos de pesquisa, que passaram a ser responsáveis pela definição do número de vagas para alunos ingressantes, e também pela proposição e desenvolvimento das atividades didáticas voltadas para a formação dos seus membros. (NUNES, et al. 1997)

Os núcleos consistiam em um grupo de docentes e alunos, que se uniam por meio de projetos coletivos e individuais a uma linha de pesquisa comum (NUNES, et al. 1997). A nucleação teve como objetivos: 1) facilitar o desenvolvimento de projetos grupais e individuais dos alunos; e 2) facilitar a formação de novos pesquisadores em linhas específicas através da maximização dos recursos humanos. (DIAS; SILVA,1992 apud PPGEEs/UFSCar, 1998)

A partir, do momento em que os alunos ingressavam no Programa eles optavam pelo núcleo que se responsabilizaria pela sua orientação e formação. No quadro 07, apresentamos a relação dos núcleos e seus respectivos objetos de estudos.

NÚCLEOS DENOMINAÇÃO OBJETO DE ESTUDO