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Características de Estruturação

NÚCLEOS DENOMINAÇÃO OBJETO DE ESTUDO Núcleo 1 Prevenção-Intervenção em

Educação Especial

O processo educativo da pessoa excepcional na realidade brasileira. Núcleo 2 Institucionalização do Indivíduo

Especial

Estudo do sistema institucional: descrição das práticas, análise dos seus

determinantes e suas conseqüências. Núcleo 3 Processos Básicos de

Aprendizagem

Processos básicos de aprendizagem de sujeitos normais e com necessidades

educativas especiais. Núcleo 4 Práticas Educativas: Processos e

Problemas

Noções e processos cognitivos básicos constituintes das práticas educativas no ambiente escolar, com ênfase no ensino

do primeiro grau. Núcleo 5 Análise de Processos e Problemas

em Instituições Universitárias

A universidade e suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. QUADRO 07 – Demonstrativo dos núcleos de pesquisa do então PMEE e os respectivos objetos de estudo.

FONTE: Duran et al. (1985) apud PPGEEs/UFSCar (1998).

O número total de créditos exigidos pelo Programa para a titulação, passou de 96 para 120, dos quais, 60 deveriam ser obtidos em disciplinas e 60 na elaboração da dissertação. Nesta fase houve uma redução de quatro créditos exigidos em disciplinas (de 64 para 60), contra um aumento de 28 créditos na elaboração da dissertação (de 32 para 60).

O novo plano curricular proposto envolvia três grupos de disciplinas denominados como: Introdutório, Fundamental e Complementar. No Quadro 08 apresentamos a grade curricular básica da segunda fase do PMEE.

GRUPO NOME DA DISCIPLINA NATUREZA Nº de

CRÉDITOS

Filosofia da Ciência CO 04

Conceitos Fundamentais em

Educação Especial CO 04

INTRODUTÓRIO

Educação Especial no Brasil CO 06 Análise e Planejamento de Ensino CO 04 FUNDAMENTAL

ENSINO Desenvolvimento e Avaliação do

Ensino na Universidade CO 04

BLOCO1

- Práticas de Pesquisa I CO 02 - Práticas de Pesquisa II CO 02 - Práticas de Pesquisa III CO 02 - Práticas de Pesquisa IV CO 02

BLOCO 2

- Métodos e Técnicas de Pesquisa CO BLOCO 3 FUNDAMENTAL PESQUISA - Estudos Avançados CO Variável dependendo da recomendação dos núcleos

COMPLEMENTAR Em aberto CL De caráter eletivo

QUADRO 08 – Demonstrativo da grade curricular básica do então PMEE, no período de 1986 a 1989.

Do Grupo Introdutório faziam parte às disciplinas consideradas obrigatórias para todos os alunos do Programa e que deveriam ser cumpridas por estes, tão logo eles ingressassem ao curso. Essas disciplinas tinham como objetivo inserir o aluno nas discussões básicas acerca do conhecimento científico em Educação Especial, considerando seus conceitos fundamentais, a situação desta área no contexto sócio-político-econômico e cultural do Brasil e o desenvolvimento de habilidades que permitissem problematizar e iniciar a proposição de problemas de pesquisa. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

O Grupo Fundamental foi dividido em dois sub-grupos, com o intuito de definir claramente as disciplinas responsáveis pelas atividades de formação para o Ensino e para a Pesquisa. As disciplinas que trabalhavam as atividades de Formação para o Ensino eram obrigatórias para todos os alunos e tinham como objetivo fornecer competências relativas à docência para o ensino superior. As disciplinas de Formação para a Pesquisa visavam criar condições para o desenvolvimento de habilidades acerca da investigação científica e destas disciplinas faziam parte três blocos de atividades que deveriam ser desenvolvidas no âmbito dos núcleos de pesquisa, no qual o aluno estivesse vinculado. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

Do primeiro bloco faziam parte quatro disciplinas desenvolvidas no âmbito dos próprios núcleos, sob a forma de seminários de apresentação de pesquisas em diferentes estágios de desenvolvimento. Cada disciplina correspondia a um estágio de pesquisa esperado do aluno naquele momento do curso: etapa 1 - definição do problema; etapa 2 - elaboração do projeto; etapa 3 - coleta de dados; e etapa 4 - análise dos dados. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

O segundo bloco era constituído por disciplinas que tinham como intuito “instrumentalizar” o aluno na utilização de métodos e técnicas de pesquisa. Cada núcleo identificava, planejava e administrava as disciplinas segundo as necessidades de seus integrantes. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

O terceiro e último bloco era constituído por disciplinas que visavam aprofundar o conhecimento nas sub-áreas dos núcleos, e também eram propostas e administradas pelo núcleo conforme as necessidades dos alunos. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

Finalmente havia o grupo das disciplinas consideradas complementares que tinham como objetivo preencher lacunas na formação do aluno, identificadas nos núcleos, ou ainda para possibilitar a ampliação da formação em outras áreas do conhecimento. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

No período compreendido de 1986 a 1990, foram disponibilizadas pelo PMEE, 39 disciplinas, das quais, apenas “Educação Especial no Brasil” teve seu programa conservado integralmente da grade anterior, outras duas também foram conservadas, mas tiveram seus objetivos e/ou conteúdo modificados. Portanto, praticamente toda estrutura curricular baseada nas disciplinas foi modificada neste período. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

Das 39 disciplinas oferecidas, três eram do grupo introdutório, duas do grupo fundamental para o ensino e quatro do grupo fundamental para a pesquisa. Havia portanto, nove disciplinas obrigatórias para todos os alunos que integralizavam um total de 30 créditos, o que correspondia cerca de 50% dos créditos necessários em disciplinas. Restariam assim, cerca de 30 créditos, dos quais 18 a serem cumpridos em disciplinas do grupo fundamental para a pesquisa e doze em disciplinas complementares, perfazendo, um total entre quinze a dezessete disciplinas num prazo mínimo de dois e máximo de três anos e o restante do tempo que o aluno dispunha para conclusão do mestrado (de dois a três anos), era destinado à pesquisa com vistas à elaboração da dissertação. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

Em 1988 foi realizado um estudo, no qual foram entrevistados individualmente dez docentes-orientadores do Programa, com o intuito de saber entre outras coisas, sobre a grade curricular recém implantada e suas implicações no desenvolvimento das dissertações55. (PPGEEs/UFSCar, 1998)

Os principais resultados do estudo de Dias e Silva (1992) apud PPGEEs/UFSCar (1998) apontavam que: 1) era consenso a necessidade de revisão na grade curricular, apesar das divergências entre os docentes acerca de qual o tipo de formação dever-se-ia privilegiar para todos os alunos (homogênea ou heterogênea); 2) havia problemas na implementação no sistema de núcleos; 3) a carga horária despendida em disciplinas era excessiva e assim sendo, dificultava o desenvolvimento de atividades adicionais; 4) fazia-se necessário a redução do número de créditos exigidos em disciplinas obrigatórias, a fim de permitir uma maior flexibilização do currículo; e 5) fazia-se necessário também, a proposição de atividades complementares com o intuito de ampliar o “treino” em habilidades de pesquisa, em situações de intervenções diretas com educandos com necessidades especiais ou instituições, e melhor compreensão da política da Educação Especial no País.

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Para saber mais a respeito desse estudo citado pelo PPGEEs/UFSCar (1998) ver: Dias, T.; Silva, L. Um Programa de Pós-Graduação em Educação Especial: a perspectiva dos professores. Revista Brasileira de

No ano de 1989, ocorreu outra crise no PMEE, ocasionada pela evasão de seis docentes que se transferiram para outras instituições, assim sendo, naquele ano não houve seleção para ingresso de alunos novos no Programa. (NUNES, et al. 1997)

Em decorrência da crise no corpo docente, somado aos resultados do estudo mencionado anteriormente, que apontavam a necessidade de revisão curricular e principalmente, as mudanças ocorridas no regimento geral da Pós-Graduação da UFSCar, que coerentes com as modificações na Política de Pós-Graduação que passou a vigorar, no País, a partir de 1989, estabeleceram a necessidade de redução no prazo de titulação, e conseqüentemente, geraram a necessidade de revisão na estrutura curricular do PMEE56.

Aproveitando a ocasião na qual o Programa seria recredenciado pela CAPES, foram propostas novas reformulações que passaram a vigorar a partir de 1990. A estrutura curricular que passou a vigorar a partir de 1990 manteve, em linhas gerais, as reformulações introduzidas em 1986. Os ajustes feitos foram no sentido de buscar uma redução no prazo para a conclusão do curso, com o intuito de atender às exigências do novo regimento interno da Pós-Graduação na UFSCar, que passou a estabelecer um prazo máximo de quatro anos para a conclusão do mestrado. (NUNES, et al. 1997)

No geral, essas mudanças vieram ao encontro da nova concepção de Pós-Graduação que passou a ser adotada, no País, em função das novas políticas das agências de fomento à formação de recursos humanos para esse nível. (NUNES, et al. 1997)

Em virtude, de tais mudanças o Programa reduziu o número de créditos obrigatórios (de 120 para 100), o prazo para conclusão do curso (de cinco para quatro anos) e também o prazo para integralização dos créditos em disciplinas (de três para dois anos). (NUNES, et al. 1997)

Com relação ao sistema de núcleos houve a alteração para linhas de pesquisa, cuja quantidade e classificação permaneceram as mesmas: Linha 1) Prevenção/Intervenção em Educação Especial; Linha 2) Processo Institucionais em Educação Especial na visão dos usuários; Linha 3) Processos Básicos de Aprendizagem e Problemas de Aprendizagem; Linha 4) Práticas Educativas e Linha 5) Formação de Recursos Humanos a nível superior em Educação Especial. (NUNES, et al. 1997)

Foi nessa fase que houve a alteração da denominação de “Programa de Mestrado em Educação Especial” (PMEE) para “Programa de Pós-Graduação em Educação Especial”

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Conforme discutido no item 3.1 deste capítulo, no período de 1989 (quando se encerra o período de vigência do III PNPG) a 2004, o Governo Federal não formulou oficialmente um IV Plano, apesar de ter formulado outras diretrizes políticas para o setor via agências de fomento, principalmente, pela CAPES.

(PPGEEs), e também na denominação da área de concentração de “Deficiência Mental” para “Educação do Indivíduo Especial”, que visou ampliar a área de atuação do Programa. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 2004)

No quadro 09, apresentamos a estrutura curricular básica que vigorou no Programa de Pós-Gradução em Educação Especial da UFSCar, no período de 1990 a 1996.

NATUREZA DISCIPLINAS Nº DE

CRÉDITOS

Educação Especial no Brasil 5

Conceitos Fundamentais em Educação Especial:

Análise Crítica 5

Análise e Planejamento de Ensino 5

Seminários de Pesquisa em Educação Especial I 5 OBRIGATÓRIAS

Seminários de Pesquisa II 5

Estudos Avançados Mínimo 15

ELETIVAS

Complementares Mínimo 5

QUADRO 09 – Demonstrativo da estrutura curricular básica do PPGEEs/UFSCar, no período de 1990 a 1996.

FONTE: NUNES, et al. (1997) e PPGEEs/UFSCar (1998).

Com essa estrutura curricular, o número de créditos exigidos pelo Programa, em disciplinas e na elaboração da dissertação reduziu de 60 para 50, nas duas situações. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

Quanto à organização das disciplinas na terceira fase do Programa (1990-1996), observa-se que o número de créditos exigidos para integralização curricular passou a ser igualmente distribuído entre as disciplinas obrigatórias (25 créditos) e eletivas (também 25 créditos).

Com relação às disciplinas, o que houve foi uma redução no número médio a serem cursadas para a integralização dos créditos (de 15 a 17 disciplinas na segunda fase para 13 a 15 na terceira) e, no caso específico, das obrigatórias à redução nas exigências referentes ao número de disciplinas (de nove para cinco), com algumas se tornando eletivas57. (NUNES, et al. 1997 e PPGEEs/UFSCar, 1998)

No ano de 1997, o PPGEEs/UFSCar promove a terceira reformulação em seu currículo, estabelecendo, a partir, deste ano o início da quarta fase do Programa (1997-2002). Essa reformulação foi ocasionada pela implantação do doutorado e também em função da necessidade de reduzir os prazos de titulação, conforme as diretrizes das políticas de pós-

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As quatro disciplinas intituladas “Práticas de Pesquisa” foram transformadas em duas de “Seminários de Pesquisa” (I e II) que passaram a ser de responsabilidade de um grupo de docentes, e não mais vinculadas aos núcleos, com o objetivo de racionalizar o trabalho dos docentes e promover o intercâmbio entre os núcleos. (PPGEEs/UFSCar, 1998, p.14)

graduação no País formuladas pelas agências de fomento, principalmente, a CAPES. (PPGEEs/UFSCar, 2004)

Quanto às alterações empreendidas na nova estrutura curricular do Programa, elas basicamente visavam: 1) dar continuidade na formação de recursos humanos do mestrado e doutorado; 2) reduzir o prazo de integralização dos créditos em disciplinas; e 3) flexibilizar a grade curricular, com o intuito, de atender melhor os interesses dos alunos. (PPGEEs/UFSCar, 2004)

Em linhas gerais, a reformulação curricular promovida pelo PPGEEs/UFSCar, a partir de 1997, envolveu a mudança na classificação das disciplinas para atender à padronização proposta no Regimento Geral da Pós-Graduação na UFSCar, assim como, os créditos exigidos em disciplinas para integralização curricular passaram a ser cumpridos em disciplinas obrigatórias, disciplinas da área de concentração e em disciplinas optativas. (PPGEEs/UFSCar, 2004)

No quadro 10, apresentamos a grade curricular do PPGEEs/UFSCar, no período de 1997 a 2002, com a distinção na natureza das disciplinas (obrigatórias, por área de concentração e optativas) e no elenco segundo o curso (mestrado e doutorado).

DISCIPLINAS MESTRADO DOUTORADO

- Estudos Avançados I: (Nome do