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Art. 8o Ocorre o fato gerador do imposto: I – na transmissão causa mortis, na data da:

a) abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo no caso de sucessão provisória;

b) substituição de fideicomisso;

c) ocorrência do fato jurídico ou da formalização do ato jurídico, nos casos não previstos nas alíneas anteriores;

II – na transmissão por doação, na data:

a) da instituição de usufruto convencional ou de qualquer outro direito real; b) da lavratura do contrato de doação, ainda que a título de adiantamento da legítima;

c) da renúncia à herança ou ao legado em favor de pessoa determinada; d) da homologação da partilha ou adjudicação, decorrente de inventário, divór- cio ou dissolução de união estável, em relação aos excedentes de meação e quinhão que beneficiar uma das partes;

e) da lavratura da escritura pública de partilha ou adjudicação extrajudicial, decorrente de inventário, divórcio ou dissolução de união estável, em relação aos ex- cedentes de meação e quinhão que beneficiar uma das partes;

f) do arquivamento na Junta Comercial, na hipótese de transmissão de quotas de participação em empresas ou do patrimônio de empresário individual;

g) da formalização do ato ou negócio jurídico, nos casos não previstos nas alí- neas anteriores;

h) do ato ou negócio jurídico, nos casos em que não houver formalização.

CAPÍTULO V

DO CÁLCULO DE IMPOSTO Seção I

Da Base de Cálculo

Art. 9o A base de cálculo do imposto é o valor de mercado do bem ou do direito transmitido.

§ 1o Considera-se valor de mercado o valor do bem ou direito transmitido na

data da declaração ou da avaliação pela Fazenda Pública, atualizado até a data do pa- gamento, na forma da lei.

§ 2o O valor do bem ou direito transmitido, declarado pelo contribuinte, fica

sujeito à aprovação pela Fazenda Pública dos Estados e do Distrito Federal.

§ 3o O valor mínimo dos bens e direitos para efeito de base de cálculo pode

ser estabelecido pela Fazenda Pública dos Estados e do Distrito Federal, por meio de planta de valores.

§ 4o A Fazenda Pública dos Estados e do Distrito Federal pode estabelecer que

para efeito de base de cálculo seja utilizado valor não inferior ao:

I – fixado para o lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbano – IPTU, em se tratando de imóvel urbano ou de direito a ele relativo;

II – valor total do imóvel informado pelo contribuinte para efeito do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, em se tratando de imóvel rural ou de direito a ele relativo.

§ 5o Constatado que os valores mencionados nos incisos do § 4o deste artigo são

inferiores aos de mercado, admitir-se-á, para efeito de apuração da base de cálculo, a utilização de índice de ajuste ou a adoção de critério específico na forma da lei.

Art. 10. A base de cálculo do imposto é:

I – na hipótese de instituição de usufruto:

a) por prazo determinado, cinco por cento do valor de mercado integral do bem, por ano ou fração de ano de duração do gravame, limitado a cem por cento do valor do bem;

b) por prazo indeterminado, o valor de mercado integral do bem;

II – proporcional ao valor dos bens doados, na hipótese de excedente de meação ou quinhão em que haja mais de uma unidade da Federação competente para exigir o imposto, observados os critérios definidos no art. 4o;

III – na transmissão de acervo patrimonial de empresário individual, o valor do patrimônio líquido ajustado, na data da declaração ou da avaliação;

IV – na transmissão de ações de sociedades de capital fechado ou de quotas de sociedade simples ou empresária, o valor da ação ou quota obtido por meio do patri- mônio líquido ajustado, na data da declaração ou da avaliação;

V – em se tratando de ações de sociedade anônima de capital aberto, o valor de sua cotação média na Bolsa de Valores na data da declaração ou da avaliação, ou na imediatamente anterior quando não houver pregão ou quando essas não tiverem sido negociadas naquele dia, regredindo-se, se for o caso, até o máximo de cento e oitenta dias, ou por levantamento de balanço especial, realizado na data da declaração ou da avaliação.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso II observar-se-á o seguinte:

I – considera-se excedente de meação ou de quinhão o valor atribuído ao cônju- ge, ao companheiro ou ao herdeiro superior à fração ideal a qual fazem jus, conforme determinado pela lei civil;

II – a proporção dos bens doados, para efeitos de aferição do quantum devido a cada unidade da Federação, será encontrada mediante a divisão entre o valor doado e o valor total do quinhão do donatário;

III – a base de cálculo será obtida multiplicando-se o índice encontrado no in- ciso anterior pelo valor dos bens suscetíveis de tributação pela unidade da Federação competente.

Art. 11. O contribuinte que discordar do valor atribuído pela Fazenda Pública

poderá impugná-lo administrativamente.

Parágrafo único. Indeferida a impugnação, a Fazenda Pública formalizará o cré- dito tributário, assegurados o contraditório e a ampla defesa, na forma da lei.

Art. 12. Na hipótese de sucessivas doações entre o mesmo doador e o mesmo

donatário, serão consideradas todas as transmissões realizadas a esse título, no prazo definido em lei, devendo o imposto ser recalculado a cada nova doação, adicionando- -se à base de cálculo os valores dos bens anteriormente transmitidos e deduzindo-se os valores dos impostos já recolhidos.

Seção II Da Alíquota

Art. 13. A alíquota do imposto é a vigente ao tempo da ocorrência do fato gerador.

§ 1o As alíquotas máximas do imposto serão fixadas pelo Senado Federal.

CAPÍTULO VI