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FATORES ASSOCIADOS AO USO DE TABACO E BEBIDA ALCOÓLICA

desenvolvimento de estudos nacionais e internacionais sobre a prevalência de comportamentos de risco, incluindo-se, dentre outros, prática alimentar inadequada, tabagismo, alcoolismo, baixo nível de atividade física e sexo sem uso de preservativo.

Outro fator encontrado em pesquisas ao comparar fumantes e não fumantes revela que fumantes apresentam maior probabilidade de ingestão de bebidas alcoólicas, uso de drogas como cocaína e maconha, de envolvimento em luta corporal, de portar armas e de tentar o suicídio (EVERETT et al., 2000). Em estudo realizado na França foi demonstrado que 71% das mortes que envolveram jovens de 15 a 25 anos estavam relacionados com acidentes e suicídios acompanhados de desequilíbrios psicológicos (SIMEONI, SAPIN, ANTONIOTTI e AUQUIER, 2001). Verifica-se que alguns hábitos estão relacionados diretamente com a saúde, os quais alguns desses podem agredir nocivamente a saúde como tabagismo, consumo de álcool, uso de drogas ilícitas, alimentação inadequada, falta de atividade física.

Preocupação com comportamentos de risco levou ao Center for Disease Control and Prevention (CDC) a desenvolver o Youth Risk Behavior Surveillance System (YRBSS). Esse instrumento de pesquisa serve para monitorar seis categorias de comportamento que oferecem risco à saúde entre os jovens: (1) lesões e violência intencionais ou não, (2) uso de tabaco, álcool e drogas, (3) comportamento sexual que possam contribuir com a gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, incluindo HIV, (4) comportamento alimentar e sedentarismo, (5) excesso de peso corporal, e (6) problemas sociais entre os jovens e adultos nos Estados Unidos.

O estudo do YRBS de 1991 a 2003 procurou analisar o perfil do adolescente norte-americano demonstrando forte relação entre o fumo e outros comportamentos de risco para a saúde, como comportamento sexual de risco, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e não utilização de capacete quando do uso de motocicletas (CAMENGA, KLEIN e ROY, 2006).

Uma investigação realizada por Merril et al (1999) reuniu dados de 2.871 estudantes mediante o YRBS. Os resultados apontaram que os jovens que começaram a fumar cigarros com menos de 13 anos foram 3 vezes mais propensos a consumir maconha que aqueles que nunca fumaram. No caso da ingestão de álcool, a probabilidade aumenta em 4,5 vezes. Em relação aos jovens que usavam maconha com menos de 14 anos, verificou-se uma probabilidade de 7,4 vezes de utilizar outras drogas. Em suma, o estudo demonstrou que a idade de início de utilização do tabaco e a associação destes com outras drogas lícitas ou não, se tornam aspectos importantes quando avaliar os comportamentos de risco para a saúde entre jovens.

Segundo Nunes (2006), os riscos para a saúde oriundos do consumo de tabaco podem ser potencializados pela combinação de outros fatores como o consumo de álcool ou a exposição a outras substâncias químicas. Já para Jervins (2004), os fatores socioeconômicos, familiares e pessoais contribuem de forma decisiva para o início, a manutenção e a cessação do tabagismo.

Nadkami et al. (2011) relataram em seus estudos que a prevalência de violência física na Índia em 2010 envolvendo jovens de 16 a 24 anos foi de 10,2%. Em ambos os sexos, jovens vítimas de abuso sexual, transtornos mentais comuns e uso de tabaco apresentaram forte associação com maior risco de violência física. O estudo apontou que vítima de relações sexuais forçadas e uso de álcool foi associado à violência entre os rapazes, e não morar com os pais foi associado à violência entre as moças. Segundo os autores, mais pesquisas devem ser projetados para desvendar os caminhos que estão por trás das associações, identificadas no estudo, para obter potenciais estratégias preventivas.

Estudo interessante foi desenvolvido por Gutiérrez & Atienzo (2011) que identificou a relação entre região urbana e saúde do adolescente. Apesar de algumas discretas associações terem sido sugeridas, uma comparação entre

região rural versus urbano pode não ter êxito na identificação de diferenças entre os contextos adolescentes. O estudo tinha como objetivo avaliar a influência do tamanho das localidades sobre comportamentos de risco de jovens mexicanos que viviam em famílias de nível socioeconômico baixo.

O estudo analisou os comportamentos de risco em jovens de 15 a 21 anos de idade associados ao consumo de tabaco e álcool, à iniciação sexual e ao uso de preservativos no México. As localidades de residência dos adolescentes foram classificadas de acordo com o número de habitantes em cada localidade. Os resultados encontrados nos 18 mil jovens demonstraram que o tamanho da localidade foi associado ao consumo de tabaco e álcool, associação similar encontrada aos níveis socioeconômico, quanto maior o tamanho da localidade, menor o risco de consumir tabaco ou álcool em comparação com ambientes rurais. O efeito do tamanho de localidade sobre o comportamento sexual tornou-se mais complexa. As chances de uso de preservativo em adolescentes foram maiores em localidades maiores; porém, apenas entre os adolescentes de níveis socioeconômico mais baixo.

Barreto et al. (2010) também contribuíram com seus estudos apontando a prevalência de adolescentes que relataram ter fumado nos últimos 30 dias, sendo mais elevada entre aqueles que tiveram relação sexual, experimentaram álcool e fizeram uso de drogas alguma vez na vida e os que tiveram consumo de pelo menos uma dose de álcool nos últimos 30 dias. Os autores destacam ainda que, estudos corroborem a associação positiva entre tabagismo e outros comportamentos de risco para a saúde e indicam que a prática de esporte, presente ou desejada, está associada negativamente ao tabagismo (BARRETO et al. 2010).

Entre as várias questões levantadas sobre os motivos que levam adolescentes e jovens a beber podem relatar os fatores sociais, psicológicos e religiosos, entre eles também dificuldades temporárias podem influenciar a decisão de ingerir bebida alcoólica em jovens como em adultos.

Alguns estudos demonstraram relação entre a condição sócio- econômica e o consumo de álcool entre jovens. O estudo de Souza, Areco & Silveira (2005), realizado em Cuiabá, MT com aproximadamente 3 mil adolescentes da rede estadual de ensino, observou que o consumo de álcool

esta relacionado com sexo, idade, condição sócio-econômica, religião, alcoolismo na família e morar com os pais.

Outro estudo que observou a associação entre comportamentos de adolescentes e consumo de bebidas alcoólicas foi o levantamento de Carlini- Cotrim; Gazal-Carvalho & Gouveia (2000). Este estudo procurou associar comportamento no trânsito, violência contra terceiros e contra si, prática sexual, consumo de substâncias lícitas e ilícitas, hábitos alimentares e controle de peso inadequado com variáveis sócio-demográficas (idade, sexo e tipo de escola). Verificou-se que a variável determinante dos comportamentos associados com bebida alcoólica foram o sexo (masculino maior que feminino), idade (de 15 a 18 anos maior que 12 a 14 anos) e o tipo de escola (escola particular maior que escola pública).

Ao associar o consumo de álcool com sexo e idade de adolescentes pode-se verificar que Alves et al. (2005), ao pesquisar 1.409 adolescentes de Feira de Santana na Bahia, encontrou maior consumo de cerveja e bebidas destiladas entre rapazes em comparação com as moças. A idade de maior prevalência de consumo de bebida alcoólica foi de 17 a 19 anos nesse estudo.

Segundo Mohammad et al. (2007), o abuso excessivo de bebida alcoólica e outras drogas durante o período da adolescência aumenta as conseqüências negativas para a saúde do adolescente, crescendo o risco de lesões, acidentes automobilísticos, comportamento sexual de risco, afogamento, morte violenta e suicídio.

Entre 1998 e 2001, foram encontrados dados referentes ao consumo de álcool em indivíduos de 18 a 24 anos. Hingson et al. (2005) observaram que em 1998 e em 2001, dentro da faixa etária estudada mostrou que 51% das mortes no transito estavam relacionadas ao álcool. Porém, este índice teve uma queda para 38% na população em geral. O estudo ainda refere-se que em 2001, 10,5% da amostra entre 18 -24 anos teve danos oriundos do consumo alcoólico e 8% tiveram relação sexual sem preservativos. Como resultado o estudo, obteve-se aumento de 5% das mortes que tem relação com o abuso de bebida alcoólica na população que foi realizado o estudo durante os anos de 1998 e 2001. Além disso, verificou-se também o aumento de 18% entre os

estudantes que dirigiam sob influência de álcool durante o período de 1998 a 2001.

NSDUH (2006) associa o uso de drogas e outros comportamentos que oferecem risco a saúde com drogas lícitas quando utilizadas em excesso, como o álcool. No estudo de Eaton et al. (2006) com estudantes, 38,4% relatou usar maconha uma ou mais vezes durante sua vida, 7,6% afirmaram ter usado alguma forma de cocaína também uma ou mais vezes durante sua vida, 2,1% dos jovens relataram ter injetado algum tipo droga ilícita em seu corpo, 4% usou esteróides, 2,4% usou heroína, 12,4% usou inalantes e 6,2% usou metanfetaminas uma ou mais vezes em sua vida.

Os estudos de Galduróz & Caetano (2004) em âmbito nacional envolveram estudantes do ensino fundamental e médio, nos anos de 1987, 1989, 1993 e 1997. Os estudos foram desenvolvidos pelo CEBRID nas 10 capitais brasileiras utilizando a mesmos métodos de pesquisa. Os principais resultados podem ser observados nas tabelas 2 e 3.

Tabela 2 - Proporção de entrevistados relatando uso na vida de álcool nos quatro levantamentos

realizados pelo CEBRID. Tabela reproduzida de Galduróz e Caetano, 2004.

Capital 1987 1989 1993 1997 χ 2 Belém 71 72,9 78,7 65 Ns Belo Horizonte 79,8 81,9 85,4 76,7 Ns Brasília 76,4 77,7 79,9 77,4 Ns Curitiba 78,1 80,3 83,8 79,6 Ns Fortaleza 73,5 74,9 80,8 68,4 p < 05 Porto Alegre 73,5 77,5 81,9 77 Ns Recife 71,6 73,1 75,7 75,8 Ns Rio de Janeiro 78,5 78,8 80,5 79,9 Ns Salvador 80 77,7 79,5 79,9 Ns São Paulo 79,2 82,3 74,1 77,4 Ns

χ 2para tendência ao longo dos anos. / Ns = não significante.

Fonte:Galduróz e Caetano, 2004

Tabela 3 - Proporção de entrevistados relatando uso pesado (20 vezes ou mais no mês) de álcool nos

quatro levantamentos realizados pelo CEBRID. Tabela reproduzida de Galduróz e Caetano, 2004.

Capital 1987 % 1989 % 1993 % 1997 χ 2 Belém 3,9 4,6 4,1 5,1 p < .05 Belo Horizonte 6,8 7,2 6,9 7,0 Ns Brasília 5,0 6,3 6,4 8,7 p < .05 Curitiba 5,6 6,9 7,4 9,4 p < .05 Fortaleza 4,8 5,0 7,6 3,3 p < .05 Porto Alegre 5,2 5,7 5,1 7,7 p < .05

Recife 6,0 7,0 7,4 9,0 p < .05

Rio de Janeiro 4,5 6,2 6,8 7,2 p < .05

Salvador 8,2 9,8 10,1 9,0 Ns

São Paulo 5,7 5,1 7,3 5,3 p < .05

χ 2 para tendência ao longo dos anos. / Ns = não significante.

Fonte:Galduróz e Caetano, 2004

Além dos dados apresentados nas Tabelas 1 e 2, os estudos dos quatro levantamentos realizados pelo CEBRID, anos 1987, 1989, 1993 e 1997, apontam que os usuários pesados de álcool, relataram também já terem consumido outras drogas: 26,5% deles já usaram solventes; 17,3% utilizaram maconha; 14,2% utilizaram tabaco; 10,5% usaram ansiolíticos; 8,1% usaram anfetamínicos e 7,2% utilizaram cocaína (GALDURÓZ e NOTO, 2000).

Segundo Galduróz et al. (2004), as drogas legais, tabaco e álcool, apresentaram com menor média de idade para o primeiro uso: 12,5 anos e 12,8 anos, respectivamente. Já a maconha aparece com média um pouco maior sendo de 13,9 anos e a cocaína com média de 14,4 anos para o primeiro uso. Tais afirmações se tornam importantes para ações e estratégias de prevenção por volta dos 9 a 11 anos de idade dando privilégios ao álcool e o tabaco.

Importante estudo brasileiro realizado por Carlini et al. (2002) envolveu mais de 200 mil habitantes de 107 cidade. Sua amostra foi composta por 8.589 entrevistados a domicílio sendo indagados sobre uso de drogas. Deste estudo foram encontrados números expressivos sobre o uso de álcool na vida em 68,7% da população, na faixa etária entre 12 e 17 anos foi encontrado 48,3%, na faixa etária de 18 e 24 anos foi de 73,2%. A prevalência de dependência de álcool foi de 11,2%, sendo 17,1% para o gênero masculino e 5,7% para o gênero feminino entre os 12 e 17 anos, dependentes de álcool somavam 5,2% e entre os 18 e 24 anos 15,5%.

Além dos problemas advindos do abuso do álcool, identificar o início da sua utilização é de suma importância. Vieira, Ribeiro & Laranjeira (2007) pesquisaram 2 mil estudantes do 5º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio do município de Paulínia – SP. Os autores elaboraram um questionário próprio a partir de questões de outros questionários e encontraram uma prevalência de 62,2% de uso de bebida alcoólica na vida entre os alunos.

O estudo constatou que a média de idade do primeiro uso de bebida alcoólica foi de 12,3 anos, variando entre 5 e 19 anos de idade. Apontaram também, que em torno de 78% tiveram o primeiro uso de bebida alcoólica antes dos 15 anos, 22% afirmaram ter bebido antes dos 10 anos. O estudo dos autores ainda encontrou a associação entre a idade que experimentou álcool pela primeira vez, uso de tabaco e outras drogas, apontando os estudantes que iniciaram o consumo de álcool mais cedo demonstravam maior consumo, seja no número de episódios de embriagues como também no número de ocasiões nos últimos 30 dias.

O estudo do YRBS 1999 buscou descrever a relação existente entre o uso de drogas e comportamentos de risco para a saúde. Estudo com 200 universitários de 18 a 26 anos de idade da cidade de Ribeirão Preto realizado por Pillon, O’Brien e Chavez (2005) mostrou que os rapazes apresentaram maior consumo quando comparado as moças. Além disso, foram os rapazes que dirigiam mais sob efeito de bebidas alcoólicas, estavam envolvidas em violência física (brigas) e apresentavam comportamento sexual inadequado ao comparar com seus pares do gênero feminino.

Scivoletto et al. (1999) direcionaram seus estudos para a relação entre o consumo de substâncias psicoativas e o comportamento sexual em 689 alunos do ensino médio em uma escola pública da cidade de São Paulo – SP. O estudo revelou que o consumo de bebida alcoólica esta associado ao uso de maconha, comportamento sexual de risco, uso de crack e precocidade da vida sexual. Tais resultados fortalecem a associação de ingestão de bebida alcoólica e outras drogas e comportamentos de risco para a saúde em jovens.

Zambon et al. (2006) ao investigar os fatores associados a comportamentos de risco em italianos, observaram associação similar as já citadas, em que rapazes consomem mais bebida alcoólica que moças. Porém, em relação a idade, o estudo apontou que o risco de consumo aumentou com o avanço da idade. O estudo encontrou associação também entre o poder de compra da família, em que família com maior poder de compra, menor foi o consumo de álcool dos adolescentes. Na relação com pais, professores e melhor amigo, aqueles que apresentaram dificuldades de relacionamento apresentaram também aumentou o risco de consumo.

Como visto, alguns comportamentos estão diretamente associados ao consumo de bebida alcoólica. Porém, Kuo et al. (2002) relatam diferenças culturais e ambientais no consumo de álcool entre adolescentes e jovens adultos. O estudo comparou estudantes universitários dos EUA e do Canadá, em que os estudantes canadenses demonstraram maior consumo de alcool em relação aos universitários americanos. Entretanto, os estudantes americanos apresentaram consumo de bebida alcoólica superior por ocasião comparada aos estudantes canadenses. Além dessa comparação, o estudo relatou que, em ambos os países, os jovens estudantes que vivem com seus pais foram menos prováveis ter consumo abusivo de bebida alcoólica e, em alguns relatos, os estudantes afirmaram que a primeira embriagues aconteceu antes dos 16 anos.

Xing; Ji & Zhang (2006) em estudo envolvendo 5 mil adolescentes verificaram que estudantes que apresentaram embriaguez frequentemente são mais prováveis ao uso de drogas ilícitas, tabaco, comportamento suicida, envolvimento em brigas e comportamento sexual de risco.

Investigação sobre apagões (blackouts) induzido pelo consumo de álcool foi conduzida por White, Jamieson-Drake & Swartzwelder (2002). Foi encontrado associação entre blackouts com vandalismo, início do uso de álcool em idade precoce, relação sexual de risco, dirigir alcoolizado e maiores índices de reprovação. Moças apresentaram menor consumo em relação aos rapazes, concordando com autores já citados que afirmaram ter uma associação entre consumo de álcool e o sexo masculino.

Levantamento sobre fatores associados ao consumo excessivo de diversas substâncias psicoativas realizado com 1.785 rapazes iranianos indicou que o consumo de álcool foi associado com consumo de tabaco, aumento da idade, uso de drogas ilícitas, condição sócio-econômica alta e comportamento de risco geral.

No contexto das associações ao abuso de bebida alcoólica na adolescência, aspectos sócio-históricos como o processo de industrialização e a crise econômica dos anos 80, podem ter sido responsáveis pela dificuldade do ingresso do jovem no mercado de trabalho e causa de insatisfação de suas necessidades. Lembrando a crescente produção industrial de bebidas

alcoólicas e o impacto da mídia a favor do consumo em todas as classes sócio- econômicas (MUZA et al., 1997).

O estudo de Watten (1995) realizado na Noruega buscou investigar as possíveis associações entre o consumo de álcool nos grupos que praticavam exercícios físico comparado com grupos sem nenhum tipo de exercício. Não foi encontrada diferenças significativas entre o grupo controle e o grupo de esportistas referente à quantidade de vinho que era consumido. No estudo foi constatada associação entre cerveja e participação em esportes, mais especificamente nos esportes de equipe. Os dados apontam que homens e mulheres que estão envolvidos com handebol, futebol, handebol e demais esportes coletivos, bebiam mais cerveja em relação aos praticantes de esportes individuais ou nenhum. Importante relatar que o estudo mostra que homens e mulheres noruegueses jovens que praticam diversos tipos de esportes coletivos, preferem beber cerveja. As mulheres que compõe equipes de esporte relataram maior consumo total de álcool e também apresentaram maior consumo de bebidas alcoólicas em relação as mulheres praticantes de modalidades individuais ou em nenhum esporte.

Segundo Gigliotti & Bessa (2004), parece existir uma complexa interação entre fatores culturais, biológicos e ambientais para o consumo do álcool. Assim sendo, destaca-se o alerta para a diminuição e abstinência do consumo de bebidas alcoólicas entre os adolescentes. Soldera et al. (2004b) afirmam que é importante estudar o público adolescente de forma minuciosa e, principalmente, referente ao uso de drogas lícitas e ilícitas, ao mesmo tempo objetiva-se identificar neste contexto os fatores socioculturais e psicológicos que estejam associados ao uso pesado. Segundo Muza et al. (1997), abordar questões do uso e abuso de álcool não é simples, certamente combater seu uso não se dá apenas a partir de uma perspectiva, e sim, da interdisciplinariedade.

4.METODOLOGIA ! ! !

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MET O D O L O G IA

PREVALÊNCIA DE USO DE TABACO E BEBIDA ALCOÓLICA EM ATLETAS-JOVENS BRASILEIROS

4.METODOLOGIA

Para elaboração do estudo foi utilizado banco de dados construído a partir de levantamento descritivo de corte transversal, envolvendo informações relacionadas a características selecionadas sociodemográficas e aos comportamentos de risco para saúde em jovens atletas.

A coleta dos dados foi realizada no mês de novembro de 2010 e os protocolos de intervenção utilizados foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Londrina (Processo n° 073/07) e acompanharam normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos.

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