• Nenhum resultado encontrado

USO DE TABACO E BEBIDA ALCOÓLICA EM ATLETAS JOVENS

Pesquisar o movimento humano e o desempenho de atletas não é algo recente. Diversos estudos e descobertas são encontrados com frequência ao longo dos tempos. Os conceitos de atividade física, exercício físico e prática de esporte, muitas vezes e de maneira equivocada, são utilizados por autores como sinônimos. Por mais que seja difícil encontrar consenso entre as definições para cada um, a OMS (2002) assume que atividade física é “todo movimento do corpo no cotidiano, incluindo trabalho, recreação, exercício e atividades esportivas”. Já o conceito de exercício físico, deve ser interpretado como “movimento corporal planejado, estruturado e repetitivo realizado para aprimorar ou manter um ou mais componentes da condição física” (Bouchard et al. 1990). Por último, a definição de atividade esportiva de forma mais abrangente, segundo o Conselho da Europa (1995), é “toda forma de atividade física que, através de uma participação organizada ou não, tem por objectivo a melhoria da condição física e psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados em competições de todos os níveis.

Segundo dados do CDC (2006) e OMS (2007), a inatividade física condiciona o surgimento de patologias que se manifestam com o passar do tempo. Seguindo esse raciocínio, se a inatividade física favorece o

aparecimento de patologias, o aumento da atividade física, como a prática de esporte, poderá ter efeitos benéficos na prevenção e na redução das manifestações das enumeras patologias e na minimização do aparecimento e desenvolvimento dos fatores de risco para a saúde.

Entre os diversos comportamentos de risco, destaca-se o uso de tabaco e álcool em jovens atletas, esses que, muitas vezes, são rotulados como “geração saúde”. Portanto, identificar a prevalência destes comportamentos de risco em jovens atletas, assim como os fatores a eles associados, podem colaborar em estratégias para reduzir, ou mesmo combater, os fatores de rsico que acomete a saúde dos futuros atletas adultos.

Pesquisas recentes tentam identificar a idade em que se inicie o ato de fumar para que com este dado, possibilite campanhas e estratégias de combate ao tabaco. A iniciação tabágica ocorre antes dos 14 anos para a maioria dos fumantes na União Européia. Mais de metade dos jovens que experimentam torna-se dependentes (VITÓRIA et al., 2000; MATOS e GASPAR, 2003).

Elders et al. (1994) em seus estudos identificaram que, em grande parte dos casos, o uso de tabaco se inicia antes dos 18 anos de idade; a maioria dos adolescentes fumantes é viciada em nicotina, o tabaco se torna a primeira droga utilizada pelo jovem que subseqüentemente utiliza outras drogas ilegais; existem outros fatores de risco psicossociais ligados ao início de utilização do tabaco, a publicidade do cigarro tem grande influência no aumento do risco de jovens iniciarem o uso de tabaco, estratégias para combater o uso do tabaco em jovens tem resultados satisfatórios quando envolvem a comunidade. Logo, esses itens devem ser considerados em avaliações e em propostas de ação em saúde pública.

O crescente consumo de drogas lícitas e ilícitas leva a comunidade científica a traçar o perfil dos usuários, que tem grande contribuição na fase da adolescência. Logo, mediante resultados de algumas pesquisas com este público, sugere-se a prática de esportes como um agente protetor contra consumo de álcool, cigarro e uso de drogas ilegais (McArdles et al., 2000; Pate et al., 1995; Naylor, Gardner & Zaichowsky, 2001; Hellandsjo-Bu et al., 2002).

Acredita-se que jovens-atletas tendem a ter um consumo de tabaco e bebidas inferior comparado com jovens não-atletas, em razão da pratica de esporte a priori estar relacionado a um estilo de vida mais ativo e saudável. Estudo realizado no sudeste da França com jovens atletas de elite, conduzido por Peretti-Watel et al. (2003), relata que a atividade esportiva esta negativamente associado ao uso de drogas. Matos & Gaspar (2003) relatam que jovens que praticam mais atividade física referem mais frequentemente já ter experimentado fumar, mas no que diz respeito ao consumo regular, a situação inverte-se e são os jovens não fumantes regularmente os que mais frequentemente praticam atividade física. Os jovens que já experimentaram tabaco, assim como aqueles que usam regularmente, afirmaram ser menos felizes e relataram com mais frequência sintomas de mal estar psicológico e físico, alimentação menos saudável e insatisfação com a própria imagem corporal.

Outro fator que deve ser ressaltado sobre jovens atletas é que estes, muitas vezes, residem em casas de atletas ou alojamentos, ou seja, longe de suas famílias. Tanto os jovens que já experimentaram tabaco como os consumidores regulares apresentam um perfil de afastamento em relação aos colegas em ambiente escolar e um maior convívio com amigos de fora da escola. Se faz necessário identificar se, o fato dos atletas estarem afastados de seus familiares estaria associado à prevalência de consumo e iniciação do tabagismo.

Entre fumantes existe habitualmente menor resposta cardíaca durante o exercício físico, essa característica tem estado associado à arritmias ou à morte súbita (NUNES, 2006). Segundo Barreto et al. (2010), jovens e adolescentes que faziam atividade física mais vezes por semana, ou que fariam atividade física caso tivessem oportunidade, apresentaram menores prevalências de tabagismo. O autor afirma ainda que, realizar ou ter disposição para realizar atividade física freqüentemente, ou seja, na maioria dos dias da semana, esteve associado à menor chance de fumar cigarros.

No estudo de Barreto et al. (2010) utilizou-se de uma questão subjetiva para identificar a associação entre esporte e tabagismo. O propósito de usar essa questão foi tentar caracterizar que, mesmo entre os não-esportistas

regulares existe uma proporção que não pratica por falta de oportunidade, mas que se diferenciam dos escolares que não praticam nenhum esporte e não desejam praticar esportes, grupo este que apresenta a maior prevalência de tabagismo regular. A associação encontrada confirma a importância de se ampliar as oportunidades e opções de prática de esporte ao público jovem como um meio de promover a saúde no sentido mais abrangente, e também como preventivo para o tabagismo e outros comportamentos de risco.

O estudo de Patrick et al. (2003) envolvendo atletas de elite de 16 a 24 anos no sudeste da França, teve a participação de 40 centros de treinamento e 616 jovens praticante de 30 esportes diferentes. No estudo foram considerados fumantes aqueles que fumavam cigarros no momento do estudo, pelo menos de vez em quando (uso ocasional) e uso diário. As questões referente a ingestão de álcool, considerada pelo menos uma vez por mês (uso ocasional). Os esportes no estudo foram agrupados em esporte de equipe (handebol, rugby, voleibol) e esportes deslizantes (snowboard, esqui, pára-quedismo, vela, ciclismo, atletismo, ginástica, etc.) O estudo separou os sexos e verificou que os rapazes estavam mais propensos ao uso de álcool e canabis, enquanto a prevalência de tabagismo foram semelhantes para ambos os sexos. O efeito sobre a idade demonstrou que os mais velhos eram mais propensos a beber álcool pelo menos uma vez por mês, o tabagismo atual foi menos freqüente entre os meninos com idades entre 16-17. O uso de cannabis pelo menos uma vez por ano foi mais freqüente entre meninos com idades de 18 a 20 anos. Quando comparado os esportes de equipe, os resultados apontaram estar mais propensos a beber álcool, enquanto os esportes de deslizamento foram associados positivamente com o consumo de cannabis entre meninas, já os atletas que participam de competições internacionais eram mais propensos a fumar cigarros e maconha.

Seguindo ainda o mesmo estudo, os autores perceberam que a atividade esportiva com estudante-atleta de elite pode ser considerada como associada negativamente com uso de drogas. No entanto, este achado pode ser questionado. O efeito do uso das drogas por parte de jovens atletas de elite pode ser sazonal: atletas de elite podem reduzir seu uso de drogas durante a temporada competitiva e após este período consumir tanto quanto outros

adolescentes durante o resto do ano. Infelizmente essa pesquisa não foi projetada para testar esta hipótese.

Um tópico que merece um estudo mais aprofundado é o efeito da idade. Não se tem muitas informações sobre o que acontece durante o início da idade adulta. Este período é crítico, de acordo com os dados coletados, as mudanças efetuadas durante o período de transição (adolescência para fase adulta): o uso ocasional de álcool manteve-se elevada, para os cigarros que desapareceu (para moças) ou desnivelado em 18-20 (para rapazes); de maconha desapareceu (para moças) ou foi revertida após 18-20 (para rapazes). O efeito da idade observado para o álcool é devida, provavelmente, ao baixo consumo limite (pelo menos uma vez por mês): os adultos são mais propensos a beber pequenas quantidades regularmente, enquanto os adolescentes são caracterizados por bebedeira episódica.

Encontrou-se duas fortes ligações positivas em moças (cigarro e maconha) e uma fraca ligação entre consumo de cigarros em rapazes. A respeito da atividade esportiva, os adolescentes praticante de esporte de equipe eram mais propensos a beber álcool, pelos menos uma vez por mês. O mesmo dado foi encontrado em estudos anteriores com consumo mais elevados de álcool. Praticar um esporte de deslizamento também foi associado fortemente com uso ocasional de álcool entre os rapazes (pelo menos uma vez por mês) e de maconha entre as meninas (pelo menos um vez ao ano).

A relação entre o esporte de deslizamento e uso de drogas deve ser interpretados com cautela segundo Patrick et al. (2003). Os esportes de deslizamento não são necessariamente ligados por uma relação causal. Eles podem ter dois fatores para atender a mesma necessidade: "buscando a sensação". De acordo com psicólogos da característica desta personalizada é expressa através de muitos comportamentos, incluindo esporte X-treme (que são muitas vezes esportes de deslizamento) e uso de drogas (Zukerman, 1994). Assim, é preciso concluir que a busca da sensação está associada tanto ao uso de drogas e o esporte de deslizamento segundo Pillard et al. (2001) em vez de considerar que o esporte de deslizamento são a causa do uso de drogas.

Moças que competem a nível internacional foram mais propensas a fumar cigarro e maconha. O uso do tabaco gerencia o estresse e parece ser mais freqüente entre as mulheres conforme afirma Sorensen e Pechacek (1987); Waldron (1991). Este achado ilustra o fato de que o tabacco e a maconha podem ser usadas, a fim de aliviar o estresse e ansiedade competitiva, que são frequentes entre os jovens atletas (Passer, 1983; Smoll e Smith, 1990; Bray et al., 2000). Ao comparar o uso em atletas de elite e outros adolescentes, porém não o motivo de usar, este achado também enfatiza a necessidade de melhorar a nossa compreensão dos motivos específicos para uso de drogas entre os atletas.

Diversos atletas de elite ingerem álcool com frequência, sejam em períodos de treinamento ou mesmo em competição. O mesmo fato é encontrado em estudantes universitários. A pesquisa de O’Brien e Lyons (2000) constataram que mais de 88% dos atletas universitários norte- americanos consomem álcool. O mesmo estudo relata que os dados apontados estão muito próximos aos valores encontrados em adultos norte-americanos que não são atletas, Neste caso, 90% da população consome algum tipo de bebida alcoólica. Uma das supostas resposta pode estar na hipótese do consumo de bebida alcoólica devido às obrigações acadêmicas e sociais, somadas a rotina de treinos fortes e as competições (SANTOS e TINUCCI, 2004).

Autores como Munro (2000) relatam que no caso da Austrália, esporte e álcool estão em sincronismo. A indústria do álcool patrocina competições esportivas, festivais e equipes. Os membros de equipes esportivas do sexo masculino estão licenciados para consumir álcool pesado. Isso acontece em comemorações após o jogo, visto como uma tradição em muitas modalidades esportivas. Neste contexto os dirigentes e comissão técnica acabam deixando passar em branco a proibição do consumo de bebidas alcoólica entre atletas que, em muitas vezes, acabam sendo espelhos para crianças que tem afinidade por determinado clube, equipe ou jogador, estimulando o consumo de bebida aos mais jovens. Na Austrália, 18% dos atletas bebem mais de 3 vezes por semana em seus clubes, 37% dos atletas consomem 6 ou mais doses nas

ocasiões em que bebem, acima de ⅓ ingerem bebida alcoólica de maneira arriscada (MUNRO, 2000).

A ligação entre os atletas e as drogas vem de longa data. Segundo Wagner (1989) os atletas olímpicos da Grécia Antiga já utilizavam ervas e cogumelos com o objetivo de melhorar a performance atlética. Atletas franceses no século XIX bebiam mistura de levedura de coca e vinho chamado vin mariani. Essa bebida promovia uma redução das sensações de fome e de fadiga associadas aos exercícios prolongados. Por outro lado, a celebração através de feitos heróicos do esporte também incentiva o excesso de consumo de álcool (Peretti-Watel, Beck e Legleye, 2002), o que reforça o desejo de danificar o corpo e exalar a masculinidade. Por conseguinte, não é surpresa o papel do álcool como lubrificante social, e tem sido fundamental para a vida em curso em muitos clubes esportivos (Duff, Scealy e Rowland, 2004).

A discussão da ciência está direcionada em identificar o impacto negativo que a bebida alcoólica pode acarretar entre atletas que fazem uso abusivo e freqüente acerca do rendimento e na saúde. O’Brien (1993) desenvolveu estudo para investigar o efeito do consumo de álcool um dia antes da atividade física, mais especificamente na noite anterior precedente ao esforço físico e verificou a influência na performance do atleta. Os resultados demonstraram que o álcool interfere em determinados sistemas energéticos, porém não necessariamente de maneira negativa.

Quarrie et al. (1996) analisaram 348 atletas neozelandeses selecionados em clubes e escolas com idade média por volta de 20 anos. Os resultados mostraram que 43% das moças relataram consumir álcool pelo menos duas ou até três vezes por semana, já os rapazes 64% relataram. Com relação às doses ingeridas, 38% das moças e 61% dos rapazes afirmaram ingerir pelo menos 6 ou mais doses de bebidas por ocasião. No que se refere às lesões causadas pela bebedeira, os autores encontraram relatos de que 14% dos rapazes e 8% das mulheres apresentaram algum tipo de lesão ocasionada pela bebida alcoólica. Como conclusão os autores apontam que o uso nocivo do álcool está colocando os atletas em risco em vários resultados negativos em relação à performance atlética, iniciando pelas lesões até a própria qualidade de vida. Os autores afirmam também a necessidade de investigar o impacto de

outros fatores, como propagandas e patrocinadores da indústria do álcool no esporte.

Sivyer (1990) em seus estudos relata que as propagandas de bebidas alcoólicas atraem jovens adolescentes por serem atrativas, ou seja, as propagandas em televisão estão direcionadas para menores beber. Verifica-se no Brasil forte publicidade televisionada de diversas marcas de cervejas em horários nobres durante o intervalo dos jogos como, campeonatos de futebol, esporte este que no Brasil envolve o maior número de expectadores. Os comerciais geralmente promovem episódios de comédia, masculinidade e sensualidade feminina. Sivyer (1990) afirma ainda que é comum verificar atletas e eventos esportivos envolvidos em estratégias de marketing de bebidas alcoólicas na Austrália. Tal fato se deve a sensação de que o consumo de bebida alcoólica é saudável, natural, traz sucesso, comemorativo entre australianos e assim por diante.

Como a influência do álcool nos esportes é grande, acredita-se que ela possa se estender as equipes em idades universitárias e mais jovens, assim como também, naqueles que se interessam pelo esporte como fãs e espectadores. Nelson & Wechsler (2003) verificaram em seus estudos que os “fãs” do esporte se envolvem mais em consumo exagerado de bebida alcoólica em relação aos “não fãs”. Os autores atribuem o fato ao marketing das indústrias de álcool, além de verificar que os interessados por esportes contribuem para um aumento do consumo excessivo para promover ambiente festivo e comemorativo nos locais de competição.

Preocupação da comunidade científica é encontrar valores de consumo de bebida alcoólica em atletas jovens e comparar com seus pares não atletas, pois acredita-se que jovens atletas possam ter menor consumo de bebida alcoólica assim como de outras drogas e esse fator estar associado à prática de esportes, relacionando assim com menores fatores de risco.

O fato de indivíduos estarem envolvido em atividades esportivas apresentando-se mais saudável e preocupado com seu bem estar parece ser um consenso. Porém, estudo de Nattiv & Puffer (1991), ao pesquisar o estilo de vida de atletas, encontrou dados consistentes com outros estudos ao comparar

uso de drogas e bebida alcoólica entre atletas e não-atletas, verificando uso praticamente idêntico nos dois grupos.

O mesmo estudo apresentou dados afirmando que a quantidade de álcool ingerida por atletas em repouso foi muito superior em quantidade e frequência dos não-atletas, além dos atletas ter relatos de dirigir depois de ingerir bebida alcoólica, andar de carona com motorista intoxicado, na maioria das vezes não usar cinto de segurança em veículos e não usar capacetes em motos. O grupo de atletas ainda apresentou forte tendência de não se interessar por assuntos de prevenção de acidentes em relação aos não atletas. É importante ressaltar que os atletas desse estudo possuem maior histórico familiar de abuso de drogas e álcool em relação ao grupo de não-atletas. E esse fator aumenta a prevalência de bebedeiras entre eles. Este estudo teve como amostra várias modalidades de esporte; porém, não contemplou todas as modalidades. Portanto, acredita-se que além das diferenças entre algumas variáveis para determinar o consumo de bebida alcoólica já citada, pode ocorrer diferenças entre o consumo de bebida alcoólica com jovens atletas entre o esporte que pratica.

Jovens atletas universitários que participam de campeonatos universitários conciliam as atividades acadêmicas, as pressões comuns da vida e a cobrança pelo rendimento nos treinamentos e competições. Essa cobrança é comum nessa fase segundo Selby et al. (1990). A somatória da pressão pelo sucesso esportivo com as tarefas acadêmicas e sociais podem favorecer a um comportamento visto como “normal” de abuso de drogas, uma vez verificado a importância de sucesso esportivo para os adolescentes (SANTOS e TINUCCI, 2004).

Selby et al. (1990) identificaram em seus estudos que 60% dos rapazes e 41% das moças atletas universitárias consumiam bebida alcoólica pelo menos uma vez por semana quando não estavam em período competitivo. No período de competição (temporada competitiva) houve uma queda no consumo para os rapazes atingindo 42% e para as moças 26%. O estudo apontou que o álcool é a droga preferida dos atletas estudantes universitários e ao relacionar seu consumo com o aumento da pressão competitiva, não apresentou aumento do consumo de bebida alcoólica, demonstrando que o consumo de bebida

alcoólica não está associado às pressões imposta pelo rendimento e sim ao fato do tempo livre para relaxar.

Devido preocupação de jovens atletas em se tornar adultos dependentes do álcool, Selby et al. (1990) recomenda programas educativos para atletas sobre o efeito do álcool, drogas e medicações. Mesmo sem o diagnóstico se o uso ou abuso de drogas e bebida alcoólica por jovens atletas universitários é maior que outros estudantes que não são atletas, conhecer e entender os efeitos das drogas e bebida alcoólica é de suma importância para verificar se poderia afetar a performance (SANTOS e TINUCCI, 2004).

Acredita-se que a exigência física e metal do alto nível das competições não esteja relacionado ao uso de substâncias como drogas e álcool e que atletas de elite sejam mais disciplinados com relação ao seu uso. Anderson et al. (1991) encontraram dados afirmando que, exceto os esteróides anabolizantes, os universitários tiveram sua primeira experiência com drogas lícitas ou ilícitas durante o período que estudavam no junior high ou high school. Logo o autor alerta sobre a importância de programas educativos em escolas em que o primeiro contato com drogas lícitas e ilícitas acontece.

O consumo abusivo do álcool em jovens potencializa conseqüências como disfunções endócrinas, diminuição da produção de testosterona, alterações no metabolismo de lipídios e toxidade. O atleta não está imune a estas conseqüências. O’Brien & Lyons (2000) afirmam ainda que a cerveja é uma fonte de carboidratos que fornecem energia; porém, fornece calorias puras e não glicose disponível.

No estudo de Fogelholm et al. (1994), ao analisar 1.274 ex-atletas finlandeses com idade média de 57,6 anos, identificou que 29,7% usavam álcool. Entre aqueles que apresentaram maior expectativa de vida estavam os indivíduos que bebiam moderadamente, já os bebedores pesados e os

Documentos relacionados