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Fim da atividade Canção vitória acabou-se a

história

Gostaram da história? Ainda se lembram como se chama a menina? E que frutos levava? Que animais lhe tiraram os frutos?

Despedida

- Crianças mostraram vontade em desenhar a história

- Apesar de as crianças estarem muito atentas ao desenrolar da história é difícil avaliar o impacto da mesma em crianças tão pequenas (3 anos)

A educadora:

- Sentou-se junto das crianças para ouvir a história

- Gostou da atividade

referenciando que as crianças estavam muito atentas Questões apontadas pela coordenadora:

- Boa introdução com música - Utilização da repetição como algo positivo (reforço de rotinas) - Capacidade de resolver questões como a da argola na cabeça da Handa para apoiar o cesto

- Boa finalização com a despedida do “adeus, abraços e muitos palhaços”.

131 O que foi explorado:

A maioria dos contos lidos nesta instituição prefigura sempre a imagem de uma criança branca. Ao explorar um conto em que a personagem principal é negra estamos a permitir que as crianças negras (a maioria) (nesta sala) sejam representadas e que se possam identificar em termos fisionómicos com a personagem. Numa sala multicultural é importante que se explore um pouco a cultura de cada um para que as crianças se possam sentir ou se sintam mais aceites e criando auto-estima na sua própria representação. Esta história passa-se no Quénia e apresenta uma menina que para se deslocar até outra aldeia (onde vive a sua amiga) vai a pé levando um cesto de fruta à cabeça, encontrando-se pelo caminho com animais que lhe querem tirar a fruta do cesto. Este cenário apresenta-se ideal para mostrar às crianças meias diferentes do urbano assim como outras realidades culturais daquelas vivenciadas por elas. Há que reforçar, no entanto, que existem diferentes hábitos culturais no conto como a rodilha e o cesto na cabeça, que existem no meio que as crianças vivem (Tapada das mercês).

Conhecer diferentes realidades culturais (aplica-se em todos os contos) e diferenças entre o (os) modo (os) de vida do meio urbano e rural vai permitir no futuro evitar a construção de preconceitos e juízos de valor perante determinadas vivências.

Observação: Sala dos 3 anos:

A atividade iniciou-se pelas 9h30, hora acordada com a educadora. Pedi às crianças que se sentassem no tapete para fazermos uma atividade. Rapidamente todos se sentaram tendo eu tomado o lugar central no semicírculo que se formou. As crianças queriam sentar-se perto de mim pelo que discutiram um pouco antes de se acalmarem para o início da atividade.

Começamos por cantar a canção do bom dia que me permitiu recordar os nomes de algumas crianças.

132 “Eu vou estar com vocês todas as semanas para vos contar uma história e fazermos umas atividades muito giras”

De seguida apresentei o livro deixando algum tempo para que as crianças observassem a capa e fizessem algumas observações. “É fruta”; “ é uma menina com uma cesta com fruta”

Eu: “muito bem” e esta menina chama-se handa. Vamos descobrir o que vai acontecer a handa e à sua cesta de frutos” Não obtive resposta pois estavam muito concentrados à espera que abrisse o livro

Iniciei a leitura da história: “é uma banana” disse uma criança olhando para uma das imagens do livro que identifica os frutos que a handa leva na cesta. Eu: “muito bem”! E esta? (apontado para a laranja) “é uma laranja!” (alguém respondeu)

Uma das crianças questionou o que era um dos elementos que se encontrava na base do cesto: “o que é isto?” Apontando para a imagem.

Eu: isto chama-se uma rodilha serve para por o cesto e não magoar a cabeça da handa mas também para ela conseguir equilibrar o cesto, que deve ser muito pesado, coitada da Handa que ainda tem uma longa viagem até a aldeia da sua amiga Akeyo.”

Tentei que as crianças fossem participando na leitura da história levantando questões como” que fruta é esta? Que animal é este? O que está a acontecer?”

A princípio as crianças iam participando mas apenas com pequenas respostas às minhas questões pareciam querer que fosse eu a tomar controlo da história.

Tentei sempre ao máximo fazer suspense levantando questões e alternado a voz e o ritmo para tornar a história mais interessante e acho que consegui uma vez que as crianças estavam presas a história.

Iam identificando alguns dos animais que apareciam mas eu tinham que os questionar para obter resposta. Quando a história chegou ao fim cantamos a canção vitória, vitória acabou a história!

Questionei-os se tinham gostado. Obtive alguns sins

Quando questionei se recordavam o nome da menina, uma criança respondeu “vanda” eu corrigi dizendo que era handa um nome de origem africana dai ser natural as crianças não estarem familiarizadas.

Conseguiram identificar alguns frutos, os mais consumidos habitualmente por eles suponho e os animais. Houve uma criança que se recordou da avestruz. “Vamos desenhar a história” questionou uma criança. Infelizmente por falta de tempo não conseguimos aceder ao pedido. O nosso objetivo com estas crianças não é trabalhar questões já desenvolvidas no jardim-de-infância mas sim levá-las a uma maior participação na construção das aprendizagens. Despedi-me utilizando uma canção comum a um desenho animado conhecido como batatoon: “ adeus, abraços e muitos palhaços!”

Reflexão:

Penso que os objetivos a que me propôs para esta atividade foram alcançados, apesar de ser difícil avaliar o impacto inicial que a história teve nas crianças. Percebeu- se que estavam atentos e a reter o conteúdo da história mas não sabemos que leitura fizeram (nas suas cabeças) da mesma. A rodilha utilizada

133 para equilibrar o cesto e não magoar a cabeça da personagem surgiu como oportunidade de referenciar um hábito cultural já observado na Tapada das Mercês mas que também existe e é representado na realidade e no meio da história da Handa, o que permite que as crianças encontrem um sentido na história, fazendo uma ponte a hábitos que já conhecem e que podem observar no seu contexto atual.

No caso da educadora é importante que esta compreenda a utilidade de observar os diferentes hábitos nas comunidades (do meio envolvente) para que todas as crianças com diferentes origens culturais possam desenvolver um sentido de pertença, valorizando os seus diferentes hábitos culturais. A utilização de histórias infantis é comum num jardim-de-infância e pode ser uma ferramenta para trabalhar valores e competências interculturais. O interesse que as crianças deram a exploração do conto e dos vários elementos foi um primeiro passo para a educadora compreender como explorar diferentes representações e hábitos culturais e o seu contributo na estimulação de curiosidade, consciência e interesse nas crianças.

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B)

Data: 22/02/13

Destinatários: Sala dos 3 anos Tempo Previsto: 30 a 40 min

Leitura e Exploração da História: “ A Surpresa de Handa”

TEMA Objetivos METODOLOGIA MATERIAIS A

UTILIZAR

AVALIAÇÃO

Diferentes Frutos

Objetivo geral: Explorar frutos mais ou menos familiares provenientes de vários países quentes Específicos a

interculturalidade: - Reforçar rotinas: importante na 1º infância para dar um sentido de disciplina e segurança - Experienciar diretamente os sentidos (tato,olfato, paladar) A. Apresentação B. Recordar

O que se passou na sessão anterior qual era a história? O nome da menina?

C. Exploração de Sensações

Querem conhecer os frutos que a Handa levava? Querem experimentar por a cesta na cabeça como a Handa e andar um pouco pela sala?

Ver, tocar, cheirar, provar os frutos

D. Fim da atividade