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Final do AluguelRealização da obra

No documento Contabilidade intermediária I (páginas 129-136)

No caso de construção devem ser computados os gastos efetuados até o momento do “habite-se” do imóvel.

O funcionamento da conta Construções encontra-se apresentado na tabela a seguir: (a) débitos pela aquisição, edificação ou pela reavaliação e

(b) créditos pela alienação.

Importações em Andamento de Bens do Imobilizado

Esta conta registra todos os gastos incorridos relativos aos equipamentos, máquinas, aparelhos e outros bens até sua chegada, desembaraço e recebimento pela empresa.

CONSTRUÇÕES

DÉBITOS

CRÉDITO

Saldo Inicial: Devedor

Saldo Final: Devedor

Alienação

Aquisição ou

Sabendo um pouco mais

A certidão do habite-se é um documento que atesta que o imóvel foi construído seguindo-se as exigências (legislação local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovação de projetos. Contudo, este documento não é um certificado de garantia de que a construção foi executada em obediência às boas normas de engenharia e arquitetura, e, portanto, não atesta a segurança da obra e, muito menos, a qualidade.

Quando um projeto para construção de um imóvel é aprovado pela prefeitura, significa que o mesmo atendeu à legislação local e a construção pode ser iniciada após a liberação do alvará (documento autorizando o início dos serviços). Quando a construção atinge um nível em que a certidão do habite-se pode ser emitida, o proprietário do imóvel faz a requisição junto ao órgão competente da prefeitura, que providenciará uma vistoria no imóvel para constatar se o que foi construído retrata o projeto aprovado inicialmente. Se tudo estiver conforme o projeto aprovado, a certidão do habite-se é emitida em poucos dias. No entanto, caso haja algum problema, a certidão será liberada somente após a resolução do mesmo.

Caso passe ainda por uma fase de montagem e instalação, é transferida pelo seu custo total para a conta Construções em Andamento. Caso entrem em operação já na sua chegada, sua transferência é feita diretamente para a conta correspondente de bens em operação.

Adiantamentos para Inversões Fixas

Registram-se aqui todos os adiantamentos a fornecedores por conta de fornecimento sob encomenda de bens do imobilizado, que representam pagamentos por conta de um valor previamente contratado. Como exemplos, citamos grandes equipamentos e mecanismos, elevadores, pontes-rolantes e outros similares, ou ainda, adiantamentos a empreiteiros de obras civis, etc.

Quando do recebimento do bem correspondente, debita-se na respectiva conta do imo- bilizado pelo valor total, baixando-se esta conta de Adiantamentos para Inversões Fixas, e o saldo a pagar é registrado no passivo.

Depreciação

A maioria dos bens utilizados na manutenção dos negócios da companhia, com exceção de terrenos, tem uma vida útil limitada.

A vida útil representa o tempo que o bem será utilizado pela companhia em circuns- tâncias normais. Os fatores que limitam a vida útil de um bem são a deterioração e a obsolescência. A deterioração é o desgaste físico do bem e a obsolescência é o processo pelo qual o bem se torna arcaico com o desenvolvimento de novas tecnologias, ou de processos mais aperfeiçoados.

É importante o entendimento de que a vida útil desses bens está associada a esses dois fatores, considerando-se que, por exemplo, uma máquina pode funcionar 15 anos; no entanto, a sua vida útil estimada é de apenas 10 anos. A partir desse tempo, geralmente, ela passa a ser economicamente inviável, esse fato obrigará a companhia a adquirir uma nova máquina mais aperfeiçoada.

Logo, em virtude de esses bens terem vida útil limitada, os princípios contábeis exigem que os custos incorridos em sua aquisição sejam apropriados à despesa (empresas comer- ciais), nos exercícios sociais relacionadas com a sua utilização, sendo tal procedimento indispensável para avaliação do ativo imobilizado.

O sistema utilizado para transferir o custo desses bens para a despesa denomina-se depreciação. Para efetuar o cálculo da depreciação, é necessário definir o número de anos de vida útil do bem e a maneira de distribuir o seu custo pelos exercícios sociais.

Vamos fazer um exercício para relembrar o que já aprendemos até aqui em nosso curso e vamos praticar um pouco a depreciação, de que já temos conhecimento.

EXERCÍCIO

Efetue os lançamentos contábeis na forma de conta T e elabore o balancete, a demons- tração do resultado do exercício e o balanço patrimonial, com base nas seguintes informações:

a. Integralização em dinheiro do capital social no valor de $ 50.000. b. Aquisição a prazo de móveis e utensílios no valor de $ 30.000. c. Recebimento referente a serviços prestados no valor de $ 60.000. d. Compra à vista de $ 5.000 de materiais de escritório.

e. Pagamento de $ 4.000 referente à propaganda em rádio. f. Pagamento de serviços de limpeza no valor de $ 2.000

g. Serviços prestados no mês, no valor de $ 40.000, que serão recebidos no mês seguinte.

h. No final do período constatou-se que $ 1.000 de material, comprado conforme o item d, tinham sido utilizados nas atividades.

i. Depreciação de móveis e utensílios com base na taxa anual. (considerar 1 ano) j. Constitua a provisão para o Imposto de Renda com base na alíquota de 30%.

Sempre tentem antes, depois comparem o resultado; assim vocês aprendem mais, pelos menos funciona comigo assim. Ou leiam a respostas e depois tentem sem olhar. Bem vocês decidem, lembrando que:

“Aquele que deseja construir torres altas, deverá permanecer longo tempo nos fundamentos.” Anton Brucknes. In: http://www.irbianchi.com/2015/04/aquele-que-deseja-construir-torres. html, acesso em 06.04.2017

RESPOSTA DO EXERCÍCIO

Cálculo de Depreciação:

$ 30.000 x 10% = $ 3.000

Caixa Capital Social

(a) (a) (e) (d) (c) D C D C D C D C D C D C D C D C D C D C D C D C (f ) 4.000 2.000 60.000 50.000 S = 99.000 D S = 50.000 D S = 30.000 D S = 30.000 D S = 100.000 D S = 4.000 D S = 4.000 D S = 2.000 D S = 40.000 D S = 1.000 D S = 3.000 D S = 3.000 D S = 27.000 D S = 27.000 D 5.000 50.000

Contas a pagar Receitas de serviço

(c) (g) (1) (b) 30.000 60.000 40.000 100.000 Móveis e utensílios (b) 30.000 Materiais de escritório (h) (d) 5.000 1.000

Despesas de propaganda Despesa de limpeza

(1) (g) (f)

(e) 4.000 4.000 (2) 2.000 2.000

Despesa de material Despesa de depreciação

(1) (i) (i) (h) 1.000 1.000 (1) 3.000 3.000 Contas a receber 40.000 Depreciação acumulada 3.000 Despesa de

Imposto de renda imposto de rendaProvisão para o

(j) (j) 27.000D 27.000C (1) D C27.000

BALANCETE

SALDOS DEVEDORES SALDOS CREDORES

Caixa 99.000 Capital social 50.000

Móveis e utensílios 30.000 Contas a pagar 30.000

Materiais de escritório 4.000 Receita de serviços 100.000

Despesa de propaganda 4.000 Depreciação acumulada 3.000

Despesa de limpeza 2.000 Provisão para imposto

Contas a receber 40.000 de renda 27.000

Despesa de material 1.000

Despesa de depreciação 3.000

Despesa de Imposto de

Renda 27.000

Total 210.000 Total 210.000

Apuração do resultado e encerramento das contas de receitas e despesas:

Observação: o lançamento (1) foi feito após o levantamento do balancete.

Transferência para lucros acumulados:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receita de serviços 100.000 Despesa de propaganda Despesa de limpeza Despesa de material Despesa de depreciação (4.000) (2.000) (1.000) (3.000)

Lucro antes do imposto de renda 90.000

Despesa de Imposto de Renda (30% x 90.000) (27.000)

Resultado do exercício Lucros acumulados (m) 63.000D C63.000 (1) (m) D C 63.000 Resultado do exercício Lucros acumulados (m) 63.000D C63.000 (1) (m) D C 63.000

BALANÇO PATRIMONIAL

Depreciação – amortização – exaustão (acumuladas)

Os elementos do ativo não-circulante são adquiridos para fi car no patrimônio por um longo tempo. Portanto, são infl uenciados – patrimonialmente – pela passagem desse tempo, perdendo paulatinamente seu valor. Essa perda pode se dar na forma de depre- ciação, amortização ou exaustão.

A depreciação é a perda do valor de um bem por uso, desgaste ou obsolescência.

Fonte: Pixabay.com

A amortização é a perda do valor de um elemento patrimonial, que tenha prazo determi- nado de utilização, pela passagem desse prazo.

ATIVO PASSIVO + PATRIMONIO LÍQUIDO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

Caixa

Materiais de escritorio 40.000,004.000,00 Total do Ativo Circulante 143.000,00 99.000,00

ATIVO NÃO CIRCULANTE

30.000,00

(3.000,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital Social Lucros acumulados Total do patrimônio líquido Contas a pagar

Provisão para imposto de renda Contas a receber

Móveis e utensílios Depreciação acumulada

27.000,00

Total do Ativo Não Circulante 50.000,0063.000,00 113.000,00 30.000,00 27.000,00 Total do passivo 57.000,00

É bom lembrar que, em termos de apuração do resultado operacional, a depreciação/ amortização/ exaustão é antes de qualquer coisa uma alocação de custo, que permite aferir o resultado econômico da entidade.

Os encargos de depreciação, amortização ou exaustão são registrados como conta de resultado, a crédito de conta retificadora do ativo, conforme lançamento exemplificativo a seguir:

D = despesa com encargos de depreciação/amortização/exaustão C = a depreciação/amortização/exaustão acumulada

A partir dos conceitos acima, é possível apresentar o funcionamento da conta deprecia- ção/amortização/exaustão acumulada, conforme tabela a seguir:

Vamos partir agora para a contabilização das diversas formas de depreciação:

Contabilização da Depreciação

A depreciação pode ser escriturada por meio de um lançamento ao fim de cada mês, ou de um só lançamento no fim do exercício contábil, se o regime fiscal da empresa não for o da apuração do lucro real mensal.

Como vimos na contextualização inicial do assunto, a parte do lançamento que registra o decréscimo do Ativo Imobilizado é creditada a uma conta de redução do ativo denomi- nada Depreciação Acumulada.

O uso de uma conta de redução do ativo permite que o custo original permaneça inal- terado na conta de Ativo Imobilizado, o que facilita o cálculo da depreciação periódica, a menção tanto do custo como da depreciação acumulada no balanço e a informação necessária para fins de Imposto de Renda.

No documento Contabilidade intermediária I (páginas 129-136)