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Término do Exercício Social

No documento Contabilidade intermediária I (páginas 111-119)

31.12.X0

31.12.X1

CURTO PRAZO

LONGO PRAZO

No gráfico acima, o longo prazo representa os itens realizáveis a longo prazo, tendo em vista que ao se considerar a data base de 31.12.X0, os ativos nesta situação só se realiza- rão após 12 meses, ou seja, após 31.12.X1.

As aplicações de recursos podem ser feitas com o objetivo de dar operacionalidade à empresa, por exemplo, para produzir bens para venda, através da compra de uma máquina para este fim. Neste caso, compõem o grupo imobilizado.

Se não se destinarem à manutenção da atividade da empresa, comporão o grupo de investimentos, por exemplo, compra de terrenos para especulação imobiliária, ou seja, para ganhar dinheiro com a futura valorização.

Neste momento nos concentraremos no imobilizado, mas à frente no seu Curso de Ciên- cias Contábeis, vocês terão a oportunidade de abordar os demais itens do Ativo Não Circulante.

Bem, Alunos, classificam-se no Ativo Imobilizado todos os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da empresa, ou exercícios com essa finalidade. São incluídos todos os bens de natureza permanente e que são tangíveis.

Incluem-se também no Ativo Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da natureza citada, mesmo que não estejam em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tais como construções em andamento, importações em andamento, adianta- mentos para inversões fixas, etc.

Sabendo um pouco mais

Existem ainda aplicações em bens intangíveis, cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos direitos de propriedades que são legalmente conferidos a seus possuidores, tais como patentes, direitos autorais, marcas, etc. Neste caso, constituem o grupo intangível.

Sabendo um pouco mais

Bens tangíveis, que têm um corpo físico, tais como, terrenos, obras civis, máquinas, móveis, veículos, benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais, etc.;

Assim, nesse subgrupo do ativo incluem-se todos os bens que a empresa possui com a intenção de mantê-los e que se destinem ao funcionamento da sociedade ou de seu empreendimento, bem como os direitos exercidos com esta finalidade.

Conforme o Art. 179, da Lei nº 6.404/76, as contas deste subgrupo serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Quando se fala: inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os bene-

fícios, riscos e controle desses bens, refere-se a bens que não são de propriedade da empresa

na forma jurídica, mas em essência sim, e por isso é considerado imobilizado. Por exem- plo: bens decorrentes de leasing financeiro.

No caso de leasing financeiro, há transferência dos riscos e benefícios inerentes à pro- priedade. Caso não tenha a transferência, trata-se de leasing operacional, neste caso não é imobilizado.

Como os bens do Ativo Imobilizado, com exceção dos terrenos e alguns outros itens, têm um período limitado de vida útil, o custo de tais ativos deve ser alocado aos exercícios beneficiados pelo uso, no decorrer da sua vida útil. Esse processo é chamado de depre- ciação do imobilizado, e a Lei nº 6.404/76 o define assim:

“A diminuição de valor dos elementos do Ativo Imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direi- tos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência”. (grifos nossos)

Aspectos Gerais Conforme CPC 27,

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para alu- guel a outros, ou para fins administrativos; e

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manuten- ção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

Não há um critério-padrão referente à duração mínima que um ativo deve ter para ser classificado como imobilizado. É pertinente que tenha uma vida útil mínima de um ano. Contudo, o bem não precisa ser usado continuamente, nem mesmo frequentemente, para ser considerado um imobilizado. Mesmo os equipamentos de reserva, usados em caso de falha de equipamento titular, ou para uso nos períodos de intensificação de tra- balho, são incluídos no Ativo Imobilizado.

Já os bens adquiridos para fins de reserva no curso normal dos negócios não podem ser caracterizados como imobilizado, apesar de sua durabilidade ou da extensão de tempo em que serão mantidos na empresa.

Terrenos e/ou móveis adquiridos com fins especulativos não devem ser classificados como Ativo Imobilizado. Quando equipamentos e máquinas são retirados de serviço e destinados à venda, deixam de ser Ativo Imobilizado.

Reconhecimento do Imobilizado (CPC 27)

O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se: for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e (b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classi- ficados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobi- lizado, também são contabilizados como ativo imobilizado.

Como podemos perceber, se não houver probabilidade da companhia auferir benefícios econômicos com o imobilizado, ele não deve ser reconhecido.

Classificação

Geralmente, o imobilizado é dividido em dois grandes grupos:

Bens em Operação: são todos os bens já em utilização na geração da atividade objeto da sociedade; e

Fonte: Pixabay.com

Imobilizado em Andamento: onde se classificam todas as aplicações de recursos de imobilizados (bens ou direitos), mas que ainda não estão operando.

Fonte: Pixabay.com

Essa segregação é importante na análise das operações da empresa, particularmente na apuração de índices e comparações entre as receitas e o imobilizado. Essa classificação permite uma análise do direcionamento do negócio, principalmente, quando utilizamos o imobilizado em operação, normalmente, responsável pela geração de receitas para a companhia.

Bens em operação Terrenos

Obras preliminares e complementares Edificações Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Ferramentas Imobilizado em andamento

Bens em uso na fase da implantação Construções em andamento

Importações em andamento

Adiantamentos para inversões fixas Componentes do Imobilizado

Vimos que, segundo a Lei das S.A, classificam-se no ativo imobilizado as contas repre- sentativas dos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controles desses bens. Assim, nesse subgrupo incluem-se os bens e direitos que a empresa possui com a intenção de manter e que se destinem ao funcionamento da sociedade ou de seu empreendimento. Vejamos abaixo esta configuração:

• Imóveis; • Terrenos; • Construções; • Máquinas e equipamentos; • Móveis e utensílios; • Veículos; • Florestas; • Minas e jazidas;

Mensuração no reconhecimento (CPC 27, p.4-5)

Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como ativo deve ser mensurado pelo seu custo.

Elementos do custo

O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessá- rias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;

(b) custos de preparação do local;

(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (d) custos de instalação e montagem;

(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipa- mento); e

(f) honorários profissionais.

Disponível em: http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/316_CPC_27rev%2008.pdf

Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(a) custos de abertura de nova instalação;

(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais);

(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e

(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração.

custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições ope- racionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;

prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e

custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade. (CPC_27, p. 5-6. Disponível em: http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/316_ CPC_27_rev%2008.pdf)

Critérios de Avaliação e Componentes do Imobilizado

Prezados Alunos, agora entenderemos os critérios de avaliação do imobilizado e nos aprofundaremos no estudo dos seus componentes.

Critérios de Avaliação

Bem, Pessoal, precisamos saber como se mensura o imobilizado, por isso utilizaremos os critérios definidos pela Lei das Sociedades Anônimas como referência.

Os critérios de avaliação do Ativo Imobilizado são definidos pela Lei nº 6.404/76, Arti- gos 183, como segue:

“Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da res- pectiva depreciação, amortização ou exaustão.

Isto significa que os elementos do Ativo Imobilizado deverão ser avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos os saldos das respectivas contas de depreciação, amortização ou exaustão.

Considera-se como custo de aquisição todos os gastos relacionados com a aquisição do elemento do Ativo Imobilizado e aqueles necessários para colocá-los em local e condi- ções de uso no processo operacional da empresa.

Assim, o custo de aquisição deve incluir: • Bens comprados de terceiros; • Bens construídos;

• Bens recebidos por doação; e

Componentes do Imobilizado

Seguiremos o modelo de plano de contas da aula do material impresso, o qual transcreve- mos abaixo para contextualizar melhor a nossa aula sobre os componentes do subgrupo do imobilizado:

No documento Contabilidade intermediária I (páginas 111-119)