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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.2. Captação de recursos financeiros

2.2.3. Financiamento de ENBT no Brasil

Meirelles, Pimenta Jr. e R empiricamente evidente, en custo de capital. Afirm

ção de investimento. Além disso, assinalam a ra que os fundos possam alcançar retornos s s mecanismos necessários, citam a necessi ue essas empresas façam suas ofertas públicas

6) explicitam a importância das EBTs para a orção de engenheiros e cientistas na população nos EUA e no Japão. Afirmam, também, ram 0,6% do PIB daquele país, o que é 50% m aior que a taxa britânica como mostra o Gráfico

C em EBT como porcentagem do PIB.

ON, 2006, p. 164.

autores não aprofundam a análise de com r seu projeto a potenciais investidores, ou s projeto não ser financiado por falhas no proce es. Dessa forma, é possível concluir que o estu

a perspectiva da empresa, ainda é pouco ex vasto campo de pesquisa.

ento de ENBT no Brasil

Rebelatto (2008) relatam que a restrição ao englobando dificuldades de acesso ao crédito

rmam, ainda, que, dadas essas caracter

a importância de se ter s satisfatórios para seus sidade de um sistema as iniciais de ações.

a economia israelense. ão trabalhadora é maior , que os investimentos maior que a taxa norte-

ico 2.

mo essas empresas se seja, desconsideram a cesso de convencimento studo das relações entre explorado na literatura,

ao crédito no Brasil é ito, prazos curtos e alto terísticas do contexto

macroeconômico do País, as EBTs, dentre estas as nascentes (ENBTs), sofrem ainda mais com a escassez de capital. No biênio 2008-2009, de todas as propostas recebidas pelos fundos de VC e PE, apenas 43% foram analisadas, destas, 5,5% foram para a etapa de due dilligence e apenas 1,3% do total receberam investimento (FGV, 2010).

O setor de VC e PE no Brasil ainda é pequeno e bastante recente, mas tem apresentado grande crescimento nos últimos anos, principalmente após a estabilização macroeconômica a partir de 1999. Em 2003, houve a melhoria do arcabouço regulatório, por meio de publicação de instruções normativas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)31, com objetivo de flexibilizar os recolhimentos tributários de acordo com cada investidor dos fundos de VC e PE e, também, para eximir esses fundos de responsabilidade legal sobre passivos que por ventura ultrapassassem o capital investido nas empresas (MEIRELLES, PIMENTA JR. e REBELATTO, 2008).

Em 2006, foi aprovada a Lei nº. 11.312/06 que zera o imposto de renda de investidores não residentes no País com aplicações em fundos de PE e VC e estabelece regime tributário próprio para esses fundos, com alíquota de 15% para os investidores residentes. (ABVCAP, 2008)

Uma pesquisa da FGV (2010)32 mostra a evolução da indústria de PE e VC no Brasil. Até dezembro de 2009, foram identificadas cerca de 180 organizações gestoras em atuação, com 258 veículos de investimento e cerca de 1.600 profissionais. Estima-se que essas organizações tinham, ao final de 2009, US$ 31 bilhões em capital comprometido (2,3% do PIB) e 502 empresas investidas. Para fins de comparação, nos EUA e Inglaterra, essa proporção chega a 3,7% e 4,7% do PIB, respectivamente (FGV, 2010). O Gráfico 3 apresenta a evolução do capital comprometido nos fundos brasileiros, sua taxa de crescimento e sua relação com o PIB. No período 2007-2009 esses fundos investiram cerca de US$ 3,0 bilhões ao ano.

Meirelles, Pimenta Jr. e Rebelatto (2008) afirmam que as operações de financiamento no Brasil têm se concentrado em empresas em estágios mais avançados (fase de expansão), ao contrário do que ocorre na Europa e nos EUA, onde os investimentos nas fases de capital semente e startup são mais expressivos. Observa-se no Brasil o que Schwienbacher (2007)

31 Uma descrição dessas instruções está disponível no trabalho de Meirelles, Pimenta Jr. e Rebelatto (2008). 32 Dados da apresentação do Segundo Censo do Setor de PE e VC no Brasil, de dezembro de 2010, a serem publicados.

denomina equity gap, ou nascentes. De todos os inve investidas), 13,1% capital

stage (105 empresas invest 209 empresas nascentes inv

Gráfico 3 – PE e VC no Brasil: c

Fonte – FGV, 2010.

A maioria dos investimento investidas (56,6% do total) Gerais, 34 empresas (7,0% Essa concentração se explic a maioria dos fundos tem Assim como têm restrições aqueles para os quais o fu sobre o número de investim os setores de base tecnoló empresas, foram: tecnolog farmacêutico e biotecnologi

Em análise do setor de VC principalmente na criação d capital semente. Somente a investimento em conjunto Fórum, por exemplo, no pe empresas, com um volume o suporte dado pelo BN BNDESPar, em fundos de

u seja, escassez de interessados em investir vestimentos realizados, 7,6% foram de capital al startup (66 empresas investidas) e 20,9%

stidas), aproximadamente. Isso representa um nvestidas até dezembro de 2009. (FGV, 2010)

: capital comprometido

ntos de VC e PE ocorreu no estado de São Pau al), seguido pelo Rio de Janeiro, 75 empresas %). Ao todo, o Sudeste compreende 80% das lica pela concentração de veículos de investime restrições de investir em empresas localizad es de investir em empresas em estágios ou de fundo foi criado. Infelizmente não estão dis timento em cada estado por estágio das empre lógica, aqueles que mais receberam investim logia da informação e eletrônicos, energia

gia (FGV, 2010).

C no Brasil, o Monitor Group (2007) destaco o do Programa Inovar e na sua participação em

a Finep já disponibilizou R$ 3,0 bilhões para to com fundos de VC e PE (Finep, 2010).

período de 2000 a 2010, favoreceu o investim e de investimento de R$ 160 milhões (FGV, 2 NDES, com investimentos diretos em em de VC e PE e no apoio institucional dispensa

ir em empreendimentos al semente (38 empresas venture capital early- m universo em torno de

aulo, com 127 empresas as (15,5%), e por Minas as empresas investidas. mento nessa região, pois adas em outras regiões. e setores que não sejam disponíveis informações resas investidas. Dentre imentos, em número de ia e petróleo, médico-

cou a atuação da Finep, em fundos de VC e de ra o programa Inovar de ). O programa Venture timento em cerca de 50 , 2010). Destacou ainda mpresas por meio do sado a novos atores do

setor; e a atuação do Sebrae, no fortalecimento dessas empresas em busca de maior competitividade.

Os maiores investidores dos fundos de VC e PE são os fundos de pensão (22% do capital comprometido), seguidos por fundos corporativos (18%). Os gestores dos fundos de VC e PE em média aportam 9% dos recursos, enquanto na média internacional esse número é de 1,0 a 2,0%. Outra diferença se dá nos fundos de gestão de fortunas (family offices) que também aportam 9% dos recursos no Brasil, enquanto a média internacional é de 22% (FGV, 2010).

O Monitor Group (2007) enfatizou, como pontos de atenção: o tamanho dos fundos, que segundo ele, não conseguem gerar escala suficiente para tornarem-se lucrativos; a grande dependência dos agentes governamentais e o desinteresse dos investidores internacionais no mercado brasileiro de VC33, por não ter histórico e casos de sucesso reconhecidos mundialmente. Em relação à governança corporativa no País, criticaram: a não adoção de práticas de governança em empresas de capital fechado e no governo e a cultura de não separar recursos pessoais e empresariais. Em relação aos recursos humanos, destacam a legislação trabalhista onerosa, a preocupação das universidades em perder ou dividir sua força de trabalho com EBTs, a inexperiência em gestão e em negócios dos empreendedores nacionais e a dificuldade de atrair bons profissionais com os salários pagos no setor de VC.

A estruturação dos investidores-anjos no País é ainda mais incipiente. Em junho de 2008, havia no Brasil apenas quatro associações de anjos, com capital estimado em US$ 9 milhões. Os aportes realizados por eles estão entre US$ 50 mil e US$ 500 mil, podendo chegar a US$ 1 milhão (MONITOR GROUP, 2007). Vale ressaltar que se trata de estimativas com base nos anjos formalizados. Esse número pode ser maior, pois os casos de investimentos podem não estar registrados. Isto corrobora, entretanto, a informação de que esse segmento seja incipiente e tenha baixo nível de estruturação, quando comparado com as associações norte-americanas e europeias.

Neste trabalho, o foco será os anjos e os fundos de capital semente e de VC, pois são aqueles que de fato investem nas empresas em seus estágios iniciais, seja na forma de capital semente (seed capital) seja de estruturação inicial (startup). Também poderão ser considerados aportes

33 Vale ressaltar que, de 2007 (data do estudo) em diante, se percebe um interesse crescente de investidores internacionais no Brasil.

realizados por parceiros estratégicos ou adiantamento de clientes como alternativas de captação de recursos financeiros (JONES e JAYAWARNA, 2010).