• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO I FITASES: PRODUÇÃO POR MICRO-ORGANISMOS,

4. Potencial papel do fitato e mioinositóis na saúde humana

4.3. Fitato e mioinositóis e efeitos anticâncer

A atividade anticâncer é uma das mais importantes atividades relacionadas ao ácido fítico (BOHN; MEYER; RASMUSSEN, 2008). Ela foi demonstrada em vários tipos de câncer como cólon, fígado, pulmão, mama, próstata, pele e tecidos moles de ratos e camundongos e em diversas linhagens celulares, inclusive de humanos (SCHLEMMER et al., 2009). Entretanto a comparação entre esses estudos é difícil pelo uso de diferentes métodos de

suplementação de ácido fítico. A maioria dos estudos utiliza 1 a 2% de fitato puro adicionado à água ou a uma dieta pobre em fibras, enquanto um número menor utiliza farelo de cereais como fonte natural de fitato, mas não é possível estabelecer qual método é mais eficaz (JENAB; THOMPSON, 2002). Contudo, concentrações menores de fitato adicionados à água exibem forte inibição tumoral (GREINER; KONIETZNY, 2007).

O ácido fítico aumenta a atividade das células natural killers, correlacionadas com a supressão de tumores, bem como inibe a proliferação de células tumorais humanas in vitro. Por outro lado, os fitatos de sódio e de potássio promovem a atividade de células de tumores em bexiga e rins, mas o fitato de magnésio e o ácido fítico puro não exibem essa atividade carcinogênica (PLAAMI, 1997).

A efetividade do fitato na prevenção do câncer de cólon induzidos em ratos e camundongos está relacionada ao efeito dose-dependente, além de que uma dieta com alimentos ricos em fibras de fitato apresentou correlação inversa ao desenvolvimento desse tipo de câncer (GRAF; EATON, 1985).

Células de diferentes origens possuem sensibilidade variada ao fitato, sugerindo diferentes mecanismos de ação. Foi demonstrado ainda que o fitato induz a diferenciação e maturação de células malignas (eritrócitos leucêmicos), frequentemente revertendo-as para o fenótipo normal (SHAMSUDDIN; BATEN; LALWANI, 1992). Um efeito sinergístico entre fitato e inositol foi demonstrado em diversos cânceres em experimentos com animais como mama e pulmão (VUCENIK e SHAMSUDDIN, 2003).

Figura 10. A. Possíveis mecanismos de ação do ácido fítico na prevenção de doenças (adaptado de

JENAB; THOMPSON, 2002).B. Algumas funções do fitato e mioinositóis no organismo (adptado de

KUMAR et al., 2016). IP6 IP5 IP4 IP3 IP2 IP1 Mioinositol - Agente anticâncer - Prevenção de doenças cardiovasculares - Envolvido na expressão de genes - Segundos mensageiros para uma variedade de sinais extracelulares - Envolvido na inibição do câncer - Inibição da angiogênese tumoral - Participa na liberação de cálcio no citoplasma - Ativador de receptores para metabolismo A B

Variados mecanismos estão relacionados às propriedades anticarcinogênicas do fitato e mioinositóis. IP6 e suas formas menos fosforiladas são

encontradas nas células de mamíferos e têm importante papel como sinalizadores celulares. Estas vias estão envolvidas em mecanismos transducionais, incluindo metabolismo, secreção, contração, atividade neural, proliferação e apoptose celular. A administração oral de uma solução de 1 a 2% de ácido fítico reduziu focos de aberrações criptas induzidas em ratos, além disso, ensaio in vitro com células Caco- 2 tratadas com ácido fítico sugeriu que sua ação anticâncer está relacionada com mecanismos de apoptose (VERGHESE et al., 2006). É proposto que o IP6 age no

controle da divisão celular, embora o mecanismo não seja conhecido (PLAAMI, 1997). O mioinositol (1,3,4,5,6) pentaquisfosfato inibe a enzima fosfatidilinositol 3- quinase responsável pela angiogênese relacionada ao crescimento tumoral e o sequestro de Zn2+ e Mg2+ pelo fitato afeta a atividade de enzimas essenciais para a

síntese de DNA, bloqueando a proliferação de células tumorais (GREINER; KONIETZNY, 2007). A inibição da digestão do amido no intestino delgado pelo fitato contribui na formação do bolo fecal e eliminação de potenciais carcinogênicos presentes ou pode ser fermentado para produção de ácidos graxos de cadeia curta. O aumento desses ácidos graxos baixa o pH alterando o metabolismo da microbiota e inibindo a produção e absorção de amônia (NEWMARK; LUPTON, 1990). Em particular, o butirato promove a proteção do cólon contra a carcinogêse, uma vez que diversos estudos in vitro mostraram que este reduz o crescimento de células cancerígenas de linhagens coloretais (CORADINI et al., 2000). A Figura 10 resume os possíveis mecanismos de ação do fitato na prevenção de doenças e seu papel no organismo.

5. Micro-organismos Paecilomyces variotii e Rahnella aquatilis como produtores de enzimas

5.1. Paecilomyces variotii

O gênero de fungos filamentosos Paecilomyces era relacionado ao gênero Penicillium, tendo sido separado deste por Bainer em 1907 (PITT; HOCKING, 2009). Esse gênero pertence à classe Hiphomycetes e está incluído no filo Ascomytcota (SEIFERT; GAMS, 2011). Existem cerca de 140 epítetos para o gênero Paecilomyces, sendo que a maioria são sinônimos ou dúbios. Aceita-se que

64 destes são espécies diferentes (HAN; LIANG; CHU, 2007). Paecilomyces é reconhecido como um fungo patógeno de nematódeos, e por isso é utilizado para controle biológico. Este gênero é cosmopolita e está amplamente distribuído no solo e no ar, sendo que as espécies P. lilacinus e P. variotii são as mais comuns e já foram isoladas de alimentos e madeira, podendo apresentar certa resistência ao calor (50 a 60°C). P. variotii (Figura 11 A e B) apresenta condições ideais de crescimento à temperaturas entre 30 e 40°C e pode se desenvolver mesmo sob baixas concentrações de oxigênio (PITT; HOCKING, 2009). P. variotii é relacionado ainda aos gêneros Talaromyces e Thermoascus, considerados como sua forma teleomorfa (fase sexual) (INGLIS; TIGANO, 2006). Este fungo é considerado como G.R.A.S. (Generally Recognized as Safe) pela FDA (Food and Drug Administration) e salvo poucas cepas, não produz micotoxinas. Além disso é de grande interesse por produzir uma grande variedade de enzimas.

Entre as principais enzimas produzidas por P. variotii destacam-se as celulases, xilanases, quitinase, amilases, tanase e fitase (LAGUNA; TOLEDO MARANTE; MIOSO, 2015). Celulases e xilanases compreendem um grupo de enzimas capazes de degradar a celulose e hemicelulose, o polímero mais abundante na natureza. Entre essas enzimas, estudos citam a produção de α e β- glucosidases (JOB; SUKUMARAN; JAYACHANDRAN, 2010; OGUMA et al., 1992), xilanase e β-xilosidase (KELLY; O’MAHONY; FOGARTY, 1989; YANG et al., 2006). Além disso, foi relatada a capacidade do fungo em degradar lignocelulose em xilose e glicose e sua consequente fermentação para produção de bioetanol, confirmando a produção de todo o complexo enzimático necessário para o processo (ZERVA et al., 2014). Em relação às amilases foram descritas produção de α-amilase e glucoamilase (MICHELIN et al., 2008 e MICHELIN et al., 2010). Produção de exopoligalacturanases foram reportadas (DAMÁSIO et al., 2010, PATIL et al., 2012), bem como quitinase (NGUYEN et al., 2009).

A produção de enzimas degradadoras de fatores antinutricionais também foi reportada. Obteve-se a produção de tanase (enzima que hidrolisa o grupo éster do ácido tânico e libera glicose e ácido gálico) por FS utilizando-se meio mínimo de sais (MAHENDRAN; RAMAN; KIM, 2005). Nosso grupo de pesquisa reportou a produção de tanase tanto em FS em meio mínimo de sais adicionado de 3% de ácido tânico (BATTESTIN; MACEDO, 2007a), quanto por FES em uma mistura 1:1 de farelo de trigo e casca de café (BATTESTIN; MACEDO, 2007b). Essa mesma

enzima foi utilizada para aumentar o poder antioxidante em chá verde (BATTESTIN; MACEDO; DE FREITAS, 2008) e melhorar a composição fenólica de chás verde, preto e mate (ROBERTO et al., 2016), extratos de uvas (MARTINS et al., 2016, in press) e resíduos de frutas cítricas (MADEIRA JR; MACEDO, 2015). Foi reportado ainda, por nosso grupo, a produção simultânea de tanase e fitase por FES em bagaço de laranja e em torta de mamona com concomitante detoxificação (MADEIRA JR; MACEDO; MACEDO, 2012; 2011) e produção de fitase por FES em torta de tungue com simultânea remoção dos ésteres de forbol (ZANOVELLO, 2013). Assim, este fungo pode ser considerado um importante micro-organismo para uso em processos biotecnológicos e aplicações na área de alimentos.

Figura 11. Fungo P. variotii cultivado por nosso grupo de pesquisa (Laboratório de Bioprocessos,

Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp). A. Colônia plaqueada em meio BDA. B. Micrografia em aumento de 1000 vezes.

5.2. Rahnella aquatilis

Gavini et al. (1976) isolaram um grupo de bactérias com características fenotípicas diferenciadas. Essas cepas foram isoladas a partir de água na França. Posteriormente Izard et al. (1979) classificaram esse grupo no gênero Rahnella. O gênero é composto por bactérias Gram-negativas em forma de bastonete da família Enterobacteriaceae e possui apenas uma espécie descrita, chamada R. aquatilis e mais outros dois genomas relacionados (BRENNER et al., 1998). Como característica bioquímica, essa bactéria é anaeróbia facultativa, fenilalanina

deaminase positiva, lisina e ornitina negativa e arginina dihidrolase negativa. A espécie é amplamente distribuída na natureza, sendo encontrada também no solo de rizosferas (fixadora de N2) e raramente isolada em humanos, geralmente

imunocomprometidos (BRENNER et al., 1998; EL-HENDAWY; OSMAN; SOROUR, 2003).

Essa bactéria não é muito relacionada à produção de enzimas na literatura sendo a mais citada a produção de levansacarase (enzima que hidrolisa sacarose em glicose e frutose e subsequentemente forma polímeros de sacarose) (OHTSUKA et al., 1992; SONG et al.,1998). Outras enzimas reportadas foram a β- galactosidase (FAN et al., 2015), β-lactamase (degrada o anel β-lactâmico de antibióticos) (BELLAIS et al., 2001) e a 5-enolpiruvilshiquimate-3fosfato sintase (enzima chave na formação de aminoácidos aromáticos pela via de Shikimate) (PENG et al., 2012). Alguns estudos têm relacionado a R. aquatilis com a degradação de fitato e sua utilização como fonte de fósforo em comunidades microbianas isoladas de rizosfera (JORQUERA et al., 2014; LI et al., 2013) e em compostagem de serragem e resíduos de café (EIDA et al., 2013) e de esterco de gado leiteiro (FUENTES; JORQUERA; MORA, 2009). Entretanto em nenhum desses casos estudou-se a produção de fitase a partir de processos fermentativos por essa bactéria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante muitos anos o fitato foi considerado apenas como um fator antinutricional nos alimentos, porém com as descobertas relacionando o ácido fítico e os produtos da desfosforilação com benefícios à saúde e prevenção de doenças, incluindo diferentes tipos de cânceres, um novo olhar é lançado sobre esses compostos. Diante disso, as fitases ganham ainda mais importância no cenário mundial de enzimas e abrem novas perspectivas de mercado além da suplementação de rações animais, como um produto de alto valor agregado. Micro- organismos se destacam como produtores de fitase pela facilidade e rapidez na obtenção da enzima e por suas características bioquímicas desejáveis como a termotolerância e atividade em meio ácido, por exemplo. Enzimas recombinantes também se destacam nesse aspecto. Portanto, é necessário a busca por novas

fontes microbianas de fitase, bem como os estudos para purificação e caracterização dessas enzimas e sua aplicação biotecnológica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AFINAH, S.; YAZID, A. M.; ANIS SHOBIRIN, M. H.; SHUHAIMI, M. Phytase: application in food industry. International Food Research Journal, v. 17, p. 13-21, 2010.

ALY, M.M.; TORKI, S.; AL-GARNIN, S.M.; KABLI, S.A. Production and characterization of phytase from Streptomyces luteogriseus R10 isolated from decaying wood samples. International Journal of Agriculture and Biology, v. 17, n. 3, 2015.

ANITA, R.; AGNIESZKA, K.; MICHAL, P. DANUTA, W. Biosynthesis of phytases and phosphatases by Aspergillus niger 551. African Journal of Biotechnology, v. 11, n. 14, p. 3333-3338, 2012.

AWAD, G. E. A.; EL-NASHAR, M. M. M.; DANIAL, E. N. Optimization of phytase production by Penicillium funiculosum NRC467 under solid state fermentation by using full factorial design. World Applied Sciences Journal, v. 15, n. 11, p. 1635- 1644, 2011.

AWAD, G.E.A.; HELAL, M.M.I.; DANIAL, E.N.; ESAWY, M.A. Optimization of phytase production by Penicillium purpurogenum GE1 under solid state fermentation by using Box–Behnken design. Saudi Journal of Biological Sciences, v. 21, p. 81-88, 2014.

BAI, Y.; YANG, P.; WANG, Y.; SHI, P. LUO, H.; MEG, K.; WU, B.; YAO, B. Phytase production by fermentation of recombinant Pichia pastoris in monosodium glutamate wastewater. World Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 25, p. 1643– 1649, 2009.

BAJAJ, B.K.; WANI, M.A. Enhanced phytase production from Nocardia sp. MB 36 using agro-residues as substrates: Potential application for animal feed production. Engineering in Life Sciences, v. 11, n. 6, p. 620-628, 2011.

BALA, A.; SAPNA; JAIN, J.; KUMARI, A.; SINGH, B. Production of an extracellular phytase from a thermophilic mould Humicola nigrescens in solid state fermentation and its application in dephytinization. Biocatalysis and Agricultural Biotechnology, v. 3, n. 4, p. 259-264, 2014.

BARUAH, K.; SAHU, N. P.; PAL, A. K.; DEBNATH, D.; YENGKOKPAM, S.; MUKHERJEE, S. C. Microbial phytase supplementation in rohu, Labeo rohita, diets enhances growth performance and nutrient digestibility. Journal of the World Aquaculture Society, v. 38, n. 2, p. 238-249, 2007.

BATTESTIN, V.; MACEDO, G. A. Tannase production by Paecilomyces variotii. Bioresource Technology, v. 98 p. 1832–1837, 2007a.

BATTESTIN, V.; MACEDO, G. A. Effects of temperature, pH and additives on the activity of tannase produced by Paecilomyces variotii. Electronic Journal of Biotechnology, v. 10, n. 2, p. 191-199, 2007b.

BATTESTIN, V.; MACEDO, G. A.; DE FREITAS, V. A. P. Hydrolysis of epigallocatechin gallate using a tannase from Paecilomyces variotii. Food Chemistry, v.108, p. 228–233, 2008.

BAYE, K.; GUYOT, J.P; VERNIÈRE, C.I.; ROCHETTE, I.; MOUQUET-RIVIER, C. Enzymatic degradation of phytate, polyphenols and dietary fibers in Ethiopian injera flours: Effect on iron bioaccessibility. Food Chemistry, v.174, p. 60–67, 2015.

BELLAIS, S.; POIREL, L.; FORTINEAU, N.; DECOUSSER, J. W.; NORDMANN, P. Biochemical-genetic characterization of the chromosomally encoded extended- spectrum class A β-Lactamase from Rahnella aquatilis. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 45, n. 10, p. 2965-2968, 2001.

BERKA, R. M.; REY, M. W.; BROWN, K. M.; BYUN, T.; KLOTZ, A. V. Molecular characterization and expression of a phytase gene from the thermophilic fungus

Thermomyces lanuginosus. Applied and Environmental Microbiology, v. 64, p.

4423–4427, 1998.

BHAVSAR, K.; KHIRE, J. M. Current research and future perspectives of phytase bioprocessing. Royal Society of Chemistry Advances, n. 4, p. 26677–26691, 2014.

BIANCHI, V.L.; MORAES, I.O.; CAPALBO, D.M.F. Fermentação em estado sólido. In: SCHMIDELL, W.; LIMA, U.A.; AQUARONE, E.; BORZANI, W. (Coord.). Biotecnologia Industrial: Engenharia Bioquímica. São Paulo: Edgar Blücher, 2005. p. 247-276.

BITAR, K.; REINHOLD, J. G. Phytase and alkaline phosphatase activities in intestinal mucosae of rat, chicken, calf, and man. Biochimica et Byophisica Acta, v. 268, p. 442-452, 1972.

BOGAR, B.; SZAKACS, G.; PANDEY, A.; ABDULHAMEED, S.; LINDEN, J.C.; TENGERDY, R.P. Production of Phytase by Mucor racemosus in Solid‐State Fermentation. Biotechnology Progress, v. 19, n. 2, p. 312-319, 2003.

BOHN, L., MEYER, A.S.; RASMUSSEN, S.K. Phytate: Impact on environment and human nutrition. A challenge for molecular breeding. Journal of Zhejiang University, Science B, v. 9, n.3, p. 165–191, 2008.

BRENNER, D. J.; MULLERT, H. E.; STEIGERWALT, A. G.; WHITNEY, A. M.; O'HARA, C. M.; KAMPFET, P. Two new Rahnella genomospecies that cannot be phenotypically differentiated from Rahnella aquatilis. lnternational Journal of Systematic Bacteriology, v. 48, p. 141-149, 1998.

BRINCH-PEDERSEN, H.; MADSEN, C. K.; HOLME, I. B.; DIONISIO, G. Increased understanding of the cereal phytase complement for better mineral bio-availability and resource management. Journal of Cereal Science, v. 59 p. 373-381, 2014.

BURGESS, J. R.; GAO, F. The antioxidant effects of inositol phospahtes. In: REDDY, N. R.; SATHE, S. K. Food Phytates. Boca Raton: CRC Press, 2002, 189-197 p.

CAPUTO, L.; VISCONTI, A., DE ANGELIS, M. Selection and use of a

Saccharomyces cerevisae strain to reduce phytate content of wholemeal flour during

bread-making or under simulated gastrointestinal conditions. LWT- Food Science and Technology, v. 63, n, 1, p.400-407, 2015.

CASEY, A.; WALSH, G. Identification and characterization of a phytase of potential commercial interest. Journal of Biotechnology, v. 110, p. 313–322, 2004.

CASTRO, R.; SATO, H.H. Enzyme production by solid state fermentation: General aspects and an analysis of the physicochemical characteristics of substrates for agro-industrial wastes valorization. Waste Biomass Valorization, v.6, p.1085-1093, 2015.

CHADHA, B.; HARMEET, G.; MANDEEP, M.; SAINI, H.; SINGH, N. Phytase production by the thermophilic fungus Rhizomucor pusillus. World Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 20, p. 105–109, 2004.

CHEN, H. Introduction. In: CHEN, H. Modern solid-state fermentation: Theory and pratice. Dordrecht. Springer, 2013, 1-21 p.

CHERYAN, M. Phytic acid interactions in food systems. Critical Reviews in Food Sciece and Nutrition, v. 13, p. 297-335, 1980.

CHU, H. M.; GUO, R. T.; LIN, T. W.; CHOU, C. C.; SHR, H. L.; LAI, H. L.; TANG, T. Y.; CHENG, K. J.; SELINGER, B. L.; WANG, A. H. Structures of Selenomonas

ruminantium phytase in complex with persulfated phytate: Dsp phytase fold and

mechanism for sequential substrate hydrolysis. Structure, v. 12, p. 2015–2024, 2004.

CORADINI, D.; PELLIZZARO, C.; MARIMPIETRI, D.; ABOLAFIO, G.; DAIDONE, M. G. Sodium butyrate modulates cell cycle-related proteins in HT29 human colonic adenocarcinoma cells. Cell Prolifertion, v. 33, n. 3, p. 139-146, 2000.

CORRADO, F.; D’ANNA, R.; DI VIESTE, G.; GIORDANO, D.; PINTAUDI, B. SANTAMARIA, A.; DI BENEDETTO, A. The effect of myoinositol supplementation on insulin resistance in patients with gestational diabetes. Diabetic Medicine, v. 28, n. 8, p. 972-975, 2011.

COSTELLO, A. J. R.; GLONEK, T.; MYERS, T. C. Phosphorus-31 nuclear magnetic resonance – pH titration of hexaphosphate (phytic acid). Carbohydrate Research, v. 46, n. 2, p. 156-171, 1976.

COWIESON, A. J.; PTAK, A.; MACKOWIAK, P.; SASSEK, M.; PRUSZYNSKA- OSZMALEK, E.; ZYLA, K.; SWIATKIEWICZ, S.; KACZMAREK, S.; JOZEFIAK, D. The effect of microbial phytase and myoinositol on performance and bloob biochemistry of broiler chickens fed wheat/corn-based diets. Poultry Science, v. 92 n. 8, p. 2124-2134, 2013.

CÚNEO, F.; AMAYA-FARFAN, J.; MORGANO, M. A. Dietary phytates protect the rat against lead toxicity. Journal of Food, Agriculture & Environment, v. 4, p. 4 5-4 9, 2006.

DAMÁSIO, A. R. L.; DA SILVA, T. M.; MALLER, A.; JORGE, J. A.; TERENZI, H. F.; POLIZELI, M. L. T. M. Purification and partial characterization of an exo- polygalacturonase from Paecilomyces variotii liquid cultures. Applied Biochemistry and Biotechnology, v. 160, p. 1496–1507, 2010.

DASGUPTA, S.; DASGUPTA, D.; SEM, M.; BISWAS, B. B. Interaction of myoinositoltriphosphate-phytase complex with the intracellular Ca2+ mobilization in

plants. Biochemistry, v.35, p.4994-5001, 1996.

DE ANGELIS, M.; GALLO, G.; CORBO, M.R.; MCSWEENEY, M.F.; FACCIA, M.; GIOVINE, M.; GOBBETTI, M. Phytase activity in sourdough lactic acid bacteria:

purification and characterization of a phytase from Lactobacillus sanfranciscensis CB1. International Journal of Food Microbiology, v. 87 p. 259– 270, 2003.

DEBNATH, D. SAHU, N.P.; PAL, A.K.; BARUAH, K. YENGKOKPAM, S.; MUKHERJELL, S.C. Present scenario and future prospects of phytase in aquafeed. Asian-Australasian Journal of Animal Sciences, v. 18, n.12, p.1800-1812, 2005.

DULIŃSKI, R.; CILECKA, E.K.; PÍERZCHALSKA, M.; ZYLA, K. Phytases improve myoinositol bioaccessibility in rye bread: A study using an in vitro method of digestion and a Caco-2 cell culture model. Food Technology and Biotechnology, v. 53, n.1, p. 66–72, 2015.

DOMENE, S. M. A.; ASSUMPÇÃO, D.; BARROS, M. B. A.; LUZ, V. G.; FISBERG, R. M. Ingestão de minerais e fitatos: indicadores para o monitoramento de risco nutricional. Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência e Tecnologia, v. 2, n. 4, p. 69-75, 2014.

DVORÁKOVÁ, J. Phytases: sources, preparation and exploitation. Folia Microbiologica, v. 43, n. 4, p. 323-338, 1998.

EBUNE, A.; AL-ASHEH, S.; DUVNJAK, Z. Production of phytase during solid state fermentation using Aspergillus ficuum NRRL 3135 in canola meal. Bioresource Technology, v. 53, n. 1, p. 7-12, 1995. ISSN 0960-8524.

EIDA, M. F.; NAGAOKA, T.; WASAKI, J.; KOUNO, K. Phytate degradation by fungi and bacteria that inhabit sawdust and coffee residue composts. Microbes and Environments, v. 28, n. 1, p. 71–80, 2013.

EL-HENDAWY, H.H.; OSMAN, M. E.; SOROUR, N. M. Characterization of two antagonistic strains of Rahnella aquatilis isolated from soil in Egypt. Folia Microbiologica, v. 48, n. 6, p. 799–804, 2003.

ERDAW, M. M.; BHUIYAN, M. M.; IJI, P. A. Enhancing the nutritional value of soybeans for poultry through supplementation with new-generation feed enzymes. World's Poultry Science Journal, v. 72, p. 307-321, 2016.

ESAKKIRAJ, P.; SANDOVAL, G.; SANKARALINGAM, S.; IMMANUEL, G.; PALAVESAM, A. Preliminary optimization of solid-state phytase production by moderately halophilic Pseudomonas AP-MSU 2 isolated from fish intestine. Annals of Microbiology, v. 60, p. 461–468, 2010.

ESCOBIN-MOPERA, L.; OHTANI, M.; SEKIGUCHI, S.; SONE, T.; ABE, A.; TANAKA, M.; MEEVOOTISOM, V.; ASANO, K. Purification and characterization of phytase from Klebsiella pneumoniae 9-3B. Journal of Bioscience and Bioengineering, v. 113, n. 5, p. 562–567, 2012.

FAN, Y.; HUA, X.; ZHANG, Y.; FENG, Y.; SHEN, Q.; DONG, J.; ZHAO, W.; ZHANG, W.; JIN, Z.; YANG, R. Cloning, expression and structural stability of a cold-adapted β-galactosidase from Rahnella sp. R3. Protein Expression and Purification, v. 115, p. 158–164, 2015.

FARHAT-KHEMAKHEM, A.; FARHAT, M.B.; BOUKHRIS, I.; BEJAR, W.; BOUCHAALA, K.; KAMMOUN, R.; MAGUIN, E.; BEJAR, S.; CHOUAYEKH, H. Heterologous expression and optimization using experimental designs allowed highly eficient production of the PHY US417 phytase in Bacillus subtilis 168. AMB Express, v. 2, n. 10, p. 1-10, 2012.

FAROUK, A. E.; GREINER, R.; HUSSIN, A. S. M. Purification and properties of a phytate-degrading enzyme produced by Enterobacter sakazakii ASUIA279. Journal of Biotechnology and Biodiversity, v. 3, n. 1, p. 1-9, 2012.

FREDLUND, K.; BERGMAN, E. L.; ROSSANDER-HULTHEN, L.; ISAKSSON, M.; ALMGREN, A.; SANDBERG, A. S. Hydrothermal treatment and malting of barley improve zinc absorption but not calcium absorption in humans. European Journal of Clinical Nutrition, v. 57, p. 1507–1513, 2003.

FREUND, W. D.; MAYR, G. W.; TIETZ, C.; SCHULTZ, J. E. Metabolism of inositol phosphates in the protozoan Paramecium. European Journal of Biochemistry, v. 207, p. 359-367, 1992.

FUENTES, B.; JORQUERA, M.; MORA, M. de la L. Dynamics of phosphorus and phytate-utilizing bacteria during aerobic degradation of dairy cattle dung. Chemosphere, v. 74, p. 325–331, 2009.

FUJITA, J.; SHIGETA, S.; YAMANE, Y.; FUKUDA, H.; KIZAKI, Y.; WAKABAYASHI, S.; ONO, K. Production of two types of phytase from Aspergillus oryzae during industrial koji making, Journal of Bioscience and Bioengineering, v. 95, p. 460– 465, 2003.

FUJITA, J.; SHIGETA, S.; YAMANE, Y.; FUKUDA, H.; KIZAKI, Y.;WAKABAIASHI, S.; ONO, K. Production of two types of phytase from Aspergillus oryzae during industrial koji making. Journal of Bioscience and Bioengineering, v. 95, n. 5, p. 460-465, 2003.

GAIND, S.; SINGH, S. Production, purification and characterization of neutral phytase from thermotolerant Aspergillus flavus ITCC 6720. International Biodeterioration & Biodegradation, v. 99, p. 15-22, 2015.

GAVINI, F.; FERRAGUT, C.; LEFEBVRE, B.; LECLERC, H. Etude taxonomique d’entérobactéries appartenant ou apparentees au genre Enterobacter. Annals of Microbiology, v. 127B, p. 317-335, 1976.

GHORBANI-NASRABADI, R.; GREINER, R.; ALIKHANI H. A.; HAMEDI, J. Identification and determination of extracelular phytate-degrading activity in actinomycetes. World Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 28, p. 2601–2608, 2012.

GIBSON, D. M.; ULLAH, A. H. Purification and characterization of phytase from cotyledons of germinating soybeans seeds. Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 260, p. 503-513, 1988.

GRAF, E.; EATON, J. W. Dietary suppression of colonic cancer. Fiber or phytate? Cancer, v. 56, n. 4, p. 717-718, 1985.

GRAMINHO, E. R.; TAKAYA, N.; NAKAMURA, A.; HOSHINO, T. Purification, biochemical characterization, and genetic cloning of the phytase produced by

Burkholderia sp. strain a13. Journal of General and Applied Microbiology, v. 61,

p. 15-23, 2015.

GRASES, F.; PERELLO, J.; PRIETO, R. M.; SIMONET, B. M.; TORRES, J. J. Dietary myo inositol hexaphosphate prevents dystrophic calcifications in soft tissues: A pilot study in wistar rats, Life Science, v. 75, p. 11-19, 2004.

GRASES, F.; SIMONET, B. M.; PRIETO, R. M.; MARCH, J.G. Dietary phytate and mineral bioavailability. Journal of Trace Elements in Medicine and Biology, v. 15, p. 221-228, 2001.

GREINER R. Purification and properties of a phytate-degrading enzyme from

Pantoea agglomerans. The Protein Journal, v. 23, n. 8, p. 567-576, 2004.

GREINER, R.; ALMINGER, M. L. Purification and characterization of a phytate- degrading enzyme from germinated oat (Avena sativa). Journal of the Science of Food and Agriculture, v. 79, p. 1453–1460, 1999.

GREINER, R.; DA SILVA, L. G.; COURI, S. Purification and characterisation of an extracellular phytase from Aspergillus niger 11T53A9 Brazilian Journal of Microbiology, v. 40, p. 795-807, 2009.

GREINER, R.; FAROUK, A. E. Purification and characterization of a bacterial phytase whose properties make it exceptionally useful as a feed supplement. The Protein Journal, v, 26, n. 7, p. 467-474, 2007.

GREINER, R.; HALLER, E.; KONIETZNY, U.; JANY, K-D. Purification and characterization of a phytase from Klebsiella terrígena. Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 341, n. 2, p. 201–206, 1997.

GREINER, R.; KONIETZNY, U. Functional properties of phytate. Nutrire: Revista da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição = Journal of the Brazilian Society of Food and Nutrition, v. 32, n. 2, p. 75-89, 2007.

GREINER, R.; KONIETZNY, U. Phytase for Food Application. Food Technology and Biotechnology, v. 44, n. 2, p. 125–140, 2006.

GREINER, R.; KONIETZNY, U.; JANY, K. D. Purification and characterization of two phytases from Escherichia coli. Archives of Biochemistry and Biophysics, v. 303, n. 1, p. 107-113, 1993.

GULATI, H.K.; CHADHA, B.S.; SAINI, H.S. Production and characterization of thermostable alkaline phytase from Bacillus laevolacticus isolated from rhizosphere soil. Journal of Industrial Microbiology and Biotechnology, v. 34, p. 91-98, 2007.

GUPTA, R. K.; GANGOLIYA, S. S.; SINGH, N. K. Reduction of phytic acid and enhancement of bioavailable micronutrients in food grains. Journal of Food Science and Technology, v. 52, n. 2, p. 676–684, 2015.

HAEFNER, S.; KNIETSCH, A.; SCHOLTEN, E.; BRAUN, J.; LOHSCHEIDT, M.; ZELDER, O. Biotechnological production and applications of phytases. Applied Microbiology and Biotechnology, v. 68, p. 588–597, 2005.

HAN, O.; FAILLA, M. L.; HILL, A. D.; MORRIS, E. R.; SMITH JR., J. C. Inositol phosphates inhibit uptake and transport of iron and zinc by a human intestinal cell line. The Journal of Nutrition, v.124, p. 580–587, 1994.

HAN, Y. W.; GALLAGHER, D. J.; WILFRED, A. G. Phytase production by Aspergillus

ficcum on semisolid substrate. Journal of Industrial Microbiology, v. 2, p. 195-200,

1987.

HAN, Y.F.; LIANG, Z.Q.; CHU, H.L. A new thermophilic species of Paecilomyces,

HANSEN, G.H.; LÜBECK, M.; FRISVAD, JC.; LÜBECK, P.S.; ANDERSEN, B. Production of cellulolytic enzymes from ascomycetes: Comparison of solid state and submerged fermentation. Process Biochemistry, v. 50, p. 1327–1341, 2015.

HARLAND, B. F.; MORRIS, E. R. Phytate: a good or a bad food component?