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FONTES PRIMÁRIAS Arcervo da Escola Estadual “Dr Peixoto Gomide”

- Livro de Matrículas da Seção Feminina, 1897-1899

- Livro “Matrícula Secção Feminina, 1905-1909”

- Livro “Matrícula Secção Masculina, 1905-1909”

- Livro Ponto 1897-1899

- Livro Ponto 1903-1905

- Livro Ponto 1908

- Livros de Chamadas da Seção Feminina

- Livro de Registro de Notas dos Exames de Suficiência, 1910-1911

- Mapas Mensais da seção feminina 1899-1901

- Mapas Mensais da seção masculina 1900-1901

- Boletins de alunos esparsos

- Quadros de Fotografia dos Professorandos 1899, 1902, 1904 e 1909

Acervo da Câmara Municipal de Itapetininga

- Livro “Documentos da Câmara, 1841-1904”

- Livro “Atas, 1879-1928”

- Livro “Atas das Sessões da Câmara Municipal (1885-1899)”

- Livro “D.O.V (1899-1902)”

- Livro “Diversos”

Acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo

- Annaes da Sessão Ordinária de 1894

- Annaes da Sessão Ordinária de 1895

- Ofício da Diretoria da Instrução Pública do Estado de São Paulo

- Relatórios do Inspetor do 29º Distrito Literário

- Annuario do Ensino do Estado de São Paulo, 1908-1909

- Annuario do Ensino do Estado de São Paulo, 1909-1910

- Annuario do Ensino do Estado de São Paulo, 1910-1911

Acervo do Centro Cultural e Histórico de Itapetininga Brasílio Ayres de Aguirre

- Jornal Gazeta do Sul

- Jornal Tribuna Popular

- Livro de Lançamento do Imposto Predial

Arquivo Público da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

- Por meio do site: http://www.al.sp.gov.br

- Lei nº 88, de 08 de setembro de 1892

- Lei nº 169, de 07 de agosto de 1893

- Lei nº 861, de 12 de dezembro de 1902

- Lei nº 936, de 19 de março de 1904 - Lei 1846, de 19 de março de 1910 - Decreto nº 27, de 12 de março de 1890 - Decreto nº 218, de 27 de novembro de 1893 - Decreto nº 245, de 20 de julho de 1894 - Decreto nº 248, de 26 de julho de 1894 - Decreto nº 374, de 03 de setembro de 1895 - Decreto nº 400, de 06 de novembro de 1896 - Decreto nº 428, de 06 de fevereiro de 1897 - Decreto nº 2025, de 19 de março de 1911

ANEXO 1

Artigo de Caludionor Trench, aluno do 2º Ano da Escola Complementar (Tribuna Popular, Ano XI, nº 444, 4 de setembro de 1897)

A Escola

Eu comparo a escola com elegante jardim, cujas flores – as creanças são regadas por um cuidadoso jardineiro – o professor.

Em um jardim ha algumas flores mais viçosas do que outras, e então o jardineiro trata- as para tambem ficarem viçosas.

Assim tambem em uma escola a alguns meninos mais atrazados do que outros; então os professores procuram todos os meios de fazer com que se adiantem, para que todos caminhem mais ou menos parallelamente em adiantamento.

Antigamente, uma escola, em vez de jardim era uma prisão medonha para a desventurada infancia. Uma mãe, quando queria que um filho fizesse qualquer cousa e este não obedecia, dizia-lhe: “Sinão fizer o que eu mando, você irá para a escola!” O filho então promptamente obedecia, porque tinha medo de ir para a escola.

E por que os meninos antigos tinham medo de ir para a escola? É porque o professor tinha em cima da mesa a celebre palmatoria; é porque os meninos, quando não davam lição certa, soffriam castigo physico.

Hoje já não se vê mais isso. Os meninos dão graças a Deus quando vão para a escola, porque nas escolas modernas não há mais castigos dessa natureza. Um menino, quando não conduz bem, soffre apenas um castigo moral, ou apenas um conselho do mestre, e isto basta para que elle corrija-se e envergonhe-se do seu mau acto.

Além disso, por causa do novo methodo de ensino, todas as escolas modernas têm grande numero de alumnos que correm pressurosos para buscar a instrucção tão necessaria ao homem em sua vida.

ANEXO 2

Artigo de José Gomes do 2º Ano da Escola Complementar (Tribuna Popular, Anno XI, nº 441, 14 de agosto de 1897)

Fundação de Itapetininga

Itapetininga foi fundada em 1770 pelo alferes portuguez Domingos José Vieira, avô do actual bispo do Ceará, nosso conterraneo.

Foi com grandes difficuldades que o fundador conseguiu que o logarejo fosse situado onde actualmente se acha, a 6,6 kilometros do rio Itapetininga, pois outros moradores pretendiam que fosse erguida a povoação á margem do rio, estes aconselhados por Simão Barbosa Franco.

Esta povoação foi elevada a villa em 5 de Novembro de 1770 e a cidade em 13 de março de 1855. Foi elevada a villa pelo juiz de Sorocaba Antonio de Madureira Calheiros por ordem de um capitão e uma commissão dada pelo ouvidor geral Salvador Pereira da Silva.

Os assentos de baptismo nos livros da parochia datam de 20 de janeiro de 1772 e Ignacio de Araujo Ferreira foi o seu primeiro vigario.

Simão Barbosa Franco foi o primeiro juiz ordinario da então villa.

De Domingos José Vieira e Salvador de Oliveira Leme, os quaes deixaram numerosa descendencia, resultam as familias Vieira, Ayres, Rolim, Brisolla, Medeiros, Meiras, Affonso e dos Fonsecas.

A construcção da matriz deve-se ao vigario Francisco de Assumpção Albuquerque, que de porta em porta, nos dias santificados, pedia esmolas para as obras daquelle bello templo.

Os outros vigários que se seguiram tèm continuado as obras sem tel-as terminado até agora, pois desde que se separou a Egreja do Estado, só o povo religioso concorre para estas construccções.

ANEXO 3

Artigo de Maria Gomes de Olivera, aluno do 2º ano da Escola Complementar (Tribuna Popular, Ano XI, nº 442, de 21 de agosto de 1897)

Paisagem

Estou encantada a contemplar esta magnifica paisagem que offerece a maravilhosa Natureza. Lá, ao longe, descortina-se um limpido rio que atravessa uma pedreira, e, depois de muito caminhar, vai tocar a roda de um moinho. Alli um magnifico prado coberto de flores, onde pasta um manso gado que pertence a uma fazenda vizinha.

Dirijo o olhar para um lado e vejo um pastor que, com seu cajado na mão, guarda as ovelhas de seu amo.

Além levanta-se uma montanha azulada que parece ligar-se com o firmamento da mesma côr.

Por um estrito caminho, cantando, dirigem-se uns pobres camponezes para a sua humilde cabana coberta de capim. E como vão contentes os pobres aldeões! Vêm da roça e trazem sobre os hombros feixes de lenha para seu consummo.

Logo o sol brilhante desapparece, e os alegres aldeões recolhem-se para a sua choça para no dia seguinte continuarem com seu trabalho.

E eu, como a noite vai chegando retiro-me tambem para estudar a lição de amanhã, pois o mestre fica muio satisfeito quando os alumnos dão boas licções.

ANEXO 4

Artigo da aluna Maria José Strasburg, aluna do 2º ano da Escola Complementar (Tribuna Popular, Ano XI, nº 443, de 28 de agosto de 1897)

O Rio Itapetininga

O Rio Itapetininga é um dos mais notaveis affluentes do Rio Paranapanema.

Nasce na Serra do Mar, correndo quase todo o seu leito por vastas campinas, passando a Noroeste da freguezia do Pilar onde atravessa algumas mattas, e tomando direcção a Oeste; depois de pouca distancia d’aquella freguezia recebe o ribeirão da Lavrinha e o Capivary.

Passa distante desta cidade 7 kilometros, onde fica o pictoresco bairro do Porto, por onde passa a estrada da florescente cidade da Faxina.

Ahi é sua largura de 21 metros, tendo a profundidade de 1 metro e 70c. pouco mais ou menos, isto é, quando estamos na estação denominada secca.

Encontram-se neste ponto muitas canôas, batelões, barcas, que são sempre visitados pelos amadores da pesca, que alli vão sempre para esse fim.

D’ahi para abaixo o Itapetininga encontra-se com o ribeirão denominado da Ponte Alta que é formado pelo Ribeirão dos Cavallos ou Da Serra, e pelo Taboão, os quaes banham esta cidade e fazem barra perto da serraria do Sr. João Adolpho.

Ha no rio, perto da fazenda do Cel. Joaquim Leonel grandes paredões que attingem de 4 a 12 metros de altura, variando a largura do rio de 10 a 40 metros.

Terminando no Rio Paranapanema, ahi tem sua largura de 28 metros.

Este rio foi no anno de 1890 percorrido por uma comissão exploradora que, sahindo do Porto, foi até a barra do rio Pardo, além da cidade de S. Manoel, sendo os batelões construidos por carpinteiros itapetininganos.

Essa comissão, composta de vários engenheiros tendo por chefe o dr. Theodoro Sampaio, foi acompanhada até o Porto por grande numero de pessoas.

No momento da partida subiram ao ar muitos foguetes, muitos vivas foram dados, emquanto a comissão navegava rio abaixo acenando ao loge com os lenços, fazendo suas ultimas despedidas.

Ao cabo de 7 mezes estava terminada a viagem, voltando os exploradores por terra, porque a ida já tinha sido difficillima por causa das cachoeiras do Paranapanema.

Por esta exploração chegou-se ao conhecimento de que o Itapetininga e o Paranapanema não se prestam para a navegação, por causa de cachoeira e outras passagens difficeis.