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Formação desejada/pretendida pelos alunos

No documento Aprender a comunicar (páginas 121-125)

6. ANÁLISE DE RESULTADOS

6.7. Formação desejada/pretendida pelos alunos

Para culminar esta análise, terminamos com esta categoria, que lança as sugestões dos alunos para melhorar a formação nesta área. Encontra-se dividida em Na escola, Nos estágios e Outras Instituições.

6.7.1. Na escola

Os indicadores Disciplina direccionada para a C.I. (C, D), Consulta com orientação do professor (F), Mais disciplinas idênticas à Psicologia Relacional (G),

Necessidade de ter mais casos reais (H), Sessões de educação para a saúde aos colegas

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dedicadas a esta disciplina (H) e Convidar pessoas à escola (I), compõem esta subcategoria e exemplificam a opinião dos alunos.

Disciplina direccionada para a C.I. (C, D) é uma sugestão identificada por estes dois alunos. (C) sugere “Talvez uma disciplina direccionada mesmo para a comunicação entre pessoas. Temos várias disciplinas que englobam os temas sociais e deontológicos, mas nenhuma se direcciona especificamente na comunicação. Andam sempre à volta, mas não é o específico que nós precisamos para aprender e sermos bons enfermeiros comunicativos”. (D) concorda com o colega “Na área da comunicação acho que deveríamos ter uma disciplina vocacionada mesmo para a comunicação ao utente. Nós temos dado um bocadinho disso nos fundamentos de enfermagem, na enfermagem comunitária, na psicossociologia, também falámos um bocado, mas é sempre de uma forma muito abrangente e nada muito vocacionada. Sim, acho que temos falta de uma disciplina muito específica só para a comunicação, comunicar com o utente, perceber o utente, acho que é muito importante”.

A criação de consultas foi apontada por (F) e está presente no indicador

Consulta com orientação do professor: “se calhar criar a consulta aberta para deixar as pessoas virem e perguntar sobre o tema que fosse ”. Essa consulta seria ministrada pelos próprios estudantes de Enfermagem, (F) acrescenta, “ com a orientação de um professor, se calhar, mas nós próprios a praticarmos isso, quanto mais não fosse para o auto-descoberta de um tema é muito mais eficaz do que alguém a dizer, se formos nós próprios a pesquisar como é que havemos de falar nesse tema, mas tendo o professor sempre ao nosso lado, a dizer: olha se calhar esse caminho não vale a pena sequer entrares porque não vai funcionar!”. É de relembrar que estas consultas decorreriam na escola.

Uma outra estratégia apontada é a de realização de Sessões de educação para a saúde aos colegas (F): “fazer esse género de actividades, mesmo aos nossos colegas da universidade. De certeza que eles têm muitas dúvidas acerca de certos temas, se calhar até podíamos fazer sessões de educação para a saúde para eles”.

Mais disciplinas idênticas à Psicologia Relacional (G) é outro aspecto sugerido por este estudante, que acrescenta “Talvez um reforço então de disciplinas idênticas à Psicologia, não só termos este ano, mas termos logo por exemplo no primeiro ano. Acho

110 que é muito mais importante, logo uma integração do curso, logo no primeiro ano termos uma disciplina direccionada para a vertente comunicacional, se bem que é um dos pilares, como eu já lhe disse, da prática profissional… acho que o primeiro ano é daqueles anos fulcrais na aprendizagem da comunicação”.

Ainda relacionado com esta disciplina o estudante (H) considera que é necessário um Maior número de horas dedicadas a esta disciplina, porque “podíamos ter um maior número de horas dedicadas a este tipo de treino, porque essa aula tinha duas componentes, a prática e a teórica, a prática era uma aula por semana, acho que era uma aula, mas tinha duas horas que dedicávamos aquilo, só que aquela componente prática era muito rica… o número de horas disponibilizadas para aquele tipo de aula, se calhar eu considero, que neste curso deveria ser mais abundante”. Para finalizar, o mesmo aluno refere que no curso de Licenciatura seria melhor Substituir outras cadeiras pela Psicologia Relacional, como explica “temos muitas cadeiras, algumas que se calhar não têm tanta aplicação prática, se calhar numa cadeira dessas substituir noutro ano, por uma cadeira deste tipo, se calhar seria uma opção, a meu ver, mais instrutiva”.

Necessidade de ter mais casos reais (H), foi outra alternativa enumerada, “até porque é necessário, nós termos casos reais, não é, momentos em que a comunicação não é aceite de modo avaliativo”.

Convidar pessoas à escola (I) é outra das sugestões fornecidas por este aluno, que explica, “se calhar incluindo mais casos hospitalares numa cadeira e sabendo…ou então convidar pessoas à escola, seria uma boa ideia, tendo essas pessoas a permissão, para lá se deslocarem… por exemplo, um doente à escola, e nós tentarmos conversar com o doente, mas sei que era difícil um doente deslocar-se para ir à escola … se calhar um caso resolvido… ajudaria, saberíamos mais ou menos, como é que a pessoa gostava que nós lhe transmitíssemos as ideias, ou o que nós devíamos transmitir…era bom para nós praticarmos, se calhar, em vez de ser com colegas, e não termos casos tão reais, ou sabermos se calhar transmitir casos reais, num doente, ou utente, acho que seria mais proveitoso”.

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6.7.2. Nos estágios

Na seguinte subcategoria à semelhança da anterior, toma-se conhecimento das ideias dos alunos para benefício da formação em Enfermagem, mas neste caso no contexto dos estágios. Os indicadores que a compõem são: Investir mais na parte prática (F), Alguém a supervisionar a comunicação nos estágios (F) e Treinar nos ensinos (F).

Alguém a supervisionar a comunicação nos estágios (F), é uma alternativa lançada por este aluno, como podemos verificar no seu discurso, “é aquele treinar de…por exemplo chegar cá e ter um professor a explicar isso, não, acho que é ir para a prática com alguém e, depois por exemplo, de estarmos a falar com o utente, e no final ter alguém a dizer-nos olha falhas-te nisto assim, assim ou fizes-te bem isto assim, e não dizer tens de fazer isto. Acho que mais uma vez é transmitir informação, e não comunicar connosco e fica difícil aprendermos. No indicador Investir mais na parte prática (F) esta ideia torna-se mais esclarecedora “Mas se calhar investir mais na parte prática, na parte de treinar a comunicação, como já disse, com o utente e ter alguém ao nosso lado, se calhar a orientar-nos mais”.

Treinar nos ensinos (F) foi apontado como uma das metodologias importantes para o treino e desenvolvimento desta competência, o estudante (F) explica,“desde ensinos, principalmente na parte dos ensinos, e acho que uma boa maneira de treinar seria aí, porque acho que cada indivíduo é totalmente único”.

6.7.3. Outras instituições

Esta pequena subcategoria e última, apenas fornece alguma informação adicional sobre possíveis iniciativas da ESSUA, mas a decorrerem num contexto fora da mesma ou do local dos estágios. O seu indicador compreende Consultas de Enfermagem em lar de idosos, escolas (F) e esta presente na seguinte unidade de registo “a universidade podia fazer muitas coisas para melhorar isso, há… há lar de idosos, há escolas, de certeza que há muitas pessoas que precisam de consultas de Enfermagem em vários aspectos”.

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