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FORMAÇÃO OFERECIDA PELA FEDERAÇÃO CEARENSE DAS GINÁSTICAS

4. GINÁSTICA NO CEARÁ

4.4 FORMAÇÃO OFERECIDA PELA FEDERAÇÃO CEARENSE DAS GINÁSTICAS

5 4 7 1 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 AL BA CE MA PB PE RN SE

estado do Nordeste. Com relação à participação cearense no CB em 2015, a única ginasta representante participou na categoria Adulto e no Estado do Pernambuco participaram três atletas, tendo uma delas participado em 2015 e 2016, todas na categoria Pré-Infantil B.

Sobre os locais onde as competições ocorreram, a maioria dos eventos de GAF em que o Nordeste compareceu foram realizados na própria região, porém o Nordeste esteve presente em outras regiões como Centro-Oeste e Sul que juntas totalizam mais vezes do que as realizadas no Nordeste (27% Sul, 37% Nordeste, 9% Sudeste e 27% Centro Oeste).

Assim, não observamos uma relação direta entre o local de realização do evento e a participação de ginastas cearenses, mas do contrário, uma participação realizada em diversos locais do Brasil. Porém, esta análise foi realizada na ótica da participação. Assim, a ausência em outros anos pode sim estar ligada a este fator, portanto, não podendo ser afirmado com base nestes documentos.

4.3.2 Ginástica Rítmica

Por meio da análise dos eventos estaduais, pudemos constatar que a GR é a Ginástica que apresenta maior número de eventos anuais na agenda da FCG. Esses e outros dados obtidos estão sistematizados a seguir por modalidade e ano, oferecendo assim, uma visão estadual do desenvolvimento das práticas abordadas nesta pesquisa.

4.3.2.1 Campeonatos Estaduais e Torneios Cearenses de Ginástica Rítmica

O Gráfico 6 mostra a participação cearense em movimentos internos de GR, mais especificamente o Campeonato Estadual, porém alguns eventos são realizados de maneira simultânea, e não havendo clara separação, foram agrupados. Isto ocorreu nos anos de 2012 e 2015, em que o Campeonato Estadual ocorreu junto com o Torneio Estadual da modalidade.

Gráfico 4 – Quantidade de ginastas participantes dos Campeonatos Cearenses de Ginástica Rítmica

Fonte: FCG (2017c)

Em 2015, identificamos que as ginastas que competiram no Torneio Estreantes estavam designadas pelo nome do Torneio e isso foi diferenciado no Gráfico 6. Nos anos em que não foi encontrada a categoria da atleta nos programas, regulamento e súmulas, foi padronizado o nível I.

A partir do Gráfico 6, podemos observar que em 2011, o Campeonato Cearense de GR contou com a participação de 39 atletas no total. Sendo as categorias que mais tiveram ginastas a Pré-infantil e infantil. No ano seguinte, 2012, o Campeonato Estadual foi realizado junto com o Torneio Estadual da mesma modalidade. O total de participantes para a competição foram 34 atletas, com destaque para a categoria Mirim 6 a 7 anos.

Já no ano de 2013, participaram do Campeonato Estadual 42 atletas e, pela primeira vez, dois conjuntos: um infantil e um juvenil. Neste ano, a categoria Pré-Infantil II teve o maior número de ginastas participantes. Outra mudança a partir deste ano é o surgimento da categoria Baby-Mirim, destinada a meninas de seis a sete anos. No ano seguinte 43, ginastas participaram no total em nove categorias distintas, sendo a categoria com mais ginastas participantes a Juvenil nível I.

Em 2015, Campeonato Estadual e Torneio Estreantes foram realizados simultaneamente, este fator pode justificar o maior número de participantes em Campeonato

6 2 4 33 6 6 4 9 4 3 4 14 5 2 8 6 2 2 12 9 9 14 3 7 1 4 5 9 5 6 7 4 7 5 7 10 7 5 3 5 2 2 4 1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Campeonato Cearense de GR 2011 Campeonato Cearense de GR e Torneio Estadual de GR 2012 Campeonato Cearense de GR 2013 Campeonato Cearense de GR 2014 Campeonato Cearense de GR e Torneio Estreantes de GR 2015 Campeonato Cearense de GR 2016 Campeonato Cearense de GR 2017

Baby Mirim estreante Baby Mirim Mirim estreante Mirim 6-7 Mirim 8 Pré-Infantil Estreante Pré-Infantil I Pré-Infantil II

Infantil I Infantil II Juvenil I Juvenil II

Estadual de GR da análise, sendo o total de 57 ginastas e nenhum conjunto. Com relação à categoria com mais meninas foram mirim e Pré-Infantil nível II. Já em 2016, observamos o brusco decréscimo (17 ginastas) na participação de ginastas no CEGR, que se seguiu no ano de 2017 (14 ginastas) no mesmo evento. Nesses dois últimos eventos, as categorias que mais tiveram atletas inscritas foram: Pré-infantil e Infantil respectivamente.

Desta maneira, a maior participação de ginastas, no período de 2011 a 2017, nas competições organizadas pela FCG se deu entre os anos de 2012 e 2015, sofrendo um esvaziamento nos dois últimos anos de análise. Com relação às categorias existentes nestas competições, observamos que as categorias Infantil I e Juvenil I se mantiveram constantes ao longo dos anos e com o maior número de ginastas competindo no total, 43 e 44 ginastas respectivamente, seguidas pelas categorias Pré-Infantil I (37), Pré-Infantil II (32) e Mirim 6 a 7 anos (25). Já as categorias que menos tiveram ginastas participantes foram as categorias iniciais entre Baby Mirim, Mirim, Juvenil II e Adulto. Nesse sentido, uma observação atenta deste cenário revela que os anos de maior participação se dão entre as categorias Pré-Infantil e Juvenil I. De acordo com Gonçalves (2008), baseada nos estudos de Sobral (1993), a iniciação na GR se dá entre os seis e sete anos de idade, enquanto a competição formal começa aos 9 anos (Quadro 11). Antualpa (2011), com base em estudos da área, que a iniciação nesta modalidade pode se dar também em uma faixa etária próxima, entre os 6 e 8 anos. Observamos também uma dificuldade de permanência desta carreira na fase adulta, compreendida na Ginástica a partir dos 16 anos (CBG, 2015), no estado.

Essa dificuldade parece coincidir com a saída dessas jovens atletas do período escolar e entrada na vida adulta, marcada no Brasil, entre outros aspectos, pela escolha da profissão a ser desempenhada por este indivíduo na sociedade. Sobre o encerramento da carreira esportiva na Ginástica, o estudo desenvolvido por Schiavon (2009) baseada nas discussões realizadas por Stambulova (1991) e Brandão (2000) enumera uma série de fatores que podem contribuir para o abandono da carreira esportiva, dentre eles o mal relacionamento com o técnicos e dirigentes, lesões e falta de apoio. Agresta, Brandão e Barros Neto (2008) ao realizarem pesquisa semelhante à desenvolvida por Brandão (2000), identificaram, nessa ordem, os seguintes fatores para o término da carreira de atletas de futebol no Brasil: idade, surgimento de outros interesses, mudanças no estilo de vida, problemas de saúde, lesões, ausência de perspectivas futuras, problemas relacionamento com os dirigentes, declínio dos resultados, cansaço psicológico, relacionamento com o técnico, cansaço físico, relacionamento com a família e relacionamento com a equipe.

A partir deste estudo, podemos observar a diversidade de fatores que combinados e/ou isolado podem levar ao abandono do esporte. Porém estas pesquisas, salientamos, tratam do abandono do esporte de alto rendimento no país, sendo necessário mais estudos que ajudem a compreender o abandono esportivo identificado em nossa pesquisa, que se dá com ginastas ainda em idade competitiva.

De maneira mais ampla, ao analisar a Ginástica Rítmica de alto rendimento no país, Toledo e Antualpa (2014), apontam, entre outros aspectos, uma série de problemáticas nacionais que também podem influenciar no abandono dessa prática, como a ausência de uma política pública contínua e alicerçada; problemas de estrutura física para a prática, formação profissional deficitária para o trabalho com a GR tanto no nível inicial, quanto no alto rendimento da modalidade entre outras questões.

A seguir, o Gráfico 7 trata da participação das atletas cearenses de GR nos Torneios Estaduais.

Gráfico 5 - Participação de ginastas cearenses em Torneios Estaduais de GR

Fonte: FCG (2017c)

Quanto aos Torneios Estaduais, embora o TE de 2011 estivesse previsto no calendário FCG (FCG, 2017a), não foram encontrados os registros do evento. No ano seguinte, o TE foi realizado em conjunto com o CEGR, analisado no Gráfico 6. Já em 2013, não constou no calendário da FCG e também não há resultados, o que pode indicar que o Torneio Estadual não foi realizado naquele ano.

4 7 5 5 3 6 8 4 4 4 11 7 6 8 7 2 6 6 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Torneio Estreantes de GR 2014 Torneio Estreantes de GR 2015 Torneio Estreantes de GR 2016

Torneio Ester Vieira e Torneio Mirim de

GR 2016

Torneio Estadual de GR 2017 Baby-MirinMirim Mirim Pré-Infantil I Pré-Infantil II Infantil I Infantil II Juvenil I

Gráfico SEQ Gráfico \* ARABIC 10 – Participação de ginastas cearenses em Torneios

Portanto, o Gráfico 7 mostra a participação de ginastas cearenses em Torneios Estaduais a partir de 2014, no qual podemos observar que no primeiro ano o total de participantes chegou a 23 ginastas com destaque para a categoria Pré-Infantil I. No ano seguinte, o total de participantes desse mesmo Torneio caiu para 14 ginastas, sendo a categoria Baby- Mirim (6 e 7 anos) a que conjugou mais ginastas.

Em 2016, ocorreram dois Torneios. O Torneio Estreantes, o mesmo ocorrido em 2014 e 2015, obteve o maior número de participantes até então, sendo 33 ginastas divididas nas sete categorias presentes, com destaque para a categoria Pré-Infantil II. Já no Torneio Ester Vieira, realizado no mesmo ano, o número de ginastas foi inferior ao Torneio Estreantes em torneios estaduais, obtendo a participação de 11 ginastas ao todo.

No ano seguinte, o Torneio Estadual contou com a participação de 27 ginastas, sendo as categorias Pré-Infantil II e Infantil I as de maior destaque.

De maneira geral, identificamos que as categorias Pré-Infantil I, Pré-Infantil II e Infantil I são as categorias nas quais mais ginastas cearenses competem. Do contrário, a categoria Infantil II foi a que menos ginastas participaram ao longo dos anos. Já a categoria Adulto não apareceu em nenhum ano de análise dos Torneios Estaduais desde 2014. Estas informações dão pistas de que há dificuldades na manutenção de ginastas de GR na prática, uma vez que as ginastas iniciam na GR, mas, de acordo com estes resultados, não continuam na prática.

Outro evento presente no calendário institucional são os Jogos Escolares da Juventude, evento nacional no qual a única modalidade ginástica presente é a GR. Assim, a seguir trataremos deste evento que é mais uma oportunidade de competição estadual e nacional para as atletas de Ginástica Rítmica do estado.

4.3.2.2 Jogos Escolares da Juventude– Etapa Estadual35

O “Jogos Escolares da Juventude” (JEJ) trata-se de um evento competitivo criado pelo Comitê Olímpico Brasileiro em 2005, o qual conta com o apoio do Ministério do Esporte e do Grupo Globo (COB, 2018). O evento reúne jovens com idades entre 12 a 14 anos e 15 a 17 anos para competir em 14 modalidades esportivas, dentre elas a Ginástica Rítmica. O evento

35 Foram solicitados todos os resultados à FCG, no entanto, nos foi informado que alguns resultados não foram

encontrados (anos de 2015 e 2016), e, portanto, não estão nesta análise, para o ano de 2016 a Secretária Estadual emitiu os resultados, possibilitando a consulta daquele ano.

possui duas etapas: uma estadual e uma nacional. Os quatro melhores atletas estaduais de cada modalidade têm a chance de representar seu estado na etapa nacional.

Foram encontrados registros das etapas estaduais de 2011 a 2017 os quais revelam a participação de atletas cearenses em todos os anos. Um dos aspectos observados em nossa análise foi o tipo de instituição (pública ou privada) de cada ginasta. É importante salientar, que o cruzamento destes dados com os registros dos Campeonatos Estaduais e Torneios Estaduais indicaram que as ginastas que competem nos Jogos Escolares, em sua maioria, treinam em clubes e não nas escolas. Analisar as instituições nos permite a compreensão, ou um aspecto mais para isto, do perfil das ginastas cearenses. Assim o Quadro 13 a seguir traz informações sobre a categoria, atleta e instituição representada nos Jogos Escolares da Juventude do ano de 2011 até 2017.

Quadro 13 - Ginastas participantes da Seletiva Estadual Jogos Escolares 2011 – 2017

Cat. Atleta Escola Tipo de Instituição

2011 1 2 a 1 4 an o s

Vanessa Moreira Tavares Colégio Paiva Andrade

Privada Jéssica Silveira Barros Colégio Raio de Luz

Maria Solange de Paiva Moura Colégio Farias Brito Isabelle Rodrigues da Silva Colégio ADM

Krisla Moraes de Lima

Escola Aldaci Barbosa Pública Ana Rélvia Monteiro

Total de atletas inscritas: 6 2012 1 2 a 1 4 an o s

Vanessa Tavares Colégio Paiva Andrade

Privada Jéssica Silveira Barros

Colégio ADM Isabelle Rodrigues da Silva

Krysla Moraes de Lima Escola Aldaci Barbosa Pública Ana Rélvia Monteiro

Total de atletas: 5 2013 1 2 a 1 4 an o s

Vanessa Moreira Tavares Colégio Paiva Andrade

Privada Jéssica Silveira Barros Colégio Raio de Sol

Tárcila Barbosa da Silva Colégio Ari de Sá Isabelle Rodrigues da Silva Colégio ADM Anne Mikelle Policarpo de Sousa CAIC Maria Felício

Lopes Maria Letícia Vieira Cardoso Centro Educacional

Auxiliadora Andrezza Bernardo Araujo E.M. Professor Luís

Costa Pública

Total de atletas inscritas: 7 2014 1 2 a 1 4 an o s

Tárcila Barboza da Silva Colégio Ari de Sá

Privada Sâmylla Raquel Farias Peixoto Colégio Cícero Nogueira

Anne Mikelle Policarpo de Sousa Colégio Pe. José Nilson Iarityssa Caren Silva Bezerra C.E.J. Pe. João Piamarta

Celina Santos Reis Colégio Sapiens Maria Letícia Vieira Cardoso C.E. Auxiliadora

Isabela Aragão Colares Colégio Santa Cecília

Total de atletas: 7 2016 1 5 a 1 7 an o s

Vanessa Moreira Tavares Colégio Batista Privada

Quadro 13 - Ginastas participantes da Seletiva Estadual Jogos Escolares 2011 – 2017 (continuação)

Cat. Atleta Escola Tipo de Instituição

2016 1 2 a 1 4 an o

s Lara Fragoso Colégio Farias Brito

Privada Laura Ashley Colégio Castro

Samylla Raquel Farias Peixoto Colégio Cícero Nogueira Angela Nicole Soares EEFM Deputado Manoel

Rodrigues Pública 2017 1 5 a 1 7 an o s

Angela Nicole Soares EEFM Deputado Manoel

Rodrigues Pública

Samylla Raquel Farias Peixoto Colégio Cícero Nogueira

Privada 1 2 a 1 4 an o s

Luiza Ester Costa Albino de Lima

Colégio Cristo Rei Lívia Maria Nere de Costa

Rafaella Nonato Rocha Aguiar Mariana Barros Américo de Souza

Laura Ashley Barreto de França Colégio Castro Ana Cinthia Lima Oliveira Colégio 7 de setembro

Deylane Belchior Peres Colégio Paiva Andrade Maria Eduarda Ribeiro Magalhães Colégio Antares

Ana Beatriz de Andrade Filgueira Colégio Ari de Sá Lara Fragoso Tavares Colégio Farias Brito Thaís Helena Braga da Silva Instituto educacional

Globinho Ana Taina Gáudio Damasceno Centro de

desenvolvimento Infantil SS

Iasmin Caren Silva Bezerra E.M.Professor Ernesto Gurgel

Pública Fonte: FCG (2017d); Sesporte (2016)

A partir do exposto no Quadro 13, observamos que a maioria das atletas participantes dos JEJs são alunas de instituições privadas. Esta proporção se mostrou progressiva ao longo dos anos, representando 66% das instituições em 2011, 60% das atletas em 2012, 85% em 2013 e 100% delas em 2014, mantendo-se em uma proporção desigual nos anos seguintes com 80% das instituições privadas em 2016 e 86% em 2017.

Em 2016, houve participação da seletiva nas categorias 12 a 14 anos e 15 a 17. Nesta última apenas uma ginasta competiu, Vanessa Tavares, a qual estuda em instituição particular. Já na categoria anterior destinada a ginastas de 12 a 14 anos, 75% das ginastas eram de instituições privadas.

No ano de 2017, a seletiva também foi realizada para as duas categorias. Para a categoria 15 a 17 anos, duas atletas participaram, sendo uma de cada tipo de instituição. Já na categoria 12 a 14 anos, 13 ginastas se inscreveram, mas de acordo com os resultados as atletas do colégio Cristo Rei não compareceram à competição (FCG, 2017d). De todo modo, para esta categoria, 92% das ginastas inscritas eram de instituições particulares, o que equivale a 12 das 13 ginastas na competição.

Portanto, desta análise dois pontos podem ser destacados: as ginastas cearenses que treinam em clubes representam suas escolas, mas não necessariamente recebem treinamento nessa instituição. Quanto ao perfil das praticantes, nota-se que as ginastas são de escolas privadas, o que pode indicar para uma elitização da GR no Estado, o que vai ao encontro das análises da pesquisa de campo, que sinalizam como dificuldade para a prática, espaços e investimentos, assim, esta prática estaria reservada, neste estado, àqueles que por ela podem pagar em clubes privados.

Em última análise, é necessário levar em conta a valorização dos resultados esportivos por Escolas particulares. Desta maneira, é possível que nem todas as ginastas que estudam em escolas particulares necessariamente tenham de arcar com as mensalidades escolares, do contrário a política da concessão de bolsas de estudos a atleta de rendimentos é uma realidade que precisa ser levada em conta. Portanto, essa análise não é absoluta, mas ajuda a visualizar um quadro desigual que certamente, embora possa ser influenciado pela questão mencionada, certamente é reflexo da desigualdade social do Estado do Ceará (JORNAL O POVO, 2018). Dado o desenvolvimento dos movimentos estaduais relativos à Ginástica Rítmica, passaremos a seguir a observar como essa prática se encontra no cenário regional e nacional da modalidade.

4.3.2.3 Campeonatos Brasileiros e Torneios Nacionais de GR

Na GR observamos uma maior participação do Estado do Ceará em eventos nacionais em relação à GAF. Esta participação compreendeu quase todo o período analisado (2011-2017) exceto o ano de 2015. Assim, o Gráfico 2 trata desta participação ao longo dos anos, por meio do qual podemos observar que o pico de participação em 2012, tendo um decréscimo abrupto em 2015, com retomada nos anos seguintes.

Gráfico 6 - Ginastas cearense em eventos nacionais de GR 2011-2017

Fonte: CBG (2018e)

A partir do Gráfico 6, é possível observar uma periodicidade, ou seja, uma continuidade na participação de ginastas cearenses em eventos nacionais, diferente do observado na modalidade GAF (Gráfico 2) na participação cearense. Já o Quadro 14 a seguir trará essa participação de maneira detalhada oportunizando uma análise de outros aspectos para além da periodicidade. 4 7 3 1 0 5 6 0 1 2 3 4 5 6 7 8 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Número de ginastas

Quadro 14 - Ginástica cearense no cenário nacional de Ginástica Rítmica – participações (2011-2017)

ANO Evento Atleta Clube Categoria/fase Total de atletas do

Brasil

Classificação final da atleta

2011

VI Torneio Nacional Juvenil e Pré-infantil - Fortaleza/CE

2011

Ana Carla Ferreira V. O. do Conjunto Ceará

Juvenil nível

II/Individual geral 45 30

Tarcila Barbosa da Silva NMA – UNIFOR

GR Infantil I/Individual geral 13 2

Sofia Matos Vidal O. E. Farias Brito Infantil II/Individual

geral 52 52

VI Torneio Nacional Infantil -

Aracaju/SE 2011 Vanessa Moreira Tavares

NMA UNIFOR

GR36 Infantil/Individual Geral 23 2

2012

XVII Torneio Nacional de GR Pré-Infantil e Infantil –

Vitória/ES 2012

Samylla Farias Peixoto Núcleo Unifor de GR

Pré-infantil - nível

II/Individual Geral 133

24 Amanda de Paulo Lima

Col. Olímpico

79 Laura Giovana do

Nascimento 126

Tárcila Barboza da Silva Núcleo Unifor de GR Infantil - nível

I/Individual Geral 38 3

Maria Letícia Vieira

Cardoso Col. Olímpico Infantil - nível

II/Individual Geral 171

162

Camile de Oliveira Valle Org. Ed. Farias Brito 170

XVII Torneio Nacional de GR Juvenil 2012 – João

Pessoa/PB 2012

Vanessa Moreira Tavares Núcleo Unifor de GR Juvenil - nível

I/Individual Geral 41 1

Dados: CBG (2018e)

Quadro 14 - Ginástica cearense no cenário nacional de Ginástica Rítmica – participações (2011-2017) - Continuação

Ano Evento

Atleta Clube Categoria/fase Total de atletas

do Brasil

Classificação da atleta

2013

Torneio Brasileiro Infantil de Ginástica Rítmica – Caxias do

Sul/RS 2013

Tárcila Silva

Nucleo Unifor de GR Infantil I/Individual

Geral 15

4

Sâmylla Peixoto 6

Campeonato Brasileiro Infantil de

GR – Vitória/ES 2013 Vanessa Moreira Tavares Nucleo Unifor de GR

Juvenil 14 e 15 Anos

/ Individual Geral 62 14

2014

Campeonato Brasileiro Juvenil –

Fortaleza/CE 2014 Vanessa Moreira Tavares Núcleo Unifor de GR

Juvenil- 14 - 15 Anos/ Individual

Geral

54 4

2016

Campeonato Brasileiro Caixa de

Ginástica Rítmica – Aracaju/SE 2016 Vanessa Moreira Tavares BNB clube

Juvenil /Individual

Geral37 36 21

Torneio Nacional de GR – Porto Alegre/RS 2016

Thabita Damascena Lima C. T Estácio FIC

Pre-infantil nível

I/Individual Geral 13

2

Raquel Reboucas da Silva Sonho em movimento 4

Maria Luiza Alves Couto Gym Life 13

Laissa Sousa C. T Estácio FIC Pre-infantil nível

II/Individual Geral 18 3 Lara Fragoso Tavares

Gym Life

Infantil nível

II/Individual Geral 20 2

Conjunto Infantil Conjunto infantil 16 14

Dados: CBG (2018e)

Quadro 14 - Ginástica Cearense no cenário nacional – participações (2011-2017) - continuação

Dados: CBG (2018e)

Ano Evento Atleta Clube Categoria/fase Total de atletas do Brasil Classificação da

atleta

2017

Torneio Nacional de Ginástica Rítmica – Chapecó/SC - 2017

Raquel da Silva Sonho em movimento Infantil nível I Individual

geral 16 9

Lara Tavares

Gym life

Juvenil nível I/individual geral

19

6

Laura de França 18

Gym Life (equipe) Juvenil conjunto 12

Pré-infantil conjunto 15

Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica – Manaus/AM - 2017

Laissa de oliveira Sousa C. T Estácio FIC Pré-infantil/individual

geral 17 5

Campeonato Brasileiro de GR Infantil e adulto –

Vitória/ES - 2017

Vanessa Moreira Tavares BNB clube Adulto/ Individual geral 41 23 Thabita Victoria D. Lima C.T. Estácio FIC do

Ceará

Infantil nível

Em 2011, quatro atletas participaram dos Torneios Nacionais da modalidade (Quadro 14), sendo duas ginastas do Núcleo Mão Amiga de Ginástica Rítmica, uma era de uma das Vilas Olímpicas do Governo do Estado, o que nos dá indícios nesta prática sendo oferecida à comunidade em algum momento da história da GR no Ceará, e uma era atleta de uma escola particular.

O Núcleo Mão Amiga (NMA), tratava-se de um projeto do governo do Estado, executado pela Sesporte que tinha como objetivo desenvolver “a partir de parcerias com entidades particulares, a prática esportiva para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos” (SESPORTE, 2011, p.1) ainda de acordo com a Sesporte, este projeto chegou a ter trinta núcleos