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FUTURO INCLUSIVO

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Finalizo essa pesquisa com desejo de não finalizar, mas de continuar, incessantemente. As descobertas feitas aqui não se findam. Recordo o início de tudo. Quando disse à minha orientadora ―Posso mudar meu tema? Estou apaixonada por um assunto!‖.

Hoje percebo que além de apaixonada, estou envolvida, sem nenhuma perspectiva de tirar meu time de campo. A pesquisa tornou-se parte da minha vida. O que antes era suposição, hoje se transformou em constatação. Concordo com a afirmação de Ferraroti que diz:

[...] não temos um sujeito que conhece e um objeto que é conhecido. O observador encontra-se ridiculamente implicado no campo do seu objeto. Este último, longe de ser passivo, modifica continuamente o seu comportamento em função do comportamento do observador. Este processo de feedback circular ridiculariza qualquer conjuntura de conhecimento objetivo. (FERRAROTI, 2010, p.51)

A pesquisa narrativa, sugerida por Clandinin e Connelly (2011), proporcionou-me envolvimento real com meu objeto de pesquisa. Tal ponto de proximidade que não sei onde termino e começa a pesquisa; nem tampouco sei, onde termina a pesquisa e eu começo. Tornamo-nos um só. A existência não teria o mesmo sentido sem a experiência de conhecer surdocegos, que não veem e nem ouvem, mas despertam em mim a visão e audição de uma sociedade inclusiva possível.

Inicialmente, a intenção era descobrir os desafios dos surdocegos nos processos socioeducativos. Mas parei e refleti. E, então, descobri que o desafio começou em mim. Não sabia como aconteceriam esses processos. Mas, numa busca incessante, descobri. Meu primeiro estágio foi o despertar de uma inquietação de querer saber mais, viver mais, aprender mais. Nesta relação de proximidade, tornei-me guia-intérprete, como olhos e ouvidos dessas pessoas.

No decorrer da pesquisa desenvolvi um vínculo afetivo com os participantes, para que pudesse compartilhar e entender a experiência formativa de cada um. Senti com eles as mesmas emoções e inquietações de momentos específicos de suas vidas. Já as crianças surdocegas que pude observar trouxeram exemplos de interação no ambiente escolar; além, de uma aprendizagem singular.

Desenvolvi um olhar aguçado, sobre necessidades e possibilidades. As percepções que emergiram das narrativas dos surdocegos evidenciaram sua trajetória formativa e os níveis de escolarização alcançados. Todos eles passaram por processos difíceis, com práticas

excludentes, que não só vivenciaram como ainda vivenciam. A sociedade não está familiarizada com a surdocegueira. Esse desconhecimento gera distanciamento e exclusão. Espero que esta pesquisa traga contribuições para todas aqueles que têm contato com surdocegos, sejam eles amigas, familiares, professores, intérpretes, mediadores. Não importa o nível de aproximação, o que importa é a qualidade de interação e efetiva inclusão.

Em meio à privação sensorial, os surdocegos narram a importância da família no suporte e transposição de barreiras. A família teve papel primordial quanto à procura de locais de atendimento especializado e escolas em que a inclusão aconteceria de fato. Entre outros fatores, a família promoveu motivação e estímulo para persistência em momentos em que as privações quiseram sucumbir sonhos e objetivos.

Mesmo com políticas que sugerem a inclusão e elementos que favorecem o acesso à educação. Partindo das narrativas, noto que a sociedade tem um longo caminho a percorrer, mas ao mesmo tempo afirmo que este caminho é possível. .

Esclareço que este trabalho não tem a pretensão de ignorar os desafios existentes, mas conscientizar e dizer que, promover a mudança depende de cada sujeito envolvido na educação do surdocego.

Por meio das narrativas dos participantes surdocegos, desdobraram-se conceitos e definições da surdocegueira e suas singularidades; iniciando por Helen Keller. Compartilho um resumo da vida de Helen com poesia na forma das estações do ano, além das experiências ímpares dos surdocegos Narradores evidenciados ao longo do trabalho.

A tecnologia assistiva favorece o aluno surdocego nas duas esferas de recursos e serviços, quando prestados por profissionais especializados, conforme as molduras de Sartoretto e Bersch (2017). Nascimento (2006) fornece pistas valiosas quanto aos tipos de comunicação que podem ser utilizados e/ou adaptados para o surdocego nos diversos espaços que ele frequenta.

Concernente à Comunicação Social Háptica, defendo seu uso como complemento de comunicação e faço menção da importância da divulgação de pesquisas mais aprofundadas nessa área. Ressalto que pretendo continuar o estudo dessa modalidade tão encantadora que utiliza o toque como fator essencial de apropriação de sentidos.

No tocante às estratégias de interpretação, não encontrei materiais prontos; portanto produzi a escrita a partir da minha prática como guia-intérprete. Nessa perspectiva faço menção de recursos e percursos favoráveis na guia interpretação; deixando fronteiras abertas a novas pesquisas com estas informações.

para abordagem de tantos questionamentos. Porém, foram valiosos para minha aprendizagem, conhecimento e crescimento. Pude saborear cada acontecimento com o olhar do encantamento de quem descobriu um tesouro. Partilhei das experiências dos surdocegos, vivi com eles novas experiências e, assim, construímos uma nova história.

Foi com eles, é por eles e é para eles, que esta pesquisa de mestrado pôde ser realizada, no intuito de abrir caminhos e responder questionamentos. Assim, finalizo, com um forte desejo de que todos que se propuserem a ler sejam tomados por minha paixão, e promovam a inclusão destas pessoas tão especiais, evidenciadoras de possibilidades ao invés de limitações.

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ANEXO A – NARRATIVA DE ENTREVISTA REALIZADA EM 20/11/2016

Eu sou surdo e cego, eu sou obreiro na casa do Senhor. Já há cinco anos que eu fui levantado como obreiro na igreja. E glória a Deus por isso! Como eu disse, e como o Hélio disse, eu sou da Igreja Plenitude. Fica lá em Osasco. O nome da minha igreja, então é Plenitude (digitou), ok. Nós temos um ministério de inclusão de surdos lá também. Estão, surdos e ouvintes ali interagindo, junto. E eu trago também um abraço aqui do meu pastor. Meu pastor se chama Wagner, a sua esposa se chama Érica. Eu trago um abraço dele.

Essa igreja, e que Deus abençoe a vida de cada um que está aqui nesta noite. Os meus pais já foram apresentados aqui. Mas, vou pedir para eles ficarem de pé novamente. Deus abençoe a vida deles! Eles são presentes de Deus. Hélio também já foi apresentado. Também ele vai estar aqui fazendo a minha voz. Aqui, nesta noite, ele vai ser o meu tradutor.

Muito obrigado, Hélio, por ter me acompanhado! E eu quero agradecer ao líder do ministério, ao Valdiran, pelo convite por estar aqui, a Giza também. Muito obrigado pelo convite para estar aqui nesta noite falando a respeito do meu testemunho! Agradecer também a Marinalva e ao seu esposo e seu filho. Essa família linda, abençoada! Também quero agradecer ao Bruno! Meu amigo, que está aqui também! Ele me ajudou muito no acampamento. Como é bom encontrar ele novamente aqui! Eu fico muito feliz pela vida dele! No mês passado nós estivermos ali no acampamento e foi uma benção estar interagindo, trocando experiências com os irmãos aqui! Foi maravilhoso! Realmente, foi uma experiência marcante na minha vida. E que Deus abençoe a todos do ministério com surdos

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