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G UIOMAR T ORREZÃO E O “D IÁRIO DE UMA C OMPLICADA :

2.1 U MA ARQUEOLOGIA APROXIMATIVA ‒ CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

2.2.1 G UIOMAR T ORREZÃO E O “D IÁRIO DE UMA C OMPLICADA :

COMPANHEIRO DISCRETO E MUDO

No século XIX, como sublinhámos já na primeira parte deste trabalho, manter um diário era uma prática corrente, legitimada por uma herança romântica e encorajada por uma crescente difusão de hábitos de leitura de diários. Sobretudo as mulheres, privadas de uma voz pública e da possibilidade de exprimirem as suas angústias e sentimentos na primeira pessoa, encontraram no diário um reduto de confissão íntima e um espaço inviolável de enunciação.

Esta popularidade do género diarístico catalisou a procura de novos rumos expressivos e permite compreender o fenómeno de apropriação das caraterísticas formais e temáticas do diário por parte da ficção narrativa e, nesta modalidade de criação diarística, foram também as mulheres que mais assiduamente impulsionaram este formato inédito de expressão íntima. Emancipado de convenções rígidas, o diário ficcional oferecia à mulher a possibilidade de assumir a sua voz especificamente feminina e de articular a sua experiência interior, numa sociedade severamente patriarcal que sistematicamente a inibia.

Em Portugal, a prospeção das origens do romance-diário conduziu-nos à figura de Guiomar Torrezão (1844-1898). Ainda que se rastreiem alguns textos anteriores designados como “Diário” ou “Jornal”, Guiomar Torrezão foi, provavelmente, a primeira autora que, entre nós, cultivou a forma do diário interpolado nos seus contos, singularidade que acumula com a circunstância de ter também sido a primeira escritora profissional em exercício em Portugal. (Jesus, 2005: 484)

A precariedade da sua situação familiar, motivada por uma prematura orfandade, compeliu Guiomar Torrezão a prover sustento para a família, constituída pela mãe e pela irmã, recusando o destino natural que, nestas circunstâncias, lhe estaria socialmente reservado – um casamento vantajoso. Dedica-se, então, a múltiplas atividades profissionais no domínio das letras: dá explicações, faz traduções e cultiva, sobretudo, a escrita, adotando pseudónimos masculinos, assim impondo a sua voz numa arena literária de sólidas fundações patriarcais. Escreve para diversos jornais e periódicos, o

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que justifica o caráter disperso e rarefeito da sua obra, estreitamente relacionada com a sua atividade de periodista.

Ainda que se assuma como mulher trabalhadora e independente, Guiomar Torrezão parece, na sua obra, exprimir um paradoxal conformismo em face das convenções sociais que não hesita em replicar. A esta aceitação acomodatícia não será estranha a necessidade de agradar a um público de quem depende para sobreviver, como, aliás, oportunamente reconheceu Fialho de Almeida:

Guiomar Torrezão ficou sempre nas dependencias das leituras da vespera na contingencia das modas, isto é, subalternisada ás fluctuações de gosto de gente grosseira, principal clientella dos jornalinhos, dos almanachs e pequenos livros de narrativa e impressão, que ella, para viver incessantemente produzia. (Almeida, 1924: 193)

No entanto, apesar desta aparente conivência com uma doxa social que questiona ou recusa, a autora insinua algum distanciamento irónico que “traz um cunho de maldade borboleteadora”, “combatividade pamphletaria e uma audácia capaz de batalhar” (ibidem: 194), caraterísticas que têm sido consideradas como pré-feministas. (Namorato & Rector, 2005: 17)

Estes sintomas difusos de resistência convertem a obra de Guiomar Torrezão num caso singular. Conhecendo as tendências literárias europeias da época (Magalhães, 1987: 180), a autora ensaia novas formas de expressão como o diário, o que, por si só, assinala uma tentativa de instabilizar os imperativos sociais que, ao abrigo da legalidade, confinavam a mulher a uma silenciosa passividade:

The idea is that if no one listens to women writing in old traditional forms, then she must necessarily use new forms that allow her to speak in her own voice about the things that matter to her. To this end, women have experimented with literary forms such as diary. (Ribeiro, 1990: 5)

Em 187329, Guiomar Torrezão publica Rosas Pallidas, uma coletânea de contos, da qual destacamos o conto de inspiração sub-romântica “Amor de Mãe”, onde a autora parece pretender averiguar a reação do público ao caráter inovadoramente ficcional do género diarístico. Neste conto, que se estende por cerca de quarenta páginas, distribuídas por oito capítulos e uma conclusão, encontramos uma secção que se singulariza pela sua centralidade polarizadora na obra. Com efeito, o capítulo IV,

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intitulado “Jornal de Fernando”, de maior extensão sintagmática, assume a forma de diário, constituído por cerca de dez entradas datadas.

Nos primeiros capítulos, encontramos duas mulheres, Ana e Maria, que dialogam sobre Fernando. Maria confidencia à sua tia as suspeitas que o comportamento errático do primo, antes indefetível amigo de ambas, lhe suscita. Ana tranquiliza a sobrinha e insiste para que esta se recolha, após o que sai furtivamente de casa. A perplexidade de Maria avoluma-se. Decide descobrir “a verdade” e começa por investigar se, entre os pertences do primo, alguma pista a pode ajudar a deslindar o enigma, até que acaba por “descobrir, escondido debaixo do travesseiro do Fernando, um rolo de papéis. Correu para elle, apertou-o nas mãos convulsas, abriu-o trémula e palpitante, começou a leitura.” (Torrezão, 1877: 212)

Sublinhe-se que, neste passo, é revelado o local onde Fernando oculta o seu diário, estilema recorrente na tópica narrativa do romance-diário. A sua comparência explica-se, não só pelo facto de o diário se tratar de um registo íntimo e privado que não deve ser lido por ninguém, mas também por constituir um dispositivo de verosimilhança e uma estratégia que permite gerar expectativa diegética. Nesta novela, em particular, o diário é guardado no quarto da personagem, cenário emblemático do isolamento e de reflexão pessoal, mais particularmente debaixo do seu travesseiro, cúmplice fiel e infalível confidente noturno que, neste caso, se converte em guardião dos dias de Fernando.

Descoberto o diário, o narrador, numa tentativa inequívoca de promover o acesso do leitor ao espaço privado de Fernando, interpela-o diretamente, exortando-o, num procedimento metaléptico, a juntar-se a Maria: “Se lhe parece, leitor, acompanhemo-la” (ibidem: 212). Apresentado em formato de diário, este capítulo IV pode considerar-se uma micronarrativa que permite aceder à versão dos factos, segundo Fernando. Este minidiário compreende, assim, três momentos, sendo o primeiro deles constituído pelas primeiras quatro entradas, o segundo pelas duas entradas seguintes e, por fim, uma última sequência que inclui as últimas quatro entradas diarísticas.

As primeiras quatro entradas reportam-se ao passado de Fernando, no decurso do qual este evidenciava um comportamento normal, confirmando as palavras das duas mulheres sobre o seu amigável desvelo e os projetos de futuro com Maria. É de salientar que, na primeira entrada, datada de 26 de janeiro, o diarista justifica o início do seu registo diuturno, cognominando-o de “páginas da minha vida”:

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53 Começo a escrever estas páginas da minha vida em um dia bem

solemne: Faz hoje annos minha mãe. (ibidem: 213)

Num segundo momento, que congrega as entradas de 9 a 20 julho, o registo de Fernando, no seu diário, permite intuir que as suspeitas de Maria são efetivamente fundadas, verificando-se um crescendo de intensidade dramática, ainda que não seja revelado o móbil da sua drástica transformação comportamental. Retomando a escrita, no termo de um interregno calendar de quatro meses, o diarista preocupa-se, num gesto narrativo insistente, em justificá-lo: “há muito tempo que não escrevo aqui, que não converso a sós com a minha consciência. Tenho medo!” (ibidem: 216). Note-se que a escrita do diário é perspetivada por Fernando como um exame de consciência ou um ato de contrição que, em resultado das suas más escolhas, se traduz num exercício emocionalmente dilacerante.

Nas restantes quatro entradas do diário, Fernando confessa a sua paixão por uma condessa, mulher-fatal que o levou a envergonhar-se da sua condição social e a desleixar o seu ofício honesto de estucador, para se deixar enlear nas teias sediciosas do jogo. Refere também a suspeita atemorizada de ser perseguido de noite por um vulto que, em muito, se assemelha à sua mãe.

Desta forma, independentemente do rumo que a narrativa tomará a partir deste momento, o diário perpetua um efeito de suspense que concita a cumplicidade do leitor. Por um lado, satisfaz a sua curiosidade, na medida em que o narratário se encontra irmanado com Maria na tentativa de resolução do mistério e acede à verdade ao mesmo tempo que a personagem. Por outro, gera um sentimento de empatia com a tragédia pessoal de Fernando, devido à patética sinceridade da sua confissão.

Depois desta incursão pioneira no terreno da diarística ficcional, Guiomar Torrezão revisita o subgénero, anos mais tarde, em 1894, dando à estampa um conto, integralmente apresentado em forma de diário30, sob o título “Diário de uma

Complicada”.

30 Trata-se de uma coincidência curiosa, se nos lembrarmos que aquele que consensualmente é

considerado o primeiro diário ficcional, o conto “Journal of a Sober Citizen”, foi originalmente publicado no The Spectator, em 1712. Em Portugal, aquele que parece constituir também o primeiro conto, em forma de diário, foi inicialmente difundido num periódico, tendo sido incluído no Brinde aos Senhores Assignantes do Diário de Notícias (em 1894). Em 1897, este conto é integrado numa coletânea intitulada Flávia.

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Este “conto-diário”31 , que parece constituir a manifestação pioneira do subgénero, marca assim o início do percurso da diary-novel em Portugal. É composto por cerca de quarenta entradas, compreendidas entre 7 de janeiro e 30 de agosto, de um ano não identificado. Logo na primeira entrada, a diarista justifica a sua decisão de inaugurar e manter um registo íntimo quotidiano:

Janeiro, 7… Ninguem me compreende, e eis-ahi porque resolvi confiar ao meu jornal, um companheiro discreto e mudo que reduzirá a cinzas os segredos que lhe entregarem, o estado da minha alma. (Torrezão, 1894: 43)

A diarista declara padecer de um abatimento anímico, com alterações caprichosas de humor, que parecem não ter explicação e são, para o vulgo, enigmáticas, e que, na realidade, constituem traços sintomáticos do culto finissecular da personalidade mórbida ou bizarra. Por este motivo, este amigo “discreto e mudo” é o único que a poderá ouvir sem julgar, nele podendo verter, sem medo de recriminação, os seus sobressaltos de alma. Além disso, a diarista reconhece também a esta contabilidade quotidiana uma função catártica e terapêutica, contribuindo para amenizar a sua inquietação íntima, receita, aliás, prescrita por Amiel, expressamente referido pela diarista32, que se assume como leitora compulsiva de diários e em cuja obra terá, porventura, colhido a inspiração tutelar para iniciar o seu próprio registo de intimidade.

O diário serve também para que esta jovem “complicada” possa clarificar uma psicologia conturbada por via da reflexão ordenadora, como ela própria admite na entrada de 30 de maio, em que se lamenta por "há muito não fazer refletir no seu jornal as cambiantes do meu pensamento" (ibidem: 64-65).

Uma estratégia singular deste conto-diário consiste na forma subtil de apresentar a diarista, o que habitualmente é feito pelo recurso a um prólogo ou a um prefácio, que foram, neste caso, elididos. De facto, na ausência de um prefácio explicativo, seria difícil apresentar a diarista ao leitor, uma vez que, em sintonia com protocolos de estrita verosimilhança, se ela escreve de si para si própria, não tem por que apresentar-se ao

31 Embora conscientes das especificidades de estrutura e de procedimentos técnico-narrativos que

singularizam o conto e o romance, mas levando em conta a constância dos traços semântico-processuais que definem o subgénero, optámos por adaptar a designação de “romance-diário” ao conto ou à novela- diário, em função da extensão sintagmática da obra considerada. Por exemplo, Lorna Martens opta por designar estas estruturas menores genericamente como “fictive diary”. Neste estudo, reservamos, contudo, essa designação para entradas diarísticas interpoladas num texto narrativo.

32 Uma caraterística comum aos diaristas é assumirem-se, em reveladora mise en abîme, como leitores de

outros diaristas. Neste caso, a jovem assume a leitura e, sobretudo, documenta a notável fortuna, à época, dos recém-publicados diários de Amiel. A diarista alude à “doença da vontade, que Amiel nos descreve no seu estranho livro…” (ibidem: 46).

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destinatário da sua confissão. No entanto, esta é uma exigência do leitor, que apenas deste modo fica habilitado a acompanhar o fluxo introspetivo da narrativa. Guiomar Torrezão resolve esta dificuldade de uma forma simultaneamente verosímil e engenhosa, através de pistas de leitura disseminadas nos fragmentos, integrando informações necessárias, de modo discreto e gradual.

Na primeira entrada do diário, a diarista lamenta-se pelo sentimento de incompreensão e acentua a sua solidão, inexplicável para os que a rodeiam, que nela reconhecem apenas a “filha única de um milionário […] rica, bonita, adulada” (ibidem: 43). Na entrada de 2 de fevereiro, menciona que é esse o dia do seu aniversário e que completa vinte anos. Por último, inferimos que a diarista se chamará possivelmente Maria, a partir da transcrição de algumas falas, em estilo direto, em que outros se lhe dirigem como Mimi (ibidem: 58, 63) ou como Mary, como o faz o seu noivo britânico (ibidem: 60). No seu registo quotidiano, a diarista vai recorrendo a símbolos ou abreviaturas para se referir a outras personagens, um subterfúgio de dissimulação de identidade e uma estratégia de verosimilhança corrente na escrita do diário: a Baroneza***, o Lord W, a Lady P, etc.

Assim, a leitura deste diário permite reconstituir o retrato da jovem mulher burguesa do século XIX, cujas preocupações maiores gravitam em torno das toilletes ou das frivolidades mundanas que ocupam o seu quotidiano. No entanto, apesar da aparente futilidade desta jovem, encontramos alguns elementos, nesta cenografia estereotipadamente burguesa, que constituem índices de estranhamento. A diarista parece, por exemplo, enaltecer os méritos de uma boa educação. Encontramos um episódio em que o seu futuro noivo se lhe dirige em francês, que era a língua de aprendizagem previsível para uma jovem burguesa em Portugal, e ela responde-lhe, surpreendendo-o, em inglês, demonstrando o perfeito domínio dos dois idiomas. Para além disso, parece que o fator decisivo para a diarista escolher o noivo, preterindo muitos outros pretendentes, alguns até mesmo formados na reputada academia coimbrã, foi a admiração pela sua refinada educação britânica. Deste modo, de forma timidamente subliminar, o conto tematiza as vantagens decorrentes de uma educação esmerada, mesmo para as mulheres, o que nos reconduz à luta militante da própria autora em prol da educação feminina33.

33Guiomar Torrezão era bem conhecida pela luta em favor da educação feminina que, aliás, lhe valeu muitos dissabores e inimizades. Um dos seus opositores foi Ramalho Ortigão que, numa das suas farpas, se lhe dirige direta e provocatoriamente, referindo que a educação de que as mulheres portuguesas

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Também invulgar, à luz da mentalidade da época, é o repúdio que a diarista vai manifestando em relação ao matrimónio, sobretudo à medida que a data se aproxima, chegando mesmo, com repulsa veemente, a hiperbolicamente comparar a sua espera “à do condemnado que espera […] execução” (ibidem: 69). Depois deste crescendo de antecipação e pânico, a última entrada do diário, num remate reparador, cancela toda a antevisão disfórica relativamente ao casamento, como se a sua aversão fosse sintoma de uma patologia que o próprio casamento curou. Se, por um lado, este final quase decetivo vem mitigar a visão negativa do casamento (que a própria Guiomar Torrezão parece subscrever), a verdade é que, por outro, não podemos esquecer a necessidade de a autora agradar ao público para quem escreve, normalmente a mulher burguesa, cuja aspiração, por expectativa social, era contrair um casamento favorável.

No entanto, em virtude da profusão de entradas em que prepondera uma visão desqualificante do casamento e da dependência social e jurídica da mulher relativamente ao marido, é esta a impressão prevalecente, graças à eficácia expressiva das imagens criadas e do vocabulário estrategicamente selecionado, assim exercendo uma discreta forma de resistência. Porém, para se justificar perante uma sociedade patriarcal e intolerante, a autora coloca em cena uma personagem-diarista caprichosa e desequilibrada, exonerando-se parcialmente das consequências disruptivas desta silenciosa militância pré-feminista.

Embora as palavras seguintes de Monica Rector se reportem a uma outra obra da autora, elas são, com propriedade, também aplicáveis a este conto-diário:

A transgressão está, muitas vezes, no não dito, produzindo humor dentro do contexto temporal e espacial. Torresão, como escritora, tinha que limitar sua expressão verbal, para não ser criticada e até mesmo condenada. Ao expor uma situação, revela mais do que palavras poderiam expressar. Faz uso do discurso hiperbólico e de uma retórica desusada. (Namorato & Rector, 2005: 30)

Assim, Guiomar Torrezão usou, de modo precursor, a fórmula literária do romance-diário com notável eficácia pragmático-ideológica, rendibilizando as suas

precisam é a culinária, para os seus maridos serem saudáveis. No entanto, Guiomar Torrezão riposta à altura do seu adversário: “Guiomar Torrezão responde a Ramalho. E fá-lo de uma maneira muito «masculina», ou seja, através da pena, não num artigo, mas num livro. […] O estilo é irónico, de desafio e de reprovação e o discurso cuidado, arrojado e com tantas farpas quanto as usadas por ele. Ou seja, coloca-se na mesma posição e ao nível do seu crítico, o que, na altura, correspondia a uma afronta. Utiliza, por isso, pari passu, os modos e os métodos do seu opositor, devolvendo a linguagem, o vocabulário, as expressões, as associações de ideias, as críticas, com uma mordacidade destruidora.” (Lopes, 2005: 512)

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potencialidades expressivas, para, por um lado, caricaturar a sociedade burguesa da época, mas, por outro, problematizar a aceitação acrítica dos dogmas patriarcais relativos à educação e ao casamento.

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