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GANHO DE POTENCIAL – Quadro

2007

2013

0

500,000

1,000,000

1,500,000

2,000,000

2,500,000

3,000,000

3,500,000

4,000,000

4,500,000

Fo nte: realizado pelo próprio; Figura 12.

Desde o ano de 2006 até Novembro 2011 conseguiu-se obter um ganho de potencial de 484.491 (Gravura 12 – Ganho de Potencial), ao passo que a população abrangida passou de pouco mais de 500.000 para 3.906.409; conforme referido à pouco este é sem dúvida um dos aspectos fulcrais na introdução deste novo modelo, mas as mais valias não ficam apenas ao estado populacional, conforme o quadro abaixo (Quadro 13 - Antes e Depois da Criação das USF`s), demonstra em que um dos pontos centrais da reforma passa também pela redução dos custos e aumento da produtividade de acordo com a Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES) Quadro 13.

Quadro 13

Antes da criação das USF

Depois da criação das USF Custos por utilizador

337,30 € 68,60 €

Vencimentos médicos

154,20 € 11,00 €

Custo MCD (meios complementares diagnóstico e terapêutica

63,70 € 13,00 €

Custos com medicamentos 131.40€ 26,70 €

Fonte: Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES); Figura 13.

As Unidades de Saúde Familiares funcionam com base em equipas (médicos, enfermeiros e administrativos – equipas multi-profissionais auto-organizadas), que se organizam, escolhem a equipa e funcionam de forma autónoma, sistema de informação (gestão do utente, administrativa, clínica e de desempenho), autonomia organizativa, funcional e técnica; sistema retributivo misto (base/carreira, capitação ajustada e pagamento por actos ou procedimentos, individualmente e ao grupo, sensível às diferenças de desempenho apresentando melhores indicadores de acessibilidade, de efectividade e de eficiência com maior satisfação dos profissionais envolvidos e dos utentes, e custos menores, quer em medicamentos, quer em meios complementares de diagnóstico e terapêuticas) (Quadro 14 - Indicadores para atribuição de incentivos institucionas).

Area Indicador

Valor de referência para 2011

Acesso

Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de

família 85

Taxa de utilização global de consultas 75 Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos 30 Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1.000 inscritos 145

Desempenho Assistencial

Percentagem de mulheres entre os 25 e os 64 anis com

colpocotologia actualizada 60

Percentagem de mulheres entre os 50 e 69 anos com

mamografia registada nos últimos 2 anos 70 Percentagem de diabéticos com pelo menos duas Hba1C

registada nos últimos 12 meses, desde que abrangem 2 semestres

90

Percentagem de hipertensos com pelo menos uma avaliação de

pressão arterial em cada semestre 95 Percentagem de crianças com PNV actualizado aos 2 anos 98 Percentagem de crianças com PNV actualizado aos 6 anos 97 Percentagem de primeiras consultas na vida efectuadas até aos

28 dias 75

Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro

trimestre 80

Satisfação dos

Utentes Percentagem de utilizadores satisfeitos/ muito satisfeitos - Eficiência Custo médio de medicamentos prescritos por utilizador - Custo médio de MCDT por utilizador -

Fonte: Diário da República, 1ª série – Nº 77 – 18 de Abril de 2008; consultado em Setembro de 2011, Figura 14.

Para todos os profissionais que valorizam a igualdade de acesso, o desempenho individual e colectivo para a eficácia e a qualidade do sistema; outros incentivos que tenham como objectivo apoiar e estimular o desempenho colectivo dos profissionais da USF, tendo em conta os ganhos de eficiência conseguidos, dos quais, uma parte, para reinvestimento na própria USF, contratualização baseada numa carteira de serviços básica e adicional (opcional), existência de um acordo de inter- substituição que garanta, nos dias úteis, atendimento no próprio dia aos utentes de qualquer das listas dos Médicos de Família que procurem ajuda, existência de uma hierarquia técnico-científica para garantir a qualidade do serviço, indicada pela equipa e integração em rede com as outras unidades.

Evolução dos Indicadores para Atribuição de Incentivos Institucionais – Quadro 15

Indicador Mediana

2008

Mediana 2009

% de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família 85,5 85,8

Taxa de utilização global de consultas 67,3 67,5

Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos 29 29,4

Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1.000 inscritos 155,1 155,1

% de primeiras consultas de gravidez efectuadas no 1º trimestre 80 85,2

% de primeiras consultas na vida efectuadas até aos 28 dias 83,8 83,8

% de crianças com PNV actualizado aos 2 anos 98,6 99

% de crianças com PNV actualizado aos 6 anos 98,7 99

% de entre os 25 e 64 anos com colcocitologia actualizada (uma em três

anos) 40 46,6

% de mulheres entre os 50 e os 69 anos com mamografia registada nos

últimos 2 anos 56,6 60,7

% de diabéticos com pelo menos três Hba1C registadas nos últimos 12

meses 68 68

% de hipertensos com registo de pressão arterial nos últimos 6 meses 82,8 82,6

Custo médio de medicamentos, por utilizador 176 186,2

Custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, por

utilizador 55,6 61,9

Fonte: Progresso da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários – Relatório 1, Novembro 2010; Consultado em Setembro 2011, Figura 15.

Os valores dos indicadores de desempenho acima apresentados são muito favoráveis (Quadro 15 - Evolução dos Indicadores para Atribuição de Incentivos Institucionais), registando progressos significativos em matéria de acessibilidade, desempenho assistencial e outros indicadores de qualidade, com contenção de custos relativamente ao ACES na sua globalidade.

Observa-se igualmente uma redução face ao Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) no que diz respeito aos menores custos por utilizador com medicamentos e meios complementares de diagnóstico e terapêutica, se tomarmos em consideração a diferença de custos por utilizador por ano nos pontos acima mencionados, chega-se a um valor superior a 120 milhões de euros, que tinham sido gastos se não existissem as Unidades de Saúde familiar (USF), este valor é muito acima do valor pago a todas as USF com respeito aos incentivos aos profissionais das USF, já que foram ganhos aspectos em termos de acessibilidade, qualidade, outputs, satisfação dos utentes e dos

profissionais, suspeita-se que em 2010, os valores rondarão os 150 milhões de euros que as USF terão poupado ao Sistema Nacional de Saúde.

Em suma, as USF apresentam melhores resultados em variados indicadores, quando comparadas com as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), dos quais destacam- se:

1. Acesso a cuidados domiciliários médicos e de enfermagem; 2. Eficiência económica;

3. Vigillância oncológica;

4. Vigililância da doença crónica e

5. Na precocidade da vigilância da grávida e do recém-nascido.

USF ; 44.51% UCSP; 55.49%

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