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CAPÍTULO 4. ASPECTOS GERAIS E CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO DA

4.1. Geologia Regional

A área da bacia do Paracatu é constituída por um conjunto de rochas pré-cambrianas e por uma seqüência de depósitos sedimentares de idade cretácica, além de sedimentos e coberturas detríticas do Terciário-Quaternário (CETEC, 1981).

Para Almeida (1977), no contexto geotectônico, a região de Paracatu se insere na faixa de dobramentos Brasília e abrange uma pequena porção de uma unidade geotectônica maior, pré-brasiliana, denominada Cráton São Franscisco. Este último (CSF), estabilizou-se no final do ciclo Transamazônico e atuou como antepaís para as faixas orogênicas que o delimitam.

O posicionamento geográfico, a nomenclatura e a idade destes cinturões de dobramentos são respectivamente: à oeste: Faixa de Dobramentos Brasília, gerada durante o ciclo Brasiliano; à leste: Faixa Araçuaí, de idade proterozóica superior; a norte: Faixa Rio Preto; a sul: Faixa Alto Rio Grande.

A infra-estrutura da Faixa Brasília é formada por terrenos do Maciço de Goiás o qual representa um fragmento crustal arqueano retrabalhado pela orogênese Brasiliana. Rochas supracrustais, Meso e Neoproterozóicas exibem deformação e metamorfismo com polaridade dirigida para leste (Fuck et al. 1994).

De acordo com CETEC (1981), com relação aos aspectos estruturais, a região em estudo se caracteriza por uma porção central de Plataforma Estável, limitada a leste e oeste por Zonas de Deformações Marginais.

A Plataforma Estável corresponde a uma área cratônica, onde as rochas pré-cambrianas apresentam-se, de um modo geral, sub-horizontais e sem evidências de metamorfismo. Em alguns locais dessa plataforma, tais rochas refletem reativações de falhamentos do embasamento cristalino.

As Zonas de Deformações Marginais apresentam dobras e falhas inversas, com planos aproximadamente paralelos aos limites sul e oeste do Cráton do São Francisco.

Quanto à estratigrafia, embora haja inúmeros estudos sobre a região de Unaí_Paracatu_Vazante, a qual define as cabeceiras da bacia do Rio Paracatu, ainda não há um consenso formal para a designação e sucessão sedimentar desta região. Na proposta inicial os metapelitos e carbonatos que ocorrem nesta bacia hidrográfica eram agrupados no Grupo Bambuí sob a denominação de Formação Paraopeba (Braun 1968, Almeida 1968), excetuando-se o trabalho de Almeida (1968), no qual os quartzitos e filitos cinza-escuros, que ocorrem na região do meridiano de Paracatu, foram separados desta e designados como Formação Paracatu.

A divisão da Formação Paraopeba, proposta por Dardenne (1976), em unidades A formada por filitos e quartzitos, B por rochas carbonáticas e meta-pelíticas e C por ardósias, prevaleceu até que o mesmo autor em 1978 reuniu as unidades B e C sob a denominação de Formação Vazante, dividindo-a nos membros Morro do Calcário, Serra do Poço Verde e Serra do Garrote. Nesta concepção a Formação Vazante seria mais antiga que o Grupo Bambuí cronocorrelato ao Grupo Paranoá de idade mesoproterozóica. Madalosso e Valle (1978) propuseram a divisão da Formação Vazante. Pimentel et al. (2001) passou a denominar a Formação Vazante como Grupo Vazante. Recentemente, Coelho et al. (2005) propõe a correlação estratigráfica dessas unidades ao Grupo Bambuí alicerçadas em seções sísmicas transbacinais.

Da estratigrafia formal do Grupo Bambuí composta por seis formações, da base para o topo, denominadas Jequitaí, Sete Lagoas, Serra de Santa Helena, Lagoa do Jacaré, Serra da Saudade e Três Marias apenas as unidades glacial (Jequitaí) e orogênica (Três Marias) são reconhecidas na região. A Formação Jequitaí constituída essencialmente por metadiamictito de matriz silto-arenosa foi identificada a oeste de Paracatu ao longo dos ribeirões Cristal e Moreira e córrego da Lajinha, tributários do Rio São Marcos (Cukrov et al. 2005). A Formação Três Marias é constituída por meta-arenitos arcoseanos e meta- siltitos verdes a cinza-esverdeados com coloração de alteração rósea a avermelhada. Exceto a Formação Três Marias, as demais formações do Grupo Bambuí formam o Subgrupo Paraopeba (Marini et al. 1984).

As unidades sotopostas ao Grupo Bambui estão representadas pelos grupos Canastra e Paranoá nesta ordem ao menos nos domínio setentrionais da seção Paracatu_Cristalina com as unidades do Grupo Canastra cavalgando o Grupo Paranoá (Marini et al. 1984).

Entretanto, Martins Jr. et al. (2006)discordam desta proposição, pois, não encontraram estrutura de cavalgamento que viesse sobrepor as unidades do Canastra às unidades neoproterozóicas do Grupo Bambuí. Segundo os autores do Projeto CRHA, em Martins Jr. et al. (2006), as relações estruturais e estratigráficas levantadas em duas seções na rodovia Unaí_Brasília e Paracatu_Cristalina, na altura do meridiano de Paracatu, são normais e o contato entre os xistos cloríticos e os metapelitos do Grupo Bambuí é transicional.

Adicionalmente, a presença de rochas glaciogênicas da Formação Jequitaí no topo do Grupo Paranoá, nesta mesma região (Cukrov et al. 2005), impele a interpretar que os filitos e xistos cloríticos de alteração rósea ocupam a porção basal do Grupo do Bambuí. Nestas condições, esta seqüência basal é correlacionável à Formação Ibiá tanto estratigráfica quanto litologicamente.

Mais a leste da bacia afloram as unidades arenosas de idade cretácica das formações Areado e Urucúia. Coberturas detrito-lateríticas e detríticas são encontradas em duas superfícies de aplainamento, a mais nova em torno da cota de 700m e a mais antiga em torno da cota de 1000m (Martins Jr. et al. 2006).

Quanto à geologia local, estratigraficamente, a área da bacia do Ribeirão Entre Ribeiros apresenta o arcabouço geológico composto pelas rochas dos Grupos Vazante e Paracatu (Freitas-Silva & Dardenne, 1992) e Paraopeba. O empilhamento das camadas não segue a ordem cronológica estratigráfica, ou seja, de leste para oeste se tem (figura 4.1):

o Grupo Paraopeba (indiviso), cronologicamente mais novo; Grupo Vazante, unidade mais antiga da região;

Grupo Paracatu, unidade mais nova que o grupo anterior e mais velha que o Subgrupo Paraopeba.

Figura 4.1: Perfil geológico esquemático da região em estudo.

Em ambos os casos, o contato entre as unidades litoestratigráficas é do tipo abrupto por falhamento reverso / cavalgamento, o que justifica a justaposição de unidades cronologicamente distintas lado a lado.

A seguir são apresentadas as unidades lito-estratigráficas através do quadro 4.1 e da figura 4.2: Quadro 4.1: Litoestratigrafia da bacia de Entre Ribeiros

ERA PERÍODO GRUPO SUB-GRUPO CÓDIGO DESCRIÇÃO LITOLÓGICA

Qa Sedimentos inconsolidados – argilas, cascalhos e areia. TQd Coberturas detrítico-lateríticas, detríticas e eluvionares em superfície de aplainamento. Cenozóico Terciário- Quaternário TQda Coberturas detrítico-lateríticas, detríticas e eluvionares em superfície de aplainamento mais antigas.

EoCpd

Filitos carbonosos, calcários e ardósias com predominância de dolomitos.

Proterozóico Superior Bambuí Vazante Paracatu

Paraopeba

EoCp Margas, siltitos, argilitos, quartzitos, calcários e ardósias. Fonte: CETEC (1981).

Nota-se que no quadro acima não está presente a

seqüência de depósitos sedimentares de

idade cretácica, uma vez que estes se configuram na porção leste da Bacia do Paracatu.

Figura 4.2: Carta lito-estratigráfica da área da bacia de Entre Ribeiros.

No que tange os aspectos estruturais locais, as principais feições presentes na área em pauta são o acamamento S0, foliação principal Sn, foliação milonítica incipiente, fraturas, falhas e dobramentos suaves geralmente intrafoliais e veios extensionais. Em alguns pontos também estão presentes falhas reversas com movimento direcional (CETEC, 1981).

4.2 – GEOMORFOLOGIA.

A paisagem regional se insere nas mega-unidades geomorfólogicas denominadas de Planalto do São Francisco e Depressão Sanfranciscana. Estas unidades geralmente apresentam datações relativas desde o Cretáceo superior / Terciário inferior até o Pleistoceno. A morfogênese na região foi controlada pela interação dos fatores litólicos, estruturais, processos de pedimentação e dissecação fluvial permutantes entre si (CETEC, 1981).

As superfícies cimeeiras se situam em cotas variando entre 900 e 1.000 metros e se caracterizam como: superfície tabular, superfície tabular reelaborada, superfície aplainada evoluídas por processos de pedimentação. O patamar intermediário, com cotas variando entre 600 e 750 metros é composto de formas evoluídas por processos de dissecação fluvial, onde os principais morfotipos são: vertentes (ravinadas; ravinadas com vales encaixados; em chevron; convexas), colinas (com vertentes ravinadas; com vertentes ravinadas e vales encaixados), cristas (com vertentes ravinadas e vales encaixados; estruturais com vertentes ravinadas), vales encaixados e cristas esparsas. Nesse domínio altimétrico ocorrem, também, morfotemas cuja evolução se processou pela combinação de dissecação fluvial e pedimentação: superfície tabular e rampas de colúvio, superfície de aplainamento degradada, superfície ondulada, superfície ondulada com vertentes ravinadas, formas tabulares, patamares rochosos, patamares pedimentados, pedimentos, patamares rochosos em geral, rampas de colúvio e colinas. As cristas de Unaí se inserem neste segundo patamar geomorfológico se caracterizando como um relevo tipicamente karstico controlado pela estruturação regional NNW/SSE. O patamar geomorfológico inferior, com altimetria em torno de 500 metros, é constituído de pedimentos, além de depósitos evoluídos devido à deposição fluvial, ou seja planície fluvial, planície fluvial e veredas degradadas e planície fluvial e vale acolmatado (CETEC, 1981). Mediante análises de campo e de mapas produzidos por meio de dados prévios (CETEC, 1981), percebe-se que, na região em pauta, os morfotipos se constituem de formas evoluídas por processos de pedimentação, dissecação fluvial, formas mistas, processos kársticos, exsudação, deposição fluvial e erosão acelerada. Estes podem ser observados na figura 4.3 e especificados no quadro 4.2:

Quadro 4.2 – Formas mórficas da bacia de Entre-Ribeiros

Formas evoluídas por processos de pedimentação

st - superfície tabular – superfície de aplainamento em área de planalto, com depósitos de cobertura arenosos e argilosos e rede de drenagem pouco densa, constituída por veredas. Ocorrência de áreas de infiltração acentuada, sobre formações arenosas.

str - superfície tabular reelaborada – superfície de aplainamento em área de planalto, com depósitos de cobertura predominantemente arenosos; rede de drenagem constituída por veredas em densidade relativamente elevada.

sa - superfície tabular aplainada – superfície de aplainamento em área de depressão, com depósitos de cobertura de textura variada, rede de drenagem constituída por veredas e vales pouco aprofundados.

pd - pedimentos – vertentes de declividade inferior a 8% elaboradas sobre rochas expostas ou cobertas por formações superficiais que se integram com os depósitos colúvio-aluviais das superfícies de aplainamento. Áreas com escoamento superficial difuso.

Formas evoluídas por processos de dissecação fluvial

r - vertentes ravinadas – vertentes dissecadas pelo escoamento fluvial concentrado, elaboradas predominantemente sobre rochas de baixa permeabilidade.

rv - vertentes ravinadas e vales encaixados – vertentes íngremes dissecadas pelo escoamento fluvial, concentrado em talvegues profundos.

ch - vertentes em chevron – vertentes litólicas ravinadas e/ou com vales encaixados, elaboradas sobre flancos de estruturas dobradas. Áreas de escoamento superficial concentrado e difuso intenso.

c - colinas – formas côncavo-convexas elaboradas pelo escoamento superficial concentrado. Áreas com padrão de drenagem predominantemente dendrítico.

k - cristas – formas erosivas e/ou estruturais, constituídas por alinhamento de topos com vertentes abruptas.

cr - colinas com vertentes ravinadas.

crv - colinas com vertentes ravinadas e vales encaixados.

ker - cristas estruturais com vertentes ravinadas - Cristas elaboradas sobre estruturas dobradas, truncadas e posteriormente ressaltadas por processos erosivos. Área de escoamento superficial concentrado.

krv - cristas com vertentes ravinadas e vales encaixados.

kerv - cristas estruturais com vertentes ravinadas e vales encaixados.

rvk - vertentes ravinadas, vales encaixados e cristas esparsas.

Formas de origem mista, evoluídas por processos de pedimentação e de dissecação fluvial

sto - superfície de aplainamento degradada em área de planalto, com depósitos superficiais pouco espessos. Predomínio de escoamento superficial concentrado.

so – superfície ondulada – superfície de aplainamento degradada em área de depressão, cujos depósitos de cobertura foram ou estão sendo removidos pelo escoamento superficial concentrado.

sor - superfície ondulada com vertentes ravinadas. pdr - pedimentos ravinados.

rc - rampas de colúvio – vertentes recobertas por depósitos de origem coluvial, com predomínio de escoamento superficial difuso.

Formas evoluídas por processos de exudação

ve - veredas – vales rasos com vertentes côncavas arenosas, de caimento pouco pronunciado; ocorrências de solos hidromórficos.

d - depressões rasas de fundo plano – áreas de má drenagem com rebaixamento pouco pronunciado evoluídas sobre as superfícies de aplainamento, com ocorrências de solos hidromórficos e concentração de lagoas temporárias.

Formas evoluídas por processos kársticos

v - verruga – elevação em rocha calcária envolvida por áreas rebaixadas de origem kárstica. kav - grupamento de formas kársticas com concentração de verrugas calcárias

kka - crista kárstica – crista elaborada em calcário, com desenvolvimento de formas kársticas. soka - superfície onduladas com desenvolvimento de formas kársticas.

Formas evoluídas por processos de deposição fluvial

pf - planície fluvial – terraços e várzeas não diferenciados; ocorrência de áreas de permeabilidade acentuada (sobre aluviões arenosas) e de lagoas (sobre aluviões argilosas).

cd - cones de detritos – formas originadas do escoamento torrencial resultantes da deposição de detritos colúvio-aluviais em confluências e/ou em sopés de escarpas.

tf1 - terraço baixo. tf2 - terraço alto.

Formas evoluídas por processos de erosão acelerada

A - erosão acelerada – grupamentos de formas de relevo, resultantes da atuação de processos erosivos intensificados pela ação antrópica. Erosão laminar, ravinas e voçorocas.

Fonte: CETEC, 1981

A partir da figura 4.3 é possível perceber o predomínio de aplainamento por pedimentos, com domínio do morfotipo Sa – superfície tabular aplainada, sobretudo na parte oriental e boa parcela da porção central da bacia. Em campo, pode-se observar, também nessas regiões, a grande presença das formas evoluídas por processos de deposição fluvial, como os espessos terraços aluvionares onde as cotas variam em torno de 480 a 560 metros, bem como de planícies fluviais, além das formas evoluídas por processos de exsudação, como as depressões rasas de fundo plano onde se presenciam várias lagoas temporárias e veredas.

Já a parte ocidental da bacia, contempla a maior parte das unidades mórficas se configurando como uma região bem mais dinâmica. Nesta estão presentes quase todos os grupos mórficos relatados no quadro 4.2. Destaca-se, por exemplo, a presença das formas evoluídas por processos kársticos, como as Cristas de Unaí, que se tratam de feições alongadas, em forma de crista, com vertentes ravinadas em relevo escarpado e com grande influência de calcário. Nesta porção, também predominam as formas evoluídas por processos de dissecação fluvial, como as cristas, colinas e vertentes, sendo grande parte destas ravinadas. Configuram-se, também, grandes feições provenientes dos processos de pedimentação, como as superfícies tabulares, tabulares reelaboradas e, mais uma vez, tabulares aplainadas (estas últimas com feições de chapadas), além das formas de origem mista, ou seja, evoluídas por processos tanto de pedimentação quanto de dissecação fluvial, como as superfícies onduladas, pedimentos ravinados, rampas de colúvio, dentre outras.

Esta constatação também pode ser visualizada na figura 4.4, que ilustra o modelo digital de elevação do terreno da bacia do Ribeirão Entre Ribeiros, e enaltece a diferença entre o modelado do relevo nas porções ocidental e oriental da bacia.

Este produto foi gerado a partir dos mapas de altimetria e de curvas de níveis presentes no Anexo.

Figura 4.4: Modelo Digital de Elevação do Terreno da bacia do Ribeirão Entre Ribeiros.

4.3 – PEDOLOGIA.

O Noroeste de Minas Gerais, conforme já mencionado, encontra-se nos divisores da bacia do Rio São Francisco onde ocorreram diversos trabalhos de metamorfização e movimentação do relevo, imprimindo à região condições geológicas e geomorfológicas bem características, com algumas feições, que por sua vez, permitem diferentes tipos de solos.

Os levantamentos exploratórios realizados pelo CETEC no 2º Plano de Desenvolvimento Integrado do Noroeste Mineiro (1981), pelo RADAM – BRASIL nos levantamentos dos Recursos Naturais – folha Brasília e posteriormente pela EMBRAPA-EPAMIG-FUNARB (1998), identificaram a existência, na bacia de Entre Ribeiros, das seguintes unidades de mapeamento, distribuídas como mostrado na Figura 4.5 e especificados no quadro 4.3.

Quadro 4.3: Unidades Pedológicas da bacia de Entre-Ribeiros

Solos com Horizonte B Latossólico

LVAd1 – Latossolos vermelho amarelos distróficos típicos, argilosos, A moderado. Fase cerrado com relevo plano e suave ondulado.

LVAd4 – Latossolos vermelho amarelos distróficos típicos, argilosos, A moderado + Latossolo vermelhos distróficos típicos argilosos, A moderado. Fase cerrado com relevo plano e suave ondulado.

LVd1 – Latossolos vermelhos distróficos típicos, argilosos, A moderado. Fase cerrado com relevo plano e suave ondulado.

LVd3 – Latossolos vermelhos distróficos típicos, textura média, A moderado. Fase cerrado com relevo plano e suave ondulado

LVd4 – Latossolos vermelhos distróficos típicos, argilosos, A moderado+ Latossolos vermelho amarelos distróficos típicos, argilosos, A moderado. Fase cerrado com relevo plano e suave ondulado.

Solos com Horizonte B Câmbico

CXbd2 – Cambissolos háplicos tb distróficos típicos, argilosos, A moderado + Neossolos litólicos distróficos, textura indiscriminada, A fraco e moderado. Fase campo cerrado com relevo ondulado.

CXbd3 – Cambissolos háplicos tb distróficos típicos, textura média, A moderado. Fase campo cerrado + Latossolos vermelho amarelos distróficos típicos, argilosos, A moderado. Fase cerrado com relevo plano e suave ondulado.

Solos Hidromórficos

GXbd – Gleissolos háplicos tb distróficos típicos, textura indiscriminada, A moderado, fase campo de várzea + Latossolos vermelho amarelos distróficos, plínticos, argilosos, A moderado, fase campo cerrado com relevo plano.

Solos Pouco Desenvolvidos

RUbe2 – Neossolos flúvicos tb eutróficos típicos, de textura indiscriminada, horizonte A moderado + Planossolos háplicos indiscriminados + Gleissolos indiscriminados, fase campo de várzea com relevo plano.

RLd1 – Neossolos litólicos distróficos típicos, textura indiscriminada, A fraco e moderado. Fase campo cerrado com relevo forte ondulado.

RLd2 – Neossolos litólicos distróficos típicos, textura indiscriminada, A fraco e moderado + Cambissolos háplicos Tb distróficos típicos, textura média, A moderado. Fase campo cerrado com relevo ondulado e forte ondulado.

RLd4 – neossolos litólicos distróficos típicos, textura indiscriminada muito cascalhenta, A fraco + Neossolos litólicos distróficos típicos, textura indiscriminada, A fraco e moderado. Fase campo cerrado com relevo ondulado a escarpado

RLe1 – Neossolos litólicos eutróficos chernossólicos + Neossolos litólicos eutróficos típicos, A moderado, ambos textura indiscriminada, fase floresta caducifólia, relevo montanhoso + Neossolos litólicos distróficos típicos, A moderado, textura indiscriminada. Fase campo cerrado com relevo montanhoso + afloramentos de rochas

RLe2 – Neossolos litólicos eutróficos chernossólicos + Neossolos litólicos eutróficos típicos, A moderado, ambos com textura indiscriminada + Cambissolos háplicos Tb eutróficos lépticos e típicos, argilosos, A moderado. Fase floresta caducifólia com relevo ondulado e forte ondulado. Fonte: CETEC (1981), atualizado para o novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – EMBRAPA

A partir da figura 4.5 e do quadro 4.3 é possível verificar que, assim como nos aspectos geomorfológicos, há uma maior homogeneidade nas porções leste e boa parte da região central bacia, onde nestes casos predominam as classes de latossolos vermelhos amarelos distróficos – LVAd4 e latossolos vermelhos distróficos – LVd4, respectivamente. Além dessas, presenciam esta porção do território, manchas de solos hidromórficos, GXbd, bem como neossolos flúvicos, RUbe2, que acompanham os principais cursos d’água, principalmente, nos trechos de médio e baixo curso onde se verificam as planícies aluvionares e as lagoas marginais.

De maneira geral, essas regiões, provenientes da unidade dos pedimentos do terciário quaternário e que compõem a maior parcela na bacia, possuem uma boa estabilidade, sendo que os processos erosivos que se verificam são de natureza laminar. Assim, apresentam uma aptidão para a agropecuária anual com o devido manejo e aplicação da tecnologia e capital bastante favorável.

Por outro lado, a região oeste da bacia e parte da porção central, por apresentarem um maior dinamismo do relevo e classes geomorfológicas variadas, contemplam uma variedade maior de tipos de solos.

Na região das Cristas de Unaí, por exemplo, ocorrem nas vertentes solos rasos eutróficos sob campo cerrado e manchas de mata seca. Já a região dos pedimentos, associados aos talus, permite a ocorrência de solos mais profundos variando entre latossolos e cambissolos. Entretanto, são solos que imprimem uma aptidão de uso apenas para áreas de reserva e preservação permanente.

De forma geral, na região ocidental se destacam, nas áreas acidentadas, os solos com o horizonte b