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entrevista.

Quadro 1 – Dimensões e categorias de análise

Dimensão

Categoria

Indisciplina

1. Origem 2. Causas

3. Interferência no processo ensino- aprendizagem

Gestão e Instrumentos de Atuação

Disciplinar

1. Normativos

2. Homogeneidade de procedimentos 3. Ação da direção

4. Eficiência das medidas disciplinares

Relativamente à categoria 1 da dimensão “indisciplina” as respostas dadas para justificar o aparecimento de indisciplina foram muito semelhantes. Os fatores podem ser diversos e de várias ordens: individuais, familiares, sociais e psicológicos. Para os professores tudo se reflete na educação que os alunos recebem em casa, bem como os seus valores, os seus interesses, ou a diferença de interesses da vida escolar. Neste “diálogo” que mantivemos

com os professores, o E3 referiu que “Às vezes a incompatibilidade com um professor, pode por si só ser um factor importante para o aparecimento da indisciplina” o outro aspeto foi referido pelo E4 que afirmava que “Eu penso, que o que promove o aparecimento da indisciplina na escola, foi a demissão do papel de Encarregado de Educação. Este sim, na minha opinião, é o factor principal”.

Tendo em conta a categoria 2 da dimensão “indisciplina” e as causas pelas quais os alunos são indisciplinados o E2 afirma que “Muitas vezes, esta falta de educação e motivação vem das atitudes dos pais. Nota-se, cada vez, mais a falta de diálogo nas famílias”. Um aspeto muito referido ao longo da entrevista é a falta de interesse por parte dos alunos e dos próprios pais. Como nos refere o E3 “Os pais despejam os filhos na escola e esperam que os professores façam todo o trabalho da «educação dos seus filhos» por eles”, opinião do E1 “ os alunos podem ser indisciplinados, quando têm falta de interesse, de motivação, de auto-estima e quando não compreendem as matérias que estão a ser lecionadas. Alguns alunos podem também não ter adquirido alguns valores de boa educação e de conduta”, na opinião da E5 “ Os alunos são indisciplinados porque não têm quem os controle em casa e acabam por não ter limites e acabam por não saber quais os limites”.

Face à categoria 3 da dimensão “indisciplina” os entrevistados, quando questionados sobre os fatores que podem afetar o processo ensino/ aprendizagem, referem que a indisciplina é sem dúvida um dos primeiros fatores a ser nomeado. Este fator é perspetivado e encarado por todos eles, como um grande entrave ao sucesso educativo do aluno.

No que diz respeito, à categoria 1 da dimensão “gestão e instrumentos de atuação indisciplinar” os entrevistados, quando se referem à aplicação e utilização das normas do Regulamento Interno de forma equitativa por parte de todos os professores, as respostas dadas foram variadas. Na opinião do E1 “A maioria dos professores desta escola são rigorosos, na aplicação das normas do Regulamento Interno. Mas na minha opinião há alguns professores que são mais permissivos e assim não estão a contribuir em nada, para que todos os alunos respeitam as normas da mesma forma”, na opinião do E2 “Não, alguns nem o conhecem e nem se preocupam”, E3 “ Na minha opinião, nem sempre, pois as normas são as mesmas para todos, mas cada um à sua maneira e mediante a sua interpretação age de forma particular”, na opinião E4 “Não, todos são pessoas diferentes, e mesmo tentando a relação criada com os alunos é diferente, não é possível” e na opinião do E5 “ Não, nem todos têm conhecimento do

Regulamento Interno. Esta é a minha opinião. Logo não o podem aplicar da mesma forma”. Podemos depreender pelas diferentes falas que cada professor age de acordo com os seus valores, as suas normas e a sua própria identidade. Ou seja, de acordo com a sua experiência profissional. Quando abordamos o documento referente ao Estatuto do Aluno e Ética Escolar, como auxílio no combate da indisciplina todos são unânimes, quanto ao seu contributo. O E1 diz que “As alterações introduzidas no novo estatuto, ajudam a combater a indisciplina, porque dá mais autoridade ao professor e acaba por responsabilizar mais a família”, o E2 diz que “Ajuda a atenuar a indisciplina, mas esta vai continuar a existir sempre nas nossas escolas, com maior ou menor impacto. Para mim, a indisciplina vem muitas vezes da falta de expetativas da família relativamente à escola”, o E3 diz que “Ajuda a combater, mas como se costuma dizer, «cada caso é um caso» e perante este estatuto dá uma maior responsabilização aos pais, mas nem sempre os pais «estão interessados em saber o que o filho faz ou deixa de fazer!!»” E4 diz que “Ajuda, ajuda mas não resolve, sempre foi assim!!” e o E5 diz que “Acho que sim. E com as novas alterações, penso que os pais se sentirão mais responsabilizados e por isso estarão mais atentos”. Concluímos que o Estatuto do Aluno e Ética Escolar poderá ser mais eficaz devido às suas alterações. No entanto, este documento só terá resultados efetivos se os pais se interessarem mais. Ainda abordando o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, tentamos entender se na opinião dos professores entrevistados essas alterações dão mais autonomia à escola e ao diretor. O E1 considera que “Sim, porque as alterações introduzidas aumentam as medidas sancionatórias ou corretivas, que poderão ser aplicadas aos infratores. Que em última instância e no caso de incumprimento, poderá chegar à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou até mesmo ao Ministério Público”, o E2 considera que “Sim, a escola instala um processo disciplinar e em pouco tempo são implementadas as medidas mais correta soara esse caso”, o E3 considera que “Sim, dão mais autonomia e principalmente ao diretor, pois existem sanções graves. Que os alunos cometem e desta forma com os Encarregados de Educação são obrigados a agir”, o E4 considera que “Sim, Alguma autonomia têm a mais, nomeadamente nas medidas sancionatórias e nas corretivas” e o E5 considera que “Sim, penso que sim. Como os Encarregados de Educação são mais responsabilizados, isto faz com que o diretor também possa agir de forma mais eficaz”. Havendo, por isso, unanimidade nas representações dos entrevistados.

Referente à categoria 2 da dimensão “gestão e instrumentos de atuação indisciplinar”, a forma de atuação face a comportamentos de indisciplina e seguida pelos entrevistados é quase sempre a promoção do diálogo com os alunos, para que eles compreendam as consequências que podem advir da continuidade com tal comportamento. Se não resultar, o professor comunica ao Diretor de Turma e consequentemente é comunicado por este, ao Encarrego de Educação de forma a responsabilizá-los pelos atos e atitudes dos seus educandos. Só o E4 é que referiu que numa situação destas “Encaminho o aluno para um espaço próprio definido pela escola, muitas das vezes só assim é que aprendem”.

No que concerne à categoria 3 da dimensão “gestão e instrumentos de atuação indisciplinar”, e face ao combate da indisciplina, e à posse de meios eficazes para combater a indisciplina todos os professores entrevistados, são da opinião que os órgãos de gestão possuem meios eficazes. Para o E1 este diz que “ Acho que sim, quando são aplicados de forma rigorosa, equitativa e firme”, para o E2 “Claro que sim, mas por vezes não os utilizam. Talvez este seja o grande problema da indisciplina nas escolas. É os alunos não sentirem que o órgão de gestão não exerce esse poder”, para o E3 “ Acho que sim, desde que sejam sempre rigorosos, exemplares e firmes perante todas as situações de indisciplina”, para o E4 “ Acho que sim, afinal eles são quem realmente tem mais poder na escola” e para o E5 “ Sim, sem dúvida que sim. Mas acredito que muitas vezes não atuem da forma mais eficaz, com receio da atitude dos pais”. Daí que se possa concluir que os meios são eficazes, mas depende sempre da forma com que o órgão de gestão da escola os aplica.

Por fim a categoria 4 da dimensão “gestão e instrumentos de atuação indisciplinar”, faz alusão ao êxito na diminuição ou combate da indisciplina das medidas disciplinares aplicadas, as respostas são diferentes entre os atores educativos. Para o E1 ”Neste momento ainda não é muito visível esse êxito. Isto porque, na minha opinião, estas medidas ainda não foram bem interiorizadas pelos alunos e pelos pais”, para o E2 “Durante este ano letivo não tenho verificado isso, pois tenho alunos que já foram sujeitos a medidas disciplinares, mas continuam com o mesmo comportamento. Mas concordo que estas medidas têm de ser implementadas”, para o E3 “Por vezes têm êxito, mas tudo depende das atitudes e comportamentos que têm em casa e na forma de agir por parte dos pais perante tais casos de indisciplina dos seus educandos”, para o E4 “No meu caso sim. Notei que os alunos indisciplinados mudaram de atitudes após sofrerem as consequências das medidas que lhes

foram aplicadas” e o para o E5 “Algum êxito, poderia ter mais êxito se houvesse mais colaboração por parte dos pais. Mas penso que as coisas agora vão mudar um pouco”. Daí concluímos que têm tido êxito, mas é que este processo é lento e progressivo. Quando questionados sobre o que consideram que obtém resultados mais satisfatórios face à indisciplina, a maioria dos professores responderam que são as corretivas, como podemos ver nas respostas dadas. Para o E1 “Na minha opinião as medidas corretivas poderão vir a dar resultados mais satisfatórios, pois têm finalidades pedagógicas dissuadoras e de integração do aluno na comunidade. As medidas sancionatórias, surgirão no caso das medidas corretivas se revelarem ineficazes”, para o E2 “Em primeiro lugar devem ser implementadas as medidas corretivas para que os alunos tomem consciência dos seus atos e poderem assim alterar o seu comportamento”, para o E3 “As duas. Em alguns casos as corretivas são suficientes, noutros só com as sancionatórias, se vê alguma melhoria ou evolução disciplinar. Mas existem casos de alunos que nem umas nem outras, muda seja o que for nas suas aitudes”, para o E4 “Depende do aluno, da frequência com que ele é indisciplinado e também na turma em que o aluno está inserido. Poi isso, acho que em determinados casos são as corretivas e noutros casos são as sancionatórias. Mas também podem ser utilizadas as duas” e para o E5 “Depende da situação em questão. Por vezes as corretivas são eficazes e não são necessárias as medidas sancionatórias. Quando as medidas corretivas não são suficientes são necessárias as medidas sancionatórias”.

As entrevistas aconteceram num ambiente tranquilo e descontraído, numa sala que não estava ocupada. Estas entrevistas foram previamente agendadas com os professores. A entrevista foi gravada e transcrita para papel, para depois ser feita a análise de conteúdo e ter o tratamento adequado. Esta forma de recolha de informação foi rica, uma vez que possibilitou o contato direto entre entrevistador e entrevistado e desta forma também conseguimos obter informações não verbais e ver as expressões faciais.

A duração das entrevistas demorou em média, aproximadamente, quarenta minutos de conversa para o conjunto das dez questões colocadas.

Pensamos que ao longo das entrevistas, se criou uma afinidade o que facilitou a conversa.

Esta forma de recolha de informação tem as suas vantagens e desvantagens. A entrevista é um instrumento de recolha de dados que permite a obtenção de informação mais

completa do que o questionário; As perguntas, neste tipo de instrumento, não são fixas podem ser adaptadas pelo próprio entrevistador ao entrevistado de modo a facilitar a compreensão e o diálogo entre ambos; As questões podem também ser, complementadas com o duração da entrevista, isto é, complementadas de acordo com as respostas inicialmente obtidas e esse complemento de informação pode ser feito de forma direta, isto é, valendo-se a novas questões que não faziam parte do plano inicial, ou de forma indireta através da recolha de expressões faciais ou reações do entrevistado que permitem retirar conclusões sobre as suas opiniões. Relativamente às desvantagens da entrevista está relacionada com o tempo em que ela decorre, e que é normalmente extenso e o local tem de ser previamente combinado entre o entrevistador e o entrevistado; As entrevistas são realizadas num número mais limitado de sujeitos, isto porque pelo facto de serem presenciais, requerem maior disponibilidade de tempo e espaço (como já foi referido); Podemos também, ter em conta as dúvidas do entrevistado em expor a sua sinceridade e a propensão para que este dê as respostas de acordo com aquilo que ele pense que o entrevistador pretende obter ou que lhe parecem politicamente corretas e a análise de dados recolhidos numa entrevista é mais demorada e mais extensa.

5.3.3 – Análise documental

Segundo Bell (1997), a análise de documentos nas investigações educacionais podem ser usadas em duas perspetivas. Isto é, serve para completar a informação obtida por outros métodos, e nestes documentos pode-se encontrar informações úteis para o objeto em estudo. Ou então e numa segunda perspetiva, ser o método de pesquisa central ou mesmo exclusivo, de um projeto e neste caso os documentos são alvo de estudo de si próprios.

Podem ser utilizados diversos tipos de documentos como fonte de dados. Nalguns casos a consulta e a análise desses documentos permite-nos obter dados e informações que de outro modo não teríamos acesso.

De entre os documentos existentes na escola, tivemos acesso ao Regulamento Interno, ao Projeto Educativo, à Avaliação Externa e às Atas.

Na tentativa de melhor compreender e conhecer a realidade que constitui o dia-a-dia da organização escolar. Bem como, as opções estratégias do órgão de administração.

Procedemos à análise dos referidos normativos, especificamente aqueles que regulam os vários atores educativos, como é o caso do Regulamento Interno e do Projeto Educativo.

A organização escolar é uma realidade complexa e muito relacional, a definição sólida do seu regime de funcionamento é indispensável. E como reforço desta ideia, e segundo o autor Renca,

“todas as organizações necessitam de regras, manifestas ou implícitas, inatas ou adquiridas, aceites ou impostas, que não deverão, nem restringir a sua liberdade de acção, nem empobrecê-la, mas torná-la mais dinâmica e actuante, delimitando obrigações e direitos, para que todos os que dela fazem parte possam ser defendidos e respeitados” (2008, p.104).

Sendo o Regulamento Interno, um documento estruturante e regulador das relações sociais e institucionais do dia-a-dia da organização escolar. Desta forma e para um melhor conhecimento dos princípios reguladores das interações institucionais vigorantes na escola, não poderíamos deixar de realizar uma análise delicada ao conteúdo do seu Regulamento Interno, nomeadamente no que diz respeito às normas de comportamento relativas aos alunos, dentro e fora das aulas e das medidas corretivas e sancionatórias aplicadas em caso do não cumprimento.

Quando referidos os objetivos do Regulamento Interno, no artigo 2.º, verificamos que há uma preocupação por parte do agrupamento em informar os alunos sobre as normas de organização e funcionamento da escola. Bem como para a criação de um clima favorável ao desenvolvimento do Processo Educativo, através da criação de regras. Quanto à responsabilização, o presente artigo refere que

“Responsabilizar todos os membros da comunidade Escolar, pela concretização dessa tarefa colectiva que é o Processo Educativo, definindo a parte que nela cabe a cada um; a) Delimitar e definir os respectivos papéis, através do estabelecimento de regras por que se deverá pautar a sua conduta; b) Precisar os seus direitos e deveres enquanto membros desta comunidade” (artigo 2.º).

Quando consultamos o documento em análise, e no que se refere aos deveres do aluno, no artigo 129.º refere que

“a) Estudar, empenhando-se na sua educação e formação integral; b) Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito do trabalho Escolar; c) Seguir as orientações dos Professores relativas ao seu processo de ensino aprendizagem; d) Tratar com respeito e correcção qualquer membro da comunidade Educativa”.

Os deveres dos alunos não se resumem somente ao que foi referido anteriormente. A escola tenta responsabilizar o aluno, para que este participe e promova uma harmonia de convívio escolar, bem como a total integração na escola de todos os alunos.

O que muitas das vezes fomenta a indisciplina é o não cumprimento dos seus deveres por parte dos alunos. Cabe aos professores, à escola, aos encarregados de educação e toda a comunidade educativa levar o aluno a respeitar as regras estabelecidas, bem como o respeito pelos diferentes atores educativos.

O artigo 129.º refere, ainda, que o aluno deve ser detentor de informação, para que na escola exista por parte do aluno uma maior colaboração e participação por parte dos alunos. Nesse sentido, os alunos devem “conhecer e cumprir o estatuto do aluno, as normas de funcionamento dos serviços da Escola e o Regulamento Interno da mesma”

No que se refere aos deveres e referente a sua permanência na sala de aula e noutros espaços de aula, o artigo 131.º diz que

“Durante a aula, o aluno deve: a) Comportar-se com correcção, não a perturbando, nem aos seus colegas; b) Estar atento, de forma a poder participar nela e a tirar alguma dúvida quando a tiver; c) Tratar com respeito o Professor e os seus colegas e não os interromper nas suas intervenções; d) Escrever o sumário no seu caderno diário e tudo aquilo que o Professor, ou ele próprio, houver por necessário ficar registado”.

Na subsecção IV, referente à disciplina, o artigo 131.º cita que é infração disciplinar quando o aluno

“A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos neste Regulamento Interno, em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das actividades das Escolas ou das relações no âmbito da comunidade Educativa, constitui infracção disciplinar, a qual pode levar, à aplicação de medida disciplinar”.

Quando os atores educativos tomam decisões, estas têm sempre, ou deveriam ter um caráter corretivo ou sancionatório, face a algumas atitudes indisciplinadas. Como reforço disso, o 142.º menciona que

“todas as medidas correctivas e medidas disciplinares sancionatórias prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, a preservação do reconhecimento da autoridade e segurança dos Professores no exercício da sua actividade profissional e, de acordo com as suas funções, dos demais funcionários, visando ainda o normal prosseguimento das actividades da Escola, a correcção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade Educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens”.

As medidas disciplinares sancionatórias, têm sempre em conta a gravidade da infração praticada pelos alunos. A sua finalidade é sempre uma finalidade punitiva. As medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias, devem ser aplicadas em coerência com as necessidades Educativas do aluno e com os objetivos da sua educação e formação, no âmbito, tanto quanto possível, do desenvolvimento do plano de trabalho da turma e do Projeto Educativo da Escola, e nos trâmites do Regulamento Interno.

Quanto à determinação da medida disciplinar corretiva ou medida disciplinar sancionatória aplicável, esta deve ter em consideração, a gravidade do incumprimento do dever violado, a idade do aluno, o grau de culpa e o meio familiar e social em que o mesmo se

insere. Como já vimos o meio socioeconómico, influencia o modo de atuar do aluno e dos seus interesses.

Relativamente às medidas corretivas estas assumem uma natureza eminentemente cautelar, o artigo 144º faz alusão a algumas. Como verificamos

“são medidas correctivas: a) A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho Escolar. Na sequência da ordem de saída da sala de aula, o aluno deve ser ocupado do seguinte modo: encaminhamento para um Gabinete de Apoio, coma presença de um Professor, devendo o aluno fazer-se acompanhar de um ficha de trabalho; encaminhamento para uma Sala de Estudo; Encaminhamento para um Clube em funcionamento. b) Realização de tarefas e actividades de integração Escolar, podendo para esse efeito, ser aumentado o período de permanência obrigatória, diária ou semanal do aluno na Escola. As actividades de integração na Escola - propostas pelo Conselho de Turma em conformidade com cada caso, devem, sempre que possível, compreender a reparação do dano provocado pelo aluno. As “actividades de integração na Escola” serão orientadas pelo Director de Turma, em resultado da resolução do Conselho de Turma e supervisionada e acompanhada a sua execução pelo Auxiliar da Acção Educativa, responsável pelo serviço”.

No entanto, estas medidas aplicadas mais parecem, medidas punitivas para os professores do que aos alunos. Dado que obriga os professores a acompanhar o aluno na sua execução da tarefa determinada a realizar.

Na aplicação das medidas corretivas, estas por vezes revelam pouco sucesso. Pois verificamos que os alunos pouco se sentem com esta medida, ou seja, tendem a repetir as suas