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 Escola 1: Escola Estadual – Cidade da Esperança

Caracterização Unidade Escolar:

A Escola Estatual, localizada em Natal, no Bairro Cidade da Esperança, Zona Leste, recebeu recursos do PDE–Escola no ano 2008 e 2009. Em 2008, a escola possuía 697 alunos matriculados, recebendo um investimento no valor de R$ 31.000,00 reais, sendo R$ 18.600,00 reais para Custeio e R$ 12.400,00 para Capital. Em 2009, a escola possuía 1.149 alunos matriculados, recebendo um investimento no segundo ano no valor de R$ 21.500,00 reais, sendo R$ 15.050,00 para Custeio e R$ 6.450,00 para Capital. Data da Entrevista: 16/04/2019 às 14:00 Horas Entrevistada: Coordenadora Financeira Indicações de Perguntas: Perguntas Gerais

1 – Como ficou sabendo que existia o PDE–ESCOLA; foi exigência da secretaria ou foi por iniciativa da própria escola?

2 – Porque a escola se interessou pelo PDE?

3 – Vocês conhecem o manual e seguiram o manual?

4 – Após o PDE, houve uma melhora no plano pedagógico da escola? 5 – Foi realizado alguma autoavaliação após o PDE?

6 – Existe alguma outra pessoa que participou do PDE–Escola que ainda permanece atua aqui?

Perguntas Específicas

1. Nota-se que há um aumento na quantidade de matrículas dos alunos na escola de 2008 para 2009, de 452 novas matrículas. Essa quantidade de matrículas foi devido ao PDE–Escola para conseguir um maior repasse, já que o cálculo do programa é feito pela

quantidade de alunos inseridos na escola?

2. Sabe-se que o Planejamento Estratégico do PDE–Escola deve ser elaborado com a participação da comunidade escolar. Como se deu essa participação?

3. Quantas pessoas participaram diretamente no processo do Planejamento Estratégico do PDE–Escola? Quantas pessoas eram

servidores da escola e quantas pessoas eram pais de alunos e demais interessados?

4. Quais e quantos objetivos e metas o Planejamento Estratégico o PDE possui? Os objetivos e metas foram alcançadas?

5. A escola teve algum tipo de apoio técnico do comitê estratégico da Secretaria Estadual de Educação, para atuar na orientação da elaboração dos planos de ação e no acompanhamento da execução?

6. O manual Como Elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola apresenta alguns passos a serem seguidos na elaboração do planejamento da escola, com estabelecimento de oficinas a serem desenvolvidas pelo Grupo de Sistematização junto aos integrantes da equipe escolar. Como essas etapas foram realizadas?

 Preparação

 Autoavaliação (análise situacional ou diagnóstico  Elaboração da visão estratégica

 Execução

 Monitoramento e Avaliação

7. O manual do PDE–Escola informa que “É necessário criar uma estrutura que garanta a elaboração e a implementação do PDE de maneira organizada e eficaz”. Como foi organizada essa estrutura? O manual retrata que se deve ter:

 Grupo de Sistematização do PDE  Comitê Estratégico

 Coordenador do PDE

 Líderes de Objetivos Estratégicos  Gerentes dos Planos de Ação  Equipes dos Planos de Ação

Respostas da entrevistada

No dia 16 de Abril de 2019, reuniu-se na Escola, a Coordenadora Financeira da Unidade Escolar. Quando perguntada como a escola tomou conhecimento do programa, ela respondeu que a unidade escolar tomou conhecimento do PDE–Escola através de informações repassadas da Secretaria Estadual de Educação. Ela relata que houve algumas reuniões na secretaria para orientação acerca dos passos a serem seguidos. Informa que os recursos eram disponibilizados de “acordo com a necessidade da unidade escolar e a quantidade de alunos matriculados”. Necessidades essas, que eram identificadas em um “Questionário” respondido, sobre as necessidades de cada disciplina, como outras questões referentes a escola, como

necessidades estruturais e humanas “Foi um questionário bem amplo que a escola respondeu na época”. Relata ainda, que na elaboração do Plano Pedagógico para submeter ao PDE–Escola, houve uma reunião para organização e discussão das necessidades da escola, e que foi fundamental a participação da comunidade escolar em todo o processo.

Foi detalhado o passo a passo por uma equipe na época, no entanto, ela não participou diretamente na organização. No momento em que o PDE – Escola chegou na unidade escolar, ela disponibilizava 3 turnos para os alunos. Cita que foi um período em que a escola estava com a sua capacidade de funcionamento bastante cheia, com 1.149 alunos. Atualmente possui cerca de 400 alunos matriculados, no entanto, com o decorrer dos meses, há um elevado índice de abandono escolar. Cita que na elaboração do Plano Pedagógico, foi feito um trabalho para reunir os três grupos da escola (Diretoria e Coordenação, Professores e Pais de alunos). A mesma fala que houve um planejamento para que houvesse a implementação das ações e dos recursos destinados pelo Governo Federal. Informa que foi uma época boa e que de fato conseguiram melhorar em alguns aspectos identificados pelo Plano Pedagógico. No entanto, com o decorrer dos anos e das mudanças na Gestão Escolar, não houve transferências de conhecimentos para as novas gestões e acabaram perdendo o que estava desenhado no PDE–Escola. Ao invés de aumentarem o quantitativo de alunos matriculados no decorrer dos anos, houve um decréscimo bem significativo. “A escola não consegue entender os motivos que fizeram com que perdessem um número tão grande de alunos. Acho que é um questionamento que é feito com todas as escolas de Natal. O que aconteceu com a escola pública que está havendo essa perda significativa de alunos, tanto no ensino médio como no fundamental? As escolas estão se esvaziando...” A mesma fala que o que faltou para o PDE–Escola ter tido um sucesso, foi um acompanhamento eficaz da Secretaria Estadual de Educação, de irem na escola e ajudarem tanto na implementação do plano pedagógico, como na elaboração dele. “Não adianta o Governo Federal disponibilizar os recursos, se não existe uma manutenção. Deve haver uma manutenção sistemática para identificar se o que foi planejado está surtindo efeitos ou não. No sentido de frequentar a escola, de cobrar e acompanhar o desenvolvimento do programa. As melhorias que ocorreram na escola foram mais estruturais. Quando perguntado que melhorias estruturais foram essas, ela falou que foi a manutenção de algumas salas que estavam com alguns problemas de instalação, bem como a construção de uma sala para projetos. Em relação ao professor, não existe um diferencial e nem um benefício. “Acho que faltou um pouco disso, também”.

Quando perguntado se houve uma melhoria no IDEB, ela falou que não houve melhorias significativas no índice. “Essa parte positiva do programa não foi alcançado pela escola. De fato, faltou um estudo em cima do Plano Pedagógico. Porque que a escola não conseguiu atingir seus objetivos, apesar de ter acontecido algumas melhorias estruturais? Por que que não aconteceu uma melhoria real na parte de aprendizagem? O que faltou foi um investimento nesse sentido, porque não é só material, tem que se trabalhar o humano, o investimento no Professor. Porque se tivesse acontecido realmente, eu acredito que não teria tido um resultado tão negativo.” Em relação ao resultado negativo, a mesma fala que “O PDE–Escola não provocou um resultado negativo e sim a escola não alcançou um resultado Esperado. Ficou na

mesmice e não teve um resultado de crescimento em relação a aprendizagem do aluno. Ao invés do PDE–Escola alavancar a unidade escolar, estabilizou. Não teve uma resposta positiva como se esperava. O resultado negativo deve- se ao conjunto de fatores, tanto da Secretaria de Educação, como das próprias gestões que passaram pela escola durante esse período. Faltou algum tipo de incentivo, algum trabalho mais direcionado de projetos para alavancar o Programa, uma capacitação por parte da secretaria de educação. Não adianta fazer uma capacitação apenas com a parte gestora, porque um dia ela vai sair por existir uma rotatividade. Então se você não procura investir nos outros segmentos, como é que fica? Porque são esses outros segmentos que permanecem na escola (os professores e os alunos). Então, acho que faltou essa capacitação para todos. Houve por parte da gestão na época, a apresentação do programa, estudo dele para poder criar todo o formato, para conseguir essas melhorias estruturais e pronto. E o resto? Deveria ter dado uma continuidade. Da mesma forma que começou, o programa teria que ser mais bem assistido de forma contínua, não somente no primeiro momento. O primeiro momento foi bacana, legal... mas e depois? Como tudo que acontece, eu fico impressionada. Todos os programas e projetos que chegam aqui e acontecem, eu tenho a impressão que falta uma administração. O lançamento do projeto é maravilhoso, quando você vai ler os programas que chegam até a escola, são programas muito bons, os objetivos são maravilhosos, mas eles vão se perdendo no meio do caminho, vão perdendo aquela força de quando começa e eu acho que acontece isso devido não se ter um acompanhamento eficaz, daquela cobrança real de vir até a escola, uma preocupação de sempre ter um monitoramento e uma assistência contínua. Não é só uma vez no ano, não é só por Recadinhos. Acho que deveriam vir à escola para verem a realidade e identificarem onde está o problema e procurarem meios para mudar a situação naquele momento. Deveriam chamar as pessoas que estão responsáveis pelo Programa para verificar e analisar o porquê da falta de sucesso em relação ao programa. A gente recebe o Programa, vem recursos para dar uma certa assistência e pronto, acabou. E aí? E o resto? E aquele apoio sistemático que nós precisamos? porque tem tantas coisas para se resolver no dia a dia... Quantas vezes a direção da escola, junto com a sua equipe e seus coordenadores planejam algo para desenvolver no dia e tudo vai por água abaixo por conta de outros tipos de problemas que acontecem. Muitas vezes os nossos planejamentos são simplesmente desviados para resolver problemas da escola, seja estrutural quando chove, muitas vezes não tem aula, seja da parte humana com problemas de violência, aluno que frequenta escola drogado. Ou seja, muitas vezes nós paramos para resolver essas questões. Então tudo que a escola planejou, é modificado em decorrência de problemas que acontecem, que precisam de uma atenção maior e urgente.”

Quando perguntado se foi feito uma autoavaliação após o período de implementação do plano pedagógico na escola, ela respondeu que não foi feito e que não possuem nenhum dado. Quando perguntado como se deu a participação da comunidade escolar, ela respondeu que convocaram os pais. Alguns foram escolhidos. Os critérios de escolha foram para pais que mais participavam na escola e se faziam presentes, que demonstravam maior responsabilidade com os filhos. “A gente achou que o resultado seria melhor. Que teríamos mais apoio e uma maior presença deles aqui na escola”. Foi perguntado se eles possuem algum registro desses encontros e desse

planejamento pedagógico que foi feito. A mesma fala que acredita que sim, pois na época houve registros fotográficos das reuniões, no entanto não guarda em seu acervo pessoal. Diz que na época, eram 3 coordenadores por turno, ou seja, um total de 9 coordenadores para assumirem responsabilidade dos alunos matriculados. Atualmente, cada escola possui apenas 1 coordenador.

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