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Greenhouse: A Proposal for an Adequate and Equitable importância Outros estudos lidos pelo autor contribuíram para a

9. Glossário e lista de acrônimos

COP – Conference of the Parties ou Conferência das Partes. O órgão máximo da CQNUMC e responsável pela sua implementação. A COP é composta pelas Partes da Convenção, ou seja, pelos países que a ratificaram e reúne-se anualmente. Dez COPs já foram realizadas desde a adoção da CQNUMC: COP 1 (Berlim); COP 2 (Genebra); COP 3 (Quioto); COP 4 (Buenos Aires); COP 5 (Bonn) COP 6 (Haia, convocada novamente em Bonn); COP 7 (Marraqueche); COP 8 (Nova Delhi), COP 9 (Milão) e COP 10 (Buenos Aires).

CQNUMC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Convenção negociada sob a égide das Nações Unidas, adotada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) e cujo principal objetivo é a estabilização dos níveis de concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. O Protocolo de Quioto é um instrumento jurídico complementar à CQNUMC.

GEE ––––– Gases de efeito estufa. Para efeito desta Nota Técnica, são os gases ou grupo de gases listados no Anexo A do Protocolo de Quioto, quais sejam dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6).

MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Um dos três mecanismos de flexibilidade do Protocolo de Quioto. O MDL foi definido no Artigo 12 do Protocolo de Quioto e regulamentado em parte pelos Acordos de Marraqueche.

IPCC (do inglês Intergovernmental Panel on Climate Change) – Painel

Intergovernamental sobre Mudança Climática. Constituído por cientistas de diversos países e áreas de conhecimento, e organizado em três grupos de trabalho que atuam em três frentes distintas mas complementares relacionadas à mudança do clima. Serve de suporte científico à CQNUMC.

Parte Anexo I (ou Anexo I) – O Anexo I da Convenção é integrado essencialmente pelos países pertencentes em 1992 à OCDE e pelas antigas repúblicas socialistas da União Soviética. A divisão entre Partes Anexo I e Partes Não-Anexo I tem como objetivo separar os países segundo alguns critérios, sobretudo a responsabilidade pelo aumento da concentração atmosférica de GEE.

Parte Anexo II (ou Anexo II) – O Anexo II é constituído pelos países listados no Anexo I menos as antigas repúblicas socialistas da União Soviética. Esta classificação leva em consideração, além da responsabilidade de um país pelo problema, sua capacidade para prover assistência técnica e financeira aos países em desenvolvimento. São justamente as nações industrializadas, mais ricas e mais desenvolvidas em termos tecnológicos que, segundo a CQNUMC, possuem a obrigação adicional de fornecer recursos tecnológicos e financeiros para ajudar países em desenvolvimento a promoverem medidas de mitigação, a se adaptarem aos impactos da mudança climática e a avaliarem suas vulnerabilidades específicas. Parte Não-Anexo I (ou Não-Anexo I) – Partes signatárias da CQNUMC que não estão listadas no Anexo I.

PMDs – Países Menos Desenvolvidos. Classificação contida na categoria países em desenvolvimento e útil para diferenciação entre os mesmos. Corresponde aos países em desenvolvimento com menor nível de desenvolvimento sócio-econômico.

Proposta Brasileira – Como é conhecido o documento Proposed

Elements of a Protocol to the United Nations Framework Convention On Climate Change (FCCC / AGBM / 1997 / MISC.1 / Add.3), disponível

em http://www.unfccc.int, apresentado formalmente à COP 3 pelo G

77 e China42. Este documento é conhecido como tal devido ao fato 42 Ver Anexo III - Coalizões no

de os méritos intelectuais da sua elaboração caber notoriamente ao Regime Climático. Brasil. O documento propunha o estabelecimento de metas de

redução às Partes Anexo I, cujo não cumprimento engendraria uma penalidade sob a forma de multa. Os recursos assim obtidos constituiriam o Fundo de Desenvolvimento Limpo, cuja maior parte seria destinada a atividades de mitigação nos países Não-Anexo I, sendo uma pequena parte destinada à atividades de adaptação. As penalidades sob a forma de multas seriam fixadas a uma taxa fixa por tonelada de carbono equivalente (tCe) emitida além dos tetos de emissão. Estes tetos de emissão seriam estabelecidos de forma proporcional à responsabilidade do país. Esta responsabilidade, por sua vez, seria baseada na contribuição do país para o aumento de temperatura média do planeta. Com o objetivo de descrever a relação entre emissões de GEE e a mudança climática é calculada a contribuição de cada país para o aumento de temperatura do planeta. Este cálculo é feito por meio de um modelo simplificado, baseado nos Modelos de Circulação Geral (MCG), mas ao mesmo tempo evitando sua complexidade. Em uma primeira aproximação, os efeitos

da emissão de GEE sobre a sua concentração atmosférica ao longo de um determinado período de tempo é proporcional à acumulação das emissões neste período. Contudo, era preciso considerar o fato de que, quanto mais antigas as emissões, menores seus efeitos sobre a concentração, devido ao decaimento exponencial dos GEE. Em outra etapa, o forçamento radiativo indicaria que o aquecimento da temperatura média da superfície é proporcional à concentração dos GEE. Desta forma, foi criado um modelo que apresentava a responsabilidade direta dos países pelo aquecimento global e, segundo este critério, a responsabilidade dos países desenvolvidos seria ainda maior. Segundo dados apresentados no documento, a responsabilidade dos países Anexo I, em termos de contribuição para o aumento de temperatura devido às suas emissões antrópicas líquidas de GEE, crescia para 88% (contra 75% quando medida apenas em termos de emissão de GEE), ao passo que a dos países Não-Anexo I decrescia de 25% para 12%. Ademais, de acordo com o cenário IS92a do IPCC, as emissões anuais dos países Não-Anexo I alcançariam as dos países Anexo I em 2037, ao passo que em termos de contribuição de aumento de temperatura devido às suas emissões antrópicas líquidas de GEE, as responsabilidades de ambos os grupos de países seriam igualadas apenas no ano de 2147. Esse não é um número definitivo pois a metodologia deste cálculo vem sendo discutida em seminários científicos e no âmbito da SBSTA. A Proposta Brasileira pode ser dividida em dois elementos. O primeiro, a aplicação na prática dos princípios de responsabilidades comuns mas diferenciadas, de responsabilidade histórica e do poluidor pagador. Isso se dá por meio da contabilização das emissões passadas e da

atribuição da responsabilidade proporcional à contribuição ao aumento da temperatura do planeta. O segundo elemento seria o Fundo de Desenvolvimento Limpo, descrito no parágrafo acima. Protocolo de Quioto – Instrumento jurídico internacional vinculado à CQNUMC, que estabelece metas quantitativas de limitação ou redução de emissões de GEE. Cabe ressaltar que estas metas, exclusivas às partes Anexo I, foram estabelecidas de forma diferenciada entre as mesmas. No entanto, esta diferenciação foi realizada de forma casuística.

SBSTA – Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico,

do inglês Subsidiary Body for Technological and Scientific Advice. Prestam assessoramento à COP juntamente com o Órgão Subsidiário de Implementação (SBI, de Subsidiary Body for Implementation). Ambos possuem mandatos específicos. O SBSTA concentra suas atividades em questões científicas, tecnológicas e metodológicas relacionadas à Convenção, servindo como elo entre a informação fornecida por cientistas e entre a necessidade de direcionamento de políticas exigidas pela COP. Este órgão trabalha próximo ao IPCC, a quem pode e costuma requerer estudos específicos. O SBI ajuda no assessoramento e revisão da implementação da Convenção, desempenhando um papel crucial na análise das Comunicações Nacionais e dos Inventários de Emissão submetidos pelas Partes, fornecendo conselho sobre o mecanismo financeiro e sobre questões orçamentárias e administrativas. Estes órgãos ainda trabalham conjuntamente em questões inter-relacionadas, em geral relativas ao Protocolo de Quioto e se reúnem pelo menos duas vezes por ano.