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Turismo Patrimônio

CAPÍTULO 4 Resultados e discussão

4.2 Identidade e memória por meio da comida

Quando foram iniciadas as entrevistas, em primeiro instante já se identificou um pouco a hospitalidade do povo do lugar, sempre disposto a ajudar, solícito e bem-humorado, chegando a causar uma certa estranheza em quem invariavelmente não está habituado a tanta gentileza. O prazer em falar de sua terra era visível em seus semblantes, característica específica e intrínseca observada nos depoentes, aparentando ser algo biológico, já nascido com eles, quando em verdade tratam-se de atributos distintivos construídos em sociedade por meio de processos inconscientes e não traços inatos, existentes na consciência do seridoense no momento de seu nascimento.

Então, tentando buscar respostas para esta pesquisa, por meio da escuta atenta de cada um dos interlocutores, no intento de obter coesão e identificação dentro deste recorte espacial simbólico e concreto seridoense, se entrevistou sete pessoas da terra, entre donos de UAN - Unidade de Alimentação e Nutrição, Gestor Público e pessoas que detém o saber-fazer

desses produtos e os expõem à venda. Inicialmente se pôs em foco de observância a categoria identidade. Um dos entrevistados foi o Senhor José da Paz Dantas, Gestor Público municipal em Caicó, além de Historiador e Turismólogo, ele é Guia de Turismo. De acordo com as palavras dele, quando trata em sua entrevista desta característica diferenciada do seridoense no trato com as pessoas, revela que:

[...] a questão da hospitalidade, aqui é diferenciada mesmo, a gente não encontra desse jeito em todo canto não, que eu rodo muito por aí. Agora a questão da identidade, do pertencimento do entender do patrimônio local, eu acho que já tem locais que enfatizam isso mais. O caicoense, o seridoense ele tá perdendo isso aí (Dantas, 2018, s.p.).

Das palavras do entrevistado constata-se uma autoestima identitária apurada quando esclarece que é notório e único o jeito de ser seridoense, porém, demonstra a sua insatisfação e preocupação com a perda parcial da identidade local, dada a falta de conhecimento mais profundo acerca do patrimônio e a compreensão do seu valor. Essa propriedade do Senhor José da Paz em fazer essa afirmação, tem respaldo no fato de ele ser também guia de turismo, que conhece muitos lugares, o que lhe confere entendimento para fazer este comparativo, tendo em vista que possui conhecimento (teórico e prático) para uma análise desta dimensão. Ele, neste caso específico, observa em outras cidades fora do Seridó, um processo de base endógena mais conscientizado, onde ele percebe que as pessoas têm mais conhecimento sobre seu patrimônio.

Ainda falando um pouco sobre a fissura de identidade por desconhecimento do acervo patrimonial seridoense, José da Paz, alerta:

[...] primeiro você só vai amar o que você conhece, só vai dar valor o que você conhece. Então se você passa por um monumento ou se você vê uma pessoa vendendo choriço, você não conhece, nunca ouviu falar daquilo ali, então dificilmente você vai gostar daquilo e consequentemente preservar. (Dantas, 2018, s.p.).

Sob esta ótica, o Senhor José da Paz admite que apesar do seridoense ser extremamente hospitaleiro, não lhe tem sido passado o real valor do patrimônio que ele ostenta em seu território, causando esse desconhecimento, um enfraquecimento identitário, que poderá levar a uma falta de proteção adequada destes bens de valor seridoenses, podendo gerar uma situação de desamparo parcial patrimonial e lacuna na percepção valorativa e no seu sentido de

pertença. O pensamento do interlocutor, corrobora com o a questão do pertencimento e da exclusão que a comida poderá vir a causar dentro das sociedades que a compõe. Então, Vieira, Josué, Gomes e Gláucio (2014), preconizaram que a comida de um núcleo assegura sentido de grupo, pertencimento, classe, estilo de vida e também, pode gerar exclusão. Nesta diretriz do pensamento dos autores, alerta-se para as considerações do Senhor José da Paz, tendo em vista que o fato de alguns seridoenses não conhecerem sua produção gastronômica local e não reconhecerem esta como sua, poderá os excluir desta sociedade, por falta de pertença, que é a identidade seridoense. Então, se esta tendência relatada por ele vier a ganhar maiores proporções dentro do Seridó, ocasionando um “esquecimento” considerável em muitos, tenderá a provocar uma crise identitária forte dentro do seu constructo social, que provoca desnaturação identitária, perda de patrimônio gastronômico regional, por desconhecimento deste e sua consequente desproteção.

Nesta linha do pensamento, relata-se um empobrecimento, uma fragmentação no empoderamento do seridoense, não apenas por não se identificar com o seu patrimônio local, mas, também, pelo desconhecimento acerca de sua importância como produto cultural representativo de sua gente. Desta forma, dada a visão do interlocutor, há uma descontinuidade na memória do lugar, podendo vir a provocar em uma relação passado e futuro, um esquecimento identitário por meio de incompreensão da valoração do que é da terra, do que lhe traduz como povo por meio de seu sentido de pertencimento.

A necessidade de se conhecer para proteger é estabelecida como prática essencial em questões de salvaguarda de patrimônios, sejam eles materiais ou imateriais, assim como a comida regional, que por intermédio de seus modos de fazer e seus saberes regionais, são tradução cultural da essência de seu povo, sendo necessário para sua mantença o sentimento de pertença gerado pelo conhecimento e reconhecimento de suas raízes inseridas dentro daquela produção local. De fato, não se protege o que não se identifica.

Ainda neste entendimento, observa-se muita identidade e preocupação com a mantença identitária, também das entrelinhas do discurso emotivo do Senhor Antônio Celestino de Lucena, fabricante e vendedor de choriço em Caicó, homem simples e franzino, mas resistente e acolhedor como um legítimo sertanejo do Seridó. Orgulhoso do seu trabalho e do seu Seridó, o Senhor Antônio deixou transparecer do seu palavreado simples a rememoração onde um passado distante se faz impregnado à toda a sua existência. Pautando suas ações e gostos através do modo de viver e comer do Seridó, mediante suas escolhas afetivas e gustativas bem características de sua gente, nos remetendo à compreensão dos ensinamentos de (Damatta, 2001), (Fischler, 2011) e (Montanari, 2008), quando relataram que nem todo alimento poderia

ser considerado comida, já que a comida é uma escolha social e o alimento são os insumos encontrados na natureza, que podem ou não vir a serem considerados comida. Aqui, também, nos é trazido em esclarecimento o que prescreveu (Geertz, 1989), quando tratou a cultura extremamente particularizada como condição para a formação da identidade do homem, observando-se, nestes termos, a comida típica, como sendo essa particularização cultural, tão bem delimitada dentro do Seridó. Na oralidade do Senhor Antônio, está nítida e clara a sua alma de pertença do lugar.

Figura 35. Sr. Antônio Celestino.

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

Ao fazer um relato acerca do orgulho identitário de outrem, como no caso de uma senhora que era moradora da região do Seridó e foi viver em terras longes na Venezuela, revela sua identidade espelhada na conduta de alguém assim como ele, seridoense, afinal a condição seridoense é um modo de ser diferente e seus componentes se enxergam nos seus iguais, como reflexo de sua própria personalidade individual, dando vasão a uma projeção sua no outro, formando assim uma memória, também, coletiva. Desta forma, o Senhor Antônio, indagou:

“Menina, olha, eu vou lhe falar uma, eu tenho uma menina daqui, conhecida minha, ela mora sabe “onde”? na Venezuela. Faz dois anos que ela não vem, eu não sei o que é que houve. Ela me compra para levar para a Venezuela” (Lucena, 2018, s.p.).

Desta indagação, denota-se admiração, afinal como uma seridoense que busca todos os anos a sua legitimação como tal por meio da ingestão do seu alimento social e simbológico, pela rememoração, afinal a degustação do choriço provavelmente traz de volta sua infância e história de vida, a fazendo, a cada vez que vem da Venezuela se sentir mais seridoense por meio da memória gustativa e, quando volta, querer levar consigo um pouco do seu lugar, como lastro de sua identidade, desta forma ratificando a sua personalidade comum aos seus pares. Como, então poderia ela há dois anos não vir buscar um pouco de si no Seridó?

Das ilações do Senhor Antônio, verifica-se um discurso estruturado na identidade. Desta feita, ele se surpreende com o fato de a tal senhora nunca mais ter vindo revisitar suas raízes como sinal de seu pertencimento. Como seria possível, um verdadeiro seridoense ter rasuras na sua identidade? Aqui se observa na perspectiva do Senhor Antônio uma preocupação com a memória coletiva sendo mitigada e ameaçada, já que se diluiria frente a falta de continuidade, unidade e coerência necessária para se estruturar como tal. Afinal, se, a senhora seridoense não estabelecesse mais um diálogo com a comida do lugar e com suas origens seridoenses, ela deixaria de o ser ou perderia um pouco do ser? Neste caso há uma forte relação entre a identidade individual e a coletiva, todas centradas numa dinâmica de regras dentro de seu constructo. Se essas regras de conduta são quebradas dentro do seu epicentro ou violadas, a pertença desse membro fica em estado de perigo, frente a como esta pessoa se vê e como ela é vista, neste último caso, sendo encarada sob a égide da aceitação social. Dada a indagação, deste modo, se remete ao que prescreveu (Mintz, 2001), quando disse que o que se come, ‘o alimento como escolha social’, teria tanta importância quanto quando se come, ‘sempre ou em alguns momentos especiais’, onde se come, ‘local de origem da comida ou fora deste’, e com quem se come, ‘em meio aos seus pares, os seridoenses ou lá na Venezuela, por exemplo’. Das palavras ouvidas e lidas do seu Antônio e dos prescritos de (Mintiz, 2001), extrai-se a essência da identidade alimentar para a formação do seu núcleo social. O que torna seridoense nesta percepçãp é o seu gosto social, expresso não só na comida que se come, mas nos seus hábitos, instituídos pela sua pertença, geradora de aceitação dentro do cerne afetivo pessoal e social e reconhecimento para além deste. Dentro desta análise, também nos traz em associação a questão da personalidade social demarcada por comparação, que de acordo com (Woodward, 2000), essa identidade pode ser observada como relacional, já que teria sua demarcação simbólica quando confrontada com outras identidades. Neste sentido, o que se relata da reflexão

examinada do seu Antônio é que para ele, ser seridoense é manter uma lógica comportamental igual, ter os mesmos gostos e se portar da mesma forma e isso para ele é assim, porque esta idealização está muito consistente e presente no Seridó, lugar onde vive. O Seridó de fato é terreno fértil e identitário, observado dadas as memórias de seu povo.

Da observância das entrevistas, reflexiona-se para o fato de que a história de vida do Senhor Antônio está mesclada ao seu memorial afetivo relativo aos sabores da infância. O gosto do doce está muito costurado às lembranças sociais e familiares deste senhor. São relampejos da mais tenra idade, que se não os tivesse marcado tão fortemente, não faria parte de sua trajetória de existência. E mais uma vez permitindo-se ir ao encontro da sua memória afetiva, se reporta às suas duas avós e suas condutas quanto ao trato com ele:

Em cinquenta e três eu tinha dez anos de idade. Eu sou de 42. Eu tinha, moça, com todo respeito, eu tinha duas avós, todas elas eram choriçeiras. A minha vó, a mãe da minha mãe era a minha avó de coração. E a minha avó, pela parte do meu pai, era minha avó e madrinha de vela, mas era uma pessoa muito difícil. Quando a gente encostava quando ela estava preparando a tachada do produto, ela dava de cocorote assim na cabeça da gente, para a gente se retirar e a minha avó botava na perna, a gente tudo pequenininho. Era uma avó abençoada (Lucena, 2018, s.p.).

E ainda se referindo a sua avó querida, revela: “E ela dizia, meu filho, venha para vovó lhe ensinar. Ei, menina, isso foi muito importante na minha vida” (Lucena, 2018, s.p.).

Feitura do choriço e afetividade estão atreladas uma à outra, dentro das recordações impressas nos seus relatos, perfazendo um elo identificativo imediato quando é trazida à toma a sua rememoração do núcleo familiar, estando presente em sua forma de viver e se mostrar tão apegado ao doce que produz, deste modo observa-se o que foi dito por Senhor José da Paz anteriormente: Você só vai amar o que conhece. Apesar do pouco estudo do Senhor Antônio, que revelou ser analfabeto, que muito provavelmente não sabe em profundidade sobre o que seja patrimônio, ele respeita o choriço, por conhecer e saber o valor e a representatividade dele para a construção de sua vida e preocupa-se também com a manutenção desse sentido de pertencimento. O doce neste caso vai além da matéria, reproduzindo história de vida, inseridas nas suas relações familiares que foram estabelecidas em torno deste. Desta última assertiva a despeito do entrelaçamento do doce à personalidade social do seu Antônio, extrai-se de (Galler, 2007) a questão da expressão social que estas memórias gastronômicas refletem em seu conteúdo, já que são espelho de preferências, aversões, identificações, discriminações, história e deste modo, cultura de sua gente. Perfazendo assim, todas essas questões, o que se conhece

por patrimônio imaterial.

Da sonoridade límpida do discurso de Núbia de Araújo, proprietária juntamente com Dona Maria Gorete de Azevêdo, do restaurante Pimenta do Reino, constata-se certa exaltação do seu brio quanto à gastronomia do Seridó: “É como se Caicó fosse a França, o Seridó, o berço”. E, completa seu pensamento falando das pessoas que procuram a comida seridoense: “É, eles chegam aqui dizendo que não tem, igual, tem muitos que viajam, mas eles chegam dizendo aqui que não tem uma comida igual à da nossa região”.

Fazendo um comparativo do Seridó com a França, país considerado baluarte mundial da gastronomia de identidade, revela em sua narração o quanto enaltece e idolatra a sua territorialidade gastronômica. Valorizar o que se tem, reconhecer sua importância é um traço de sentido de ser parte da cultura do lugar. Nas paredes do seu restaurante carrega a imagem e simbolismo do sertão do qual tanto se identifica, não deixando margem para questionamentos acerca de sua relação de pertença seridoense.

Figura 36. Parede do Restaurante “Pimenta do Reino”.

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

A Senhora Gorete, também compartilha desta honra seridoense e explicita sua autoestima identitária quando faz menção ao fato de haver uma ameaça nas bases da personalidade local, trazida pelo desinteresse das gerações posteriores com o produto gastronômico regional, que não se passaria mais seu saber- fazer de geração em geração:

Vai, porque futuramente não vai ter quem queira, por exemplo, essas gerações que vieram e que tão vindo, elas não querem mais isso, porque é um trabalho bem árduo e talvez pouco rentável, então elas não querem. É como você hoje praticamente não encontra uma costureira, porque? Você vai numa fábrica dessa, é assim se chocando, mas costurar, artesanalmente ninguém quer mais. E vai se perdendo, o sapateiro, tudo isso.

Para se compreender o que vem acontecendo dentro deste território, cita-se o exemplo da única filha do Senhor Antônio do choriço, que não dá continuidade ao mister do pai. Ele, que tanto se orgulha de ter aprendido o ofício de choriceiro com sua avó, se queixa, quando relata: “Eu tinha vontade de ela aprender para deixar alguma coisa escrita para ela, mas ela não quer não. Mas ela entende muito”.

Então, é um futuro que tem esquecido do seu passado e com isso criando falhas na memória do lugar e também podendo gerar um provável desaparecimento de determinadas preparações típicas.

Nestes termos, rememora-se que dentro do Seridó, já existe um caso de quase perda e esquecimento de uma preparação que outrora foi muito consumida nesta região e que tinha um lugar importante nas lembranças alimentares desta. Hoje, já não tem praticamente quem faça o antes famoso doce seco.

Na atualidade, o que se vislumbra pelos interlocutores, é um caminhar em direção a um total esquecimento desta preparação e uma inercia que parece calar suas lembranças. Quando se indaga aos nossos interrogados acerca do doce seco, observa-se a distância que hoje há entre este doce e o seu território social: primeiro a Senhora Núbia de Araújo relata que esse doce era um pastel com choriço dentro, depois a Senhora Gorete, tenta rememorar se há alguém no Seridó que ainda faça esse doce e diz que salvo engano dela há uma senhora em São João do Sabugi que faz. É quando o Senhor José da Paz, confirma saber quem é a tal senhora, provavelmente a única da região toda que ainda se ocupa em produzir o doce seco. O doce seco de fato está sendo esquecido.

Figura 37. Doce seco.

Fonte: Tribuna do Norte, 2018.

Outro ponto a ser observado nesta análise da personificação social é a preocupação em agradar o paladar, se adaptar às novas regras do consumo alimentar e às suas restrições, procurando manter seus modos de fazer que são tradicionais, desta forma descortinando também uma resistência identitária bem demarcada dentro deste espaço geográfico. O fato de não quererem se afastar da antiga forma como eram elaboradas essas preparações, exibe seu sentido de ser seridoense.

Dada esta compreensão, verifica-se da criação do doce “Espécie”, uma iguaria com o gosto similar ao doce choriço, uma forma de manter seridoense os que não podem, por motivo de saúde, comer esse doce feito com o sangue. Então, não haveria escusa para não se degustar um pouco do Seridó, já que a espécie não tem sangue na sua composição.

Figura 38. Espécie.

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

De acordo com o Senhor Antônio, choriceiro e também especeiro, como se intitulou: a espécie não tem o sangue do porco e nem tem a graxa do porco, mas os outros insumos são os mesmos. Quando é questionado quanto ao choriço ter sangue na sua composição, é enfático em sua resposta: “É do sangue do porco, a graxa, mas isso tudo é ilusão do povo porque ninguém ofende a ninguém”. E, quando é indagado sobre a questão de a Espécie ser parecida com o choriço, replica: “É choriço, menina. Isso é tão gostoso!”. Você ainda vai experimentar ele”.

Destas palavras, deduz-se que o doce “Espécie” permeia o imaginário coletivo sob a mesma aparência e gosto do choriço, observando-se que este doce é representação do chouriço, como sinal de apropriação e reprodução de um modelo identitário.

Ainda sob esse aspecto, observa-se no Seridó a possibilidade de adequação no sentido de (Hobsbawm, 2006), que prescreveu que a adaptação aconteceria quando se fizesse necessário conservar velhos costumes sob novas finalidades e, da mesma compreensão, antigos modelos sob novos fins. Deste modo, desde que não haja desnaturação dos produtos regionais, sejam eles modernizados pela utilização de novos insumos ou técnicas de produção ou como no caso da espécie porque foram modificados sob necessidade de adaptação das novas exigências simbológicas e alimentares. Nestes termos, respeitada a essência, fica mantida a identidade por meio da aparência e da aceitação.