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Identificação e percurso pessoal

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 33-36)

2. DIMENSÃO PESSOAL

2.1. Identificação e percurso pessoal

O meu nome é Luís Pedro Bessa Monteiro e Silva, tenho 24 anos, nasci no dia 4 de janeiro de 1988 e sou natural de Guimarães. Atualmente pratico futebol no CCD de Santa Eulália – Vizela, frequento o segundo ano do segundo Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e estou a realizar o estágio profissional na Escola Secundária Francisco de Holanda, em Guimarães.

Desde muito cedo, por volta do 1º ciclo do Ensino Básico, que me apelidaram de Bessa, nome pelo qual a grande maioria dos meus amigos me trata. Mais tarde, na transição para o 2º Ciclo do Ensino Básico, ao ingressar no VSC, um novo apelido surgiu, Espinha. Isto, fruto da imaginação fértil das crianças destas idades (10-11 anos) que, ao verem-me com a camisola do meu ídolo, durante os treinos, me apelidaram de tal. Já a minha família e a maioria dos professores que tive, e tenho, tratam-me por Luís.

Relativamente à minha família, digo-o sem preconceitos que também passei pelo mesmo que muitos jovens passam, infelizmente, que foi o divórcio dos meus pais. Isto é algo que marca profundamente as pessoas que mais padecem com este tipo de situações – os filhos. Muitas crianças mudam completamente de comportamento, ficam mais débeis, os resultados escolares regridem, as amizades tornam-se mais complicadas pela vergonha, entre outros aspetos. É uma experiência desagradável, mas que, como tudo na vida, permite aprender e desenvolver determinadas capacidades que, de outro modo, não seria possível. E fico feliz quando olho para trás e vejo que me tornei mais autónomo e responsável, que me apoiei nas amizades que fiz ao longo da vida, que nunca descurei os estudos por causa desta situação e que aproveitei o desporto para me desligar deste problema, desenvolvendo as minhas capacidades físicas e intelectuais. Devido ao divórcio dos meus pais, fui “forçado” aos meus 15 anos a ir viver com os meus avós maternos. Apesar deste momento, menos positivo, que se arrastou desde os meus 11 anos, soube sempre superar as adversidades e adaptar-me à grande mudança que se deu na minha vida. Foi decisiva a ajuda que me foi prestada por todos os

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meus familiares, mas também a dos meus pais para que eu pudesse chegar onde estou.

Avançando para toda a minha formação escolar e desportiva, posso dizer que sempre me dediquei aos estudos e nunca os descurei por causa do futebol, acabando por conseguir conciliá-los diariamente. As minhas notas e o meu sucesso ao longo dos anos falam por si, pois nunca reprovei a nenhuma disciplina e atingi sempre bons resultados escolares.

Da minha formação académica, destaco dois momentos importantes: um referente ao último ano do 3º Ciclo do Ensino Básico, já na parte final, relativo à opção que tive que tomar sobre uma das quatro áreas possíveis de enveredar no Ensino Secundário. Aqui foi determinante a intervenção da psicóloga, que me orientou bastante bem e me incentivou a optar pela área das Ciências e Tecnologias, especificamente pelo Desporto, após ter escutado a minha história de vida e paixão pelo desporto, apesar de, também, ter destacado o facto de adorar desenhar. O outro momento é a respeito da minha passagem pelo Ensino Secundário, onde, no final do 10º ano, optei por mudar-me da Escola Secundária Martins Sarmento para a Escola Secundária Francisco de Holanda, uma vez que a minha nota final à disciplina de Desporto foi francamente reduzida e poderia comprometer o meu ingresso no Ensino Superior, algo que sempre tive como objetivo. Esta transição acabou por ser decisiva, pois melhorei bastante a minha nota, tendo terminado o 11º e o 12º com 18 valores, contrastando com os 10 valores obtidos no 10º ano.

Com a conclusão do meu Ensino Secundário e com a minha decisão já há muito tomada, ingressei na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Ao longo da minha licenciatura, fui refletindo sobre o que fazer quando concluísse o curso, mas ao chegar ao 3º ano, surgiu uma alteração inesperada. A faculdade aderiu ao programa de Bolonha, vi-me obrigado a optar por um ramo, com novas opções a surgirem e poucos esclarecimentos a serem prestados, as disciplinas passaram de anuais para semestrais, e, de um momento para o outro, passo a ser finalista. Inicialmente, optei pelo ramo de Exercício e Saúde, mas ao fim de quinze dias, alterei para o ramo da Gestão

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Desportiva, pois era uma área que me suscitava interesse quando tomara conhecimento sobre a mesma no meu ingresso na faculdade.

Após a conclusão da minha Licenciatura em Ciências do Desporto, decidi candidatar-me ao mestrado de Gestão Desportiva, consegui entrar, mas depois, por incompatibilidade de horários com os meus treinos no Futebol, num momento em que andava iludido com um sonho, acabei por desistir do curso, interromper os estudos e procurar emprego. Algo em que fui feliz, visto que fiquei empregado na empresa Tempo Livre, com cede no pavilhão do Multiusos em Guimarães, para lecionar aulas de Atividades Extra Curriculares (AEC) de Educação Física no 1º Ciclo do Ensino Básico, nomeadamente, no Agrupamento de Escolas Virgínia Moura, na escola EB1/JI Aula de Conde – S. Martinho de Conde, Guimarães. Esta experiência viria a ser decisiva para a minha opção por este mestrado e para algo que, efetivamente, gosto, do qual esperava conseguir profissionalizar-me de modo a poder, brevemente, concorrer às escolas e empregar-me numa delas.

Relativamente ao futebol, em termos de formação, representei o VSC, desde os meus 10 até aos 17 anos, onde vivi bastantes emoções, tendo conhecido muitos pontos do país, assim como algumas cidades da Europa, através de torneios em que participei. No entanto, fui forçado a mudar-me para o Vizela FC (durante uma época) e terminei a formação no Infesta FC, de igual modo forçado, uma vez que coincidiu com o meu primeiro ano na universidade, ano esse em que passei a residir no Porto. No escalão sénior, representei o União Torcatense, Desportivo de Ronfe, ambos pertencentes ao concelho de Guimarães, até chegar ao Santa Eulália, clube que represento atualmente.

Em suma, considero-me uma pessoa trabalhadora, com grande sentido de responsabilidade, que gosta de desafios, bastante empenhada e determinada, colaboradora e amiga do próximo. Por outro lado, o facto de querer fazer sempre mais e melhor, por vezes, prejudica-me, pois quanto mais tento elaborar os trabalhos, ou diálogos, mais me baralho nalgumas ideias e acabo por quebrar o ritmo e a sequência lógica das coisas. Por isso, espero que este ano consiga desenvolver e melhorar esta característica, para me tornar numa pessoa ainda mais competente.

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No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 33-36)