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O Global Digital Report 2018, publicado em janeiro de 2018, nos dá um panorama sobre o uso da internet e do celular hoje, bem como o desenvolvimento das mídias sociais, demonstrando que o crescimento é exponencial e nos fazendo compreender a importância de se pensar em como utilizar essas tecnologias a nosso favor no âmbito educacional.

De acordo com este relatório (2018), agora, pelo menos metade da população está online, com os dados mais recentes mostrando que quase um quarto de bilhão de novos usuários entraram on-line pela primeira vez em 2017. O número de usuários da Internet em 2018 é de 4,021 bilhões, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Mesmo possuindo uma das menores taxas de penetração da internet, especialmente a África Central e do Sul da Ásia, o continente africano registrou as maiores taxas de crescimento de adoção da internet, com o número de usuários em todo o mundo aumentando em mais de 20% em relação ao ano anterior. No Brasil, 139,1 milhões de pessoas utilizam a internet (66%), não apresentando crescimento em relação ao último ano. Destes, 85% a utilizam todos os dias, 9% ao menos uma vez por semana, 5% ao menos uma vez por mês e 1% usa menos que uma vez por mês.

Esse crescimento é compreendido melhor quando analisamos empresas como Google e Facebook, que buscam oferecer produtos globais escaláveis que atendam às necessidades e contextos desses novos usuários. Dessa forma, o acesso de economias em desenvolvimento é acelerado, aumentando o número de usuários, o que vem a impactar positivamente estas empresas.

2Os dados apresentados nas próximas três páginas foram obtidos do Global Digital Report 2018

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Grande parte do crescimento de 2018 em usuários da internet foi impulsionado por smartphones e planos de dados móveis mais acessíveis: o uso do tablet diminuiu em 13% e o de laptop e desktop 3%, enquanto o uso do celular aumentou em 4%. As conexões de dados móveis estão ficando mais rápidas em todo o mundo, sendo que mais de 60% destas conexões são de banda larga. No entanto, existem diferenças significativas nas velocidades de conexão móvel entre os países. Os usuários móveis na Noruega possuem velocidades médias de download de mais de 60 Mbps; quase três vezes a média global. Usuários móveis em 6 países – incluindo Holanda, Cingapura e Emirados Árabes Unidos – agora desfrutam de velocidades de conexão médias de mais de 50 Mbps. No outro extremo, os usuários móveis em 18 países, incluindo a Índia e a Indonésia, ainda sofrem com velocidades médias de conexão de menos de 10 Mbps.

As velocidades médias de conexão móvel aumentaram em mais de 30% no último ano, de acordo com o Relatório, que ainda afirma que conexões mais rápidas também podem ajudar a reduzir o stresse. A pesquisa mostrou que atrasos de apenas alguns segundos enquanto o buffer de conteúdo de vídeo carrega pode desencadear o mesmo aumento nos níveis de ansiedade como assistir a um filme de terror, ou tentar resolver um problema de matemática complexo, por exemplo. Em parte graças a essas velocidades de download mais rápidas, o usuário médio de smartphones em todo o mundo agora consome quase 3 GB de dados todos os meses – um aumento de mais de 50% desde 2017.

No Brasil, 129,1 milhões utilizam redes móveis (61%) – cresceu 9% em relação a 2017 (o que significa mais 10 milhões de pessoas). 143 milhões possuem algum smartphone (68%), sendo que 59% utilizam alguma plataforma de mensagem, 57% assistem algum vídeo, 43% utilizam para jogos, 35% utilizam o banco e 48% como serviços de mapas. Apenas 9% utilizam o celular para ler livros ou revistas. 120 milhões acessam a internet através do seu smartphone, representando 57% da população. Destas, 70% são através de conexões pré-pagas e 30% pós-pagas. 83% das conexões são feitas com 3G ou 4G. A média de velocidade de conexão via rede fixa é de 17,86 Mbps, enquanto que da rede móvel é de 16,37 Mbps. 7% acessam a internet mais frequentemente via computador ou tablet; 22% acessa da mesma forma no computador ou tablet e smartphone; e 60% acessa mais frequentemente do smartphone.

Não é apenas o número de pessoas que usam a Internet que aumentou este ano; a quantidade de tempo que as pessoas passam na internet também aumentou nos últimos 12 meses. Os dados mais recentes mostram que o usuário médio da Internet, com idade entre 16 a 64 anos, gasta agora cerca de 6 horas por dia usando dispositivos e serviços com tecnologia da Internet – ou seja, aproximadamente um terço de suas vidas ativas. Se somarmos isso considerando todos os 4 bilhões de usuários da Internet

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no mundo, teremos, em 2018, o equivalente a 1 bilhão de anos on-line. O país cujo usuário passa mais tempo na internet é a Tailândia (9 horas e 38 minutos), sendo Marrocos o que passa menos tempo (2 horas e 53 minutos). O Brasil aparece em terceiro lugar neste ranking, com 9h e 14 minutos por dia na internet, sendo 3h e 39 minutos em alguma rede social diariamente, 3h e 41 minutos vendo algum tipo de vídeo, e 1h e 19 minutos em streaming de música.

Mais de 200 milhões de pessoas adquiriram seu primeiro dispositivo móvel em 2017, e dois terços dos 7,6 bilhões de habitantes do mundo agora têm um telefone celular, ou seja, 5,135 bilhões, um aumento de 4% em relação ao ano anterior.

Mais da metade dos aparelhos em uso atualmente também são dispositivos “inteligentes”, por isso é cada vez mais fácil para as pessoas desfrutarem de uma rica experiência de internet onde quer que estejam – 9 a cada 10 estão acessando-a através de um dispositivo móvel.

O uso de mídia social também continua crescendo rapidamente, e o número de pessoas que usam alguma plataforma em cada país aumentou em quase 1 milhão de novos usuários todos os dias nos últimos 12 meses, o que equivale a mais de 11 novos usuários a cada segundo. O número global de pessoas que usam mídia social cresceu 13% nos últimos 12 meses, sendo de 3,196 bilhões em 2018, com a Ásia Central e do Sul registrando o crescimento mais rápido (até 90% e 33%, respectivamente). A Arábia Saudita registrou a taxa de crescimento individual mais rápida dos 40 países analisados no estudo, com 32%, sendo que a Índia está atrás com 31% de crescimento anual em usuários de mídia social. O Brasil ocupa a 31a posição, sendo que 130 milhões utilizam alguma mídia social (62%), apresentando 7% de crescimento em relação a 2017.

E são os filipinos que passam mais tempo do dia nelas, 3h e 57 minutos, seguidos dos brasileiros, que ocupam a segunda posição no ranking, com 3h e 39 minutos. O país com menos tempo gasto é o Japão, com apenas 48 minutos por dia.

Os dados mais recentes do Facebook reforçam essa descoberta, com apenas 5% da base global de usuários da plataforma não acessando a plataforma por meio de um dispositivo móvel. Em outras palavras, 2,17 bilhões de pessoas acessam essa rede social através de seu smartphone, de um total de 2,55 bilhões de usuários.

O Facebook lidera o ranking mundial, seguido do YouTube, com mais de 1,5 bilhão de usuários, vindo logo em seguida o WhatsApp, com 1,3 bilhão de pessoas. O Instagram aparece em 7° lugar, com 800 milhões de usuários, representando crescimento de um terço em relação ao último ano. No Brasil, a plataforma de mídia social mais utilizada entre pessoas de 16 a 64 anos é o YouTube, com 60% dos usuários, seguida do Facebook (59%). O Instagram aparece em terceiro, com 40%. O WhatsApp é a

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plataforma de mensagens mais acessada, com 56%. Os aplicativos com mais usuários ativos no Brasil e mais baixados também são todos do Facebook: em primeiro lugar vem o WhatsApp, seguido do Facebook, Facebook Messenger e Instagram.

O site mais acessado é o Google: o tempo na página é em torno de 8 minutos e 59 segundos, sendo 7,2 páginas a cada visita. Em segundo lugar vem o Facebook: com 13 minutos e 55 segundos, com 11,8 páginas visitadas por vez. Em terceiro lugar é o Youtube: com um tempo médio de 20 minutos e 33 segundos, sendo 9,6 páginas por visita. O website Instagram vem em 12° lugar, com 5 minutos e 23 segundos e 3,34 páginas.

Portanto, tendo conhecimento do impacto e da importância da internet, dos dispositivos móveis, das redes sociais e do WhatsApp tanto no Brasil quanto no mundo, a seguir o foco irá cair sobre o Facebook, o Instagram e o YouTube.