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7 IMPACTO DAS VARIAÇÕES HIDROLÓGICAS DO RIO AMAZONAS NOS TRÊS LAGOS DE VÁRZEA EM ESTUDO

Os impactos causados pelas variações hidrológicas do Rio Amazonas apresentaram semelhanças entre os lagos de várzea em estudo. Os lagos com conexão direta com o Rio, como o Lago Santa Ninha e o Lago Maracá, revelaram ambientes sedimentares semelhantes, de acordo com a influência da hidrodinâmica do Rio Amazonas nestes ecossistemas. Foi observado neste trabalho que os lagos analisados alternaram entre períodos com forte influência fluvial e períodos mais isolados da hidrodinâmica do Rio Amazonas ao longo do Holoceno. Esta alternância está principalmente relacionada a variações climáticas que influenciam a hidrologia do Rio e, conseqüentemente, apresentam importante impacto na hidro-ecologia dos lagos das planícies de inundação. Os períodos em que foram observadas condições climáticas mais secas ou mais úmidas nos lagos em estudo coincidem com outras reconstruções paleoclimáticas da Bacia Amazônica.

Em períodos de condições climáticas mais secas, onde provavelmente os períodos de altas águas eram mais curtos, o transporte de material fluvial para os lagos de várzea era mais escasso. Tanto no Lago Santa Ninha quando no Lago Maracá estas fases foram caracterizadas por material sedimentar com elevado teor em carbono orgânico. Nestes mesmo períodos, a composição mineralógica do perfil sedimentar apresentou níveis mais elevados de caolinita em comparação com a esmectita, o que também corrobora com o baixo input de material fluvial e predominância do aporte terrestre oriundo da bacia de drenagem. Desta forma, o carbono orgânico produzido in situ pela comunidade macrofítica ou pela floresta inundável e o carbono transportado pela bacia de drenagem não sofreram diluição devido à influência fluvial. A origem da matéria orgânica característica destes lagos em períodos mais secos consistiu em vegetação terrestre do tipo C3, que pode indicar a presença de vegetação

inundável ou comunidade macrofítica, ambos indicadores de nível lacustre mais reduzido. No caso do Lago Maracá, a análise dos biomarcadores lipídicos possibilitou observar que em

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fases de baixo aporte de material fluvial, os GDGTs ramificados, predominantes em solos, apresentaram elevadas concentrações no material sedimentar. O paleo-pH estimado para este período também corrobora para a origem terrestre deste aporte, uma vez que o perfil deste parâmetro indicou fonte mais ácida durante esta fase, o que está de acordo com o pH observado nos solos da planície de inundação da Amazônia.

Em fases mais úmidas, com períodos de altas águas provavelmente mais prolongados do que em fases mais secas, o Rio Amazonas foi responsável pelo transporte de grandes volumes de material para os lagos Santa Ninha e Maracá. Conseqüentemente, elevados teores de esmectita foram encontrados no sedimento destes lagos, concomitante com o acentuado decréscimo da concentração de caolinita, que por sua vez indica que a influência da bacia de drenagem no transporte de material para o lago diminuiu. Outra característica marcante que ocorre durante eventos de forte enchentes é a diminuição da concentração de carbono orgânico provavelmente devido à diluição ocasionada pelo elevado input de material fluvial. A origem da matéria orgânica durante estes eventos mostra influência fitoplanctônica, o que reflete níveis mais elevados da coluna d’água nestes ambientes lacustres.

No Lago Santa Ninha, evidências de período mais seco foram detectadas entre 5.600 e 5.000 anos cal AP, onde observou-se período de maior isolamento da hidrodinâmica fluvial, registrando elevadas taxas de acumulação de carbono orgânico, originado principalmente de vegetação C3. Indícios de conexão mais direta com o Rio Amazonas são detectados a partir de

5.000 anos cal AP através de mudança significativa na composição mineralógica e na granulometria do material sedimentar. Entre 4.000 e 700 anos cal AP esta influência parece intensificar-se, refletindo-se em concentrações muito reduzidas de carbono e, conseqüentemente, baixas taxas de acumulação de carbono. Este maior input proveniente do Rio Amazonas pode ser devido a maiores níveis de enchentes, o que marca a transição para condições climáticas mais úmidas durante o Holoceno Superior, assim como o observado em outros registros da Bacia Amazônica.

No Lago Maracá o registro sedimentar inicia-se em 3.600 anos cal AP e, até 1880 anos cal AP este lago encontrava-se semi-isolado do Rio Amazonas, o que se refletiu em elevadas concentrações de carbono orgânico sedimentar. No entanto, evento de sedimentação abrupta observada em 2700 anos cal AP sugere condições climáticas mais úmidas na região, mas ainda sem influência fluvial significativa, que começa a ocorrer a partir de 1.880 anos cal AP, segundo interpretação do perfil mineralógico deste lago. É a partir deste período que as concentrações de carbono diminuem drasticamente, mais uma vez demonstrando o papel do Rio na diluição do carbono em lagos de várzea.

O Lago Comprido destaca-se dos outros lagos por ser um lago sem conexão direta com o Rio Amazonas, apresentando características mais próximas ao observado em lagos isolados da dinâmica fluvial (TURCQ et al., 2002, 2007). A ocorrência de condições climáticas mais secas apresentou diferentes impactos na sedimentação orgânica deste lago quando comparado com o Lago Santa Ninha e Maracá. O registro sedimentar do Lago Comprido também revelou características de clima mais seco durante o Holoceno Inferior e Médio observados através do registro de vegetação C4, representado provavelmente por

gramíneas e pela ocorrência de um hiato na sedimentação. Evidências de maior input fluvial ocorreram a partir de 3.000 anos cal AP através de indícios de maior nível lacustre devido ao aumento gradual da diatomácea planctônica do gênero Aulacoseira sp. Esta diatomácea só foi observada no registro sedimentar do Lago Comprido, não sendo detectada sua presença nos testemunhos coletados no Lago Santa Ninha e Maracá. No caso do Lago Comprido, a influência fluvial não ocasionou diluição da matéria orgânica lacustre, como foi observado no Lago Santa Ninha e no Lago Maracá. Esta diferença pode estar relacionada com a distância do Rio. Como está mais afastado do Rio do que os outros lagos, no Lago Comprido a influência da Bacia de drenagem mantém-se predominante durante todo o registro sedimentar. Este predomínio foi evidenciado pela dominância da caolinita no perfil mineralógico e contribuiu para os altos índices de carbono orgânico registrados durante o Holoceno Superior, não ocorrendo diminuição desta concentração mesmo com elevada influência do Rio.

Eventos de sedimentação abrupta foram observados tanto no Lago Maracá quando no Lago Comprido, que se caracterizam por “pacotes” de sedimentos (segundo termo utilizado por AALTO et al., 2003) que apresentam a mesma idade cronológica. Assim, acredita-se que estas camadas de sedimento foram transportadas para o ambiente sedimentar em simultâneo. O material sedimentar carreado por estes eventos pode ter origem na bacia de drenagem ou ser proveniente do Rio Amazonas. Devido à proximidade do Lago Maracá com o Rio, a maior parte destes eventos é de origem fluvial e marcam a forte influência do Rio Amazonas sob este lago. Já os eventos de sedimentação abrupta evidenciados no Lago Comprido tiveram sua provável origem na bacia de drenagem, uma vez que não se observou aumento na concentração de esmectita durante estes eventos. Portanto, no Lago Comprido estes eventos marcam variações climáticas como intensa precipitação responsável por possível erosão das margens e elevado aporte de sedimentos para o ambiente lacustre. Em trabalho realizado por Aalto e colaboradores (2003), na planície de inundação da Amazônia Boliviana, observou-se que as taxas de sedimentação são mais elevadas em locais da planície mais próximos do Rio,

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indicando a forte influência fluvial nos processos de sedimentação da planície de inundação Amazônica.

A Tabela 10 apresenta a síntese das principais características dos três lagos em estudo nos diferentes períodos do Holoceno.

Tabela 10: Holoceno Inferior, Médio e Superior nos registros dos lagos Comprido, Maracá e Santa Ninha.

Influência fluvial Esmectita (%) Caolinita (%) COT (%)

Origem da matéria orgânica

Holoceno Inferior

Lago Comprido

reduzida 16.7 50.3 0.4 C4,representados provavelmente por gramíneas Lago Comprido reduzida Ausência de sedimentação Lago Santa Ninha

reduzida 29,3 38,3 5,2 Transição entre vegetação C3 e fitoplanctônica Holoceno Médio Lago Maracá reduzida 3,7 77,7 22,8 Vegetação C3 Lago Comprido elevada 13,9 54,8 9,3 Vegetação C3 Lago Santa Ninha

elevada 42,9 27,2 0,52 Fitoplanctônica e Vegetação C3 Holoceno

Superior

Lago Maracá

8 CONCLUSÕES

As variações hidrológicas do Rio Amazonas ao longo dos últimos milênios alteraram profundamente os processos sedimentares nos lagos de várzea em estudo. Durante períodos climáticos mais secos, onde as fases de altas águas eram provavelmente mais curtas, altas concentrações de carbono orgânico foram observadas nos Lagos Santa Ninha e Maracá, já que não ocorria diluição provocado pelo aporte de material clástico transportado pelo Rio. A matéria orgânica sedimentar característica desta fase era de vegetação com ciclo fotossintético C3, que pode corresponder a uma comunidade macrofítica ou então à uma floresta inundável.

Além de sugerir vegetação autóctone, o transporte de matéria orgânica do solo da bacia de drenagem foi evidenciado através do estudo de biomarcadores lipídicos, que revelaram altas concentrações de GDGTs ramificados, característicos de bactérias anaeróbicas de solos. O perfil mineralógico destas fases, em ambos os lagos, mostrou predomínio de caolinta, mineral abundante no material sedimentar da Floresta de Terra Firme, que representa a cobertura vegetal característica da bacia de drenagem local, corroborando com os dados orgânicos que revelam maior influência terrestre durante estes períodos.

Em contrapartida, durante fases climáticas mais úmidas, caracterizadas por fases de altas águas mais prolongadas, a concentração de material orgânico apresentou valores muito reduzidos. O elevado aporte de material fluvial característico destas fases causou forte diluição da concentração de carbono orgânico sedimentar nos ambientes lacustres do Lago Santa Ninha e Maracá. No caso do Lago Santa Ninha, um decréscimo acentuado nas taxas de acumulação de carbono foi observado durante fases mais úmidas. A influência de matéria orgânica fitoplanctônica tornou-se mais evidente durante estes períodos, em ambos os lagos. O Lago Comprido, caracterizado por conexão indireta com o Rio, apresentou comportamento oposto ao observado no Lago Santa Ninha e Maracá durante as fases de altas águas mais prolongadas. As concentrações de carbono no perfil sedimentar dos testemunhos coletados no Lago Comprido foram mais elevadas nestes períodos, revelando que a influência da Bacia de

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Drenagem foi mais intensa, sem grande diluição provocada pelo aporte de material fluvial. O desenvolvimento de comunidade planctônica com forte presença de diatomáceas do gênero Aulacoseira sp sugere elevado nível lacustre durante esta fase. O tipo de vegetação predominante depositado durante esta fase corresponde a vegetação do tipo C3, que pode ter

origem na bacia de drenagem ou então produzida in situ através do desenvolvimento de banco de macrófitas ou vegetação inundável. Este lago apresentou características mais semelhantes aos lagos isolados da dinâmica fluvial (TURCQ et al., 2002, 2007) do que o observado em lagos de várzea com ligação direta com o Rio Amazonas.

Estes dados revelam a influência que as modificações no ciclo hidrológico do rio exercem nos ecossistemas de várzea, que foram responsáveis pela alteração do tipo de vegetação e da dinâmica sedimentar dos lagos em estudo. Como o clima é um dos principais fatores que controlam o comportamento dos rios, alterações na sua dinâmica fluvial indicam mudanças climáticas ocorridas na região (SUGUIO; BIGARELLA, 1979). Portanto, as alterações observadas na dinâmica dos ambientes lacustres são reflexos de mudanças climáticas que ocorreram nestas regiões durante o Holoceno.

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