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A IMPORTÂNCIA DO INSTITUTO DA EXTRADIÇÃO PARA AS RELAÇÕES

No documento O instituto da extradição (páginas 60-68)

O instituto da extradição tem como objetivo combater a impunidade de delinquentes foragidos dos países onde cometeram crimes de sua autoria. Por si só, já o torna importante para as Relações Internacionais do Brasil.

Pode-se afirmar que a extradição, embora seja uma prática antiga no âmbito mundial, é ainda moderna no Brasil, levando-se em conta que o país é ainda jovem, e que a medida foi inserida em sua legislação a partir do Império (como visto no item 2.5.1, sobre o escorço histórico da extradição no país). O Brasil demonstra, não há dúvida, que está sempre disposto a colaborar com a comunidade internacional, focando na paz entre os homens.

Ressalta-se, porém, que embora o Brasil colabore, sua inclinação é a de preservar a vida do extraditando.

Em razão disso, encontra-se nos dias atuais diversos processos, cinco deles citados no item 2.5.4, em que a mídia diariamente apresenta, onde se verifica a resistência do Brasil na entrega de extraditando, quando os países requerentes admitem a pena de morte, por exemplo.

É claro que esse embate também faz parte dos desafios delineados no item 2.6 desta pesquisa, porém é necessário devido ao respeito à Declaração dos Direitos Humanos, a qual tem sido muitas vezes esquecida pelos governantes mesmo com a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU).

Vale destacar que, diante de muitos tratados ratificados entre o Brasil e outros Estados, como por exemplo aqueles citados ao longo do item 2.5, como a Austrália, Argentina, Bélgica, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, Itália, México, Paraguai, Portugal, Reino Unido, Suíça, Uruguai e Venezuela, entre outros, o Brasil atua através de promessas de reciprocidade, significando que o país requerido extraditará o estrangeiro criminoso ao Estado requerente, desde que esse último se comprometa a extraditar, também, na hipótese de algum dia aquele necessitar de sua cooperação. (NERY, 2007).

A extradição é, hoje, uma forma de cooperação judicial internacional, em prol da solidariedade entre os povos, e uma luta comum contra o crime, não podendo o Brasil deixar de participar.

O instituto se apresenta “em tela capaz de dirimir dificuldades e oferecer respostas para a maioria das questões surgidas pela ação deletéria de pessoas que, após cometerem

crimes, buscam a impunidade em outros países” (DEL’OLMO, 2007, p. 290). Não se pode admitir que alguém que tenha cometido um crime em um país busque refúgio e impunidade em outro. A cooperação entre os vários componentes da sociedade internacional evitam “que o delinqüente encontre, [...] fora da Justiça do Estado cuja lei violou, a impunidade desejada” (DEL’OLMO, 2007, p. 291).

Quanto mais constante for a cooperação entre os povos, mais perto se chega da paz e da concórdia, tão almejadas mundialmente. Por isso, a aplicabilidade da extradição, inibe a realização de crimes.

As modernas “noções do Estado e da soberania afetam o instituto da extradição tornando mais necessário e abrangente o seu papel. O fenômeno da integração dos Estados realça a conscientização dessa importância”. (DEL’OLMO, 2007, p. 291).

De todo modo, a readequação do instituto é necessária “a fim de responder às novas necessidades emergidas no combate à delinqüência transnacional” (DEL’OLMO, 2007, p. 292), priorizando a solidariedade e a cooperação, citadas anteriormente, na luta contra a impunidade, até porque, atualmente, os meios tecnológicos acelerados e a globalização favorecem a evasão dos criminosos para outros territórios. Del’Olmo (2007, p. 292) ressalta que a harmonização dessas normas deve ser buscada sem cessar.

Não há dúvida, no que concerne à atuação do Brasil, tanto no campo da solidariedade quanto da cooperação, este tem se portado de maneira condizente aos tratados, porém, quando se trata de brasileiro nato, independentemente das circunstâncias dos crimes, não se concede a extradição, como visto no item 2.5.5 deste trabalho.

Daí a importância do instituto da extradição para o ordenamento jurídico brasileiro, ou seja, colabora com a comunidade mundial dentro das previsões legais e, ao mesmo tempo, protege seus súditos de eventual processo extradicional, garantindo-lhes os direitos fundamentais previstos em nossa Constituição Federal de 1988.

No próximo capítulo, serão apresentadas as considerações finais depreendidas a partir da revisão bibliográfica.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desta pesquisa foi identificar quais são os procedimentos do processo de extradição e avaliar a importância do mesmo para o Estado brasileiro.

O elemento chave para a construção do trabalho foi a Lei nº 6.815 de 19 de agosto de 1980, conhecida como o Estatuto do Estrangeiro, alterada pela Lei nº 6.964, de 9 de dezembro de 1981, cuja regulamentação está expressa no Decreto nº 86.715 de 10 de dezembro de 1981.

A pesquisa pode ser considerada importante não só para o acadêmico de Relações Internacionais ou para a Universidade, devido à promoção da construção do conhecimento e do desenvolvimento intelectual, mas para qualquer cidadão que tenha interesse em compreender melhor o cenário político internacional, pois ajuda a desmistificar a questão do instituto da extradição no ordenamento jurídico brasileiro, seus procedimentos, os desafios que enfrenta e, consequentemente, sua importância.

De todo modo, pode-se compreender os requisitos aplicados à extradição, de desenvolver uma opinião própria a respeito da decisão (deferimento ou indeferimento) emanada pelo Supremo Tribunal Federal, assim como pelo Presidente da República em um determinado caso concreto.

O trabalho objetiva mostrar uma visão não só de Estado, de nacionalidade ou de extradição propriamente ditos, mas junto a esses conceitos, aborda, também, elementos históricos do Estado, seu poder político e elementos constitutivos; os diferentes tipos de nacionalidade; quando ocorre de se ter mais de uma ou nenhuma; a condição de entrada e permanência do estrangeiro no Brasil; o Estatuto do Estrangeiro e os tipos de vistos concedidos; as medidas compulsórias tais como o repatriamento, deportação e expulsão além da extradição; o instituto da extradição no ordenamento jurídico brasileiro e um escorço histórico dele no país; a concessão de extradição no direito nacional e os seus procedimentos; a competência e o papel do Supremo Tribunal Federal (STF); a extradição de nacionais; os desafios atuais da extradição e a sua importância para as Relações Internacionais do Brasil.

Sugere-se, para futuras pesquisas, um maior aprofundamento no que diz respeito aos desafios à extradição, pois são eles, principalmente, que servem como base para se avaliar se a extradição é importante ou não. Por exemplo, a não cooperação entre dois Estados, ou a falta de um tratado de reciprocidade entre eles devido a um ataque terrorista que um grupo de nacionais de um provocou no outro, pode servir de grande empecilho para a extradição, que

será avaliada como correta e de envergadura para uns, e incorreta, desnecessária, não importante ou uma medida exagerada para outros. Compreender os desafios à extradição é um ótimo meio para avaliar a sua importância, até porque é através dos erros, dos equívocos, enfim, dos obstáculos que se termina encontrando um norte para a solução dos problemas, e, em se tratando da matéria ora em estudo, não é diferente. Até mesmo os julgadores podem errar.

Portanto, vislumbra-se que, após o término desta pesquisa, o Brasil, apesar dos desafios existentes na esfera da extradição, tem evoluído no decorrer dos anos desde a instituição dessa medida, não somente pela existência do Estatuto do Estrangeiro, mas, principalmente, pelos tratados internacionais que tem firmado, bem como devido às promessas de reciprocidade que tem assinado ou feito verbalmente. Essa postura tem garantido a observância dos direitos fundamentais tanto aos nacionais quanto aos estrangeiros que por aqui passam ou residem.

Por último, frisa-se que a pesquisa coadunou-se, na maior parte dos pontos, em obras de direito constitucional, tendo em vista que a literatura no âmbito das relações internacionais propriamente dita ainda é reduzida, além de estar o tema intimamente ligado à Constituição Federal.

Quanto aos desafios, registra-se que, apesar de incansável busca por outros autores que pudessem comentá-los, Del’Omo é o único que os reportou de forma direta e didática, enquanto que outros autores limitaram-se à maneira abrangente.

Conclui-se, em síntese, no que tange aos objetivos previstos neste trabalho, que os procedimentos para a extradição obedecem três fases: duas administrativas e uma judiciária. A primeira se dá por vias diplomáticas, mediante pedido formal, a segunda refere-se à decisão do Supremo Tribunal Federal pelo deferimento ou indeferimento, após a análise da legalidade, e, a terceira, novamente administrativa, é a entrega para o país requerente, ou não, do extraditando pelo Presidente da República.

Quanto à importância, não há dúvida de que o instituto ora estudado favorece as relações do Brasil com os demais países. É que na medida em que colabora com a comunidade internacional, a resposta dela, em situações em que o Brasil é o requerente, o comprometimento do país requerido será maior no momento de decidir não só pela entrega de um brasileiro, como também pela sua integridade.

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