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Risco de Lesão por

INÍCIO SITUAÇÃO PROBLEMA

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Construir um filme, similar ao trailer do filme “O Julgamento – Lançamento” (https://youtu.be/gGqd7Pd1JWM).

O cenário, contexto, estilo dos personagens, estilo musical etc devem ser parecidos com o filme citado.

Iniciar com o diretor do hospital ligando para o advogado da instituição para fazer uma defesa.

Advogado estará no escritório.

E o diretor estará ligando de dentro do hospital.

“Tefone tocando”: Trim...trim... Advogado: Alô!

Diretor: Aqui está um despacho de nomeação para que você represente Sofia Martins Luz no caso do paciente de 74 anos que foi a óbito há 3 anos no Pronto Socorro. A família acusa a equipe de enfermagem de

175 causar uma lesão por pressão no paciente e como consequência teve uma complicação e acabou evoluindo para infecção generalizada e óbito.

Advogado: Ok, verei o que posso fazer para que a instituição não sofra as consequências também.

Cenário: Em um escritório, com ambiente neutro.

Mostra o advogado conversando com a enfermeira Sofia Martins Luz (nome fictício) envolvida no caso.

Advogado: Fizeram uma oferta, se você se declarar como culpada, pagará apenas uma indenização à família e talvez não perca a carteirinha do COREN. Posso fazer com que você não seja presa.

Enfermeira: Eu tenho que dizer que sou culpada?

Advogado: Sim, tem. Assim, o processo não vai adiante.

Enfermeira: De forma nenhuma vou me declarar assim, porque não sou culpada. Advogado: Como você poderia afirmar se não se lembra? O fato não é recente.

Cenário: Ambiente doméstico, num jardim com muito verde.

Sentados conversa a enfermeira Sofia e sua irmã.

Enfermeira (Chorando): Estão me acusando de homicídio culposo.

Irmã: Como assim? Como pode isso, logo você.

Enfermeira: Querem que eu pague uma indenização para a família, nunca mais poderei exercer minha profissão e ainda corro risco de ser presa. Logo eu que gosto de tudo muito correto.

Irmã: Não... isso não pode ser sério, vão investigar e descobrir a verdade. Tenho certeza que você não foi culpada, afinal

176 você sempre faz tudo pelo paciente. Já vi como você trabalha e leva tudo muito a sério, tudo impecável.

Enfermeira: A família acha que fui culpada de infecção generaliza que levou a morte do paciente. Acham que por falta de cuidado da minha parte houve uma lesão por pressão que se abriu e complicou. Mas não foi assim que aconteceu.

Cenário: Dentro do corredor do hospital, técnicos de enfermagem conversando.

Técnico de enfermagem 1: Você viu o caso da enfermeira Sofia?

Técnico de enfermagem 2: Sim, fiquei sabendo, achei um absurdo a acusação, pois nunca viu uma pessoa tão competente como ela. Não tem fundamento aquele fato. Técnico de enfermagem 1: Sim, na verdade lembro do caso, eu também cuidei desse paciente na época. E lembro que a Enfermeira Sofia fez todo o processo de enfermagem, ela fez uma avaliação detalhada, prescrição de enfermeira e tudo mais. E nós seguimos ao pé da letra a prescrição, sempre seguimos, pois ela cobra e confere. Então, se o paciente foi a óbito foi por outras fatalidades, não por negligência dela.

Cenário: Novo ambiente, alguma área agradável, bonita do hospital, onde terá um médico falando como em um depoimento.

Médico: Não tenho dúvida que houve um equívoco dessa acusação, pois a enfermeira Sofia era muito boa dentro de suas

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competências, além disso, o que houve foi uma fatalidade e não imprudência ou negligencia, pois o paciente era idoso, com hemiparesia, diabético, hipertenso e estava muito debilitado, eram muitos os agravos, como a diarreia intensa e infecciosa, sinais de infecção renal; além disso, já tinha chegado com o tecido prejudicado e com sinais flogisticos, apresentado difícil cicatrização, além do mais a LPP era próxima a região anal, quase inevitável a contaminação, pois fugia ao controle da equipe de enfermagem. Apesar disso, a causa do óbito não foi culpa da LPP infectada, mas de outros agravos que o paciente apresentava, não tinha bom prognóstico.

Cenário: Um tribunal, onde o advogado estará fazendo a defesa do caso no tribunal,

Orador: Todos de pé.

Procurador: Baseado em nossas análises, o Estado está pedindo: danos morais e estéticos pela úlcera por pressão ou escaras de decúbito, caracterizado pela omissão da equipe e negligência no tratamento do paciente; além de exigir suspensão da carteirinha do COREN e prisão por homicídio culposo, pois houve agravo ao paciente levando ao óbito.

Cenário: Numa cafeteria elegante, sentados o advogado conversa com a enfermeira.

Enfermeira: Preciso que saiba que sempre avalio cuidadosamente meus pacientes e faço uma prescrição de cuidados. Além

178 disso, tenho uma equipe de enfermagem muito boa que segue minhas prescrições; portanto, tenho certeza que fiz tudo conforme deveria ser, porque zelo pela vida, o cuidar é o que faço e amo e, por isso, minha profissão é meu bem supremo. Eu já até podia me aposentar, mas exatamente porque amo o que faço é que continuo fazendo com valor e honra.

Cenário: No escritório do ouvidor do hospital, mostra a família (duas filhas mais de 35 anos e um filho de 45) sentados falando e chorando.

Filha do paciente: (em lágrimas) Eu sei que internamos meu pai sem nenhuma lesão e que no dia seguinte estava com um grande “machucado”. Foi internado por um motivo, apenas uma diarreia e febre, porém acabou tendo uma lesão sacral que estava contaminada com a mesma bactéria e por isso complicou e causou infecção generalizada, o que levou a morte.

“Como superar isso? Profissionais que não sabem cuidar? Negligentes? Queremos justiça!”

Cenário: retoma cena do tribunal. Advogado defendendo a enfermeira no tribunal, falando ao júri.

Advogado: Vocês fazem parte de um sistema de justiça que afirma a vida como inerentemente valiosa, um bem de Deus...e o que não sabiam é que não podemos condenar alguém que fez tudo que podia diante da situação do paciente, não teve culpa pela fatalidade ocorrida e não merece ser condenada por isso. Portanto, peço que escolham bem, escolha manter a profissão, que a vida de alguém que detém do

179 conhecimento e da prática do cuidar...essa enfermeira tudo que fez foi cuidar...” Música e imagem de suspense....em seguida,

encerra e depois de 1 min aparece uma voz dizendo:

Saiba como de fato esse paciente chegou no hospital e como foi a abordagem da enfermeira Sofia. Será se houve negligência por parte da equipe de enfermagem? Será se realmente registraram tudo que fizeram? Vamos acompanhar os fatos a seguir!