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PROMOÇÃO DA SAÚDE SÍNDROME

INTEGRIDADE CUTANEOMUCOSA

140 O enfermeiro deve comparar o que o paciente apresenta com os padrões já estabelecidos, fazer inferências ou levantar hipóteses e identificar os fatores causais dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente.

Por exemplo, no caso descrito com o senhor VRN, deve-se comparar a FR apresentada pelo paciente e o padrão considerado de normalidade, de acordo com a faixa etária e, relacionar a FR com os demais sinais e sintomas do grupo da NECESSIDADE DE OXIGENAÇÃO e outros dados.

A partir da identificação de algo fora do “padrão de normalidade”, o enfermeiro deve fazer inferências e levantar hipóteses (apoiadas em evidências) para aqueles sinais e sintomas. Exemplo: o senhor VRN apresenta padrão respiratório ineficaz, pois há uma taquipneia e incursões respiratórias superficiais (evidências que sustentam a inferência). Para finalizar a síntese, deve-se propor os efeitos causais. Ou seja, o senhor VRN apresenta padrão respiratório ineficaz relacionado a dor.

ESTABELECIMENTO DOS DIAGNÓSTICOS

Nesta fase, deve-se nomear as conclusões (realizadas a partir das inferências e proposições causais) e torna-las legítimas.

Por exemplo, após reavaliar o senhor VRN o enfermeiro observa uma SpO2 de 82% e ainda não tem em mãos resultados da gasometria arterial. Ele faz a seguinte inferência: o senhor VRN apresenta troca de gases prejudicada, pois há dispneia, padrão respiratório anormal e hipoxemia (SpO2 = 82%). Esta troca de gases prejudicada é causada pelo processo inflamatório a nível alveolar, e está associada às alterações na membrana alveolocapilar (devido a DPOC). Assim, após fazer conclusões (utilizando o seu conhecimento teórico- prático), o enfermeiro deve “nomear corretamente” o seu julgamento clínico ou o seu diagnóstico de enfermagem. Para isto, deve-se utilizar das classificações ou taxonomias de enfermagem.

Na aula seguinte, apresentaremos a NANDA Internacional, uma taxonomia para diagnósticos de enfermagem. No módulo III, outras taxonomias serão apresentadas.

DIAGÓSTICOS PRIORITÁRIOS

O enfermeiro deve estabelecer diagnósticos prioritários para elaborar um plano de cuidados. Mais uma vez destaca-se o conhecimento e a experiência do profissional, assim como, o cuidado individualizado. As respostas humanas nem sempre são passíveis de generalização. Assim, nem todos os pacientes idosos, tabagistas, do sexo masculino, com DPOC exacerbada terão os mesmos diagnósticos de enfermagem apresentados pelo senhor VRN.

Para selecionar diagnósticos prioritários, o enfermeiro deve considerar os seguintes fatores: 1. questões de segurança; 2. potencial para infecção e transmissão; 3. necessidades educativas (ALFARO-LEFEVRE, 2014).

141 Em segurança, deve-se pensar em danos e lesões em órgãos e sistemas vitais, assim como, outros danos que colocam o paciente em risco de morte. Quanto ao potencial para transmitir e adquirir infecções, pensa-se em proteger o paciente e também em proteção para profissionais, familiares e amigos. As necessidades educativas entram na lista de prioridades pois são essenciais para se evitar a ocorrência repetida de problemas que poderiam ser resolvidos por meio de uma intervenção educativa.

Concluindo...

FIM AULA 2]

AULA 3

[INÍCIO AULA 3

NANDA INTERNACIONAL[TÍTULO]

Breve histórico da NANDA Internacional, Inc. [SUBTÍTULO1]

Olá caro colega!

Certamente, você já ouvir falar em “NANDA” ou em “diagnósticos de enfermagem da NANDA”. Nesta aula iremos falar um pouco sobre o que é e quais contribuições da NANDA nternacional, Inc. (NANDA-I) para a enfermagem.

A NANDA Internacional, Inc. (NANDA-I) é uma classificação ou taxonomia que tem o propósito de desenvolver, aperfeiçoar e promover uma terminologia para os diagnósticos de enfermagem (NANDA-I, 2018).

O uso de uma linguagem padronizada para diagnósticos de enfermagem iniciou na década de 1970 com o desenvolvimento da classificação diagnóstica da North American

Nursing Diagnosis Association (NANDA) (MOORHEAD; DOCHTERMAN, 2012). A

NANDA-I é a taxonomia mais antiga e estabelecida na área da enfermagem (NANDA-I, 2013), por isso, detalharemos um pouco mais a sua história e suas contribuições para a nossa profissão.

A linha do tempo, a seguir, apresenta um breve histórico da NANDA-I.

As conclusões extraídas após o raciocínio diagnóstico afeta todas as outras etapas do PE. Se as suas conclusões nesta etapa estiverem corretas, provavelmente seu plano terapêutico obterá os melhores resultados possíveis para o seu paciente.

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[INÍCIO LINHA DO TEMPO ao clicar no ano, deve aparecer o texto correspondente

(descrito abaixo)

1973 → Aconteceu a First National Conference on the Classification fs Nursing Diagnosis – I Conferência Norte-Americana sobre Classificação de Diagnósticos de Enfermagem, ocorrida em St. Louis, Missouri, Estados Unidos. Essa conferência fomentou a ideia de uma unificação ou padronização de terminologia para os diagnósticos de enfermagem e foi estabelecido uma força-tarefa – National Conference Group.

1980 → Termos diagnósticos foram elaborados, refinados e classificados.

1982 → Foi fundado a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), a partir do

National Conference Group. Publicação da taxonomia I da NANDA – estruturada por nove

categorias (trocar, comunicar, relacionar, valorizar, escolher, mover, perceber, conhecer, sentir).

1994 → Após a conferência bianual de 1994, percebeu-se diversas dificuldades para categorizar alguns diagnósticos, assim, houve a necessidade de se propor uma segunda taxonomia da NANDA.

1998 → Uso dos Padrões Funcionais de Gordon para elaborar e modificar a estrutura taxonômica da NADNA.

2000 → Definição e publicação da Taxonomia II da NANDA, com 13 domínios, 106 classes e 155 diagnósticos de enfermagem.

1973

1980

1982

1994

1998

2000

2002

2018

143 2002 → A NANDA deixou de ser apenas uma associação norteamericana de diagnósticos de enfermagem e tornou-se NANDA Iternacional, Inc., reflexo de um crescente interesse em todo o mundo sobre esta terminologia.

2018 → Pequenas mudanças quanto a nomenclatura do tipo de diagnósticos e seus componentes. O “diagnóstico real” passa a ser chamado de “diagnóstico com foco no problema”. Além disso, foram acrescentadas os seguintes componentes: “populações em risco” e “condições associadas”.