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TÍTULO] SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE ENFERMAGEM

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TÍTULO] SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE ENFERMAGEM

60 BREVE HISTÓRICO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

Rememorando!!!!

A expressão “Processo de Enfermagem” (PE) e sua descrição formal foi introduzida na linguagem profissional em meados dos anos 50 do século XX, pela enfermeira Lídia Hall, sob a influência do método científico para resolução de problemas.

No Brasil, as primeiras produções científicas relacionadas ao PE foram de autoria da enfermeira Wanda de Aguiar Horta, na década de 1970. Horta introduziu no país as teorias de enfermagem norte-americana; posteriormente, formulou o modelo conceitual das Necessidades Humanas Básicas e desenvolveu uma estrutura de Processo de Enfermagem, como forma de sua aplicação prática. Ela acreditava que a autonomia profissional só seria adquirida no momento em que toda a enfermagem aplicasse de forma sistemática o Processo de Enfermagem.

Horta, ao propor esse modelo conceitual, fundamentou-se na Teoria da Motivação Humana de Maslow, que tem como conceito base as necessidades que influenciam o viver do ser humano, hierarquizadas em níveis.

Pirâmide de Maslow (verificar autoria de imagem ou refazer)

Horta, embora concordasse com a teoria de Maslow, ampliou seus conceitos, adotando a denominação de João Mohana, classificando-as em necessidades piscobiológicas (relacionadas com o organismo), psicossociais (relacionadas ao viver do indivíduo) e psicoespirituais (relacionadas com modo que se vê a morte, o apoio espiritual, a filosofia de vida, as crenças). O modelo de PE proposto compunha de 6 fases:

61 Para tanto, colocou em evidência uma maneira que o enfermeiro tem de prestar

assistência para processos de saúde-doença, podendo caracterizá-los e defini-los através de necessidades, assim, levantando os problemas mais pertinentes, sendo que algumas

necessidades são mais básicas do que outras e poderão ser atendidas, conforme sua importância.

Horta refere que,

“quando a necessidade se manifesta, faz por meio de sinais e sintomas que, em

enfermagem, por enquanto, denominam-se problemas de enfermagem”

“fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si mesmo; ajudar ou auxiliar

quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar; orientar ou ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais”.

[INICÍO SAIBA MAIS

Na literatura científica, o significado atribuído ao PE e a forma como o mesmo é implementado na prática modifica-se ao longo do tempo e de acordo com os diversos cenários da assistência, dessa forma, são identificadas gerações distintas do Processo de Enfermagem e cada uma destas possuem características específicas e expressam as influências político- sociais de sua época (PESUT; HERMAN, 1999).

Gerações do Processo de Enfermagem

(1950 – 1970)

62 .

FIM SAIBA MAIS]

Quanto a expressão Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), na história, os relatos de quando iniciou não são muito claras. Alguns estudiosos dizem que surgiu com Florence Nightingale, quando ressaltou a necessidade de se observar a realidade e fazer julgamentos sobre as observações realizadas; outros autores dizem que foi no início do século XX, com os primeiros manuais de técnicas de enfermagem produzido nos Estados Unidos.

A primeira geração do PE foi caracterizada pela ênfase nas habilidades intelectuais, interpessoais e técnicas para a resolução de problemas dos pacientes

(1970 – 1990)

(1990 – 2010)

O foco da terceira geração, foi a especificação e testagem dos resultados do paciente sensíveis às intervenções de enfermagem (PESUT; HERMAN, 1999).

(2010-2018)

O PE encontra-se atualmente na sua quarta geração (2010-2020), caracterizada pela incorporação das linguagens ou classificações de enfermagem em sistemas de informação e registros eletrônicos, marcada pela cultura digital (PESUT; HERMAN, 1999).

Já a segunda geração, foi marcada pela necessidade de compreensão do “julgamento clínico” e de aumentar a habilidade do enfermeiro para o “raciocínio diagnóstico”.

63 DEFINIÇÕES PRÁTICAS E DIFERENÇAS CONCEITUAIS DE SAE E PE

Você sabia que existe uma diferença conceitual entre Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e Processo de Enfermagem (PE)? Não fique preocupado, caso você não saiba. Isso porque essas definições são apresentadas equivocadamente como sinônimos em vários artigos publicados, e somente na Resolução COFEN 358/2009 que essa distinção foi estabelecida.

Então, vamos começar. Mas antes, gostaria de fazer duas perguntas a vocês. Vamos refletir?

1. Na instituição onde você trabalha ou estuda, o serviço de enfermagem está estruturado por normas, rotinas, procedimentos operacionais e/ou protocolos?

2. Na instituição onde você trabalha ou estuda, o serviço de enfermagem possui um instrumento que orienta o cuidado de enfermagem e a documentação da prática profissional?

Ao final dessa aula, vocês responderão, porque essas perguntas estão relacionadas aos conceitos de SAE e PE, OK?

Leia com atenção, então, as definições dos conceitos de Sistematização da Assistência de Enfermagem e Processo de Enfermagem.

Sistematização da Assistência de Enfermagem

A Sistematização da Assistência de Enfermagem refere-se a distintos métodos que podem ser utilizados pela enfermagem na organização, planejamento e execução das ações de enfermagem, com o intuito de oferecer subsídios nos processos organizacionais e gerenciais, e atingir resultados benéficos para a saúde das pessoas a quem prestamos assistência.

Podemos citar como distintos métodos para sistematizar a prática de enfermagem: os planos de cuidados, os protocolos, rotinas, procedimentos operacionais e outros. Consequentemente, Não entendi, por que os percursos históricos são diferentes entre PE e SAE! Não é tudo a mesma coisa?

64 por meio dessa organização dos processos organizacionais e gerenciais de trabalho, tornará possível a operacionalização do PE.

Consultar a Resolução Cofen 358/2009, onde se lê:

CONSIDERANDO que a Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem.

A utilização dos diferentes métodos dependerá de aspectos de diversas esferas – a humana; técnico-científica; social; ética; financeira e institucional, além da capacidade ou competência do profissional para incorporar os métodos na prática clínica ou nos processos organizacionais e gerenciais.

Podemos dizer que:

Onde não há uma assistência de enfermagem sistematizada, ou seja, com processos organizacionais e gerenciais estruturados, dificilmente acontecerá a implementação efetiva do Processo de Enfermagem. Por isso, as definições de SAE e PE são distintas, complementares e não dissociadas.

Então, o que é Processo de Enfermagem? No que ele diverge da Sistematização da Assistência de Enfermagem?

Processo de Enfermagem

O Processo de Enfermagem é uma ferramenta metodológica e documental proposta para guiar a sistematização da assistência. É orientada à luz de um referencial teórico e organizada em 5 etapas (coleta de dados; diagnóstico; planejamento; implementação e avaliação).

Na Resolução n°358/2009, o PE é apresentado como método científico e documental da SAE, a ser utilizado em todos os ambientes em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. Vale destacar que não é o único instrumento para efetivá-la.

65 IMPORTANTE!!!!!

Consultar a Resolução Cofen 358/2009, onde se lê:

O Processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional.

A operacionalização e documentação do Processo de Enfermagem evidencia a contribuição da Enfermagem na atenção à saúde da população, aumentando a visibilidade e reconhecimento profissional;

Com base no que foi exposto, já podemos observar a diferença conceitual entre SAE e PE. Vamos ver se a diferença ficou clara para você, lendo essa tirinha abaixo, ok?

[INÍCIO DA TIRINHA

Em um Hospital Público de Ensino Cenário: Dois enfermeiros

conversando, de roupa branca. O fundo branco.

1° Enfermeiro –

Acabei de passar um cateter vesical intermitente em um paciente. No exame físico, identifiquei um bexigoma. Os testes complementares para facilitar a micção espontânea foram realizados, sem sucesso! O cateterismo foi necessário. O procedimento foi realizado conforme protocolo institucional. 2° Enfermeiro

Trabalhamos tanto, são tantas normas e protocolos a serem seguidos, mas, ainda bem que não fazemos a tal sistematização da assistência. Mais uma moda da Gestão! Mais trabalho para nós!

66 Será que houve na fala alguma confusão conceitual? Realmente, esses enfermeiros não realizam a sistematização da assistência?

[Início Destaque