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INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO AMBIENTE ESCOLAR (orientação e mobilidade): um estudo de caso realizado em Unaí-MG

No documento Currículo, inclusão e educação escolar (páginas 54-57)

Gustavo de Souza Almeida

Psicólogo na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Unaí-MG Jussara Resende Costa Santos

Doutora em Educação, pesquisadora, professora e gestora na Faculdade CNEC Unaí-MG Leila Gonçalves Souza

Pedagoga e professora na Rede Municipal do Município de Unaí-MG Resumo

O presente estudo buscou verificar em duas escolas de ensino regular se existem métodos para facilitar a orientação e mobilidade dos alunos com deficiência visual, na busca de que estes tenham uma aprendizagem significativa. A pesquisa foi classificada como quali-quanti, exploratória e descritiva e utilizou-se como instrumentos a observação não participante e o questionário. As observações foram necessárias para verificar as formas de orientação e mobilidades oferecidas aos alunos com deficiência pelo ambiente escolar e as formas de inclusão destes no ambiente escolar e verificar os métodos de ensino utilizados para favorecer o processo de ensino e aprendizagem dos alunos e as dificuldades encontradas. O questionário, contendo nove questões de múltipla escolha, direcionou-se a equipe funcional, aos pais dos alunos com deficiência, aos alunos com deficientes visuais e a cinco colegas destes. Através dos questionamentos se fez possível registrar fatos relativos ao preparo tanto do espaço físico quanto profissional das escolas, assim como verificar as formas de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com deficiência visual nelas incluídos. Percebeu-se que apesar das duas escolas não se encontrarem adequadamente preparadas, tanto em seu aspecto estrutural, quanto em seus aspectos de formação pedagógica estas procuram oferecer aos alunos com deficiência visual, melhores meios para que estes tenham uma formação educacional tão favorável quanto aos demais alunos das salas.

Palavras-chave: Deficiência visual; Educação inclusiva; Leis que amparam. Introdução

Visando a importância de se obter um maior conhecimento sobre o modo de desenvolvimento social da pessoa com deficiência visual em seus aspectos de mobilidade e orientação local, este trabalho acadêmico buscou verificar as formas de orientação e mobilidades oferecidas pelo ambiente escolar de Unaí/MG a fim de favorecer o desenvolvimento do aluno com deficiência visual.

Apesar da tentativa de se formar uma consciência em que a educação é um direito de todos assim como o livre desenvolvimento de qualquer ser humano

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em sua vivência sócio/cultural, muitas entidades sociais ainda não se encontram corretamente preparadas e reestruturadas para oferecem a estas diversidades o atendimento adequado, que proporcionem a garantia de um melhor aprendizado. Por acreditar-se, no entanto, que assistências e apoios devidamente dirigidos no período inicial de alfabetização a essas pessoas com limitações especiais sejam fundamentais para o sucesso escolar, que se origina o interesse de verificar como e se ocorrem adequações desses métodos alternativos de ensino especializado este estudo requer por principal questionamento saber se: Existem métodos

desenvolvidos no espaço escolar para facilitar a orientação e mobilidade dos alunos com deficiência visual?

Mas para se ter um melhor entendimento do assunto a ser abordado, faz-se antes preciso haver um maior conhecimento das áreas que abrangem a deficiência delimitada pelo estudo, neste caso aqui ressaltado como a deficiência visual em seus diferenciados graus de acometimentos ao desenvolvimento sócio/cultural das pessoas em sua vida cotidiana. Pois apesar de muitos não saberem lidar com este tipo de limitação físico/sensorial existem vários recursos que amparam essas pessoas e facilitam o seu progresso junto à sociedade.

Desde modo faz-se compreendido que mesmo que uma pessoa possua algum tipo de limitação visual esta torna-se por vez capaz de organizar-se pessoalmente, a fim de obter um melhor desempenho durante a sua realização ou participação em atividades junto as demais pessoas da sociedade com as que convive, mas para que a prática da inclusão torne-se favorável, faz-se preciso que de lado os sentimentos de preconceitos e de desvalorização da pessoa com deficiência fazendo-se assim cientes de que todos são capaz de construir para si um mundo mais digno e humano.

Mantoan (2003) traz consigo a perspectiva de que a sociedade se abra cada vez mais a prática de um mundo mais justo e igualitário para todos, onde a discriminação social se faça inexistente. Mas para que isso se faça possível o mesma ressalta ainda a necessidade de que esse processo passe a ser visto pela sociedade como um novo modo de transformação social, a fim de que tenham as pessoas com deficiências não somente a se adequar ao meio de desenvolvimento a eles imposto, mas que a sociedade também se faça consciente da necessidade de

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se haver melhorias favoráveis ao desenvolvimento físico e intelectual das mesmas, exigindo-se assim, uma mudança na estrutura social vigente, no sentido de se organizar uma sociedade que atenda aos interesses de todas as pessoas, independente de que estas apresentem ou não algum tipo de limitação.

Para melhor desenvolvimento da inclusão de alunos com deficiência visual no ambiente escolar Lima (1988) ressalta que as instituições de ensino devem procurar melhorar o seu espaço, realizando modificações em sua estruturação ambiente e oferecendo diariamente a estes alunos metodologias alternativas, que ofereçam uma condição melhor para que estudem, de modo a disponibilizar materiais favoráveis conforme a necessidade de aprendizagem apresentada por cada um destes.

Fonseca (1995) ressalta a necessidade de um maior preparo a todos os professores, que em vez da resistência a prática educacional inclusiva deve buscar para si maiores capacitações para poder educar de forma igualitária, todos os seus alunos, tenha ou não este algum tipo de deficiência. No caso da formação educativa de um aluno com deficiência visual ressalta-se que este deve antes ser apresentado ao espaço escolar para conseguir obter um melhor desenvolvimento de orientação e mobilidade, ação essa que poderá ser conduzida tanto pelo educador quanto pelos demais alunos, o que por vez, poderá também promover uma maior socialização entre ambas as partes.

De acordo com a Unesco (1994), o objetivo da educação inclusiva é o de capacitar escolas comuns para atender, todos os alunos, especialmente aqueles que têm necessidades especiais. Pelo princípio da inclusão é necessário o reconhecimento se caminhar rumo a uma escola para todos um lugar onde todos os alunos celebre a diferença, apoia a aprendizagem e responda as necessidades individuais.

Conforme o pensamento de Sassaki (2005), a inclusão se caracteriza pela eliminação de conceitos que excluíam as pessoas da sociedade adaptando as características gerais de todos formando uma comunidade, no qual todos os indivíduos sejam aceitos de maneira igualitária. Seria um passo muito importante para combater as desigualdades existentes na educação, dando oportunidade a quem precisa de um ensino de qualidade, não devendo ser excluído apenas por apresentar alguma diferença física em relação às outras pessoas.

Ao retratar, portanto, sobre a Educação Inclusiva, observa-se que essa traz consigo a existência de alguns aspectos legais que orientam a educação para todos de

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modo a ser por vez verificado nos registro apresentado pela LDB os referidos conceitos destacados pelo quadro 1:

Quadro 1

Leis que Defendem o Processo de Inclusão Constituição

Federal

Art. 208 – atendimento aos deficientes na Rede Regular de Ensino (RRE)

Art. 227 – criação de programas especializados e garantia de acessibilidade.

LEI 0.172/01 Aprova o Plano Nacional de Educação, com 27 objetivos e metas

No documento Currículo, inclusão e educação escolar (páginas 54-57)

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