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Fórmula 4 Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD)

3. METODOLOGIA

3.6. Indicadores Selecionados

3.6.1. Indicadores Técnicos

No Quadro 7 são apresentados os indicadores de coleta direta, ou seja, os dados são utilizados diretamente, sem a necessidade de fórmula de cálculo. Apesar do indicador “Idade” exigir o cálculo entre a diferença do ano em análise e o ano de ingresso da organização no setor, foi considerado como um indicador direto, pois não necessita de nenhuma forma especial de cálculo.

A seguir são apresentados os indicadores utilizados para mensurar a eficiência técnica do sistema, ou seja, a capacidade de preenchimento de suas vagas. Foram adotados três indicadores: preenchimento de vagas o vestibular, Taxa de Retenção de Alunos (TRA) e Taxa de Captação e Retenção de Alunos (TRCA).

Na literatura, são utilizados alguns indicadores que buscam medir as mesmas dimensões, porém apresentando algumas limitações. Pereira (2003) utilizou a relação entre o número de alunos formados e o número de ingressantes em um mesmo ano. Mas devido ao grande aumento do número de vagas ofertadas, essa relação perde o seu poder de comparação.

Indicadores Diretos O que descreve? Fonte

Número de mantenedoras Número de organizações no

setor

Cadastro das Instituições da Educação Superior

Número de IESP Número de organizações no

setor

Cadastro das Instituições da Educação Superior

Número de Matrículas Tamanho do setor Censo da Educação

Superior

Número de vagas Oferta do setor Censo da Educação

Superior

Número de ingressantes Demanda do setor Censo da Educação

Superior Número de candidatos por vaga no vestibular Demanda do setor Censo da Educação

Superior

Número de cursos Oferta do setor Censo da Educação

Superior Número de áreas de conhecimento Diversificação da oferta Censo da Educação

Superior Idade da mantenedora Tempo no setor/tradição Cadastro das Instituições

da Educação Superior

Elaboração do autor

Quadro 7 – Indicadores Diretos

Outro indicador muito utilizado é a taxa de diplomação (vide PEREIRA, 2003; SCHWARTZMAN, 2000). Esse número expressa a relação entre o número de alunos que se formam num ano (Concluintest) e o número de alunos que ingressaram no sistema cinco anos antes (Ingressantest-5). Esse indicador pretende medir as perdas ocorridas no sistema durante o tempo de conclusão do curso. Porém, devido a grande heterogeneidade dos cursos, com tempos de conclusão variando entre três a seis anos, e mais uma vez o crescente aumento do número de vagas a cada ano, esse indicador perdeu a confiabilidade.

Sendo assim foram desenvolvidos novos indicadores para essa pesquisa de forma a aumentar a confiabilidade dos resultados: a Taxa de Retenção (TR) e a Taxa de Captação e Retenção de Alunos (TRCA).

O Preenchimento de Vagas no Vestibular (PVV) é a relação entre o número ingressantes nas IESP por curso e o número de vagas oferecidas no vestibular por curso. É

uma relação simples que expressa o percentual de vagas que foram preenchidas no vestibular. Quanto maior essa relação, menor a perda de receita e maior a eficiência técnica, melhorando o retorno financeiro da organização.

Fórmula 1 – Taxa de Preenchimento de Vagas no Vestibular

t t

VOV

NIV

PVV

=

Onde:

PVV – Taxa de Preenchimento de Vagas no Vestibular

NIVt – Número de Ingressantes por Vestibular nos Cursos de Graduação Presenciais no ano t

VOVt – Número de Vagas Oferecidas no Vestibular para os Cursos de Graduação Presenciais no ano t

Fonte: Censo da Educação Superior

Para o cálculo da TCRA utilizou-se do número de vagas criadas durante o tempo de conclusão do curso, o que foi chamado de ciclo do curso. Por exemplo, se um curso oferece 100 vagas por ano e tem quatro anos de duração, deverá ao final do seu último ano ter 400 alunos matriculados, supondo que não houvesse nenhuma perda de aluno. Não havendo aumento do número de vagas e nem perda de alunos, esse número de vagas se mantém constante em um fluxo contínuo, pois a cada ano seriam formados 100 alunos, porém mais 100 novos alunos ingressariam no curso.

Sendo assim, o cálculo do número de vagas criadas por ciclo é o somatório do número de vagas oferecidas nos anos relativos a duração do curso.

Fórmula 2 – Taxa de Captação e Retenção de Alunos

− =

=

a t t n n t

VOV

Mat

TCRA

,

Onde:

TCRA – Taxa de Captação e Retenção de Alunos

Matt = Número de alunos matriculados nos cursos de graduação presenciais no ano t VOVn – Vagas Oferecidas no Vestibular nos cursos de graduação presenciais ano n t – ano da análise

a – tempo de duração do curso. Fonte: Censo da Educação Superior

A TCRA expressa a relação entre o número de alunos matriculados no curso e o número total de alunos que poderiam estar matriculados se não houvesse nenhuma perda no processo.

A Taxa de Retenção de Alunos ao invés de considerar o número de vagas oferecidas no vestibular, utiliza o número de ingressantes por vestibular. Ela pretende mensurar a evasão ou perda de alunos dos alunos que ingressaram na IESP.

Fórmula 3 – Taxa de Retenção de Alunos

− =

=

a t t n t

NIVn

Mat

TRA

, Onde:

TRA – Taxa de Retenção de Alunos

Matt= Número de alunos matriculados nos cursos de graduação presenciais no ano t VOVn – Vagas Oferecidas no Vestibular para Cursos de Graduação Presenciais no ano n

t – ano da análise

a – tempo de duração do curso. Fonte: Censo da Educação Superior

Sendo assim, o PVV e a TRA medem dois momentos distintos no ciclo de um curso: enquanto que o primeiro mede a capacidade da IESP em preencher as vagas de seus cursos no vestibular (captação de alunos), a TRA mede a capacidade da IESP em manter esses alunos até a conclusão do curso, ou seja, combater a evasão.

de preenchimento de vagas no vestibular (captação), quanto de combater a evasão (retenção de alunos).

Esses indicadores foram calculados para cada um dos 261 cursos analisados e consolidados em suas respectivas IESP e mantenedoras. Para isso foram desenvolvidas várias planilhas de cálculos trabalhando os dados do Censo da Educação Superior, utilizando-se do programa Microsoft Excel. A grande quantidade de dados aliada a necessidade de depurá-los exigiu um período de mais de dois meses para a finalização dessa etapa.

Quanto a participação de mercado de cada instituição, foi utilizado o número de matrículas como referência para esse indicador. Sendo assim, a participação de mercado foi representada pela percentagem que o número de alunos matriculados na mantenedora representa no número total de alunos matriculados em todas IESP do Distrito Federal.

Por último, foi feito um levantamento do valor das mensalidades dos cursos para realização da matriz de correlação. Para isso, partiu-se para uma simplificação ao adotar o valor da mensalidade dos cursos de administração como referência para comparar as mensalidades das IESP/DF, considerando que é um curso ofertado por quase todas as instituições.

Outros indicadores também foram trabalhados, como a o valor da mensalidade média, a Taxa de Formatura Real (considerando o tempo de conclusão de cada curso e não padronizando em cinco anos) que não foram utilizados nesse trabalho. Além das restrições de tempo, um número maior de indicadores aumentaria a complexidade da análise e poderia desviar do objetivo da pesquisa.