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a t t n t

NIVn

Mat

TRA

, Onde:

TRA – Taxa de Retenção de Alunos

Matt= Número de alunos matriculados nos cursos de graduação presenciais no ano t VOVn – Vagas Oferecidas no Vestibular para Cursos de Graduação Presenciais no ano n

t – ano da análise

a – tempo de duração do curso. Fonte: Censo da Educação Superior

Sendo assim, o PVV e a TRA medem dois momentos distintos no ciclo de um curso: enquanto que o primeiro mede a capacidade da IESP em preencher as vagas de seus cursos no vestibular (captação de alunos), a TRA mede a capacidade da IESP em manter esses alunos até a conclusão do curso, ou seja, combater a evasão.

de preenchimento de vagas no vestibular (captação), quanto de combater a evasão (retenção de alunos).

Esses indicadores foram calculados para cada um dos 261 cursos analisados e consolidados em suas respectivas IESP e mantenedoras. Para isso foram desenvolvidas várias planilhas de cálculos trabalhando os dados do Censo da Educação Superior, utilizando-se do programa Microsoft Excel. A grande quantidade de dados aliada a necessidade de depurá-los exigiu um período de mais de dois meses para a finalização dessa etapa.

Quanto a participação de mercado de cada instituição, foi utilizado o número de matrículas como referência para esse indicador. Sendo assim, a participação de mercado foi representada pela percentagem que o número de alunos matriculados na mantenedora representa no número total de alunos matriculados em todas IESP do Distrito Federal.

Por último, foi feito um levantamento do valor das mensalidades dos cursos para realização da matriz de correlação. Para isso, partiu-se para uma simplificação ao adotar o valor da mensalidade dos cursos de administração como referência para comparar as mensalidades das IESP/DF, considerando que é um curso ofertado por quase todas as instituições.

Outros indicadores também foram trabalhados, como a o valor da mensalidade média, a Taxa de Formatura Real (considerando o tempo de conclusão de cada curso e não padronizando em cinco anos) que não foram utilizados nesse trabalho. Além das restrições de tempo, um número maior de indicadores aumentaria a complexidade da análise e poderia desviar do objetivo da pesquisa.

3.6.2. Indicadores Educacionais

Segundo Afonso (2000), o Desempenho Educacional, se desdobra em desempenho acadêmico e desempenho institucional1, conforme apresentado na seção 2.7. Seguindo as classificações propostas por Scott (1988) e Afonso (2000), classificaram-se os instrumentos de avaliação utilizados pelo MEC conforme quadro a seguir.

1 O termo institucional aqui não se refere à dimensão do ambiente externo das organizações, mas a capacidade da

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO Tipo de Indicador segundo Scott (1988) Indicador Educacional segundo Afonso (2000) Exame Nacional de Cursos Resultado Acadêmico Avaliação das Condições de

Oferta

Organização Didático-

Pedagógica Processo Institucional

Corpo Docente Estrutura Institucional

Instalações Estrutura Institucional

Elaboração do autor baseado em Scott (1988) e Afonso (2000)

Quadro 8 – Classificação dos indicadores educacionais

O Exame Nacional de Cursos se caracteriza como um indicador de resultado, que segundo Scott (1988) está relacionado ao ambiente técnico. Porém, para os propósitos do presente estudo ele foi considerado como um indicador do ambiente institucional pelo fato de promover legitimidade e visibilidade organizacional, como já abordado no item 3.4.1.

Os resultados obtidos pelos cursos no Exame Nacional de Cursos são expressos em conceitos qualitativos, conforme descrito no item 3.4.1. Para permitir a manipulação desses dados, eles foram transformados em variáveis métricas, conforme tabela abaixo.

Tabela 1 – Transformação dos conceitos do ENC em valores métricos

Conceito do

curso no ENC Valor atribuído

A 100 B 80 C 60 D 40 E 20 Elaboração do autor

Como o último ano de realização do Exame Nacional de Cursos foi 2003, devido a mudança de metodologia imposta pelo MEC, os dados de 2003 foram repetidos em 2004.

Após feita essa adaptação, foi calculada a média dos resultados dos cursos por instituição e também a média do setor, para cada ano analisado. Essa média foi o valor utilizado nas análises dos dados. Como houve mudança na metodologia do ENC em 2001, para melhor avaliação da evolução dos resultados, compararam-se os resultados das instituições privadas com as instituições públicas.

Quanto à componente institucional do desempenho educacional, foram utilizados os resultados obtidos pelos cursos das IESP na Avaliação das Condições de Ensino – ACE. Também foi feita a transformação dos conceitos obtidos em valores métricos. Conforme já exposto na seção 3.4.2, a ACE se divide em três dimensões independentes entre si: Dimensão 1 - organização didático-pedagógica, Dimensão 2 - corpo docente e Dimensão 3 - instalações físicas. Os conceitos foram transformados conforme a tabela a seguir.

Tabela 2 – Transformação dos resultados da ACE em valores métricos

Resultado da ACE Valor atribuído CMB - Condições Muito Boas 100 CB - Condições boas 75 CR - Condições Regulares 50 CI - Condições insuficientes. 0 Elaboração do autor

Após a transformação dos conceitos em valores métricos, calculou-se o resultado para cada mantenedora pela média obtida em seus cursos avaliados. Conforme foi descrito, o foco de análise tanto do ENC quanto da ACE é o curso e não a instituição. Como a análise nessa pesquisa foi feita sobre as organizações, foi necessário atribuir um valor para cada instituição. Por último, ainda na dimensão educacional foram levantados valores relacionados ao corpo docente. De acordo com a literatura, os indicadores mais utilizados para avaliar o corpo docente são: a porcentagem de docentes com dedicação em tempo integral, a porcentagem de docentes com titulação de mestre ou doutor (esses dois primeiros são uma exigência legal às universidades), a relação do número de alunos por docente e o Índice de Qualificação do Corpo Docente – IQCD -, sendo este último adotado pelo Tribunal de Contas da União na avaliação das Instituições Federais de Ensino (GAETANI e SCHWARTZMAN, 1991; SILVA et al, 2004).

O IQCD mede o grau de titulação do corpo docente de ensino superior de uma instituição. Seu cálculo é efetuado a partir da equação abaixo. A tabela apresenta os resultados por unidade, explicitando as contribuições dos quadros docente permanente e temporário.

Fórmula 4 - Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD)

)

(

)

1

2

3

5

(

G

E

M

D

G

E

M

D

IQCD

+

+

+

+

+

+

=

Onde:

D – Número de professores com doutorado;

M – Número de professores com titulação de mestre; E – Número de professores com titulação de especialista e G – Número de professores com apenas a graduação.

3.7. Tratamento dos dados

O processo de análise de dados seguiu as seguintes etapas:

1. Definição dos componentes do campo organizacional analisado (setor de educação superior).

2. Análise consolidada dos indicadores técnicos: oferta e demanda de vagas no setor, e estratégias de expansão das organizações e sua evolução no período considerado.

3. Avaliação das pressões técnicas por meio da operacionalização proposta por Scott (1988), vide Quadro 1.

4. Análise consolidada dos indicadores educacionais e sua evolução no período considerado.

5. Levantamento da atuação do Estado, por meio da regulação e publicação de normas legais, para identificação das pressões institucionais.

6. Análise de correlação entre os indicadores técnicos e educacionais. Essa análise foi feita em um corte transversal, considerando o último ano do período analisado, ou seja, 2004, com o objetivo de verificar a associação entre o desempenho técnico e

desempenho educacional.

7. Construção de uma linha do tempo, analisando as forças de institucionalização e isomorfismo.

Antes da realização da análise quantitativa foi necessária a depuração dos dados. Essa depuração consistiu na verificação da confiabilidade dos dados e adequação para realização da análise quantitativa, como descrita a seguir:

Dados Financeiros. Esses dados foram enviados pelo INEP contendo todas as informações relativas a esse campo no Censo da Educação Superior, que podem ser