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Artigos do portfólio bibliográfico que realizam a integração dos indicadores

3.6 REDES DE EMPRESAS

3.7.1 Estudos anteriores de avaliação de desempenho de redes de empresas – contexto das publicações em periódicos internacionais

3.7.1.3 Indicadores utilizados nos estudos para avaliar o desempenho de redes de empresas

A busca bibliográfica e o mapeamento realizado nos artigos permitiu identificar os principais indicadores de avaliação de desempenho de redes de empresas (BORTOLUZZI et al., 2012a). O Quadro 24, apresenta os principais indicadores utilizados e/ou propostos para avaliar o desempenho de redes de empresas, encontrados nos artigos publicados em periódicos internacionais:

Quadro 24 - Indicadores utilizados para avaliar o desempenho de redes de empresas, identificados nos artigos do portfólio bibliográfico internacional

Indicadores Autor(es) do

artigo no portfólio bibliográfico

Os autores propõem indicadores de desempenho para avaliar dois arranjos produtivos, sendo que para cada arranjo são propostos um conjunto de indicadores. No primeiro estudo de caso são propostos indicadores divididos em quatro perspectivas: (i) desempenho das empresas individuais; (ii) resultado econômico e social; (iii) eficiência coletiva; e, (iv) capital social. Na perspectiva desempenho das empresas individuais os indicadores propostos são: preço médio de venda por unidade; valor adicionado por empregado; custo total e lucro. Na perspectiva resultado econômico e social os indicadores são: força de trabalho total e número total de pessoas treinadas. Na perspectiva eficiência coletiva o indicadores proposto é valor total de aquisição coletiva de matéria prima. Na perspectiva capital social o indicador

Carpinetti, Galdámez e

Gerolamo (2008)

proposto é percentual de empresas envolvidas com a cooperação. No segundo estudo de caso são propostos indicadores em cinco perspectivas: (i) desempenho das empresas individuais; (ii) resultado econômico e social; (iii) eficiência coletiva; (iv) capital social; e, (v) impactos ambientais. Os indicadores da perspectiva desempenho individual são: preço médio de venda por unidade; produtividade no trabalho e quantidade vendida. Nas perspectivas resultado econômico e social, eficiência coletiva e capital social os indicadores são os mesmo apresentados no primeiro estudo de caso. Na perspectiva impactos ambientais o indicador proposto é a quantidade de resíduos industriais coletados.

São propostos indicadores divididos em quatro perspectivas: (i) desempenho das empresas individuais; (ii) resultado econômico e social; (iii) eficiência coletiva; e, (iv) capital social. Na perspectiva desempenho das empresas individuais os indicadores propostos são: preço médio de venda por unidade; valor adicionado por empregado; custo total e lucro. Na perspectiva resultado econômico e social os indicadores são: força de trabalho total e número total de pessoas treinadas. Na perspectiva eficiência coletiva o indicadores proposto é valor total de aquisição coletiva de matéria prima. Na perspectiva capital social o indicador proposto é percentual de empresas envolvidas com a cooperação.

Carpinetti, Gerolamo e

Galdámez (2008)

Os autores propõem indicadores de desempenho para avaliar dois arranjos produtivos, sendo que para cada arranjo são propostos um conjunto de indicadores. No primeiro estudo de caso são propostos os seguintes indicadores: número de empregados; volume de vendas; quantidade de unidades vendidas; custo total; custo total de material; custo total da folha de pagamento; produtividade dos empregados; valor adicionado por empregado; custo por empregado; custo da folha de pagamento sobre as vendas e custo total pelas vendas. No segundo estudo de caso são propostos os indicadores: número de empregados; volume de vendas; quantidade de produtos vendidos; tipo de produto; preço médio de venda; custo total da folha de pagamentos e produtividade dos empregados.

Carpinetti e Oiko (2008)

Os autores propõem um quadro com características chaves das redes de colaboração que pode ser interpretada como variáveis a serem medidas em redes de empresas. Os autores fazem cinco agrupamentos. O primeiro relacionado a participação das empresas que considera as seguintes variáveis: compartilhamento de recursos; transferência

Bititci et al., (2004)

interna de informações; integração estratégica; integração operacional; período de tempo da colaboração. O segundo agrupamento está relacionado ao nível de envolvimento e apresenta as seguintes variáveis: envolvimento das empresas

parceiras; envolvimento dos órgãos governamentais,

agências de desenvolvimento, etc.; envolvimento de instituições de ensino e pesquisa e envolvimento de

instituições financeiras e consultorias. O terceiro

agrupamento relaciona-se aos benefícios para as empresas

participantes que considera os seguintes aspectos:

participação no mercado; utilização dos ativos; melhorar serviços aos clientes; reduzir custos e desenvolver novos produtos; reduzir tempo no desenvolvimento de produtos; reduzir falhas; aumentar qualidade do produto; aumentar as

habilidades e conhecimentos; aumentar capacidades

tecnológicas; partilha de risco devido à complexidade e rápida taxa de obsolescência do produto; acesso rápido aos mercados; economia de escala; reduzir tempo de entrega dos produtos; resposta rápida as reclamações do clientes; redução dos estoques. O quarto agrupamento refere-se a proposição de valor que apresenta os seguintes aspectos: minimizar preços; inovação; socialização; integração tecnológica; gestão da marca; simplificação e estrutura e infra-estrutura. O quinto agrupamento refere-se as transações de valor que apresenta as seguintes variáveis: valor para o acionista; proposição de valor individual; proposição de valor dentro da rede e proposição de valor para a rede.

Os autores propõem avaliar a sinergia da rede de empresas por meio da sinergia estratégica, operacional, cultural e comercial. Em relação a sinergia estratégica o estudo propõe critérios em duas partes. A prmeira parte refere-se a auto- consciência e apresenta os seguintes critérios de avaliação: consciência das forças mundiais políticas, econômicas, sociais e tecnológicas que afetam a competitividade da

organização; consciência global sobre concorrentes,

fornecedores e clientes; compreensão dos pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades da empresa; clareza e foco na proposição de valor. A segunda parte refere-se a consciência coletiva e apresenta os seguintes critérios: visão clara e específica sobre o que a empresa quer da colaboração; claro reconhecimento das competências que a

empresa está trazendo para a colaboração; claro

compreensão das competências e capacidades que os parceiros estão trazendo para a colaboração; compreensão clara do valor novo que será gerado por meio da

Bititci et al., (2007)

colaboração. Em relação a sinergia operacional o estudo propõe critérios em duas partes. O primeiro refere-se aos processos internos e apresenta os seguintes critérios: um

processo bem definido/articulado que permite o

gerenciamento do desempenho em consonância com os objetivos estratégicos do negócio; clara definição dos processos de negócios para os principais processos de negócios da empresa, por exemplo, gerar demanda, desenvolver produtos, atender pedidos, suporte do produto e processos claramente definidos para os sistemas de suporte interno. A segunda parte refere-se aos processos entre empresas e apresenta os seguintes critérios: ter um processo contínuo claramente definido que facilite a conversação estratégica entre os parceiros e que assegure que as decisões são unânimes, explícitas, sem ambiguidades e localmente significativas; ter um processo que forneça visibilidade sobre o desempenho das empresas colaborativas. Isso significa que alguns parceiros devem ser capazes de olhar para o desempenho de outros parceiros; definir claramente os processos de negócios entre as empresa colaborativa para que ultrapasse as fronteiras de cada empresa individual e trabalho em equipe entre as empresas. Em relação a sinergia cultural o estudo apresenta os seguintes critérios: cultura e estilo de gestão que pode ser entendido pelo nível de compatibilidade no gerenciamento e comportamente entre os parceiros; confiança e compromisso na gestão da parceria; cultura operacional; agilidade na gestão, ou seja, capacidade e flexibilidade para as rápidas mudanças nos processos, responsabilidade, estruturas entre os parceiros; nível de risco que os parceiros estão dispostos a compartilhar; nível de sistemas que os parceiros estão dispostos a compartilhar; nível de informações que os parceiros estão dispostos a compartilhar. E a sinergia comercial é apresentada pelos seguintes criterios: a clareza e transparência da posição financeira de cada parceiro; a disponibilidade, clareza e robustes da gestão estratégica dos riscos; a disposição para acordos de propriedade intelecutal; a clareza e transparência das modalidades de financiamentos para todos os parceiros e a clareza e transparência de como os ganhos coletivos devem ser compartilhados.

Os autores apresentam indicadores de desempenho para avaliar os benefícios da colaboração, quais sejam: benefícios social da colaboração; benefícios externos; total dos benefícios individuais; benefício individuais gerados; total de benefícios recebidos; número de envolvidos na

Camarinha- Matos e Abreu (2007)

colaboração; total de benefícios contribuídos; benefícios totais da rede; taxa de progresso; capital social; taxa de desenvolvimento da colaboração; taxa de contribuição individual. Índice individual de colaboração aparente; índice de benefícios individuais externos; índice de benefício individual aparente e índice de reciprocidade.

Os autores utilizam indicadores para avaliar um arranjo produtivo da industria mecânica. Em relação ao perfil das plantas analisou-se as seguintes variáveis: número de produtos acabados; número de componentes manufaturados; compra de componentes; número de componentes e sub- conjuntos presentes no produto com o maior saída; número de produção por empregados; número total de empregados; percentual de produção da planta fornecida; tempo de espera menor do que o lead time de produção e lead time igual ou maior do que a liderança. Em relação a eficiência duas variáveis foram propostas: eficácia global do equipamento e taxa média de falhas. A terceira categoria relaciona-se ao perfil dos empregados com as seguintes variáveis: tempo médio de permanência na empresa; taxa média de falhas dos empregados; dias por ano de treinamentos para novos funcionários; dias por ano de treinamento para funcionários existentes e produtividade dos empregados. A quarta categoria é prazo de entrega que é apresentado por meio das seguintes variáveis: prazo de entrega de aquisição; tempo médio de produção dos componentes; tempo médio de montagem; tempo de entrega ao cliente (pequeno, médio e grande) e confiabilidade nas datas de vencimento. A quinta categoria está relacionado a flexibilidade, gestão do estoque e produção que está dividida nas seguintes variáveis: set-up na produção; tempo gasto na criação/mudança; tempo parado dos produtos acabados; cumprimento do cronograma de produção. A sexta categoria está relacionado a qualidade e é mensurado pelas seguintes variáveis: taxa de desperdício na produção; tempo gasto com re-trabalho; reclamações de clientes quanto a qualidade e taxa de aprovação na primeira vez do teste final. E a última categora refere-se a inovação que é mensurado pelas seguintes variáveis: tempo de mercado; taxa de inovação atual e taxa de inovação futura.

Grando e Belvedere

(2006)

Os autores apresentam os fatores críticos de sucesso para redes de PMEs que são: ênfase no potencial de criação de valor conjunto; confirmidade sobre objetivos claros e realistas; apoio a gestão estratégica; contribuição para pontos fortes específicos; definição precisa de direitos e deveres; contribuição de todos os parceiros; relações de confiança

Hoffmann e Schlosser

entre os parceiros; derivar objetivos da aliança da estratégia do negócio; rescisão somente mediante a aprovação de todos os parceiros; revisão contínua do desempenho da aliança; acordo sobre os valores e convicções e proteção das competências da aliança.

Os autores propõem indicadores em quatro perspectivas: (i) perspectiva financeira; (ii) perspectiva do cliente; (iii) perspectiva dos processos internos; e, (iv) perspectiva das empresas individuais. Na perspectiva financeira a variável analisada é o lucro. Na perspectiva dos clientes as variáveis são: taxa preço/desempenho; prazo de entrega; entrega da quantidade prometida e rápida preparação de ofertas. Na perspectiva processos internos as variáveis são: ciclo de tempo realizado/planejado; qualidade da cooperação; qualidade dos produtos; pesquisa local rápida e resposta rápida. E na perspectiva empresas as variáveis são: preço; prazo de entrega; cooperação; confiança; qualidade e tempo de resposta.

Jahn (2009)

Os autores propõem as seguintes medidas de desempenho: produtividade; especialização; inovação; custos e confiança.

Karaev, Koh e Szamosi

(2007) Segundo os autores para se analisar o desempenho de um

arranjo produtivo em três níveis: (i) o nível da rede; (ii) o nível da empresa; e, (iii) o nível individual (pessoas). Em relação ao desempenho os autores propõem as seguintes variáveis para o nível da rede: sucesso, eficiência, capacidade utilizada e flexibilidade. No nível das empresas individuais as seguintes variáveis são apresentadas: lucro; novos produtos e crescimento. No nível individual as seguintes variáveis; valorização; importância e expectativas.

Klint e Sjoberg

(2003)

Os autores propõem indicadores em cinco grupos: (i) informação e troca de conhecimento; (ii) operacional; (iii) resultado financeiro; (iv) saúde da colaboração; e, (v) econômico e social. No grupo informação e troca de conhecimento os seguintes indicadores são propostos: decisões coletivas; cobertura do sistema de informação e número reclamações dos clientes. No grupo operacional os indicadores são: dias de atraso; previsão de entrega final; número de não-conformidades e custos da não-qualidade. No grupo resultado financeiro apresentam-se os seguintes indicadores: lucro total devido a participação na rede e lucro sem participar da rede. No grupo saúde da colaboração apresenta-se o indicador índice da saúde da colaboração. No grupo resultado econômico e social os indicadores são: número de empregos criados; investimentos em recursos

Lima, Guerrini e Carpinetti (2011)

humanos e recursos gastos localmente.

Os autores apresentam os seguintes indicadores: densidade

das empresas; número de empregados; taxa de

especialização; índice de concentração; grau de concentração da produção; taxa de inatividade; escolaridade dos empregados; taxa de empregados sindicalizados; pluralidade de votos; proporção de jovens envolvidos em atividades industriais; competitividade e crescimento do emprego.

Paniccia (2000)

Os autores argumentam que o desenvolvimento de um

cluster está relacionado a três grupos: eficiência coletiva por

meio das variáveis ações conjuntas e externalidades; incentivo de políticas por meio da variáveis política nacional e instituições e política local e instituições. E inserção social por meio da coesão social e auto realização.

Parrilli (2009)

Os autores apresentam os seguintes indicadores para a estrutura operacional: grau de concentração da produção; quantidade de pessoas empregadas para cada PME parceira e número de entidades de logística/meios de transporte. Para o forma de organização os indicadores propostos são: tipo de estrutura organizacional; tipo de entidade de organização e tipo de estratégia de coordenação. Em relação a interação com organismos externos os seguintes indicadores são propostos: percentual de cobertura do mercado do produto e relação percentual entre residentes na região com o número de empregados.

Villa (2007)

Para o grupo estrutura operacional os seguintes indicadores são propostos: % de terceirização; % de fornecedores externos; número de pequenas e médias empresas; número de empregados; tempo de fluxo; % conhecimento adquirido e % de utilização de recursos. Para o grupo estrutura organizacional os seguintes indicadores: existência de empresa líder; tempo do processo decisório e % dos objetivos não atingidos. E no grupo interações com o ambiente sócio-econômico os indicadores são: vendas anuais; número de novos contratos; % de exportação; % de participação no mercado; quantidade de patentes; recursos em pesquisa e desenvolvimento; número de pessoas treinadas; número de cursos para educação contínua; aumento do volume de produção; quantidade de funcionários e quantidade de PMEs envolvidas na cooperação.

Villa e Ukovich

(2011)

Fonte: Bortoluzzi et al. (2012a).

O Quadro 24, apresenta os principais indicadores utilizados e/ou propostos para avaliar o desempenho de redes de empresas, encontrados

nos artigos publicados em periódicos internacionais. Percebe-se a grande quantidade de indicadores propostos e/ou aplicados, que no presente estudo serão utilizados para gerar conhecimento no pesquisador para a construção dos modelos de avaliação de desempenho (BORTOLUZZI et al., 2012a).

3.7.2 Estudos anteriores de avaliação de desempenho de redes de