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Fator de informação da aprovação total da comprovação de gastos dos recursos do IGD-M pelo CMAS Indica se o referido Conselho registrou no

SuasWeb a aprovação integral das contas apresentadas pelo gestor do FMAS.

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome

(2012)

Se alguma taxa do Fator I for menor que 0,20 ou o resultado final do Fator I estiver abaixo de 0,55 ou um dos demais fatores for igual a zero não há repasse de recursos. Além desses componentes foi incrementado desde 2010 incentivos aos municípios em atribuições complementares à gestão do PBF. O repasse do recurso prevê incentivos às boas práticas de gestão como incremento de 10% do valor final dos recursos caso os municípios comprovem cumprimentos de condutas previamente estabelecidas, como detalha o Quadro 17.

Quadro 17. Detalhamento dos incentivos adicionais do IGD-M

INCENTIVO DETALHAMENTO

INCENTIVO I- 3% (três por cento) proporcionais ao acompanhamento das famílias beneficiárias em situação de descumprimento de condicionalidades que estejam em processo de acompanhamento familiar;

Processo de acompanhamento familiar: consideram-se as famílias

beneficiárias registradas em sistema de condicionalidades (Sicon) monitoradas por meio das ações sócio assistenciais realizadas no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), por intermédio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), dos Centros de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS) ou das equipes de assistência social dos

municípios; e de ações realizadas no âmbito de outras políticas sociais, conforme legislação específica

INCENTIVO II - 3% (três por cento) quando o município atender, nos prazos estipulados, demandas da Senarc referentes à apuração de eventuais irregularidades na execução local do PBF;

Apuração de eventuais irregularidades: relativas aos relatórios

dos órgãos de controle, como Tribunais de Contas, Controladoria Geral da União (CGU), bem como aos documentos expedidos pelo MDS para providências de averiguação pelos gestores municipais;

INCENTIVO III - 2% (dois por cento) quando o município tiver 100% (cem por cento) dos dados referentes à Gestão Municipal atualizados no Sistema de Gestão do PBF (SIGPBF) há menos de um ano;

Dados referentes à Gestão Municipal: relativos ao prefeito e à

prefeitura municipal; ao gestor do PBF e à sua equipe de Gestão; e à instância municipal de controle social responsável pelo

acompanhamento do PBF e aos seus componentes e ao CMAS e seus componentes.

INCENTIVO IV - 2% (dois por cento) quando o município apresentar pelo menos 96% (noventa e seis por cento) de cartões do PBF entregues na data de apuração do IGD-M

Cartões entregues: considera-se o número de cartões emitidos até

60 (sessenta) dias antes da data de apuração do IGD-M e o número de cartões cancelados.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (2012)

Em síntese, o IGD-M é uma forma do MDS de incentivar os municipios para maior qualidade das suas ações e um critério de desempenho para repasse de auxílio financeiro de apoio à gestão. Desde sua criação o IGD-M passou por uma série de ajustes incrementais32. Sua atual formatação é descrita na Figura 17.

32

IGD-M é regulamentado pela Portaria MDS/GM nº 148, de 27 de abril de 2006 (alterada pelas Portarias MDS/GM nº 754, de 20 de outubro de 2010 e nº 319, de 29 de novembro de 2011).

Figura 17. Síntese dos cálculos para obtenção do Índice de Gestão Descentralizada utilizado no monitoramento do Programa Bolsa Família nas esferas municipais.

Fonte: Elaboração do autor a partir de Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2012)

O recurso do IGD tem como atividades prioritárias para o uso: monitoramento das famílias mais vuneráveis socialmente, busca ativa de novas famílias, estruturação dos programas complementares, acompanhamento e fiscalização do PBF entre outras.

A evolução do IGD permite evidenciar que houveram elementos que se mantiveram (Fator de operação), outros que foram acrescidos (Fator II , III, IV e incentivos) e elementos excluídos por apresentarem limitações de consistência ou aplicabilidade prática como o Índice de Desenvolvimento da Família (IDF)33 que se encontra inativo na atualidade.

Até 2010 os recursos eram repassados apenas na esfera municipal. Após a consolidação da Portaria 256/2010, o MDS estabeleceu critérios e procedimentos para transferência de recursos financeiros também aos Estados por meio do IGD-E. O objetivo é dotá-los de condições materiais adequadas para as atividades de apoio à gestão do PBF dos municípios inscritos no seu território.

33

O IDF foi um indicador adotado pelo PBF por poucos meses, que pretendia, além do desempenho da implementação do programa, mensurar variáveis de impacto sócio-econômico.

3.3.2 Índice de Gestão Descentralizada Estadual (IGD-E)

Em 2008, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) criou o Índice de Gestão Descentralizada Estadual (IGD-E) como forma de envolver os Estados no gerenciamento do PBF. Concebido como uma estratégia de apoio à gestão descentralizada do Programa Bolsa Família (PBF), o IGD-E, tal como o IGD-M, é um indicador que mede o desempenho da gestão do Programa, considerando principalmente a qualidade do Cadastro Único (validade e atualização dos cadastros) e do acompanhamento das condicionalidades de saúde e de educação nos estados. Compreende-se que o desempenho do IGD-E deve-se em parte às capacidades estatais dos governos locais na implementação do programa.

O IGD-E trata da institucionalização da participação dos Estados no PBF que se dava apenas de forma pouco efetiva até antes de sua criação, subutilizando uma estrutura para a descentralização do programa que é a gestão estadual. Desde 2004, pelo Decreto nº 5.209 de 17 de setembro de 2004, é prevista a participação desse ente federativo no programa, porém não havia recursos específicos para essa gestão, existindo apenas como uma atribuição inerente das Secretarias de Assistência Social que priorizam ações de gerenciamento local.

O cálculo do IGD-E assemelha se ao cálculo do IGD-M. Tal qual a versão do indicador para os municípios, o IGD-E é resultante de uma multiplicação de fatores (no IGD-M são 4 e no IGD-E são 5), sendo o principal o Fator I. As principais informações dá formula do IGD-E são descritas a seguir.

IGD-E = Fator 1 x Fator 2 x Fator 3 x Fator 4 x Fator 5

Recurso a ser transferido = IGD-E x 80% do teto mensal + incentivos

O Fator I, também denominado Fator de Operação, segue a mesma lógica do IGD-M. Trata-se da média aritmética das taxas dos quatro processos básicos do programa. A principal diferença consiste em considerar como universo o montante dos municípios, de um Estado. As taxas são a TCQC - Taxa de Cobertura Qualificada de Cadastros, TAC - Taxa de Atualização Cadastral, TAFE - Taxa de Acompanhamento da Frequência Escolar, TAAS - Taxa de Acompanhamento da Agenda de Saúde. Os demais fatores, assim como no IGD-M, também representam uma variável binária (0

para não cumpriu e 1 para cumpriu), mas possuem significados diferentes do IGD-M conforme mostra o Quadro 18.

Quadro 18. Principais componentes da formula do IGD-E.

COMPONETES DA FORMULA DO IGD-E

Formula: IGDE = Fator 1 x Fator 2 x Fator 3 x Fator 4 x Fator 5

FATOR DESCRIÇÃO