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7.3 Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

(a) Características do processo de produção

As coleções são criadas com base em pesquisas e análises de tendências em diferentes fontes nos mercados internacionais e nacionais feitas por equipes de estilistas. Os inputs são avaliados pela equipe e discutidos com a diretora de estilo, gerentes comerciais e de produtos, diretoria comercial e presidência, de forma a se determinar quais serão os alicerces de cada coleção para o desenvolvimento de peças. As equipes de estilistas reportam-se às Diretorias de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos, Diretoria de Produto, Diretoria Comercial e Supply Chain, com o objetivo de alinharem-se com as políticas de estilo e comercial da Companhia.

A Companhia conta com equipes próprias de estilo divididas por marca e linha de produtos. Cada equipe inclui desenvolvimento, engenharia de produto, modelagem, coordenação de produção e controle de qualidade.

Parte da confecção de produtos da Companhia é feita em 4 unidades industriais próprias, sendo o restante dos produtos produzidos por terceiros no Brasil ou exterior. Em todos os casos, cada peça é confeccionada a partir de um modelo piloto aprovado pela Companhia para produção com base no projeto criado pelas equipes de estilo. No caso do tecido o mesmo é adquirido de fornecedores no Brasil e no exterior, sendo que o processo de seleção e escolha dos itens a serem lançados, das cores e padronagens é desenvolvida em conjunto com o fornecedor e a equipe de estilo, área comercial e diretoria da Companhia. A qualidade e a cor de todo o tecido adquirido são testadas. Após o desenho das peças, inicia-se o processo de pilotagem, no qual o fornecedor ou unidade industrial própria cria uma primeira peça dentro das especificações e, a partir daí, realizam-se ajustes até que a peça modelo reproduza fielmente os conceitos criados pelos estilistas. A peça é, então, lacrada e enviada para produção.

O processo de produção se inicia com a inspeção do tecido que será utilizado para a respectiva peça, passando na sequência para o corte, que é feito por meio de um processo altamente mecanizado, respeitando as medidas definidas na peça piloto. Em seguida as partes cortadas são encaminhadas para a costura, que é realizada por uma mão-de-obra treinada e especializada em determinadas partes do processo. Após a sua confecção, as peças passam por checagem da quantidade recebida e por um processo de controle de qualidade por amostragem, sendo embaladas e enviadas para o centro de distribuição.

Tendo em vista que nosso processo de produção não é totalmente mecanizado, entendemos que a falta de mão-de-obra qualificada poderia causar a paralização da produção.

O diagrama abaixo ilustra todo o processo produtivo, desde o desenho da coleção até a chegada das peças na loja:

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(b) características do processo de distribuição

A Companhia possui dois centros de distribuição, localizados em São Paulo, Estado de São Paulo e Aparecida de Goiânia no Estado de Goiás. O centro de distribuição localizado em São Paulo, atende a todas as lojas próprias e multimarcas que comercializam as marcas “Le Lis Blanc”, “Bo.Bô”, “John, John” e “Rosa Chá”, além dos clientes do canal e-commerce e Outlets. Nesse centro de distribuição, as mercadorias são recebidas, submetidas ao controle de qualidade, acondicionadas, alocadas de forma automatizada às lojas, devidamente etiquetadas e com código de barra, prontas para a venda aos clientes. As marcas “Dudalina”, “Individual” e “Base” são distribuídas a partir do centro de distribuição localizado em Aparecida de Goiânia, que também atende os clientes do canal e-commerce e as franquias.

A Companhia possui 104 representantes comerciais que atendem parte das lojas multimarcas em todo o território nacional que são nossas clientes, sendo que as vendas são encaminhadas da mesma forma como a Companhia encaminha para suas lojas próprias.

Abaixo apresentamos uma tabela que demonstra a evolução das lojas próprias da Companhia nos 3 últimos exercícios sociais e no período de 9 meses findo em 30 de setembro de 2017:

Período de 9 meses findo em

30 de setembro de Exercício social encerrado em 31 de dezembro de

(Em quantidade) 2017 2016 2015 2014

Número de Lojas Próprias 293 327 328 304

Le Lis Blanc + Noir 99 111 114 111

Bo.Bô 37 42 42 42

John John 54 62 63 60

Rosa Chá 22 31 30 17

Dudalina 81(1) 81(2) 79(3) 74(4)

Outlets 35 22 22 15

(1) Inclui, além das lojas da marca Dudalina, 2 lojas da marca Individual.

(2) Inclui, além das lojas da marca Dudalina, 3 lojas da marca Individual.

(3) Inclui, além das lojas da marca Dudalina, 3 lojas da marca Individual.

(4) Inclui, além das lojas da marca Dudalina, 4 lojas da marca Individual.

A distribuição dos produtos é feita principalmente por modo de transporte rodoviário, utilizando um mix

de frota de veículos próprios e terceirizados, variando em função da região, tipo de loja e outros fatores. A Companhia não depende de nenhuma transportadora específica e tem facilidade na substituição de qualquer uma delas. A Companhia acredita possuir uma estrutura de distribuição rápida e eficiente. (c) características do mercado de atuação

Terceiro Internacional; 22,9% Terceiro Nacional; 53,5% Produção própria; 23,6% % de origem do faturamento 2016 PÁGINA: 75 de 278

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Segundo o relatório “Apparel and FootWear in Brazil” da Euromonitor, publicado em março de 2017, houve um aumento nas compras em lojas locais com o conceito de fast fashion.

Outras tendências também destacadas são o aumento de gastos com consumo online, acompanhando o ganho de maturidade do ambiente de compra online, e o forte apelo do brasileiro para consumo de itens premium e ligados a aparência / beleza.

O Mercado Brasileiro

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de R$6,3 trilhões em 2016 (IBGE), apresentando um crescimento da renda per capita de 4,7% entre 2013 e 2016 (IBGE) e figurando como o 9º maior do mundo.

Não obstante, o Brasil é um país com grandes disparidades socioeconômicas, sendo que classes com maior poder aquisitivo conseguem superar em diversas vezes o consumo de seguimentos menos abastados. Acreditamos que o mercado da companhia possui grande potencial de expansão conforme as disparidades econômicas são reduzidas e a população ascende socialmente, dando vazão a demanda reprimida de vestuário. Segundo dados do IBGE de 2011, o consumo de vestuário e calçados é um dos mais ampliados quando o indivíduo aumenta seu nível de renda. Segue explicação dos dados no gráfico a seguir:

Fonte: IBGE (Novembro de 2011).

O Setor de Varejo de Vestuário no Brasil

O setor varejista de vestuário no Brasil é um dos mais relevantes da economia brasileira. Segundo dados do IBGE, este segmento atingiu um volume de vendas de R$ 102,6 bilhões em 2016,sendo R$ 10,1 bilhões para a classe A (principais cidades com R$ 6,2 bilhões, grandes cidades com R$ 0,9 bilhões, cidades médias com R$ 1,1 bilhões e pequenas cidades com R$ 1,9 bilhões), R$ 21,0 bilhões para a classe B1 (principais cidades com R$ 8,6 bilhões, grandes cidades com R$ 2,1 bilhões, cidades médias com R$ 2,7 bilhões e pequenas cidades com R$ 7,7 bilhões), R$ 23,1 bilhões para a classe B2, R$ 21,6 bilhões para a classe C1, R$ 15,4 bilhões para a classe C2 e R$ 11,3 bilhões para as classes D/E. Entre 2011 e 2016, o mercado de vestuário no Brasil apresentou crescimento de 2,3% ao ano.

O crescimento da receita nominal de vendas no comércio varejista de vestuário também pode ser notado pela expansão do número de shopping centers no Brasil, principal localização de nossas lojas. Conforme dados divulgados pela Abrasce (Associação brasileira de shopping centers), o número de empreendimentos passou de 351 para 558 de 2006 a 2017, representando um aumento de 59%, enquanto o faturamento do setor de shopping centers cresceu 216% no mesmo período, passando de R$50 bilhões para R$158 bilhões.

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