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Inibidores da enzima de conversão da angiotensina

No documento Prontuário Terapêutico (páginas 111-123)

3.4.2. Modificadores do eixo renina-angiotensina

3.4.2.1. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina

3.4.2.2. Bloqueadores dos receptores

da angiotensina II 3.4.3. Bloqueadores da entrada do cálcio 3.4.4. Depressores da actividade adrenér-

gica

3.4.4.1. Bloqueadores beta 3.4.4.2. Agonistas alfa 2 centrais 3.4.4.3. Selectivos dos receptores

imidazolínicos 3.4.5. Vasodilatadores directos 3.4.6. Outros 3.5. Vasodilatadores 3.6. Venotrópicos 3.7. Antihiperlipidémicos

114 Capítulo 3 | 3.1. Cardiotónicos

administração de cálcio em situações de into- xicação digitálica. Pode haver necessidade de utilização de fenitoína ou de bloqueadores beta (no tratamento das extrassístoles e taqui- cardias), da lidocaína (em situações de taqui- cardia ventricular), da atropina (na ocorrên- cia de bloqueios auriculoventriculares). É também de grande interesse o recurso aos Fab (fragmentos anti-binding).

Contra-indicações e precauções: A digoxina está

contraindicada no síndroma de Wolff-Parkin- son-White, na taquicardia ventricular, nos bloqueios auriculoventriculares de 2º e 3º grau, na cardiomiopatia hipertrófica obstru- tiva e ainda em situações de hipercalcemia e hipocaliemia significativas.

Interacções: Várias substâncias podem modifi-

car as concentrações plasmáticas dos digitáli- cos, quando administradas concomitante- mente. Este aspecto pode ter sérias implica- ções, atendendo à pequena margem de segu- rança destes fármacos. Merecem particular referência as interacções com o verapamil, dil- tiazem, quinidina, propafenona e amioda- rona, que podem provocar uma diminuição acentuada da excreção renal da digoxina. Aqueles fármacos, à semelhança de outros com potencial bradicardizante, tais como dil- tiazem e bloqueadores beta, obrigam a uma redução cautelar de dose. Pode ocorrer tam- bém um aumento de reacções adversas, quando em simultâneo são utilizados fárma- cos depletores de potássio e de magnésio (diu- réticos).

Outras substâncias podem agravar as pertur- bações de ritmo induzidas pelos digitálicos. São exemplos os antidepressores tricíclicos, as substâncias simpaticomiméticas e os antiarrít- micos.

Fármacos como os antiácidos e a metoclopra- mida podem interactuar com a digoxina, diminuindo a sua absorção.

Não há diferenças significativas entre digito- xina e digoxina, a não ser em termos farma- cocinéticos. De facto, a digitoxina sofre excre- ção fundamentalmente hepática; a excreção da digoxina é principalmente renal.

Posologia: [Dose de digitalização] – Via oral:

0,75-1,25 mg. Via e.v.: 0,5-1 mg.

[Dose de manutenção] – Via oral: 0,125-0,5 mg As doses referidas aplicam-se a indivíduos adultos. Na criança, a dose deve ser ajustada em função da idade e da superfície corporal. Na insuficiência renal, a dose deve ser redu- zida em função da clearance da creatinina.

DIGOXINA

Upsifarma; comprimidos; 0,25; 60; 440$00 (7$30); 70%.

3.1. Cardiotónicos

Por cardiotónicos designam-se as substâncias com efeito inotrópico positivo. Consideram-se três subgrupos: aminas simpaticomiméticas (dopamina, dobutamina e ibopamina); inibido- res da fosfodiesterase (milrinona) e os digitáli- cos. Dos simpaticomiméticos com utilização por via oral, referimos apenas a ibopamina, dado o facto de a dopamina e a dobutamina apenas serem utilizadas por via intravenosa, em meio hospitalar e exigindo monitorização contínua. Dos inibidores da fosfodiesterase referidos, ape- nas a milrinona pode ser utilizada por via oral. Apesar de produzir menos reacções adversas que a amrinona, ainda assim estas reacções consti- tuem um obstáculo à sua utilização, na medida em que parecem superar a sua eventual eficácia. Quanto aos digitálicos, é de realçar que para além do seu efeito inotrópico positivo reduzem a taquiarritimia supraventricular associada à insu- fuciência cardíaca, melhorando a capacidade dinâmica do coração. A digoxina e a metildigo- xina são actualmente os digitálicos mais comum- mente utilizados.

DIGOXINA

Indicações: Insuficiência cardíaca, fibrilhação e

flutter auriculares.

Reacções adversas: Náuseas, vómitos, anorexia

e diarreia. Esses dois últimos efeitos são sinto- mas precoces num contexto de intoxicação digitálica.

Nevralgias, cefaleias, tonturas, sonolência, desorientação e alucinações.

Ginecomastia e diminuição da síntese de gonadotrofinas.

Diplopia, escotomas, discromatopsia (suges- tiva de intoxicação).

Bradicardia sinusal, bloqueios auriculoventri- culares, extrassístoles supraventriculares e ventriculares (muitas vezes em bigeminismo). As extrassístoles ventriculares multifocais são muitas vezes precursoras de formas mais gra- ves de arritmias (ex: taquicardia ventricular). O bloqueio auriculoventricular pode ser de 1º, 2º e 3º grau, implicando, por vezes, nestas duas últimas situações, o recurso à utilização de pacemaker provisório.

A intoxicação digitálica é uma situação de risco, tanto maior quanto mais comprometido estiver o equilíbrio hidroelectrolítico. Importa pois, corrigir a desidratação e a hipocaliemia que eventualmente ocorram. Deve evitar-se o recurso a aminas simpaticomiméticas e a

LANOXIN MD GlaxoWellcome; comprimidos; 0,125; 20; 155$00 (7$80); 70%. LANOXIN MD GlaxoWellcome; comprimidos; 0,125; 60; 400$00 (6$70); 70%. LANOXIN GlaxoWellcome; comprimidos; 0,25; 60; 448$00 (7$50); 70%. • ■IBOPAMINA

Indicações: Insuficiência cardíaca.

Reacções adversas: Epigastralgias, pirose, náu-

seas. Palpitações.

Contra-indicações e precauções: A ibopamina

está contraindicada em doentes com hiperten- são arterial grave e feocromocintoma. A sua utilização deve ser feita com muita pre- caução em doentes com doença coronária e nos que tenham antecedentes de arritmias ventriculares.

O uso prolongado de ibopamina pode condi- cionar a ocorrência de arritmias graves. Tal facto implica que este fármaco seja utilizado por períodos curtos e na ausência de outras substâncias que possam modificar significati- vamente o ritmo cardíaco.

Interacções: A ibopamina é uma substância sim-

paticomimética, podendo interactuar, por isso, com diversas outros fármacos, tais como os bloqueadores beta, fenotiazinas, antide- pressores tricíclicos, simpaticomiméticos e ini- bidores da M.A.O.

Posologia: Via oral: 100 mg, três vezes por dia.

SCANDINE

Zambon; comprimidos; 100; 40;

3 499$00 (87$50); 70%. •

METILDIGOXINA V. digoxina.

A absorção por via oral da metildigoxina é superior à da digoxina.

Posologia: Via oral: [Dose de digitalização] – 0,3

a 0,6 mg/dia, durante três dias.

[Dose de manutenção] – 0,1 a 0,2 mg/dia.

LANITOP

Roche Farmacêutica; comprimidos; 0,1; 20; 234$00 (11$70); 70%.

LANITOP

Roche Farmacêutica; comprimidos; 0,1; 60; 594$00 (9$90); 70%.

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3.2. Antiarrítmicos

LANITOP

Roche Farmacêutica; sol. oral; 0,6; 10 ml; 452$00 (45$20); 70%.

LANITOP

Roche Farmacêutica; sol. injectável; 0,2; 5;

306$00 (61$20); 70%. •

Outros fármacos tais como a ubidecarrenona são apontados como cardiotónicos. Não se dis- põe porém de provas inequívocas da sua eficá- cia.

3.2. Antiarrítmicos

As perturbações do ritmo cardíaco ocorrem com uma frequência bastante elevada. E se, na maior parte dos casos, são fenómenos inofensi- vos, noutras situações porém, provocam descon- forto, aumentam a morbilidade de situações patológicas subjacentes ou coexistentes e consti- tuem uma das principais causas de morte súbita, especialmente quando se apresentam na forma de taquicardia e fibrilhação ventriculares.

As arritmias podem ser devidas a modifica- ções na frequência, na ritmicidade, na génese e na condução de impulso. A maior parte das clas- sificações sobre antiarrítmicos incide em consi- derações com base electrofisiológica. A mais conhecida é a classificação de Vaughan-Wil- liams. É mais uma classificação de acções antiar- rítmicas do que uma classificação de fármacos, uma vez que alguns destes exibem outros efeitos farmacológicos, e por isso mesmo, outras indi- cações terapêuticas. Podemos dividir os antiar- rítmicos em quatro grandes grupos:

Grupo I: Bloqueadores dos canais de sódio. A. Quinidina, disopiramida, cloro-

procainamida. B. Lidocaína, fenitoína. C. Flecaínida, propafenona. Grupo II: Bloqueadores beta.

Grupo III: Fármacos que prolongam a repola- rização – - amiodarona.

Grupo IV: Bloqueadores dos canais de cálcio – diltiazem, galopamil, verapamil. Convém salientar desde já duas importantes características comuns aos antiarrítmicos:

– Efeito pró-arrítmico potencial.

– Possibilidade de interacção com outros fár- macos, especialmente com os da mesma classe. Tal facto pode acarretar aumento sig- nificativo dos efeitos laterais.

AMIODARONA

Indicações: Fibrilhação e flutter auriculares;

taquicardia supraventricular; síndroma de Wolff-Parkinson-White; prevenção da recor- rência da taquicardia ventricular.

Reacções adversas: Infiltrados e fibrose pulmo-

nares (por vezes de extrema gravidade). Hipotiroidismo; hipertiroidismo.

Depósitos na córnea; fotofobia; turvação da visão.

Náuseas, anorexia, obstipação. Ataxia, tremor, neuropatia periférica. Bloqueios auriculoventriculares e intraventri- culares; efeito inotrópico negativo.

Com a via intravenosa pode ocorrer sudorese profusa.

Contra-indicações e precauções: Bloqueios auri-

culoventricular e sinoauricular. Bradicardia sinusal.

Hipotensão arterial marcada. Insuficiência cardíaca grave.

Dado o facto da amiodarona ter uma semi- vida plasmática longa, que condiciona persis- tência no organismo de 9 a 44 dias com dose única e de 25 a 107 dias em tratamento cró- nico, existe o risco de excessivas concentra- ções plasmáticas e tecidulares com o inerente potencial tóxico. Tal facto obriga a ajusta- mentos terapêuticos regulares.

Interacções: a) Com aumento dos efeitos da

amiodarona: Cimetidina, propafenona, outros antiarrítmicos.

b) Com redução dos efeitos da amiodarona:

Colestiramina.

c) Com aumento dos efeitos de fármacos usa-

dos concomitantemente: Ciclosporina, digo- xina, fenitoína, teofilina, varfarina.

Posologia: Via oral: [dose inicial] – 200 mg, 3

vezes/dia (cerca de uma semana).

[dose de manutenção] – 200 mg 1 vez/dia.

Via intravenosa: 300 mg em infusão, numa solução glicosada de 250 ml durante 20 minu- tos a 2 horas, após o que se segue uma infu- são de 450 a 900 mg (média 600 mg) em 500 ml de soro glicosado durante 24 horas. Em caso de injecção intravenosa directa (que deve ser lenta), a dose não deverá ultrapassar 5 mg/kg.

CORDARONE

Sanofi Winthrop; comprimidos; 200; 10; 672$00 (67$20); 70%.

CORDARONE

Sanofi Winthrop; comprimidos; 200; 60; 2 668$00 (44$50); 70%.

CORDARONE

Sanofi Winthrop; sol. injectável; 150; 6; 1 018$00 (169$70); 70%.

MIODRONE

Alter; comprimidos; 200; 60;

2 614$00 (43$60); 70%. •

CLOROPROCAINAMIDA

Indicações: Fibrilhação auricular, flutter auricu-

lar e taquicardia de reentrada num contexto de síndroma de Wolff-Parkinson-White.

Reacções adversas: Hipotensão arterial.

Náuseas e vómitos.

Síndroma depressivo, alucinações. Agranulocitose.

Quadro clínico laboratorial semelhante ao lúpus eritematoso (especialmente nos acetila- dores lentos).

Contra-indicações e precauções: Bloqueios auri-

culoventriculares e intraventriculares; sín- droma do QT longo.

Hipocaliemia. Lúpus eritematoso.

Interacções: A ranitidina e a cimetidina reduzem

a sua eliminação

Posologia: Via oral: 250 a 500 mg de 4 em 4

horas.

Via intravenosa: 4 mg/minuto em infusão durante 2 horas; depois, 2 mg/minuto durante 24 horas.

ISORITMON

Lab. Basi; comp. revestidos; 150; 30;

340$00 (11$30); 70%. •

DILTIAZEM

Indicações: Taquiarritmia supraventricular.

Hipertensão arterial. Angina de peito.

Estas duas últimas indicações são as princi- pais, mormente em doentes que concomitan- temente tenham hipertensão pulmonar, clau- dicação inermitente, síndroma de Raynaud.

Reacções adversas: Bloqueios sinoauricular e

auriculoventricular. Urticária, edemas maleolares. Cefaleias, vertigens. Perturbações digestivas.

Contra-indicações e precauções: Bloqueios auri-

culoventricular e sinoauricular. Insuficiência cardíaca descompensada.

Interacções: Bloqueadores beta e outros antiar-

rítmicos.

Posologia: Via oral: 120 a 360 mg/dia. Existem

preparações de acção retardada.

BALCOR RETARD

Farmoquímica Baldacci; cáps. acção prolon- gada; 90; 60;

2067$00 (34$40); 70%.

BALCOR RETARD

Farmoquímica Baldacci; cáps. acção prolon- gada; 120; 60;

3 209$00 (53$50); 70%.

BALCOR RETARD

Farmoquímica Baldacci; cáps. acção prolon- gada; 180; 60;

5 068$00 (84$50); 70%.

CAL-ANTAGON

Lab. Farmacore; comp. acção prolongada 180; 60; 8 005$00 (133$40); 70%. DILFAR Fournier; comprimidos; 60; 10; 770$00 (77$00); 70%. DILFAR Fournier; comprimidos; 60; 60; 3 037$00 (50$60); 70%. DILFAR 180 Fournier; comprimidos; 180; 56; 7 589$00 (135$50); 70%. DILTIANGINA

Tecnimede; comp. acção prolongada 180; 60;

8 005$00 (133$40); 70%.

DILTIAZEM MERCK

Merck Genéricos; cáps. acção prolongada; 120; 20;

1 384$00 (69$20); 70%.

DILTIAZEM MERCK

Merck Genéricos; cáps. acção prolongada; 120; 60;

3 219$00 (53$60); 70%.

DILTIAZEM MERCK

Merck Genéricos; cáps. acção prolongada; 180; 60;

5 081$00 (84$70); 70%.

DILTIAZEM MERCK

Merck Genéricos; comprimidos; 60; 10; 410$00 (41$00); 70%.

DILTIAZEM MERCK

Merck Genéricos; comprimidos; 60; 30; 1 043$00 (34$80); 70%.

DILTIAZEM MERCK

Merck Genéricos; comp. acção prolongada; 90; 60;

2 069$00 (34$50); 70%.

DILTIEM

Synthelabo Medicor; cápsulas; 120; 60; 5 814$00 (96$90); 70%.

DILTIEM

Synthelabo Medicor; cápsulas; 180; 60; 8 694$00 (144$90); 70%.

DILTIEM

Synthelabo Medicor; comprimidos; 60; 60; 1 814$00 (30$20); 70%.

DILTIEM DUO

Synthelabo Medicor; cáps. acção prolongada; 120 e 180; 60;

6 069$00 (101$10); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 240; 20;

1 813$00 (90$60); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 240; 60;

4 625$00 (77$10); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 90; 20;

1 113$00 (55$60); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 90; 60;

2 835$00 (47$20); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 120; 20;

1 425$00 (71$20); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 120; 60;

3 249$00 (54$20); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 180; 20;

2 021$00 (101$00); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 180; 60;

5 155$00 (85$90); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 300; 20;

2 465$00 (123$20); 70%.

ETIZEM

Lab. Ethypharm; cáps. acção prolongada; 300; 60;

6 286$00 (104$80); 70%.

HERBESSER

Lab. Delta; comprimidos; 60; 60; 3 042$00 (50$70); 70%.

HERBESSER

Lab. Delta; comprimidos; 60; 20; 1 231$00 (61$60); 70%.

HERBESSER

Lab. Delta; comp. acção prolongada; 90; 60;

3 345$00 (55$80); 70%. •

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HERBESSER SR

Lab. Delta; cáps. acção prolongada; 120; 20; 1 475$00 (73$80); 70%.

HERBESSER SR

Lab. Delta; cáps. acção prolongada; 120; 60; 3 833$00 (63$90); 70%.

HERBESSER SR

Lab. Delta; cáps. acção prolongada; 180; 20; 2 452$00 (122$60); 70%.

HERBESSER SR

Lab. Delta; cáps. acção prolongada; 180; 60; 6 254$00 (104$20); 70%.

HERBESSER SR

Lab. Delta; cáps. acção prolongada; 240; 20; 2 845$00 (142$20); 70%.

HERBESSER SR

Lab. Delta; cáps. acção prolongada; 240; 60; 6 490$00 (108$20); 70%.

PENTILZENO

Farmoz; comp. acção prolongada; 180; 60; 8 005$00 (133$40); 70%.

TIADIL

Lab. Basi; comprimidos; 60; 20; 1 023$00 (51$20); 70%.

TIADIL

Lab. Basi; comprimidos; 60; 60;

2 345$00 (39$10); 70%. •

DISOPIRAMIDA

Indicações: Profilaxia das taquicardias paroxís-

ticas supraventriculares e da recorrência da fibrilhação e flutter auriculares após cardio- versão.

Reacções adversas: Epigastralgias, secura de

boca, obstipação.

Diplopia, perturbações da acomodação. Agravamento da insuficiência cardíaca; tor-

sade de pointe.

Disúria e retenção urinária.

Contra-indicações e precauções: Bloqueios auri-

culoventriculares e bibloqueios. Insuficiência cardíaca descompensada. Glaucoma.

Hipertrofia prostática.

Interacções: Outros antiarrítmicos. Posologia: Via oral: 250 mg, 2 vezes/dia.

RITMODAN

Lab. Roussel; cápsulas; 100; 40; 1 120$00 (28$00); 70%.

RITMODAN

Lab. Roussel; cápsulas; 100; 20; 659$00 (33$00); 70%.

RITMODAN

Lab. Roussel; comp. acção prolongada; 250; 30;

2 127$00 (70$90); 70%. •

FLECAINIDA

Indicações: Síndroma de Wolff-Parkinson-White;

taquicardia ventricular.

Reacções adversas: Náuseas, vómitos.

Diplopia, turvação da visão, tonturas. Agravamento de insuficiência cardíaca, arrit- mias.

Contra-indicações e precauções: Bloqueios auri-

culoventriculares e bloqueios de ramo. Arritmias ventriculares no período imediato pós- enfarte.

Interacções: As concentrações plasmáticas da fle-

caínida aumentam quando a amiodarona é usada concomitantemente; ficam reduzidas com a cimetidina.

A flecaínida aumenta as concentrações plas- máticas da digoxina e do propranolol.

Posologia: Via oral: 100 mg, duas vezes/dia

(máximo 200 mg, duas vezes/dia).

Via intravenosa: 2 mg/kg de peso, no máximo de 150 mg e num período de tempo mínimo de 10 minutos. Na infusão, 150 mg de flecaí- nida em soro à velocidade de 1,5 mg/Kg por hora na 1ª hora e 0,25 mg/Kg por hora nas horas subsequentes.

APOCARD

Antº Pacheco Agostinho; comprimidos; 100; 20;

2 272$00 (113$60); 0%. •

GALOPAMIL

Indicações: Taquicardia paroxistica supraventri-

cular.

Fibrilhação e flutter auriculares. Angina de peito

Hipertensão arterial.

Reacções adversas: Náuseas, vómitos, obstipação.

Vertigens, obnubilação, cefaleias.

Rubor facial, edemas maleolares, reacções alérgicas.

Mialgias, artralgias, ginecomastia, hiperplasia gengival.

Aumento das transaminases.

Contra-indicações e precauções: Enfarte agudo

do miocárdio. Choque cardiogénico.

Interacções: Potenciação de efeitos quando uti-

lizado concomitantemente com fármacos depressores da condução auriculoventricular.

Posologia: Via oral: 50 mg, duas ou três vezes/

/dia.

CORAPAMIL

Lab. Azevedos; comp. revestidos; 50; 60;

2 828$00 (47$10); 70%. •

PROPAFENONA

Indicações: Taquicardia supraventricular. Sín-

droma de Wolff-Parkinson-White.

Reacções adversas: Náuseas, vómitos, alterações

do paladar.

Agravamento de insuficiência cardíaca , acti- vidade pró-arrítmica.

Rubor facial, prurido, tonturas, tremor, tur- vação visual.

Contra-indicações e precauções: Síndroma de Q

T longo, insuficiência cardíaca descompen- sada, bloqueios auriculoventriculares de 2º e 3º graus e bloqueios intraventriculares.

Interacções: A cimetidina aumenta as concentra-

ções e as respectivas acções farmacológicas da propafenona.

A propafenona aumenta as concentrações séricas e os consequentes efeitos dos bloquea- dores beta, da digoxina e da varfarina. Outros antiarritmicos.

Posologia: Via oral: 450 a 600 mg/dia.

O controlo electrocardiográfico pode ser importante.O prolongamento do tempo QT ou do espaço QRS obriga à suspensão do fár- maco ou pelo menos a redução de dose.

RYTMONORM

Knoll Lusitana; comprimidos; 300; 60; 5 096$00 (84$90); 70%.

RYTMONORM

Knoll Lusitana; comprimidos; 150; 20; 1 195$00 (59$80); 70%.

RYTMONORM

Knoll Lusitana; comprimidos; 150; 60;

2 944$00 (49$10); 70%. •

VERAPAMIL

Indicações: Taquicardia paroxistica supraventri-

cular.

Fibrilhação e flutter auriculares. Angina de peito

Hipertensão arterial.

Reacções adversas: Náuseas, vómitos, obstipa-

ção.

Vertigens, obnubilação, cefaleias.

Rubor facial, edemas maleolares, reacções alérgicas.

Mialgias, artralgias, ginecomastia, hiperplasia gengival.

Aumento das transaminases.

Contra-indicações e precauções: Enfarte agudo

do miocárdio. Choque cardiogénico.

Interacções: Potencia os efeitos da carbamaze-

pina, ciclosporina, teofilina, digoxina, lítio.

Os seus efeitos são reduzidos pelo fenobarbi- tal, fenitoína e rifampicina.

Posologia: Via oral: Adulto: 120-480 mg/dia (em

fracções).

Crianças com menos de 5 anos: 40-60 mg/dia (em fracções).

Crianças com mais de 5 anos: 80-240 mg/dia (em fracções).

Via intravenosa: Adulto: 5 mg, lentamente (no mínimo 2 minutos) ou em infusão numa solu- ção glicosada (ou em soro fisiológico), à velo- cidade de 5 a 10 mg/hora num total médio de 100 mg/dia.

Crianças com menos de 1 ano: 0,75-1 mg (lentamente).

Crianças de 1 a 5 anos: 2-3 mg (lentamente). Crianças com mais de 5 anos: 2,5-5 mg (len- tamente).

ISOPTIN-40

Knoll Lusitana; comp. revestidos; 40; 20; 386$00 (19$30); 70%.

ISOPTIN-40

Knoll Lusitana; comp. revestidos; 40; 60; 942$00 (15$70); 70%.

ISOPTIN-120

Knoll Lusitana; comprimidos; 120; 50; 1 844$00 (36$90); 70%.

ISOPTIN-80

Knoll Lusitana; comprimidos; 80; 50; 1 166$00 (23$30); 70%.

ISOPTIN HTA

Knoll Lusitana; comp. revestidos; 240; 30; 2 636$00 (87$90); 70%.

ISOPTIN RETARD

Knoll Lusitana; comp. acção prolongada; 120; 30; 1 103$00 (36$80); 70%.

ISOPTIN

Knoll Lusitana; sol. injectável; 5; 6; 461$00 (76$80); 70%. VERAPAMIL-RATIOPHARM Ratiopharma; comprimidos; 40; 20; 237$00 (11$80); 70%. VERAPAMIL-RATIOPHARM Ratiopharma; comprimidos; 40; 60; 604$00 (10$10); 70%. VERAPAMIL-RATIOPHARM Ratiopharma; comprimidos; 80; 20; 430$00 (21$50); 70%. VERAPAMIL-RATIOPHARM Ratiopharma; comprimidos; 80; 60; 1 063$00 (17$70); 70%. VERAPAMIL-RATIOPHARM Ratiopharma; comprimidos; 120; 20; 605$00 (30$20); 70%. VERAPAMIL-RATIOPHARM Ratiopharma; comprimidos; 120; 60; 1 386$00 (23$10); 70%. • 119 3.2. Antiarrítmicos

120 Capítulo 3 | 3.4. Antihipertensores

3.3. Vasopressores

Os vasopressores são substâncias com inte- resse no tratamento do choque e da hipotensão arterial sintomática. É bem sabido que nas situa- ções de choque a restauração dos valores da pressão arterial é crucial para uma adequada perfusão sanguínea dos órgãos vitais, particular- mente do coração, cérebro e rins. É evidente que o tratamento do choque e da hipotensão sinto- mática depende da situação subjacente: hemor- ragia e outros quadros hipovolémicos, hipona- tremia, insuficiência suprarrenal, tamponamento cardíaco, estenose aórtica, enfarte do miocárdio, certas intoxicações agudas, infecções. Nas situa- ções graves em que é imprescindível o recurso a vasopressores, tal opção deve ser firme, precoce e selectiva nos objectivos. As doses a prescrever devem ser as mais adequadas à situação, o que implica monitorização e ajustamentos posológi- cos por vezes frequentes.

Alguns vasopressores são utilizados por via parentérica em infusão. São disto exemplo a dopamina e a dobutamina, que implicam moni- torização dos parâmetros vitais e uma utilização de doses variáveis em função do quadro clínico. Outros, como por exemplo a etilefrina, podem ser utilizados por via oral, em certos casos de hipotensão sintomática.

ETILEFRINA

Indicações: Hipotensão arterial sintomática. Reacções adversas: Taquicardia, tremores, suda-

ção, ansiedade, angústia, insónias, palpita- ções, precordialgia e subida da tensão arterial para valores indesejáveis.

Contra-indicações e precauções: Doença coro-

nária, hipertiroidismo, hipertensão arterial, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, ta- quiarritmias, glaucoma, hipertrofia prostática com retenção urinária, feocromocitoma.

Interacções: Pode haver potenciação de efeito, se

a etilefrina for ministrada simultaneamente com outras substâncias simpaticomiméticas, antidepressores tricíclicos, mineralocorticódes.

Posologia: Via oral: 15 a 30 mg/dia (ministração

fraccionada).

Existem preparações de absorção lenta.

EFFORTIL PERLONGUETS

Unilfarma; cáps. acção prolongada; 25; 20; 557$00 (27$80); 40%.

EFFORTIL

Unilfarma; sol. oral; 7,5; 30 ml;

437$00 (14$60); 40%. •

MIDODRINE

Indicações: Hipotensão arterial sintomática. Reacções adversas: Taquicardia, tremores, suda-

ção, ansiedade, angústia, insónias, palpita- ções, precordialgia e subida da tensão arterial para valores indesejáveis.

Contra-indicações e precauções: Doença coroná-

ria, hipertiroidismo, hipertensão arterial, car- diomiopatia obstrutiva hipertrófica, taquiarrit- mias, glaucoma, hipertrofia prostática com retenção urinária, feocromocitoma.

Interacções: Pode haver potenciação de efeito, se

a midodrine for administrada simultaneamente com outras substâncias simpaticomiméticas, antidepressores tricíclicos, mineralocorticódes. Em casos de administração concomitante com digitálicos pode observar-se bradicardia.

Posologia: Via oral: 2,5 mg/dia.

GUTRON

Lab. LAB; comprimidos; 2,5; 20; 582$00 (29$10); 40%.

GUTRON

Lab. LAB; comprimidos; 2,5; 60; 1 375$00 (22$90); 40%.

GUTRON

Lab. LAB; sol. oral; 10; 10 ml;

600$00 (60$00); 40%. •

3.4. Antihipertensores

É sabido que a hipertensão arterial constitui um dos principais factores de risco de doença coronária, de insuficiência cardíaca, dos aciden- tes vasculares cerebrais e da nefroangiosclerose. Daí que os antihipertensores representem um importante grupo de substâncias na prevenção da elevada morbilidade e mortalidade associa- das a estas situações.

A adopção de estilos de vida saudáveis, tais como redução de peso, baixo consumo de cloreto de sódio e de álcool e exercício físico regular cons- tituem importantes medidas na redução dos valo- res da tensão arterial. Porém, estas atitudes nem sempre são suficientes, pelo que o recurso aos antihipertensores é frequentemente necessário.

Considera-se que há hipertensão arterial quando os valores de tensão são superiores a 140 e/ou 90 mm Hg, respectivamente para a tensão sistólica e diastólica. Sistólica Diastólica Hipertensão ligeira 140-159 90-99 Hipertensão moderada 160-179 100-109 Hipertensão grave 180-209 110-119 Hipertensão m. grave > 209 > 119

Podemos considerar os antihipertensores face ao seu principal mecanismo de acção, em cinco grandes grupos: diuréticos, modificadores do eixo renina-angiotensina (inibidores da enzima de conversão da angiotensina e antagonistas dos receptores da angiotensina II), bloqueadores da entrada do cálcio, depressores da actividade adrenérgica e vasodilatadores directos. Alguns destes grupos podem ser subdivididos. 1. Diuré- ticos: tiazidas, diuréticos de ansa, poupadores de potássio. 2. Modificadores do eixo renina-angio- tensina: a) inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA): b) bloqueadores dos recep- tores da angiotensina II. 3. Bloqueadores da entrada do cálcio: derivados das benzotiazepi- nas, derivados das difenilalquilaminas, dihidro- piridinas. 4. Depressores da actividade adrenér- gica: a) bloqueadores beta; b) agonistas alfa 2 centrais; c) selectivos dos receptores imidazolíni- cos. 5. Vasodilatadores directos. 6. Outros.

Destes grupos e subgrupos, os diuréticos, os inibidores de conversão da angiotensina, os blo- queadores da entrada do cálcio e os bloqueado- res beta são considerados antihipertensores de 1ª linha.

A escolha inicial de um antihipertensor deverá obviamente recair num de 1ª linha, como por exemplo, diurético ou bloqueador beta. Se hou- ver necessidade de associar dois antihipertenso- res, a associação ainda deverá recair em dois de 1ª linha. Em caso de ser necessário juntar um ter-

No documento Prontuário Terapêutico (páginas 111-123)