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Inquérito por questionário de caraterização do perfil pessoal, profissional e de “Competências TIC”

CAPÍTULO III – PERCURSO DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

3.2 METODOLOGIA DE RECOLHA DE DADOS

3.2.4 Inquérito por questionário de caraterização do perfil pessoal, profissional e de “Competências TIC”

No início da etapa de “Implementação e monitorização do programa de formação” (fevereiro de 2010) recorreu-se, também, ao inquérito por questionário de caraterização inicial do perfil pessoal, profissional e de “Competências TIC” dos Mestrandos. O questionário foi o instrumento mais adequado para a recolha de dados, porque se pretendeu obter a mesma informação sobre todos os sujeitos envolvidos no estudo (Hill & Hill, 2000). Tal possibilitou que os Mestrandos respondessem, de acordo com as suas interpretações, às questões colocadas, o que facilitou a organização dos dados para posterior análise.

O questionário, cuja estrutura pode ser consultada no Apêndice 5, foi organizado em quatro partes e teve como objetivos gerais proceder: à caraterização pessoal e profissional do Mestrando (parte 1); à caraterização das expetativas de aprendizagem do Mestrando no âmbito do PF (parte 2); à análise das necessidades e interesses de formação dos Mestrandos ao nível da utilização das tecnologias no processo de E/A (parte 3). A parte 4 correspondeu à solicitação de autorização de identificação do Mestrando no questionário. Esta estrutura encontra-se explicitada no Quadro 17.

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Quadro 17 – Partes, objetivos gerais e específicos do questionário inicial aplicado aos Mestrandos

PARTES OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS QUESTÕES

1

1. Caraterização pessoal e profissional do Mestrando

1.1 Caraterização pessoal (idade, género, formação académica);

1.2 Caraterização profissional (formação profissional, tempo de serviço global e na respetiva escola, níveis de ensino e disciplinas lecionadas, cargos ou funções exercidas na escola, situação profissional presente).

1 a 7 2 2. Caraterização das expetativas de aprendizagem do Mestrando ao nível do programa de formação

2.1 Identificação das motivações profissionais e/ou pessoais que levaram à inscrição no Mestrado em Didática;

2.2 Identificação das aprendizagens que esperam desenvolver no âmbito das unidades curriculares de “TIC e Educação em Ciências” e “Didática das Ciências Integradas II”. 1 e 2 3 3. Análise das necessidades e interesses de formação dos Mestrandos ao nível da utilização das tecnologias no processo de E/A das Ciências

3.1 Identificação do nível de competências digitais. de 1 a 4 3.2 Identificação das competências profissionais e

pedagógicas com TIC. 5 e 6

3.3 Identificação do tipo de formação inicial e contínua

que os Mestrandos tiveram ao nível da TE. 7 e 8

4 4. Identificação do Mestrando 4.1 Identificação do Mestrando com vista a adequar o PF às suas necessidades e interesses. 9

A escrita de um questionário deve obedecer a alguns critérios, tais como: i) cada item deve ser escrito de forma clara e objetiva, com uma linguagem de fácil compreensão; ii) cada item deve ter um significado concreto; iii) deve indicar-se, de forma inequívoca, o tipo de informação que se pretende dos inquiridos, de modo a que estes não procurem pistas sobre o tipo de informação que lhes está a ser solicitada (Foddy, 1996). Assim, o questionário foi iniciado por uma caixa com informação que diz respeito aos objetivos da sua aplicação, às suas partes constituintes, aos procedimentos para responder às questões abertas e fechadas e, por fim, à confidencialidade das respostas dadas pelos Mestrandos.

As questões abertas e fechadas foram contextualizadas por uma frase para exemplificar o tipo de resposta pretendida (ex. nas questões relacionadas com as perceções dos Mestrandos sobre as suas “Competências digitais”). Para cada questão fechada foi dada a possibilidade de selecionar, individualmente, as alíneas que a constituem num gradiente impar, de forma a permitir a obtenção de resultados quantitativos (com o propósito de realizar uma análise descritiva). Todas as

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questões fechadas possuíam a alternativa “Outras”. Este aspeto permitiu que os Mestrandos incluíssem outras alternativas, para além das definidas aquando da conceção do questionário, garantindo, por sua vez, uma maior validade do próprio instrumento de recolha de dados.

O questionário foi sujeito a uma validação interna (junto dos orientadores científicos do estudo) e a uma validação externa junto de dois investigadores, um em TE e outro em DC. A aferição da validade de conteúdo do questionário foi apoiada em seis indicadores de verificação: i) tempo de preenchimento do questionário; ii) oposição na resposta a alguma questão; iii) opinião sobre a possível omissão de algum aspeto considerado importante; iv) sugestões de melhoria do questionário; v) forma, extensão e conteúdo das respostas às questões abertas existentes; e vi) compatibilidade do número de itens assinalados pelos inquiridos com a tipologia de questão (se de resposta múltipla ou única) (Hill & Hill, 2000).

A partir das respostas dos peritos externos, foi possível constatar que era necessário efetuar algumas alterações no guião do inquérito por questionário. As alterações resultaram: i) num aumento dos espaços de resposta no caso das questões abertas; e ii) na clarificação da opção de divisão em cinco itens nas respostas subjacentes às questões fechadas. Estas sugestões foram integradas na versão final do guião do questionário, disponível no Apêndice 5.

As duas primeiras partes do questionário foram aplicadas em formato de papel, e respondidas presencialmente pelos Mestrandos, na primeira sessão da UC de DCI_II (8 de fevereiro 2010). A terceira e quarta partes do questionário foram convertidas em formato online, utilizando a ferramenta GoogleDocs81, tendo sido respondido durante o mês de fevereiro de 2010.

As respostas aos questionários foram sujeitas a procedimentos de análise de conteúdo. Para além de possibilitar a caraterização do perfil pessoal, profissional e de “Competências TIC” dos Mestrandos no início da implementação do PF, este instrumento também serviu como ponto de referência para uma análise da evolução verificada ao nível de desenvolvimento de “Competências TIC” dos Mestrandos no final da formação. Os resultados serão apresentados no Capítulo V (ponto 5.3).