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Insecticidas Formulação de Líquidos (IFL) Fábrica de Insecticidas/Fungicidas

No documento Contaminação Cruzada (páginas 69-77)

Esta secção é uma das zonas destinadas ao estudo pretendido na Dissertação e, como dito anteriormente será descrita detalhadamente.

A secção de Insecticidas Formulação de Líquidos (IFL) apresenta o seguinte layout ou configuração da instalação:

Legenda:

A - Zona de Formulação de SC. B - Zona de Formulação de EC/SL. C - Zona de Depósitos de Stockagem. D - Zona de Produção de Fitanol. E - Zona de Produção de Judo.

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Esta apresenta várias zonas constituintes, dispostas de acordo com a tipologia dos vários produtos existentes, tipologias essas que serão explicadas no Capítulo 2.3 - Tipologias de Formulação Estudadas.

O layout de Insecticidas Formulação de Líquidos (IFL), onde as zonas tratadas no presente trabalho são as zonas A e B, é constituído pelos seguintes equipamentos com as respectivas capacidades para que foram projectados.

Tabela 6.2: Capacidade dos Diferentes Equipamentos da Secção Insecticidas/Fungicidas Formulação de Líquidos.

Equipamento Abreviatura Capacidade (L)

Depósito de Formulação nº 1 F1 5000 Depósito de Formulação nº 2 F2 5000 Depósito de Formulação nº 3 F3 5000 Depósito de Formulação nº 4 F4 5000 Depósito de Formulação nº 5 F5 5000 Depósito de Formulação nº 6 F6 5000 Depósito de Formulação nº 7 F7 5000 Depósito de Formulação nº 8 F8 10000

Depósito de Formulação de Flows 1 DF1 2000 Depósito de Formulação de Flows 2 DF2 2000 Depósito de Formulação de Flows 3 DF3 2000

Depósito de Formulação de Flows 4 DF4 500

Dyno Mill 1 DM1 100

Dyno Mill 2 DM2 50

Dyno Mill 3 DM3 100

Dispermix DP 1500

Pearl Mill PM 120

Banheira Acabamento de Flows 1 D1 2000

Banheira Acabamento de Flows 2 D2 2000

No Anexo 14 - Equipamentos Industriais, apresentam-se alguns equipamentos tratados neste trabalho.

49 7 Organização da Produção

Para compreensão do funcionamento da produção da Sapec Agro Portugal é necessário clarificar termos e compreender designações específicas com o intuito de facilitar a abordagem do que vai ser relatado ao longo desta Dissertação.

A unidade fabril de herbicidas e de insecticidas/fungicidas compreende as seguintes operações:

 Formulação, que compreende:  Mistura de matérias-primas;  Moagem (consoante o granel);  Acabamento.

 Embalamento.

Salienta-se que cada operação é acompanhada por um controlo analítico rigoroso realizado no LCQ existente na instalação fabril, onde cada formulado (e acabamento, se for o caso) é analisado para verificar a sua conformidade com as exigências estabelecidas, assim como os produtos já embalados.

Semanalmente é criado um documento - planeamento semanal - para cada secção das diferentes unidades fabris que dita os produtos a formular e a embalar, assim como as suas respectivas quantidades.

Os produtos formulados são constituídos por matérias-primas. Estas matérias-primas são constituídas por uma ou mais matérias activas, que conferem as características específicas de cada produto e que os diferencia consoante a sua aplicação final, e por formulantes (Capítulo 2 - Produto Fitofarmacêutico).

Os produtos formulados quando finda a sua formulação em equipamento(s) próprio(s) são designados por granéis. Estes granéis quando são finalizados seguem para a respectiva secção de embalamento. Na secção de embalamento, os produtos formulados são embalados em embalagens próprias e rotuladas devidamente, existindo embalagens de diferentes capacidades consoante o produto pretendido. Na secção de embalamento é onde ocorre a diferenciação do produto embalado, e devidamente rotulado, tendo em conta a empresa para a qual o produto de destina. Por outras palavras, um mesmo granel pode ser embalado com rótulos (nomes de produto) diferentes consoante a empresa final. Como exemplo desta situação tem-se:

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Tabela 7.1: Diferentes Produtos Embalados Respectivos a Um Mesmo Granel.

Código

Granel Granel Formulado

Código

Produto Produto Embalado

Capacidade da Embalagem 111200310009 Bentazona SL (Kaos) - granel 111100310082 KAOS 1 LT 111100310084 KAOS 5 LT 163100310084 KAOS-B 5 LT 112100310082 KAKURU 1 LT 112100310084 KAKURU 5 LT 164100310082 BENTAZONA 1 LT

A Sapec Agro Portugal tem todos produtos do Grupo Sapec organizados numa base de dados, os quais possuem um código de produto único e intransmissível que possui as características desse produto. Cada código de produto é constituído por 12 dígitos, os quais consoante a sua posição têm um significado diferente. Na tabela seguinte apresenta-se o significado de cada dígito associado ao código de cada produto.

51 Tabela 7.2: Interpretação da Codificação Atribuída a Cada Produto.

Negócio Actividade Sub-Actividade Tipo Produto Etiqueta Código Artigo Sólido/ Líquido Capacidade

X X X X XX XXX X XX

1 - Agroquímicos 1 - Portugal 1 - Sapec Agro, SA 1 – Produto Acabado 0 - Líquido

3 - Fitonutrientes 3 - África 2 - Selectis 2 - Granel 1 - Sólido

5 - Veterinária 6 - Espanha 3 – Sapec Agro, SAU 5 - Matérias-Primas 7 - Exportação 4 - Tradecorp 6 - Embalagens

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Exemplificando com a situação na Tabela 7.1 tem-se:

Código Produto Granel Formulado 111200310009 Bentazona SL (Kaos) - granel

A mesma interpretação se aplica aos produtos embalados. Em relação ao código atribuído a cada matéria-prima, o mesmo não é infalível. Por exemplo, a situação de uma matéria-prima ser líquida (0) ou sólida (1) pode variar consoante a altura do ano, onde em certas alturas é líquida e noutras é sólida.

Cada granel pode ser constituído por 1 ou mais lotes, consoante a quantidade pretendida e a capacidade do equipamento. A cada lote é atribuído um código que permite determinar em que dia, mês, ano e lote do dia em que este foi feito. Esta leitura é feita segundo a tabela seguinte.

1 1 1 2 0 0 3 1 0 0 0 9 1 - Agroquímico 1 - Portugal 1 - Sapec Agro, SA 2 - Granel 00 - Etiqueta 310 - Código Artigo 0 - Líquido Capacidade

53 Tabela 7.3: Código Atribuído aos Lotes.

Letra Atribuir Dia Mês Ano

A 1 Janeiro 94 B 2 Fevereiro 95 C 3 Março 96 D 4 Abril 97 E 5 Maio 98 F 6 Junho 99 G 7 Julho 00 H 8 Agosto 01 I 9 Setembro 02 J 10 Outubro 03 L 11 Novembro 04 M 12 Dezembro 05 N 13 - 06 O 14 - 07 P 15 - 08 Q 16 - 09 R 17 - 10 S 18 - 11 T 19 - 12 U 20 - 13 V 21 - 14 X 22 - 15 Z 23 - 16 BD 24 - 17 BE 25 - 18 BF 26 - 19 BG 27 - 20 BH 28 - 21 BI 29 - 22 CJ 30 - 23 CA 31 - 24

55 8 Métodos de Análise

A Sapec Agro Portugal possui um LCQ (Laboratório de Controlo da Qualidade) com métodos próprios para a análise do teor em matéria activa e outras especificações dos seus produtos, possuindo equipamentos modernos e calibrados periodicamente. O LCQ encontra-se acreditado pela norma NP EN ISO/IEC 17025:2005 (Certificado L0654 - IPAC).

A análise quantitativa do teor em matéria activa (%p/p) presente na amostra representativa da lavagem do equipamento/ circuito é realizada por duas técnicas distintas consoante a matéria activa em causa. As técnicas quantitativas utilizadas são:

 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC-DAD);

 Cromatografia Gasosa (GC-FID).

No Anexo 15 - Cromatogramas, apresentam-se alguns cromatogramas referentes à análise das amostras representativas da operação de limpeza.

No documento Contaminação Cruzada (páginas 69-77)