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Integração do planeamento do espaço verde noutros tipos de planos

4 Planeamento, Desenvolvimento e Gestão dos Espaços Verdes Urbanos

Critério 4.5 Integração do planeamento do espaço verde noutros tipos de planos

DESCRIÇÃO

Este critério verifica a coordenação existente entre o planeamento dos espaços verdes e outros sectores de planeamento. É importante que existam relações entre as diferentes autoridades de planeamento, no decorrer dos processos de planeamento, de forma a coordenar os vários objectivos e acções.

INDICADOR: Coordenação entre o desenvolvimento do espaço verde e outros planos

ANÁLI

S

E

Método:

Verificar (Sim ou Não) se algum dos seguintes planos tem impacte no desenvolvimento e uso dos espaços verdes:

• Planos de tráfego; • Planos de protecção civil; • PDM;

• Planos de ruído; • Plano de drenagem; • Outros.

Identificar os aspectos de apoio mútuo, e aspectos de potencial conflito. Verificar formas de coordenação e a sua efectividade.

Fontes:

• Direcção Geral Saúde

• Site da Câmara Municipal de Lisboa • CCDR-LVT • Publicações periódicas • Publicações ISA Benchmark: AVALI AÇÃO Informação recolhida:

Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML)

O Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML)

foi aprovado pelo Governo a 7 de Fevereiro de 2002, após mais de uma década de processo.

O plano visa três objectivos políticos fundamentais:

- Contenção da expansão urbanística na Área Metropolitana de Lisboa, principalmente sobre o litoral e áreas de maior valor ambiental;

- Diversificação das centralidades na estruturação urbana, com a reorganização do sistema metropolitano de transportes;

- Salvaguarda de uma estrutura ecológica da região, e a promoção da qualificação urbana, nomeadamente das áreas da periferia.

A Rede Ecológica Metropolitana (REM) é composta pelas redes principais e secundária. Na primeira, são fundamentais os núcleos da Serra de Sintra e litoral de Colares e Cascais, dos estuários do Tejo e do Sado, da Serra da Arrábida /Cabo Espichel, das Matas de Sesimbra e Lagoa de Albufeira. Os corredores estruturantes primários, além de uma ligação entre os vários sistemas ecológicos, representam espaços de desafogo e descompressão do sistema urbano. A rede secundária, com os respectivos corredores de ligação, visa salvaguardar zonas de interesse ecológico que podem resolver carências e rematar sistemas urbanos próximos. Por fim, as “áreas e ligações/corredores vitais” em espaços urbanos desordenados, devem servir para a concretização de zonas públicas, de lazer e recreio.

In: Sebastião L. Planos Directores Municipais incompatíveis com Plano Regional - Ecosfera /Jornal Público 02/04/2002

Os pareceres das principais Organizações ambientalistas sobre a Rede Ecológica Metropolitana definida no PROTAML são positivos, tendo a Quercus, referido:

“O plano prevê zonas de protecção e um conjunto de corredores que possibilitam o fluxo genético e a manutenção da biodiversidade de Lisboa.”

O GEOTA, acrescenta: “O plano proposto apresenta várias orientações que de há muito são exigidas pela comunidade académica e pelo movimento ambientalista, das quais: - O conceito de corredor ecológico, entendido como instrumento de ligação entre sistemas ecológicos, como área de ocorrência de fenómenos naturais ligados à circulação do ar e da água e como espaço de desafogo e descompressão do próprio sistema urbano;

- A protecção de vales e das baixas aluvionares com a respectiva integração na Rede Ecológica Metropolitana;

- A estabilização das áreas e actividades agrícolas e florestais a Área Metropolitana de Lisboa;

- A adopção de medidas de gestão racional e sustentável do litoral com inequívoco respeito pelos seus valores naturais e paisagísticos;

- O aprofundamento do conhecimento científico dos principais ecossistemas metropolitanos. “

Os principais condicionalismos do PROTAML, são os conflitos entre os PDM em vigor, sendo necessário que ocorram algumas alterações dos planos directores de ordenamento. Dos 19 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa foram identificados 13 propostas municipais de ocupação do solo que contrariam a Rede Ecológica Metropolitana.

SMIG-AML: Existe no formato digital toda a informação das condicionantes REN e RAN dos 18 concelhos da AML, que permite numa primeira análise verificar a continuidade e descontinuidade inter-municipais das redes de áreas sensíveis e de áreas agrícolas e/ou potencialidades com potencialidades agrícolas.

“a implementação de uma Rede Ecológica Urbana não é compatível com o disposto na maioria dos Planos Directores Municipais. (…) A revisão dos Planos Directores Municipais é indispensável no sentido de delimitar a Estrutura Ecologia Municipal, nas suas componentes Fundamental e Urbana. Para esta estrutura, os regimes REN e RAN contribuirão com os princípios que o interesse Nacional exige, o que implica a revisão dos diplomas existentes (..) no sentido de corrigir erros que três décadas de aplicação revelaram e aconselham. “

In: (Magalhães 2004) Plano Drenagem

O primeiro Plano de Drenagem de Lisboa, surge no final de 2004, considerando a autarquia, ser de maior importância por “permitir que as intervenções nas redes de saneamento deixem de ser feitas de forma casuística e passem a realizar-se de forma planeada e sustentada, com benefícios para a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e para o Ambiente.”

Plano Nacional Saúde

O Plano Nacional de Saúde, é um documento estratégico, que define e orienta as acções a implementar para promover a saúde dos portugueses. Agrega os debates necessários sobre a saúde, e orienta as actividades das instituições do Ministério da Saúde a nível nacional e nas regiões, e também da sociedade civil.

A concretização do Plano Nacional de Saúde passa pela implementação gradual dos diversos Programas de índole nacional, em número de 40.

Ainda em fase de preparação encontra-se o Plano Nacional de Saúde Ambiental. Um aspecto referido como, particularmente importante para assegurar a execução do Plano é o diálogo intersectorial numa perspectiva de coordenação de acções que contribuam para a prossecução de objectivos de saúde através de outras políticas internas como a agrícola, a ambiental ou a educacional.

Jardim Guerra Junqueiro

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