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Quantidade dos Espaços Verdes Urbanos Jardim Guerra Junqueiro

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Quantidade dos Espaços Verdes Urbanos – Jardim Guerra Junqueiro

1 Quantidade dos Espaços Verdes Urbanos

DESCRIÇÃO

Este grupo de critérios centra-se nas características físicas dos espaços verdes específicos. Baseia-se em indicadores mais facilmente mensuráveis na medida em que os aspectos físicos dos espaços verdes são melhor caracterizados com dados quantitativos. O objectivo destes indicadores é proporcionar uma informação acessível sobre a dimensão, forma, drenagem, dinâmica, conectividade, bem como sobre o grau de integração do espaço verde individual no sistema verde urbano.

Critério 1.1 Área da superfície do espaço verde urbano

DESCRIÇÃO

A área de espaços verdes numa cidade tem grande influência na qualidade do ambiente e sustentabilidade ecológica, assim como na satisfação geral das populações. Quanto maior a área do espaço verde, maior é a capacidade de albergar actividades diversas, (o que permite aos utilizadores oportunidades de escape do ambiente urbano), assim como um maior contributo para a manutenção da biodiversidade e heterogeneidade de habitats.

INDICADOR: Proporção de área verde em relação à área total da cidade

ANÁLI

S

E

Método:

• Verificar evolução da área do espaço verde (positiva, nula ou negativa) ao longo de um período de tempo, de 5 ou 10 anos. (m2)

• Medição através de mapas ou fotografias aéreas. Fontes:

Departamento de Ambiente e Espaços Verdes - Divisão de Jardins • Bases estatísticas

• Mapas Benchmark:

URGE: Não existem valores padrão para áreas de espaços verdes, sendo importante, uma evolução no sentido do aumento dessas áreas.

O critério mínimo, será a manutenção desse valor ao longo de um período de tempo. Não foram encontradas referências nacionais de valor mínimo aconselhado para a área dos espaços verdes. Noutros países este parâmetro faz parte da legislação sobre a estrutura verde urbana. AVALI A Ç ÃO Informação recolhida: • Área total – 46914 m2 • Área verde – 22688 m2

(2)

Disponibilidade de dados:

X Directa O Indirecta O Indisponível

AVALI

AÇÃO

Observações:

Com início em 2004, e ainda a decorrer, encontra-se um projecto de remodelação, que não tinha em nenhum dos seus objectivos, o aumento da área verde. Verificaram-se pequenos aumentos de área verde, mas estes não foram contemplados no projecto. Trata-se assim de ganhos pontuais e ocasionais, que decorreram da fase de obra.

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

URGE: Este indicador permite fazer comparações entre cidades europeias, no entanto o valor obtido não é indicativo por si só, devendo também ser estudada a localização do espaço.

Uma boa avaliação deste indicador deve ser feita em função da sua evolução numa escala temporal de 1, 5 ou 10 anos, em relação ao presente.

O URGE refere que todos os habitantes devem ter acessível num raio de distância até 500 m um jardim com uma área mínima de 2 hectares.

Numa perspectiva social, a concentração de uma elevada fracção verde da cidade num único espaço da cidade, não compensa a falta de áreas verdes dispersas na cidade, os espaços de proximidade às residências e locais de trabalho.

AVALIAÇÃO:

O Jardim Guerra Junqueiro está inserido numa área de tecido urbano consolidado, e por isso o valor total da sua área, dificilmente poderá sofrer um aumento. Não houve alteração no valor da área ao longo dos últimos dez anos.

1 2 3 4 5 1.1 Área da superfície do espaço verde

urbano

Critério 1.2 Extensão do efeito fronteira

DESCRIÇÃO

A forma dos espaços verdes é especialmente importante, a nível das funções ecológicas.

O efeito fronteira resulta da actuação de duas diferentes condições ambientais, que afectam as espécies animais e plantas que vivem perto da fronteira dos dois habitats.

Enquanto algumas espécies beneficiam da variedade de alimento e esconderijos oferecidos por dois ou mais habitats - espécies generalistas, outras - as especialistas, são características de determinados habitats e não beneficiam da proximidade e influência de outros habitats.

Verificamos assim, que em espaços estreitos, com formas mais alongadas, os efeitos de fronteira são mais significativos, sendo as populações que neles habitam, tendencialmente generalistas em vez de espécies características dos habitats representados neste espaço.

INDICADOR: Índice de forma

ANÁLI

S

E

Método:

• Rácio da largura pelo perímetro do espaço;

• Em espaços irregulares, divide-se em parcelas mais regulares e calcula-se a média dos vários indexes.

Fontes:

DAEV - Departamento de Ambiente e Espaços Verdes Divisão de jardins

Carta Verde de Lisboa

Benchmark:

URGE: valores indicativos do índice de forma: <0,1 Fraco 0,1 – 0,2 Razoável > 0,2 Bom AVALI AÇÃO Informação recolhida: • Rácio largura/perímetro = (0,28 + 0,25)/2 = 0,265

(3)

AVALI AÇÃO Perímetro 1 = 35 Largura 1 = 10 Perímetro 2 = 24 Largura 2 = 6 Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Este indicador permite fazer comparações entre cidades europeias, no entanto o valor obtido não é indicativo por si só, devendo também ser estudada a localização.

Uma boa avaliação deste indicador deve ser feita em função da sua evolução numa escala temporal de 1, 5 ou 10 anos, em relação ao presente.

AVALIAÇÃO: 0,265> 0,20 BOM

O jardim Guerra Junqueiro está inserido numa área de tecido urbano consolidado, e por isso dificilmente haverá alteração da sua forma. Não houve alteração da forma do espaço ao longo dos últimos dez anos.

1 2 3 4 5 1.2 Extensão de efeitos de fronteira

Critério 1.3 Isolamento em relação a outros espaços verdes

DESCRIÇÃO

A fragmentação de habitats é considerada um dos principais motivos, para o declínio das condições ecológicas, particularmente no meio urbano. Associado ao reduzido tamanho dos espaços e a um elevado efeito fronteira, o isolamento das espécies diminui gravemente a qualidade ecológica da estrutura verde urbana.

Este indicador avalia o grau de isolamento de um espaço verde em relação aos restantes.

INDICADOR: Menor distância a outros espaços verdes

ANÁLI

S

E

Método:

É a medida da menor distância entre a fronteira de um espaço verde e a fronteira do espaço adjacente mais próximo.

Fontes:

• DAEV - Divisão de Jardins • Divisão Informação Urbana • Carta Verde de Lisboa Benchmark:

URGE: Distancia máxima entre espaços: 500 m 1 km de distância, significa elevado isolamento.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida: Jardins públicos:

• Jardim Teófilo Braga (450 m2) distanciado 450 m • Jardim Lisboa Antiga (6474 m2 ) distanciado 345 m • Jardim Frente à Assembleia (1841 m2) distanciado 450m • Jardim Marcelino Mesquita (Amoreiras) (5590 m2)

• Jardim França Borges (Príncipe Real) (11303 m2)

• Tapada das Necessidades (100.000 m2) Disponibilidade de dados:

(4)

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

AVALIAÇÃO:

Elevado nível de isolamento.

O Jardim Guerra Junqueiro, encontra-se a uma distância média de outros espaços verdes, com dimensões bastante menores que a sua, de 400 m.

1 2 3 4 5 1.3 Isolamento em relação a outros

espaços verdes

Critério 1.4 Conectividade com outros espaços verdes

DESCRIÇÃO

O efeito do isolamento nas espécies, pode ser diminuído, se existirem elementos de conexão entre espaços, o que facilita a migração de espécies. Quanto maior o numero e a diversidade dos elementos de conexão, maior o beneficio ecológico.

INDICADOR: Presença de diversos tipos de conectividade

ANÁLI

S

E

Método:

Quantificar o número de elementos de conexão por espaço verde, com outros espaços verdes;

Quantificar o número de diferentes tipos de conexão, de acordo com a seguinte lista: • Floresta Semi-natural • Floresta • Arvores • Arbustos • Vegetação • Relvados

• Linhas de água semi-naturais • Linhas de água naturais • Shore of waterway

A multiplicação destes dois valores, indica o valor da conectividade do espaço.

Fontes:

Carta Verde de Lisboa Observação directa

Fotografia aérea. Site: lisboainteractiva.pt

Benchmark:

URGE:Quanto maior o número e a diversidade destas conexões, maior o benefício ecológico:

• 0= não existe conectividade; • 1-2 = razoável conectividade; • 3-5 = boa conectividade; • +5 = óptima conectividade;

(5)

Lei de bases do ambiente (Lei nº11/87 de 7 de Abril – art.5º), Continuum naturale, consagrado como “sistema continuo de ocorrência naturais que constituem o suporte da

vida silvestre e de manutenção do potencial genético e que contribui para o equilíbrio e estabilidade do território”.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

O lado poente do Jardim Guerra Junqueiro está em contacto com uma via arborizada, que se estende em três direcções, mas nenhuma delas estabelece corredores de ligação com os jardins mais próximos.

Os únicos elementos de conexão presentes são árvores.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

O Continuum naturale, encontra-se consagrado na Lei de Bases do Ambiente (Lei nº11/87 de 7 de Abril – art.5º), como “sistema continuo de ocorrência naturais que constituem o suporte da

vida silvestre e de manutenção do potencial genético e que contribui para o equilíbrio e estabilidade do território”.

Tal como o nome indica, trata-se de verdadeiras rotas para pessoas, animais, sementes e mesmo ar e água; é uma entidade urbana de associação de funções; funções ecológicas em sobreposição com funções sociais, como o lazer, recreio, circulação de peões e bicicletas e à fruição de equipamento cultural;

Implica que os espaços verdes envolvam a cidade de um modo continuo, sem grandes interrupções, desempenhando diferentes funções e assumindo diversas formas (Magalhães, 1992); Forma mais eficaz de trazer benefícios à paisagem natural e a um meio urbano em expansão.

• Uma vez que diferentes espécies, se deslocam em diferentes meios e por isso necessitam de diferentes tipos de conexão, é importante para cada espaço da cidade, identificar as principais espécies e os tipos de corredores associados.

• Como na maioria dos corredores de conexão a exposição a distúrbios é elevada, só as espécies generalistas e menos sensíveis são capazes de os utilizar e beneficiar da migração. É importante que os elementos de conexão, incorporem elementos dos habitats das espécies mais sensíveis ou vulneráveis.

AVALIAÇÃO:

Embora a conectividade com os espaços mais próximos esteja assegurada por ruas arborizadas, a variedade de habitats e espécies como elementos de conexão é reduzida e por isso a classificação será de 1-2 , ou seja apresenta uma razoável conectividade.

1 2 3 4 5 1.4 Conectividade com outros

(6)

Critério 1.5 Impermeabilização do solo

DESCRIÇÃO

A percentagem de solo impermeabilizado revela a dimensão do espaço onde os ciclos naturais como o da água, não ocorrem; para além do ciclo da água, a impermeabilização do solo afecta outras funções ecológicas do solo; funções como o suporte físico e mineral para o crescimento de plantas, fungos e a função de reservatório de nutrientes e outros recursos, são destruídas pela sua impermeabilização.

INDICADOR: Proporção da superfície de espaço verde com distúrbios na dinâmica natural da água

ANÁLI

S

E

Método:

Áreas de solo ocupadas pelas diferentes categorias/distúrbios na dinâmica natural da água: • 1. Construção

• 2. Coberto (asfaltado, cimentado, empedrado) • 3. Compactado (campos desportivos) • 4. Não impermeabilizado.

Fontes:

DAEV - Divisão de Jardins Planta do espaço

Benchmark: URGE:

Para o geral dos espaços verdes: máximo 10% de área impermeabilizada, categorias 1-3; Espaços verdes com elevada capacidade de carga: máximo de 20% de área impermeabilizada, categorias 1-3. AVALI AÇÃO Informação recolhida: Área total – 46914 m2 Área verde – 22688 m2 48 % Área verde 52 % Área impermeabilizada Disponibilidade de dados:

X Directa O Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES: URGE:

Os espaços verdes com elevada utilização, têm maior probabilidade de terem grandes áreas impermeabilizadas, o que afecta a dinâmica da água. Este efeito pode ser minimizado, se esta água for colectada, purificada e devolvida através da rega das áreas verdes.

AVALIAÇÃO:

O Jardim Guerra Junqueiro devido à sua importante função social, apresenta uma elevada proporção de área impermeabilizada, que se deve aos sobredimensionados caminhos pedonais, que percorrem todo o jardim.

O elevado grau de impermeabilização não permite que Jardim contribua da melhor forma para o ciclo hídrico.

1 2 3 4 5 1.5 Impermeabilização do solo

(7)

Critério 1.6 Integração no sistema de espaços verdes

DESCRIÇÃO

Este critério avalia a grau de articulação e integração do espaço verde, no sistema que planeia e gere os espaços verdes da cidade. Avalia também o nível de coordenação entre administrações de municípios vizinhos. Os espaços verdes não devem ser concebidos, desenhados e geridos de forma episódica mas sim como parte de um sistema integrado. Deste modo, o conceito de rede verde ou rede ecológica urbana deve ser adoptado por planeadores e administradores.

INDICADOR: Existência e eficácia de instrumentos capazes de integrar o espaço verde individual no sistema de espaços verdes da cidade

ANÁLI

S

E

Método:

1. Verificar em que extensão o conceito de sistema verde urbano é aplicado ao espaço verde individual:

0 – não existe sistema verde; 1 – o sistema está a ser estabelecido;

2 – o sistema existe, mas o espaço individual não está integrado; 3 – o espaço verde faz parte do sistema verde;

2. Verificar se os seguintes procedimentos são adoptados no desenho e desenvolvimento do espaço verde:

• Envolvimento de peritos de diferentes disciplinas na preparação do projecto; • Comparação do projecto com projectos de outras cidades com sistemas de

espaços verdes;

3. Verificar se alguma das seguintes regulamentações e instrumentos que influenciam as políticas ambientais das áreas adjacentes tem impacte no desenho do espaço:

• Planos verdes de grande escala envolvendo administrações vizinhas (planos intermunicipais);

• Coordenação de políticas de espaços verdes; • Encontro de objectivos e actividades comuns; Fontes:

• Divisão de Estudos e Projectos • Plano Director Municipal • Plano Verde de Lisboa

Benchmark: URGE:

1. Alcançar o nível 3;

2. Pelo menos 1 dos 2 procedimentos deve ser adoptado; 3. Pelo menos 1 dos 3 procedimentos deve ser adoptado. LEGISLAÇÃO: cumprimento da legislação e planos em vigor.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida: 1-

Segundo o Plano Director Municipal, o espaço verde faz parte da Estrutura Ecológica Urbana, a qual, segundo o artigo 18º é constituída por um conjunto de espaços verdes, tanto quanto possível contínuos e interligados, integrados no espaço urbano, com o fim de assegurar as funções dos sistemas biológicos, o controlo dos escoamentos hídricos e atmosféricos, o conforto bioclimático e a qualidade do espaço urbano através da integração dos espaços verdes e ainda as condições para o uso de espaços adequados ao recreio e lazer da população.

Segundo a classificação presente no Plano Verde de Lisboa, distingue-se Estrutura Verde Principal e Secundária, estando o Jardim Guerra Junqueiro incluído na segunda:

• É a extensão da principal no interior do contínuo urbano.

• Integra espaços de menores dimensões, que estão mais associados às habitações e equipamentos colectivos.

• Localizam-se em maior proximidade das zonas de residência, preenchendo os pequenos espaços livres entre edifícios.

Incluem: pequenos jardins de bairro, parques infantis, jardins escolares e de habitações etc..(Saraiva, 1989)

2-

Segundo o D.L. nº292/95 de 14 Novembro é necessário fixar regras mínimas de qualificação técnica para a elaboração dos planos urbanísticos e projectos de operação de loteamento.(...) considera-se indispensável a elaboração de planos urbanísticos e (...) projectos de operações de loteamento, em equipas técnicas multidisciplinares. (pelo menos um Arquitecto, 1 engenheiro civil, 1 arquitecto paisagista, 1 técnico urbanista e 1 licenciado em direito, com experiência de pelo menos 3 anos).

A referência a esta legislação é feita numa lista processual da equipa de projecto.

A comparação com projectos de espaços verdes noutras cidades, não é um procedimento recorrente ou instituído.

(8)

AVALI

AÇÃO

3-

• A nível intermunicipal existe um instrumento de ordenamento o Plano Regional de Ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa, que define uma Rede Ecológica Metropolitana, a qual exige, para que do plano se assista à sua implementação no terreno, uma coordenação e o estabelecimento de objectivos comuns, entre os vários concelhos. Este entendimento não é conhecido.

• Dos 3 pontos a identificar, apenas o primeiro é verificado.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

A classificação dos espaços verdes de acordo com as definições de estrutura verde principal ou secundária, não é objectiva, uma vez que alguns espaços respondem a vários critérios. Não foi possível encontrar esta correspondência para todos os jardins de Lisboa, o que suscitou a dúvida quanto à classificação do Jardim Guerra Junqueiro.

Devido ao seu carácter formal, integrado na estrutura urbana, entendeu-se pertencer à estrutura verde secundária.

O Jardim Guerra Junqueiro foi classificado pela CML, como Jardim Histórico, devido às suas características e valor histórico para a cidade:

• A sua composição arquitectural e vegetal, do ponto de vista histórico e artístico, apresenta um interesse público, sendo considerado um monumento (ICOMOS/FLA, 1981);

• Composição arquitectural de material essencialmente vegetal, sendo a sua forma variável com as estações do ano.

• Identidade e valor cultural. AVALIAÇÃO:

1. Resposta 3. Bom

2. 1 dos 2 procedimentos foi verificado. 3. 1 dos 3 procedimentos foi verificado.

Verificaram-se os procedimentos mínimos recomendados.

1 2 3 4 5 1.6 Integração no sistema de espaços

verdes

Qualidade dos Espaços Verdes Urbanos – Jardim Guerra Junqueiro

2 Qualidade dos Espaços Verdes Urbanos

DESCRIÇÃO

O principal objectivo deste grupo de critérios é analisar e compreender a qualidade dos espaços verdes individuais e de que modo contribuem para a qualidade de vida, para a criação de diversidade ecológica, para criar componentes individuais no âmbito do sistema ambiental urbano, melhorar o clima, absorver os poluentes e avaliar o grau de intrusão por parte da vida urbana. Os espaços individuais têm um carácter e um potencial para a biodiversidade muito variável, dependendo grandemente da função desempenhada pelo sítio e das estratégias de gestão adoptadas.

Quando a gestão dos espaços verdes está orientada para o recreio estes podem, ainda assim, contribuir para a biodiversidade, desde que este não seja um propósito único. Na avaliação deste grupo, é importante ter em consideração os objectivos de gestão para cada espaço, bem como o seu potencial para oferecer outputs de qualidade relacionados com as suas estratégias de gestão.

(9)

Critério 2.1 Biodiversidade

DESCRIÇÃO

Os indicadores de biodiversidade reflectem as características qualitativas e quantitativas de riqueza em espécies dos habitats. A situação favorável é que os espaços reúnam condições para manter a diversidade de flora e fauna, e que estas populações se mantenham pelo menos estáveis no tempo.

Os biótopos com características locais devem estar bem representados. Estes habitats são fundamentais para a preservação das espécies locais, assim como pela possibilidade dada aos cidadãos de conhecer e viver o ambiente natural característico da zona. A presença de habitats de pequena escala, como ninhos ou certas plantas essenciais para insectos devem ser tidos em conta, para o aumento da riqueza de espécies.

INDICADOR 1: Diversidade de espécies: número de espécies raras, ameaçadas ou em perigo

ANÁLI S E Método: 1. Plantas Vasculares Carabídeos/

Escaravelhos Borboletas Aves Mamíferos

Espécies raras (ICN 1990)

Exóticas Nº total espécies (5 anos)

• Avaliar a evolução num período de tempo. Fontes:

• Divisão de Jardins :Lista de vegetação.

• Publicações/revistas: “Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997)”; Fórum Ambiente (Dordio 1994); site da ONG: Quercus

Benchmark:

URGE: Manter ou aumentar a diversidade de espécies ao longo do tempo.

Publicação: “Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental (Reynolds et al. 2001)”

LEGISLAÇÃO NACIONAL:

Decreto-Lei n.º 565/99 de 21 de Dezembro: A introdução de espécies não indígenas na

Natureza pode originar situações de predação ou competição com espécies nativas, a transmissão de agentes patogénicos ou de parasitas e afectar seriamente a diversidade biológica, as actividades económicas ou a saúde pública, com prejuízos irreversíveis e de difícil contabilização. (...) pretendeu-se condicionar a introdução na Natureza de espécies não indígenas, com excepção das destinadas à exploração agrícola.

E porque existe o equívoco generalizado de que a um maior número de espécies na natureza corresponde, no imediato e a longo prazo, uma maior diversidade biológica, pretendeu-se ainda acentuar a dimensão pedagógica necessária à aplicação de princípios de conservação da integridade genética do património biológico autóctone e de prevenção das libertações intencionais ou acidentais de espécimes não indígenas potencialmente causadores de alterações negativas nos sistemas ecológicos.

Esta regulamentação vem atender às obrigações internacionalmente assumidas por Portugal, ao aprovar, para ratificação, através do Decreto n.º 95/81, de 23 de Julho, a

Convenção de Berna, pelo Decreto n.º 103/80, de 11 de Outubro, a Convenção de Bona, e pelo Decreto n.º 21/93, de 21 de Junho, e a Convenção da Biodiversidade.

Também a Lei de Bases do Ambiente, Lei n.º 11/87, de 7 de Abril, no seu artigo 15.º, n.º 6, preconiza a elaboração de legislação adequada à introdução de exemplares exóticos da flora e, no seu artigo 16.º, n.º 3, a adopção de medidas de controlo efectivo, severamente restritivas, no âmbito da introdução de qualquer espécie animal selvagem, aquática ou terrestre.

Convenção Quadro sobre a Diversidade Biológica de 20 de Maio 1992 Artigo 9.º -

Conservação ex situ

Cada parte contratante deverá, na medida do possível e apropriado e principalmente a fim de complementar as medidas in situ: a) Adoptar medidas para a conservação ex situ dos componentes da diversidade biológica, de preferência no país de origem desses componentes; b) Estabelecer e manter equipamento para a conservação ex situ e investigação em plantas, animais e microrganismos, de preferência no país de origem dos recursos genéticos; c) Adoptar medidas destinadas à recuperação e reabilitação das espécies ameaçadas e à reintrodução destas nos seus habitats naturais em condições apropriadas; d) Regulamentar e gerir a recolha dos recursos biológicos dos habitats naturais para efeitos de conservação ex situ, com vista a não ameaçar os ecossistemas nem as populações das espécies in situ, salvo quando se requeiram medidas especiais temporárias de acordo com o disposto na alínea c); e e) Cooperar no fornecimento de apoio financeiro e de outra natureza para a conservação ex situ, como referido nas alíneas a) a d) do presente artigo, e no estabelecimento e manutenção de equipamentos para a conservação ex situ, nos países em desenvolvimento.

(10)

Jardim Guerra Junqueiro

144

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Alfarrobeira Ceratonia siliqua – Mediterrânea - V Bananeira Musa cavendishii – SE Ásia e N Austrália- X

Bela-sombra Phytolacca dioica – América Norte, México, China -X Bordo negundo Acer negundo- Américo norte - X

Castanheiro da Índia Aesculus hippocastanum – SE Europe - X Coco de cachorro Syagrus romanzoffiana – Brasil - X

Cordiline Cordyline australis - Nova Zelândia - X Dragoeiro Dracaena draco - Canárias - X Estercula Stercula diversifolia - ???? Figueira Ficus carica – Mediterrânea - V Figueira Ficus macrophylla – Austrália - X

Freixo Fraxinus angustifolia – SW Europa, N Africa - V Gingko Gingko biloba - S China - X

Hibisco Hibiscus sp.- ???? Nao é europeu - X

Jacarandá Jacaranaá mimosifolia - Bolívia, Argentina - X Lodão Celtis australis - Mediterrâneo, Ásia - V

Loendro Nerium oleander – Mediterrâneo - V

Metrosideros Metrosideros excelsea - Nova Zelândia - X Olaia Cercis siliquastrum – SE Europa, SW Ásia - V Palmeira das Canárias Phoenix canariensi s- Canárias - V Pinheiro manso Pinus pinea – Mediterrânea - V

Plátano Platanus hispânica - ????? Garden Origin - V Teixo Taxus baccata - Europa, Norte Africa, Irão - V Tília de folhas pequenas Tília cordata - Europa - V Tília prateada Tilia tomentosa – SE Europa, SW Ásia - V Tília vulgar Tilia vulgaris - Europa - V

In: Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997)

“Existência de lagos onde é possível observar aves ornamentais e carpas. Apresenta um arvoredo muito interessante quer pela quantidade quer pela diversidade (34 espécies identificadas). É possível observar bonitos conjuntos de coco-de–cachorro (MAE) e de jacarandás (MAE) e um exemplar de árvore-orquidea (EUR), espécie originária da América do Sul e que, para além deste local, apenas foi encontrado no Parque Eduardo VII e no Jardim Tropical. Destaque ainda para a presença de metrosideros (EUR) e para a existência de belos espécimes de dragoeiros (MAE) e bananeira (MAE).

A diversidade avifaunística não é muito elevada (11 espécies observadas) devido ao elevado grau de utilização do jardim. Salienta-se todavia, a presença de guarda – rios e alvéola – cinzenta no lago principal e existência de papagaio, espécie exótica que aqui parece ter um dormitório regular. “

MAE – presença de exemplares que, quer pelo seu conjunto, quer pela sua beleza, idade e crescimento merecem atenção especial.

EUR – presença de exemplar único ou raro

AIP – presença de um exemplar classificado como árvore de interesse público, pela Câmara Municipal de Lisboa

In: Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997)

AVALI

AÇÃO

Fauna Aves:

Alvéola cinzenta – Motocilla cinérea Andorinhão preto – Apus apus Chamariz – Serinus serinus Guarda rios – Alcedo athis Melro – Turdus merula Papagaio – Psitaculla krameri Pardal comum – Passer domesticus Pintassilgo – Carduelis cannabina Pombo das rochas – Columba livia Toutinegra – Sylvia atricapilla Verdilhão – Carduelis chloris

Também alguns papagaios domésticos, fugidos do poleiro, souberam aproveitar o novo estatuto de liberdade, instalando-se em diversos locais da cidade, sobretudo aqueles onde existe flora tropical. No Jardim da Estrela, por exemplo, é possível avistar no alto das palmeiras um casal de papagaio-de-coleira nidificando e reproduzindo-se com sucesso. In: Fórum Ambiente (Dordio 1994)

AVALI

AÇÃO

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

Publicação de referência para a avaliação: Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental (Reynolds et al. 2001) “ A escolha de vegetação deverá ter em conta as principais formações vegetais de Portugal. Preferencialmente poderão ser utilizadas espécies espontâneas, das quais se destacam com valor botânico e ornamental, a localizar de acordo com a situação edafo-climática do local (…) poderão também ser utilizadas espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, há muito introduzidas em Portugal e adaptadas ao nosso clima.”

INDICADOR 2: Diversidade de biótopos: número de diferentes tipos de habitat no espaço verde em estudo

ANÁLI

S

E

Método:

Listagem de habitats baseado na estrutura vegetal de acordo com a classificação EUNIS; http://eunis.eea.eu.int/index.jsp

Fontes:

• Observação directa

(11)

ANÁLI

S

E

Benchmark:

• Manter a proporção de biótopos

• As políticas ambientais da cidade deverão ter como objectivo a manutenção da heterogeneidade dos seus habitats.

• A recriação de habitas perdidos, novas formas de gestão mais naturais, ou mesmo o aparecimento espontâneo de novos habitats na cidade, são acontecimentos importantes.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Existem quatro lagos distribuídos pelo Jardim, que constituem importantes bebedouros de aves e habitat para carpas.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Portugal, apesar da sua reduzida dimensão, possui 43% da fauna de vertebrados terrestres existentes na União Europeia, é o quarto país europeu com maior número de endemismos vegetais (espécies exclusivas) e é o terceiro em espécies ameaçadas. Cerca de 75% do nosso território integra os escassos 1,4% do Planeta considerados necessários para salvaguardar 44% das plantas vasculares e 35% dos vertebrados a nível mundial.

In: site da Quercus

• Não é relevante para comparação com outros países; • Comparação entre proporção de espécie raras e exóticas;

• Elevada proporção de espécies exóticas revela alteração e distúrbio no ecossistema enquanto que uma elevada proporção de espécies raras revela um ecossistema natural ou pouco alterado;

• Não existem valores de referência para a riqueza de espécies, uma vez que dependem muito das regiões.

• O intervalo de monitorização é de 10 anos, e o número de espécies deve ser mantido; • As espécies regionais ameaçadas são as que necessitam de maior atenção;

• O aumento do número de espécies pode ser vantajoso desde que as novas espécies não sejam invasoras;

• Mudanças na composição das espécies são normais, mas mudanças na proporção das categorias seleccionadas, raras e exóticas, são geralmente resposta a perturbações da actividade humana;

AVALIAÇÃO:

1. Segundo a publicação Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997), relativamente à flora, existem pelo menos duas espécies raras ou únicas e três exemplares que, quer pelo seu conjunto, quer pela sua beleza, idade e crescimento merecem atenção especial.

2. Existe alguma diversidade de habitats, embora muito reduzida.

1 2 3 4 5 2.1 Biodiversidade

(12)

Critério 2.2 Perturbação superficial

DESCRIÇÃO

Este critério avalia o impacto causado pela utilização do espaço, pelos visitantes. Uma elevada utilização humana de um espaço tem impactos no seu solo, compactando-o e reduzindo o seu coberto vegetal e de forma indirecta, outras espécies. A erosão pode ser controlada, com a existência de caminhos de circulação pedonal, nos locais estudados.

INDICADOR: Proporção de superfície de solo erosionado

ANÁLI

S

E

Método:

O indicador pode ser calculado com base no número de visitas ao espaço, e estimada a proporção de solo erosionado. Isto pode ser visualizado contabilizando a superfície de solo a nu, que perdeu vegetação. (Ter atenção as áreas onde caracteristicamente não há vegetação.)

Fontes:

Observação directa

Benchmark:

URGE: Não existem valores de referência.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Neste jardim, as áreas permeáveis são vedadas, não permitindo o acesso pelas pessoas. Estas circulam apenas, em caminhos impermeabilizados, não se esperando deste modo que haja erosão de origem antropogénica.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

O nível de erosão do solo, é um indicador directo do nível de impacte antropogénico no espaço verde.

Caso se verifique um grande impacte pelo uso do espaço, pode ser aconselhável construir trilhos para percursos, ou se o impacte for em todo o espaço, poderá ser indicador, da necessidade de construir mais espaços verdes na zona.

AVALIAÇÃO:

A erosão de origem antropogénica é reduzida, uma vez que não há utilização pelas pessoas das áreas com solo permeável.

1 2 3 4 5 2.2 Perturbação superficial

(13)

Critério 2.3 Grau de naturalização

DESCRIÇÃO

Distúrbios antropogénicos frequentes e intensos sobre a flora e fauna, são característicos da generalidade dos espaços urbano - industriais. O uso intensivo dos espaços também é um factor para a redução do grau de naturalização. O grau de naturalização tem importância para a qualidade ecológica dos espaços verdes urbanos. A experiência de contacto com a natureza nos espaços mais silvestres é enriquecedora e uma maior naturalização representa também um importante contributo para a preservação da biodiversidade.

INDICADOR 1: Proporção de espécies indígenas /exóticas, ameaçadas ou em perigo com estatuto de protecção relativamente ao número total de espécies do espaço

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E

Método:

1. Utilizar a informação recolhida no critério 2.1, diversidade de biótopo, para classificar o espaço como:

• Espaço somente com espécies exóticas/generalistas; • Espaço maioritariamente com espécies indígenas;

• Espaço com espécies regionais, indígenas, e algumas raras ou em perigo de extinção (livro vermelho);

• Espaço maioritariamente com espécies indígenas e bastantes espécies raras. • Espaço com espécies naturais e bastantes espécies raras e em perigo. Fontes:

Lista de espécies. Divisão de Jardins Oásis Alfacinhas (Rodrigues 1997)

Benchmark:

URGE: Não existem valores referência.

Publicação: Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental (Reynolds et al. 2001)

LEGISLAÇÃO NACIONAL:

Decreto-Lei n.º 565/99 de 21 de Dezembro A introdução de espécies não indígenas na Natureza pode originar situações de predação ou competição com espécies nativas, a transmissão de agentes patogénicos ou de parasitas e afectar seriamente a diversidade biológica, as actividades económicas ou a saúde pública, com prejuízos irreversíveis e de difícil contabilização.(..) pretendeu-se condicionar a introdução na Natureza de espécies não indígenas, com excepção das destinadas à exploração agrícola.

ANÁLI

S

E

E porque existe o equívoco generalizado de que a um maior número de espécies na natureza corresponde, no imediato e a longo prazo, uma maior diversidade biológica, pretendeu-se ainda acentuar a dimensão pedagógica necessária à aplicação de princípios de conservação da integridade genética do património biológico autóctone e de prevenção das libertações intencionais ou acidentais de espécimes não indígenas potencialmente causadores de alterações negativas nos sistemas ecológicos. Esta regulamentação vem atender às obrigações internacionalmente assumidas por Portugal, ao aprovar, para ratificação, através do Decreto n.º 95/81, de 23 de Julho, a Convenção de Berna, pelo

Decreto n.º 103/80, de 11 de Outubro, a Convenção de Bona, e pelo Decreto n.º 21/93,

de 21 de Junho, e a Convenção da Biodiversidade.

Também a Lei de Bases do Ambiente, Lei n.º 11/87, de 7 de Abril, no seu artigo 15.º, n.º 6, preconiza a elaboração de legislação adequada à introdução de exemplares exóticos da flora e, no seu artigo 16.º, n.º 3, a adopção de medidas de controlo efectivo, severamente restritivas, no âmbito da introdução de qualquer espécie animal selvagem, aquática ou terrestre.

Convenção Quadro sobre a Diversidade Biológica de 20 de Maio 1992 Artigo 9.º - Conservação ex situ

Cada parte contratante deverá, na medida do possível e apropriado e principalmente a fim de complementar as medidas in situ: a) Adoptar medidas para a conservação ex situ dos componentes da diversidade biológica, de preferência no país de origem desses componentes; b) Estabelecer e manter equipamento para a conservação ex situ e investigação em plantas, animais e microrganismos, de preferência no país de origem dos recursos genéticos; c) Adoptar medidas destinadas à recuperação e reabilitação das espécies ameaçadas e à reintrodução destas nos seus habitats naturais em condições apropriadas; d) Regulamentar e gerir a recolha dos recursos biológicos dos habitats naturais para efeitos de conservação ex situ, com vista a não ameaçar os ecossistemas nem as populações das espécies in situ, salvo quando se requeiram medidas especiais temporárias de acordo com o disposto na alínea c); e e) Cooperar no fornecimento de apoio financeiro e de outra natureza para a conservação ex situ, como referido nas alíneas a) a d) do presente artigo, e no estabelecimento e manutenção de equipamentos para a conservação ex situ, nos países em desenvolvimento.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Alfarrobeira Ceratonia siliqua – Mediterrânea - V Bananeira Musa cavendishii – SE Ásia e N Austrália - X

Bela-sombra Phytolacca dioica – América do Norte, México, China -X Bordo negundo Acer negundo – América do Norte - X

(14)

ANÁLI

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E

Castanheiro da Índia Aesculus hippocastanum – SE Europe - X Coco de cachorro Syagrus romanzoffiana – Brasil - X

Cordiline Cordyline australis - Nova Zelândia - X Dragoeiro Dracaena draco - Canárias - X Estercula Stercula diversifolia- ?????? Figueira Ficus carica – Mediterrânea - V Figueira Ficus macrophylla – Austrália - X

Freixo Fraxinus angustifolia – SW Europa, N Africa - V Gingko Gingko biloba- S China - X

Hibisco Hibiscus sp. - ???? Não é europeu - X

Jacarandá Jacaranda mimosifolia - Bolívia, Argentina - X Lodão Celtis australis - Mediterrâneo, Ásia - V

Loendro Nerium oleander – Mediterrâneo - V

Metrosideros Metrosideros excelsea - Nova Zelândia - X Olaia Cercis siliquastrum – SE Europa, SW Ásia - V Palmeira das Canárias Phoenix canariensis - Canárias - V Pinheiro manso Pinus pinea – Mediterrânea - V

Plátano Platanus hispânica - ????? Garden Origin - V Teixo Taxus baccata - Europa, Norte Africa, Irão - V Tília de folhas pequenas Tília cordata - Europa - V Tília prateada Tilia tomentosa – SE Europa, SW Ásia - V Tília vulgar Tilia vulgaris - Europa - V

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

INDICADOR 2: Proporção de biótopos nativos relativamente à área total do espaço

ANÁLI

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Método:

Utilizar a informação do critério 2.1 para calcular a proporção representada: • > 75% naturalizado; • 50 – 75% semi natural; • 25 – 50 % em parte natural; • < 25% artificial. Fontes: Observação directa Benchmark:

Não existem valores de referência.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Pela dimensão do jardim e pela biodiversidade que apresenta, considerou-se que os habitats representados são aproximadamente 25% naturais.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

Publicação de referência para a avaliação: Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental (Reynolds et al. 2001) “ A escolha de vegetação deverá ter em conta as principais formações vegetais de Portugal. Preferencialmente poderão ser utilizadas espécies espontâneas, das quais se destacam com valor botânico e ornamental, a localizar de acordo com a situação edafo-climática do local (…) poderão também ser utilizadas espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, há muito introduzidas em Portugal e adaptadas ao nosso clima.”

AVALIAÇÃO:

1. 14 em 26 espécies são recomendadas pelo guia “Espaços Exteriores Urbanos Sustentáveis: Guia de Concepção Ambiental” (Reynolds et al. 2001) ou seja são espécies endémicas ou bem adaptadas ao nosso clima.

2. Pela dimensão do jardim e pela biodiversidade que apresenta, considerou-se que os habitats representados são aproximadamente 25% naturalizados.

1 2 3 4 5 2.3 Grau de naturalização

(15)

Critério 2.4 Poluição

DESCRIÇÃO

Este critério analisa os níveis de poluição nos espaços verdes urbanos e o efeito regulador destes. Os espaços verdes têm a capacidade de atenuar os impactes negativos da actividade humana na qualidade do ambiente. Barreiras de ruído e vento, absorção de poeiras, libertação de humidade, efeito visual e sombreamento são algumas das funções destes espaços. Quanto maior a área do espaço, maior o volume de vegetação e mais efectivo é o efeito barreira e de regulação.

INDICADOR 1: Poluição e qualidade do solo

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Método:

Analisar a informação relativa a diferentes poluentes no solo do espaço verde em estudo. É necessário informação de laboratórios especializados.

Fontes:

DAEV - Divisão controlo ambiental DAEV - Divisão Jardins

Benchmark: URGE:

Classificar pela tabela. • Contaminado;

• Não contaminado: solo natural representa menos de 50% do total da área do espaço; • Não contaminado: solo natural representa mais de 50% do total da área do espaço.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não são feitas análises de qualidade do solo;

• Foram feitas introduções de grandes quantidades de solo provenientes de outros locais, nomeadamente de Monsanto.

Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível

INDICADOR 2: Qualidade do ar

ANÁLI

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Método:

Analisar os diferentes poluentes atmosféricos SO2, CO, NO2, O3, poeiras dentro e fora do espaço verde.

Fontes: CCDR-LVT

DAEV – Divisão de Controlo Ambiental

Benchmark: URGE:

Não há valores de referência LEGISLAÇÃO:

Directiva - Quadro sobre a Avaliação e Gestão da Qualidade do Ar Ambiente, transposta para o direito interno através do Decreto-Lei nº 276/99, de 23 de Julho, define as linhas de orientação da política de gestão da qualidade do ar ambiente, deixando para diplomas posteriores (Directivas - Filhas) a fixação dos valores - limite e limiares de alerta a cumprir para os poluentes abrangidos no Anexo I do referido Decreto-Lei.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não são feitas análises de qualidade do ar junto a este jardim;

• Actualmente existem oito estações de medição da qualidade do ar em Lisboa e situam-se no Restelo, Avenida da Liberdade, Av. Casal Ribeiro, Entrecampos, Benfica, Beato, Chelas e Olivais. In: IA – Instituto do Ambiente – Programa Qualar (www.qualar.org)

Disponibilidade de dados:

(16)

Observações:

Quadro síntese das funções dos espaços verdes a melhoria da qualidade do ar:

Em Setembro 2004, foi estabelecido um Protocolo entre CCDR-LVT e FCT/ UNL com vista à elaboração de um estudo especializado de avaliação e priorização de medidas a promover e/ou a apoiar por entidades públicas no âmbito da qualidade do ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo.

Decorrente da avaliação efectuada nos últimos anos à qualidade do ar na RLVT,

verificou-se a existência de alguns problemas nesta matéria, especialmente em termos dos níveis de partículas em suspensão na Área Metropolitana de Lisboa, apresentando

este poluente concentrações que dificilmente permitirão o cumprimento dos valores limite impostos pela legislação nacional e comunitária nas datas estipuladas.

Foi a constatação desta situação que relevou a necessidade de elaboração deste estudo,

com o objectivo de reduzir as emissões de poluentes atmosféricos na RLVT, por forma

a preservar a qualidade do ar ambiente, compatível com o desenvolvimento sustentável e com um elevado nível de protecção ambiental e de saúde humana.

In: www.ccdr-lvt.pt Controle dos

poluentes atmosféricos

• Função muito relevante no meio urbano (Araújo, 1961 in Magalhães, 1992) • As correntes de convecção, resultado do arrefecimento de massas de ar pela

vegetação, permitem que o ar poluído passe pela vegetação, sendo aí filtrado.

• Potencial eléctrico da vegetação provoca a precipitação das poeiras existentes na atmosfera;

• Efeito de redução de poeiras pelos espaços verdes em 40-50% (Resultados de estudo experimental citado por Magalhães, 1992)

Absorção de

CO2

• Capacidade de absorção de CO2 pela vegetação;

• (Resultados de estudo experimental): superfície relvada com árvores de espécies diferentes, com 1 hectare, tem a capacidade de absorver 900 kg de

CO2 em 12 horas, correspondendo a 6 000 000 m3 de ar (Goldmerstein e

Stedick, 1966 in Magalhães, 1992)

Aumento do

teor de O2

• (Resultados de estudo experimental): superfície relvada com árvores de espécies diferentes, com 1 hectare, produz 600 kg de oxigénio em 12 horas (Goldmerstein e Stedick, 1966 in Magalhães, 1992)

INDICADOR: 3. Qualidade da água

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Método:

Analisar a qualidade da água superficial e subterrânea no espaço verde (requer informação de laboratórios especializados)

Fontes:

DAEV - Divisão controlo ambiental

Benchmark: URGE:

Não há valores de referência. LEGISLAÇÃO:

DL n.º 236/98. Estabelece normas, critérios e objectivos de qualidade com a finalidade de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas em função dos seus principais usos.

Numa perspectiva de protecção da saúde pública, de gestão integrada dos recursos hídricos e de preservação do ambiente, pretende-se também com este novo diploma legal clarificar as competências das várias entidades intervenientes no domínio da qualidade da água. O presente diploma define os requisitos a observar na utilização das águas para os seguintes fins:

a) Águas para consumo humano: b) Águas para suporte da vida aquícola: c) Águas balneares;

d) Águas de rega.

As águas de lagos existentes nos jardins, não se encontram abrangidas por este decreto. Não se conhece legislação que as contemple.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não são feitas análises de qualidade da água neste jardim; Disponibilidade de dados:

(17)

INDICADOR: 4. Diminuição do ruído

ANÁLI

S

E

Método:

Medir os níveis de ruído no centro do parque, e comparar com a média em quatro pontos opostos do jardim. Esta medição deve ser feita num período com níveis de ruído elevados.

Fontes:

DAEV - Divisão controlo ambiental Observação directa

Benchmark:

URGE: Não existem valores de referência.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

• Não são feitas análises dos níveis de ruídos junto ao jardim; Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível

Observações:

Segundo Magalhães, 1992, a vegetação tem elevada capacidade de absorção de ondas sonoras.

Outras fontes reconhecem limitações ao efeito de barreira sonora pela vegetação. Ambas as fontes concordam no facto do efeito de barreira ao ruído ser potenciado com o aumento da diversidade de espécies e da espessura e altura da faixa vegetal.

“Um estudo sobre o “Ruído ambiente em Portugal”, realizado em 1996 pelo CAPS/IST em colaboração com o Ministério do ambiente, identificou como sendo 19% a população em Portugal exposta a níveis sonoros superiores a 65 db(A). Na cidade de Lisboa, verificou-se que tal percentagem é de 50%”.“Os espaços urbanos com elevada densidade populacional, apresentam uma maior sensibilidade ao ruído. (..) toda a malha é servida por uma complexa e apertada rede de comunicações viárias que se constitui na fonte predominante de perturbação de ruído ambiente.”

“A intervenção numa malha estabelecida, como é a situação geral nas cidades europeias, exige particulares cuidados e estratégias a prazo.

AVALI

AÇÃO

(..) a Carta de Ruído da cidade de Lisboa é uma ferramenta essencial para o ordenamento e planeamento urbano(..)fundamental para o desenvolvimento de estratégias de desenvolvimento urbano”

In: Boletim de Urbanismo (2001); http://ulisses.cm-lisboa.pt/data/002/003/004

INDICADOR: 5. Intrusão urbana

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Método:

Analisar fontes de intrusão (ex. industria, tráfego, etc.) perto do espaço verde (0,5 km em redor). Criar uma lista das fontes de poluição mais importantes e avaliar o nível de impacte negativo que representam.

Fontes:

Observação directa

Benchmark:

URGE: Não existem valores de referência.

A informação qualitativa, poderá ser uma base para a acção.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

As fontes de intrusão urbana, são as vias de circulação automóvel que rodeiam o jardim, mas estas não constituem um forte impacte negativo neste espaço.

Disponibilidade de dados:

(18)

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO:

OBSERVAÇÕES:

“The European Environment & Health Action Plan 2004-2010”

Communication from the Commission to the Council, the European Parliament, the European Economic and Social Committee (Bruxelas, 9.6.2004)

Sendo a Saúde uma preocupação prioritária a nível individual mas também uma questão com reconhecidas implicações no crescimento económico a longo prazo e desenvolvimento sustentável das sociedades, o Plano Saúde & Ambiente para a Europa 2004-2010, estabelece novos objectivos, e acções a desenvolver a partir do presente momento, pelos estados membros. No seu essencial, estabeleceu-se a responsabilidade de estabelecer e reconhecer a relações entre o ambiente e a saúde para mais eficazmente delinear estratégias e respostas. Este Plano reconhece que para além da importância de melhorar as condições de vida dos cidadãos, serão maximizados os benefícios económicos ao permitir reduzir perdas de produtividade, por baixas e outros, e uma vez que os gastos na saúde ultrapassam grandemente os custos na prevenção.

“ Como indivíduos fazemos opções quanto ao nosso estilo de vida que afectam a nossa saúde, mas contamos também com informação de confiança que deve ser disponibilizada pelas autoridades públicas, sobre a qual podemos tomar decisões, de modo a proteger a nossa saúde e melhorar a nossa qualidade de vida”

O Plano foca ainda a necessidade de desenvolver investigação capaz de criar uma base de conhecimento sobre as relações Ambiente vs Ecossistemas vs Saúde, que é fundamental para opções e decisões políticas coordenadas.

Para tal torna-se essencial a melhoria das redes de monitorização e informação da qualidade ambiental.

AVALIAÇÃO:

1. Segundo a informação disponibilizada por entrevista, o solo do Jardim Guerra Junqueiro encontra-se adulterado, ou seja, com introdução de solo de outros locais.

2. Não é aplicável 3. Não é aplicável 4. Não é aplicável

O critério não foi avaliado por insuficiência de informação

Critério 2.5 Efeito de regulação

DESCRIÇÃO

Este critério avalia a contribuição do espaço verde na melhoria da qualidade do ambiente urbano. O volume de vegetação, a área de solo não impermeabilizado e a área de superfície de água, são indicadores da capacidade de remoção de poluentes da atmosfera e da libertação de humidade. A vegetação apresenta inúmeros benefícios para a qualidade do ar; funcionando como reservatório, removendo poluentes da atmosfera, fixando o carbono e nitrogénio e libertando humidade por transpiração. Estes benefícios são particularmente importantes no meio urbano. A superfície das folhas das árvores e arbustos, funciona como filtro de protecção da radiação solar. As superfícies de água contribuem igualmente para a libertação de humidade e para a remoção de poeiras e poluentes da atmosfera.

INDICADOR 1: Índice folear expresso em média para a cidade

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Método:

O Índice de área folear (IAF), é a medida da área de superfície de folhas, característica de cada tipo de vegetação. A cada tipo de biótopo, é possível fazer corresponder um valor característico de IAF.

• Estes valores devem ser multiplicados pelas áreas que estes biótopos apresentam no espaço em análise.

• Superfícies de água e solo descoberto, também contribuem para a regulação da qualidade do ambiente.

Fontes: Benchmark:

IAF = Σ (A bn X IAF bn),

Em que: IAF= IAF total do espaço; Abn= área total do biótopo representada pelo biótopo n; IAF bn= IAF para o biótopo n

• <2 Baixo • 2-5 Médio • >5 Elevado AVALI AÇÃO Informação recolhida: Disponibilidade de dados:

(19)

INDICADOR 2: Volume de vegetação

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Método:

O volume da vegetação é estimado pela sua área e altura. Árvores isoladas não são consideradas. Dividir o volume obtido pela área do espaço verde. Quanto maior o volume, maior o efeito barreira deste espaço verde.

Fontes:

Benchmark:

Não existem valores de referência, mas a informação poderá ser usada na avaliação do critério 2.4. (indicadores: intrusão urbana e ruído)

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível

INDICADOR 3: Proporção da área total que se encontra à sombra num dia soalheiro de Verão ao meio-dia

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Método:

Pode ser medida numa visita in situ, e deve ser medida num dia soalheiro entre as 12 e 16 horas.

Fontes:

Benchmark:

25 % da área deve estar à sombra. Em regiões muito quentes esta área poderá ser superior.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Disponibilidade de dados:

O Directa O Indirecta X Indisponível

INDICADOR 4: Protecção de ventos

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Método:

Os valores medidos no centro do espaço devem ser comparados com valores nos limites deste.(necessita equipamento específico)

Fontes: Benchmark: Redução do vento em 2 m/s AVALI AÇÃO Informação recolhida: Disponibilidade de dados:

(20)

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO: OBSERVAÇÂO:

Quadro síntese das funções dos espaços verdes, para a regulação:

Termorregulação

• A vegetação tem maior poder reflector e difusor para a radiação infravermelha do que as superfícies construídas;

• Grande parte da energia absorvida é gasta na evapotranspiração;

• O arrefecimento obtido nestas zonas, relativamente aos espaços adjacentes, leva a formação de brisas de convecção que permitem a renovação do ar. (Magalhães, 1992);

• (Resultados de estudo experimental): faixa de 50 a 100 metros de vegetação, reduz em 3,5ºC a temperatura atmosférica. (Bernatzky, 1966 in Magalhães, 1992)

Controlo de Humidade

• Aumentam a humidade atmosférica, por diminuírem a evaporação do solo e pela evapotranspiração;

• (Resultados de estudo experimental): faixa de 50 a 100 metros de vegetação, aumenta em 5% a humidade atmosférica no verão. (Bernatzky, 1966 in Magalhães, 1992)

• (Resultados de estudo experimental): 1 árvore adulta por evapotranspiração liberta 300-500 litros/dia. (Sauberer in Magalhães, 1992)

Controlo de radiações solares

• Efeito de filtração da radiação solar pela vegetação;

Protecção contra o vento

• (Resultados de estudo experimental): a vegetação tem a capacidade de reduzir a velocidade do vento até uma distância de 40 x a sua altura (Araújo, 1961 in Magalhães, 1992);

• Desviando em altura as correntes aéreas, cria sobretudo a sotavento da sebe, mas também a barlavento bolsas onde a velocidade do vento é fortemente reduzida. Este efeito pode fazer-se sentir até uma distância de sebe igual a 40 vezes a sua altura, atingindo-se reduções de 60% na velocidade do vento, até distâncias de 20 vezes aquela altura.

• A vegetação pode ainda: canalizar, desviar, filtrar e obstruir o vento, criando zonas protegidas. (Magalhães, 1992)

Má drenagem atmosférica provoca a formação de lagos de ar frio, nos vales, durante a noite, extremamente desfavoráveis à saúde humana.

Possível fonte de informação:

A empresa IT-GEO, dispõe de um Modelo Digital de Superfície e de Terreno, de elevada resolução a partir de um varrimento laser, apresentado numa grelha regular de 1 m, 0,5m,0,2 ou 0,1 m consoante as necessidades aplicacionais. Este modelo é feito para a zona de Lisboa, e para outras zonas urbanas. A utilização nestas zonas, é maioritariamente por empresas de comunicação e EDP, que necessitam de dados de zonas de reflexão de ondas de rádio etc…para implementação seus serviços.

O modelo utiliza a mesma tecnologia para o cálculo do volume de madeiras presente em determinadas áreas florestais.

As aplicações possíveis na área da Ecologia e Ambiente são:

• Monitorização da mudança na forma local da superfície terrestre: requer técnicas e medição automática e de medição passível de repetição;

• Modelação do escoamento de água;

• Ecossistema: altura das árvores e densidade da vegetação na modelação da biosfera.

“No sentido de quantificar rapidamente, com precisão e baixo custo a evolução da cidade de Lisboa desde que foi criada a cartografia digital do concelho, permitindo a estimação e planeamento da sua actualização, foi efectuado um estudo comparativo entre um Modelo Digital de Superfície (MDS) de Maio de 1999 com um MDS de Agosto de 2002. Estes modelos foram produzidos através do processamento da informação digital LIDAR (Light Detection and Ranging) obtida por “laserscanning” de elevada precisão e resolução. A integração desta informação em SIG permite a quantificação do grau de desactualização de cada zona da cidade, a monitorização do crescimento urbano, bem como permite classificar automaticamente o tipo de intervenção ocorrido (ex. construção ou escavação), calcular volumetrias e identificar a evolução da cobertura florestal.” In: Tecnologia na Gestão da Cidade e do Ambiente

AVALIAÇÃO:

(21)

Critério 2.6 Valor estético

DESCRIÇÃO

A beleza das áreas verdes urbanas tem um papel importante na imagem geral do espaço circundante e envolvente. Uma característica importante de um espaço verde urbano é que, na maioria dos casos, cria um clima de bem-estar para trabalho e vivência. A qualidade de vida e as condições de trabalho em áreas urbanas dependem muito do apelo estético dos espaços verdes, invocação da vida selvagem, apreciação das espécies de flora e fauna e não apenas da visão de um espaço bem mantido, com características de construção interessantes. Habitações e negócios localizados em espaços verdes de elevada qualidade podem ser mais dispendiosos e atrair à zona em questão grupos de elevados rendimentos bem como negócios de elevada qualidade. Por outro lado, grupos de baixos rendimentos e negócios de baixa qualidade podem ser excluídos destes espaços devido aos elevados preços aí praticados. Há dois tipos de valor que podem ser medidos neste critério, valor monetário e valor a nível da utilização.

INDICADOR 1: Depoimentos dos residentes relativamente ao valor estético do espaço verde

ANÁLI

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Método:

Questionário a uma amostra representativa de residentes locais que vivam nas vizinhanças ou na área de influência do espaço verde (ver critério 3.1).

A questão a ser colocada é:

- Está satisfeito com a aparência e beleza deste espaço verde?

Pede-se aos inquiridos para responderem utilizando valores entre 1 e 5 (Pontuação 1 = baixa, até 5 = elevada). O indicador é calculado adicionando as respostas de nível 5 (elevado) e expressando-as como uma percentagem do total de respostas.

Fontes: Questionário

Benchmark:

Performance mínima: 51% das respostas no nível 5. Performance de alto nível: 70% das respostas no nível 5.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

Segundo as respostas ao questionário 45,3% dos inquiridos responderam que estão bastante satisfeitos com a beleza e aspecto visual deste espaço (resposta de nível 4); 20,8% estão mais ou menos satisfeitos e apenas 11,3% estão muito satisfeitos (respostas de nível 5).

AVALI

AÇÃO

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observação:

INDICADOR 2: Valor acrescentado e preço de aluguer de casas/escritórios

ANÁLI

S

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Método:

Comparação dos preços (por m2) das habitações ou escritórios situados na imediata vizinhança do espaço verde urbano, com habitações e escritórios do mesmo concelho ou na vizinhança, mas longe do espaço verde sob análise. Os preços ou rendas das habitações e dos escritórios podem ser obtidos junto das agências imobiliárias que trabalham nas vizinhanças.

Levantamento, a fazer junto da população, sobre a variação dos preços dos andares, num mesmo prédio, com situações de vistas diferenciadas.

Fontes:

• Agências imobiliárias e elementos da população que vivem na proximidade dos jardins.

Benchmark:

Não existem valores de referência, já que o valor acrescentado de habitações localizadas junto dos espaços verdes, varia muito de local para local. No entanto, a proximidade dos espaços verdes deverá ser valorizada.

AVALI

AÇÃO

Informação recolhida:

A. De acordo com as imobiliárias desta zona, os espaços verdes podem ser um factor decisivo para a compra de uma casa, desde que outras condições básicas estejam satisfeitas. Os factores mais determinantes que influenciam o preço da casa são: o número de compartimentos, a área total e o estado de conservação. Outros factores secundários para determinar este preço são a disponibilidade de estacionamento, as acessibilidades, a proximidade de comércio local e escolas. Contudo, a proximidade de espaços verdes é, em igualdade de circunstâncias, um factor decisivo para a opção pela aquisição da habitação, um factor de desempate, ou até uma mais valia que se poderá sobrepor a aspectos menos positivos da habitação. No caso deste espaço verde, é difícil obter indicações concretas sobre o valor acrescentado das casas que ficam na sua proximidade, devido a diferenças marcantes no tipo de habitação que fica perto e longe do jardim.

(22)

AVALI

AÇÃO

É frequente, as pessoas perguntarem, na imobiliária, pela existência de jardins, na proximidade das habitações, ou de se decidirem por uma habitação após observarem a existência do jardim nas proximidades, embora este factor ainda não seja determinante para uma alteração nos valores do preço das casas.

Já na zona de Belém não acontece o mesmo e a proximidade de espaços verdes pode fazer os valores de uma casa subirem dos 175 000€ para os 200 000€ – 250 000€.

B. O estudo “Habitação e mercado imobiliário” da Direcção Municipal de Planeamento Urbano, da Câmara Municipal de Lisboa, incidiu sobre a matriz de valor para o cidadão consumidor quando da aquisição de casa.

Este estudo identificou os principais factores que influenciam a aquisição de casa como sendo:

1. Espaço para respirar o Exterior o Interior 2. Qualidade da casa o Construção o Espaços comuns o Estética 3. Unidade da casa o Acabamentos o Equipamentos da casa o Equipamentos de conforto

De entre os espaços para respirar, exteriores, podemos distinguir que permitem: 1. Ver longe

- Horizontes/vista e luz - Espaço entre prédios - Espaços verdes 2. Andar perto

- Localização - Segurança

Este estudo vem, desta forma, corroborar a importância da proximidade de espaços verdes quando da escolha de casa para habitar.

C. Segundo informações recolhidas junto de cidadãos que vivem nas proximidades de espaços verdes, é norma geral os vendedores cobrarem mais cerca de 2500€ sobre o valor de um andar com vista para um espaço verde, em oposição aqueles que se situam no mesmo prédio mas não possuem a dita vista.

À pergunta “estaria disposta a pagar mais para morar junto a um espaços verde?” 7 utentes responderam positivamente, sobretudo jovens, apontando valores da ordem dos 1000€ (1 utente), 500€ (2 utentes), outro pagaria se tivesse dinheiro e outro não sabe quanto.

Disponibilidade de dados:

O Directa X Indirecta O Indisponível

Observações:

Este indicador é de avaliação difícil junto das imobiliárias que não possuem os dados necessários para dar uma resposta cabal a esta questão, pelo que foi necessário recorrer a outras fontes de informação como o estudo sobre “Habitação e mercado imobiliário” da Direcção Municipal de Planeamento Urbano da Câmara Municipal de Lisboa. Recorreu-se também a indicações de cidadãos relativas a situações que, apesar de dizerem respeito a outras áreas geográficas, costumam ser uma prática generalizada das imobiliárias em todas as situações similares.

AVALIAÇÃO DO CRITÉRIO OBSERVAÇÕES:

A análise deve ser feita com base numa avaliação estética do espaço verde, tendo em conta a sua contribuição para o prestígio da zona envolvente e o grau de satisfação dos cidadãos locais com a beleza do espaço verde, na área de influência.

É desejável que a amostra seja representativa da população residente com mais de 16 anos (ver critério 3.1: área de influência). Uma vez que o principal objectivo deste critério é testar o grau de satisfação dos residentes locais com o valor estético dos espaços verdes, a opinião dos turistas e das pessoas que residem noutras zonas não deve ser considerada separadamente.

AVALIAÇÃO:

A avaliação global para este critério indica que o benchmark não foi ainda atingido. Os principais problemas prendem-se com as obras de manutenção e revitalização que se prolongam há já muito tempo e criam alguma perturbação visual e em termos de usos e com a existência de lixo no lago e em algumas zonas do jardim. Contudo é reconhecido que o contributo estético deste espaço verde para o prestígio da zona envolvente é importante e a satisfação dos cidadãos locais com a sua beleza é elevada (56,6% estão bastante ou muito satisfeitos com a beleza do espaço).

Trata-se de um jardim de carácter romântico, com muita vegetação tropical que apenas exigiria alguns cuidados ao nível da vegetação para recuperar toda a beleza que o caracteriza.

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Referências

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