• Nenhum resultado encontrado

INTERPRETAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO JOGO:

No documento Buzios 16 (páginas 153-155)

Se num lançamento cair Alafia, deve-se repetir a pergunta em busca de confirmação. Se a resposta seguinte for Ejife, está tudo bem, não fica a menor margem de dúvida e não se faz necessário repetir a pergunta.

Alafia pode ser uma resposta boa ou ruim. Se depois de Alafia cair Ejife ou Otawa, pode-se considerar a resposta como boa, se no entanto, sair Oyeku, a resposta e negativa, ruim e deve-se perguntar ao Orishá o que deve ser feito pra anular esta resposta. (Que sacrificio deve ser feito para evitar qualquer tipo de negatividade que possa estar sendo prenunciada).

Quando cair Oyeku, pergunta-se imediatamente se é orishá que está respondendo, porque pode ser um Egun anunciando a morte de alguém. Se isto for confirmado, acende-se imediatamente uma vela e pergunta-se que tipo de ebó deve ser oferecido para que se afaste e salve a vida da pessoa ameaçada. O ebó determinado deve ser feito imediatamente, se possível na mesma hora, pois a salvação da pessoa depende de seu oferecimento.

Se for Orishá que estiver respondendo em Oyeku, recolhe-se os quatro pedaços de côco e coloca-se dentro de uma tigela com água para refresca-los, juntando-se a eles, oito pedacinhos de ori da costa. Deixa-se descançar alguns minutos e depois, retira-se os côcos e continua-se a jogar com eles até chegar a convicção plena do que se deseja saber.

Se depois deste procedimento cair Oyeku novamente, é Shangô avisando que alguém se encontra em sérias dificuldades e acanselhando que se faça alguma coisa pra melhorar a sorte desta pessoa.

Passa-se um frango preto na pessoa diante de Elegbara para que seus caminhos sejam abertos e oferece-se um galo a Shangô.

Em Okaran Sodé, o Orishá responde não ao que lhe tenha sido perguntado. Indica sempre, que o trabalho que está sendo feito está errado e que dará maus resultados. (Quando sai Okaran Sodé, todos os presentes sacondem as próprias orelhas).

Tanto em Alafia como em Otawa ou Ejife, deve-se colocar alguém de vigia (alelo) na porta da casa onde está jogando com os côcos. Depois disto, se recolhem as tigelas, os pedaços de côco são colocados nas mãos do cliente e se derrama sobre sua nuca um pouco de água de côco.

O cliente fica deitado de bruços no chão e deve sorver as gotas de água de côco que lhe escorrer na nuca pelos lábios, dizendo: O que tem que acontecer para o bem, que aconteça. Alafia!

Oshun: (Y) orishá de caracteristicas femininas, considerado como o dono das cachoeiras e águas doces. Cultuada originalmente em Oshogbo, onde existem um magnífico templo erguido em sua honra. Oshun é conhecida e cultuada em todos os paises onde estabaleceu a religião dos Orishás. No Brasil é tida como o simbolo da feminilidade e da faceirice, senhora do ouro e poderosa feiticeira.

Osogbo: (Y) Mau presságio, maldição, negatividade. Nome dos diferentes Osogbo: Ikú: A Morte.

Arun: A enfermidade.

Ejo: A Tragédia e revoluções. Ofo: As perdas.

Ina: Brigas e confusões.

Ogun: Bruxarias, feitiçaria e magia. Ashelu: Policia e Justiça.

Iku Alaleyo: Morte por ordem do Orishá. Iku Otonowa: Morte natural.

Iku Araye: Morte por inimigos.

Ota: (Y) Inimigo. Este termo é no Brasil, erroneamente usado como sinônimo de okuta. Oti: (Y) Bebida alcoolica fermentada; aguardente; cachaça.

Quiromância: Arte divinatória que permite que, através da interpretação das linhas da mão, seja lida a sorte das pessoas

“S”

Sakpata: (F) Vodun originário do Dahomé, geralmente qualificado como o Vodun da variola e de outras doenças contagiosas, o seu nome, cuja tradução seria “aquele que mata e come” - numa alusão à sua ação justiceira e punitiva, é considerado perigoso, não devendo, por isto, ser pronunciado, sendo comumente substituido por “Aynon” (O proprietário da Terra).

Entre os Yorubas, Sakpata recebe o nome de Shaponan, mas pelas mesmas razões que entre os Mahis, é denominado Obaluaye (Rei da Terra), ou Omolu (Filho do Senhor).

Sasagoli: (F) Espécie de Tucano.

Serki: (F) Título honorífico do rei dos Haussas. Sonu: (F) Galinha d’Angola.

Sosiovi: (F) Pedra de raio. “T”

Toxosu: (F) Espíritos que localizam-se, hierarquicamente, em posição inferior aquela ocupada pelos Vodun.

Observa-se a existência na região Mahi e no Aboney, de uma categoria de Vodun chamados Toxosus, nome que significa “Rei das águas”. Estes Espiritos costumam encarnar-se em seres humanos, utilizando-se para isto, de crianças anormais ou

monstruosas. A vinda de um Toxosu ao mundo, representa um chamamento a ordem, um sinal de descontentamento. Antigamenente, logo que nascia uma destas crianças disformes, o costume era de que fosse imediatamente lançada a um poço, acreditando-se que, agindo desta forma, devolvia-se o espírito ao seu elemento. Diversas oferendas eram feitas posteriormente, com a finalidade de apaziguá-lo e satisfazê-lo. Dentre os diversos Toxosu cultuados pelos fon, de que se tem noticias, citamos:Zomaduno, filho do rei Akaba, do Dahome;

Kpelu, Filho do rei Agadja, irmão e sucessor de Akaba; Adomu, filho do rei Tegbessu.

Atualmente existem cerca de vinte templos, construidos por diversos reis do Aboney, em honra de um ou mais Toxosu. No Brasil, o culto ao Toxosu, restringe-se a Casa das Minas, em São Luiz do Maranhão, onde cultua-se, dentre outros, Zomadonu.

“V”

Vodun: (F) Entidade de origem fon, que corresponde aos Orishás dos nago. Os fon, estabeleceram-se no Brasil, onde receberam o nome genérico de “Jeje”, implantando aqui o seu culto, baseado em rica e complexa mitologia. Depois da yorubana, a mitologia jêje é a mais complexa e elevada. Assim como os Nagôs, os Jejes pertencem ao grupo Sudanês, tendo sua origem num mesmo gurpo etnico que subdividindo-se, atingiu vários estágios de evolução cultural.

Voko: (F) Boneco de argila, imitando a figura humana, usado na magia de avultamento. Vovolive: (F) Norte, (Ponto cardeal).

“X”

Xe Nã: (F) Ritual no qual são oferecidos alimentos aos Vodun Nã.

Xevioso: (F) Vodun do Trovão e da justiça. Corresponde ao Orishá Shangô dos nago. Xla: (F) Hiena.

Xuji: (F) O Sul, (ponto cardeal). “Z”

Zon: (F) Fogo.

Zonfloñeñe: (F) Vagalume; pirilampo. Zowgo Xosu: (F) Rei dos Haussas. Zun Hoho: (F) Os gêmeos selvagens. Abreviações e seus significados:

No documento Buzios 16 (páginas 153-155)