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INTERRUPTOR E TOMADA ALTA (ALTERNATIVA 2)

BOA E SIMPLES LOCALIZAÇÃO!

INTERRUPTOR E TOMADA ALTA (ALTERNATIVA 2)

A legenda acima mostra duas opções para a representação de uma solução comum: a do espelho que apresenta uma tomada e um interruptor.

O desenho ao lado ilustra uma solução para a localização de tomadas em um comparti- mento. Quando distribuir as tomadas pense nos fluxos de pessoas, discuta suas estações de trabalho (os locais onde devem ficar ou onde é mais provável que façam seu trabalho), assim como as localizações do mobiliário e do equipamento que ficará plugado em cada to- mada. Pense de forma “conservadora” de tempos, movimentos - e energia.

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- indicação de caixa d’água – reservatório elevado e em subsolo – A indicação de caixas d’água é obrigatória em Antoprojetos. Mas houve uma época, em meados do século passado, em que a (ingênua) confiança nos sistemas de infra-estrutura urbana levou projetistas a conceberem edificações que dispensavam caixas de água. Com isso conseguiam propor edificações com elegantes tetos planos, com pés-direitos baixos, absolutamente modernos. Contudo, as caixas de água são mesmo necessárias, ainda que ocultá-las seja uma preocupação de alguns projetistas, na atualidade. Em outro conjunto de Notas de Aula (Pré- Dimensionamento de Instalações de Abastecimento de Água Potável) fazemos mais considerações sobre detalhes de seu funcionamento. É importante entender que as caixas (ou melhor: reservatórios) de água são recursos complementares com relação aos sistemas urbanos de abastecimento de água, com capacidade de até DOIS

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DIAS de alimentação da edificação: é assim que os Códigos de Edificações as entendem. Contudo, em regiões urbanas sem abastecimento por rede pública é imperativo que as caixas d’água permitam o armazenamento de água por períodos maiores.

Para os nossos objetivos, é necessário ter uma aproximação do dimensionamento das caixas de água elevadas e em subsolo. Esse dimensionamento é feito em função do CONSUMO DIÁRIO previsto de água, de acordo com as atividades programadas e permitidas para a edificação. Um modo prático de descrever esse consumo compreende a utilização POR PESSOA usuária da edificação. A Norma NBR-5626, da ABNT é bem completa quanto a parâmetros de dimensionamento. Vamos citar a seguir apenas alguns deles (consumo DIÁRIO).

Alojamentos provisórios = 80 litros por pessoa; Casas populares ou rurais = 120 litros por pessoa; Residências = 150 litros por pessoa;

Apartamentos = 200 litros por pessoa;

Hotéis (sem contar sua Cozinha e sua Lavanderia) = 120 litros por hóspede;

Escolas (internatos) = 150 litros por pessoa; Escolas (semi-internatos) = 100 litros por pessoa; Escolas (externatos) = 50 litros por pessoa;

Escritórios = 50 litros por pessoa;

Restaurantes e similares = 25 litros por refeição;

Jardins = 1,5 litros por METRO QUADRADO DE JARDIM; Lavanderia = 30 litros por quilograma de ROUPA SECA.

A estimativa do número de pessoas é detalhada em outro conjunto de Notas de Aula (Cálculo da Lotação de Edificações). Digamos que, no caso do seu programa arquitetônico, nós

encontremos uma Lotação (o número adequado, seguro e confortável de pessoas na hipótese de máxima ocupação da edificação) de 500 pessoas, para uma edificação universitária (50 litros por pessoa, por dia) = 25000 litros. Digamos que o nosso lote tenha 8.000 metros quadrados de jardins (8.000 x 1,5 litros/m2 = 12.000 litros).

Nesse caso, o consumo esperado para UM ÚNICO DIA é de 37.000 litros. Para dois dias, o consumo esperado é de 74.000 litros. Devemos somar a isso a fração da Reserva de Incêndio, que varia com o Código de Edificações e as Normas do Corpo de Bombeiros local. No caso de Brasília, essa porcentagem é de 20%.

(74.000 x 1,20 = 88.800 litros).

Toda essa água (quase 90 metros cúbicos) de água pode ser colocada no alto da edificação, em caixas de água ou num CASTELO D’ÁGUA (uma edificação isolada, dedicada a esse papel de reservatório elevado... uma bela denominação). Contudo, isso não é uma decisão prudente. Podemos elevar apenas uma parte desse total, e manter o restante em um reservatório em subsolo. A NBR- 5626 recomenda uma proporção 2/5 (NO ALTO) contra 3/5 (NO SUBSOLO).

Ou seja, 88.800 x 0,4 = 35.520 litros “elevados” (caixa de água, castelo de água); 88.800 x 0,6 = 53.280 litros “em subsolo” (que pode fazer parte da estrutura de um castelo de água).

Tanta água pode merecer uma guarda em recipientes especiais, em concreto, argamassa armada, metal. No caso do subsolo, o reservatório em concreto armado é recomendado – assim como em argamassa armada ou alvenaria armada. Encontramos caixas de água pré-fabricadas de diversas capacidades, desde 500 litros até 5.000 litros (polietileno), até 20.000 litros (fibra de vidro).

Em edificações de uso coletivo, público ou não, devemos ter reservatórios DUPLICADOS, elevados ou em subsolo. Um par em cima e um par em baixo. Por quê? Porque devemos lavar sistematicamente os reservatórios, por higiene, por procedimento de manutenção e reparo. UM É LAVADO, E O OUTRO FICA EM SERVIÇO. Isso não é difícil de compreender, mas o estudante iniciante pode ter dificuldades!

Nosso projeto de caixas de água ou de castelo de água deve ser feito com cuidado. Se falamos em LAVAGEM das caixas de água, falamos de sua VISITAÇÃO. Atenção: esses reservatórios devem ser totalmente VISITÁVEIS. Sua limpeza deve ser total. Isso deve ficar demonstrado, antes de tudo e de todos, para o próprio projetista. Se a caixa de água tem “tampa”, examine bem o que desenhou, e pergunte: como o nosso mantenedor vai abrir essa tampa, vai destampar a minha caixa de água para poder limpá-la, repará-la, mantê-la?

Outro ponto importante: de cada reservatório SAEM grossos canos e ENTRAM grossos canos. Uns são alimentadores dos pontos de consumo da edificação, outros são alimentadores da própria caixa de água. Os que conduzem a água para os pontos de consumo saem DO FUNDO da caixa de água, e exigem que ela seja separada da laje, para que possam esvaziar totalmente o reservatório. Alguns técnicos colocam esses canos na lateral inferior da caixa de água, o que não é bom, mas pode ser aceitável em casos mais complicados, na dificuldade de obter espaço adicional para essa elevação do fundo da caixa. Os canos que ALIMENTAM a caixa de água entram NO ALTO da caixa de água, e devem ter respiradouro(s), que permitem eliminar as eventuais pressões que se formam no interior da caixa de água, por várias razões

(diferenças de temperatura e fenômenos de hidrodinâmica). Essas indesejadas pressões podem acarretar a sucção de líquidos das privadas e esgotos, CONTAMINANDO os reservatórios. Essa ocorrência é muito, muito comum, devido a instalações hidráulicas mal projetadas e mal executadas.

Essas observações são feitas para a orientação de representações corretas e suficientes (para o nosso Anteprojeto) das Caixas de Água. Além das Notas de Aula, os estudantes devem ser motivados a procurar os nossos professores de instalações prediais.

- indicação de caixas para mangueira de incêndio – no nosso site de material didático temos as Normas do Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal para a Proteção Contra Incêndio e Pânico (NT-001/2002). No caso da localização de mangueiras, examine o padrão de circulações, e coloque a caixa da mangueira contra incêndio nas áreas de maior risco (depósitos de inflamáveis, de combustíveis, de explosivos ou vasos sob pressão), de maior público (auditórios, salas de aula com capacidade superior a 30 pessoas, salas de reunião, praça de alimentação, etc.), e em corredores mais importantes para o plano de evasão.

M.I.

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- indicação de hidrante e local de parada do caminhão dos bombeiros – Ver: Normas do Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal para a Proteção por Hidrante (NT-004/2000). Esses dois elementos (hidrante e local de parada) estão totalmente ASSOCIADOS. Fazem parte do planejamento de um estacionamento seguro.

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H.I.

O hidrante deve ficar sobre calçada, disposto de maneira a não interromper o trânsito de pessoas, nem a apresentar barreiras ao seu imediato pelo Corpo de Bombeiros - diante de vaga destinada ao caminhão, caso a legislação exija.

- indicação dos extintores de incêndio – Ver: Normas do Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal para a Proteção por Extintores de Incêndio (NT-003/2000).

E.I.

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- indicação tópica de aplicações específicas de materiais (especialmente nas superfícies externas da edificação) – chega a ser curioso o fato de que os estudantes iniciantes acham absolutamente normal, correto e necessário que as especificações INTERNAS (isto é, dos pisos, paredes e tetos dos compartimentos da edificação) sejam cuidadosamente indicadas, mas que estranhem a necessidade de especificarmos os revestimentos EXTERNOS. Podemos escrever na fachadas? Aprendemos que não se deve escrever nas fachadas, que as fachadas devem ser mantidas limpinhas!

Bem, essa regra pode se aplicar às fachadas reais, construídas: não pichem as minhas fachadas!

Esse aprendizado das Fachadas Inespecificadas é fortalecido (a) pela “simplicidade doutrinária” do modernismo arquitetônico (embasada em teorias nada simples, mas que resultam em edificações sem adornos, sem decorativismos, sem combinações

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elaboradas de materiais, tão cruas que parecem dispensar maiores informações) e, (b) a conseqüente ausência desse tipo de exigência nos Códigos e Obras e Edificações, que restringem suas exigências aos ambientes “molhados” no interior de habitações mínimas (banheiros, cozinhas, áreas de serviço).

ESPECIFIQUE OS REVESTIMENTOS DE SUA FACHADA!