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Mundo do jornalismo: a disposição para agir ativamente foi ativada na escola Antonio lembrou que a família já tinha o hábito de acompanhar o noticiário produzido

4. Os perfis sociológicos dos repórteres-amadores

4.2 O universo de Antonio Empreendedor: universitário bolsista e comerciante

4.2.6 Mundo do jornalismo: a disposição para agir ativamente foi ativada na escola Antonio lembrou que a família já tinha o hábito de acompanhar o noticiário produzido

pela grande imprensa. Ele costumava com frequência ver o avô materno e o pai assistindo às noticias na televisão. Recordou que esse mesmo avô tinha o hábito de ouvir o noticiário pelo rádio. Todas essas cenas fazem parte da memória afetiva de Antonio. As fortes disposições para agir ativamente no jornalismo por meio das quais fez dois movimentos – interagiu com a grande imprensa e produziu um espaço próprio na internet para escrever notícias – começaram a ser estimuladas na infância. Foi, contudo, no período da escola que começou a se interessar por buscar notícias da atualidade, querendo ler e escrever de forma crítica, resgatando os hábitos do pai e do avô.

Essa disposição foi despertada no sentido diacrônico em função de um contexto, de uma professora que utilizou os jornais impressos em sua didática de sala de aula. No início, isso ocorreu por uma imposição metodológica da professora, mas Antonio gostou e essa tendência passou a se manifestar de forma requisitada, ou seja, de maneira voluntária e hedonista. Isso o fazia mobilizar as disposições para as práticas sociais, políticas e culturais. Por meio da imprensa, poderia, por exemplo, tornar públicos os problemas do seu bairro, como já fazia, mas em outra dimensão, quando participava dos atos promovidos pela associação da comunidade.

Ele criou o hábito de ler quase diariamente os jornais impressos e assistir aos noticiários da TV. Como não podia comprar, consultava os que ficavam na sala dos professores da escola e os que uma tia trazia do trabalho. Preferia ler informações sobre cultura, dia a dia da cidade, carros e economia. Antonio chegou a afirmar que quando estava lendo um jornal, perdia “a noção do tempo”.

Antes de criar os seus blogs e de interagir com os veículos de comunicação, Antonio quis produzir um jornalzinho e um programa de rádio na escola. Na época, estava no ensino médio. Ele não encontrou ninguém com tempo para dividir os dois projetos. Quando surgiu a internet e conseguiu instalar um computador em casa, ficava mais de três horas por dia navegando.

Ao procurar na grande rede um espaço para debater com outros internautas os problemas de seu bairro, conheceu o fórum colaborativo do Diario de Pernambuco e a página do Cidadão-Repórter na versão impressa do periódico. Percebeu que outros atores tinham “a mesma vontade” que ele e se inscreveu no fórum em 2009. Até o início desta pesquisa, era um dos primeiros do ranking do canal interativo do DP, que registrava a participação dos internautas. Colaborou com outros veículos também, tanto jornais impressos, a exemplo do

Jornal do Commercio e do Aqui PE, como de canais de televisões, a exemplo da TV Globo e da TV Jornal, todos com sedes no Estado de Pernambuco. Fazia comentários e sugeria matérias.

Sinto necessidade de colaborar, de fazer. Gosto de lutar pelo direito de todos, divulgar os problemas e resolver. Gosto de lutar pelas soluções (Antonio).

Antonio falava de seus motivos para interagir, mas não tinha consciência dos esquemas disposicionais que ativava para querer participar do processo de produção da notícia. De uma forma geral, sempre buscou informações na internet sobre diversos assuntos, preferindo espaços escritos por jornalistas. Utilizava as redes sociais.

Com a mudança editorial na página impressa do DP, Antonio afirmou não se sentir mais estimulado a participar, mesmo assim continuou colaborando. Não gostou do fim da página na versão impressa que destinava um espaço exclusivo para matérias editadas a partir das sugestões dos internautas cadastrados no fórum colaborativo. Após essa alteração, as pautas dos colaboradores não eram tão aproveitadas quanto antes. Além disso, não entendia por que uma pauta era escolhida para se transformar em reportagem e não a dele. Ou seja, não compreendia quais eram os critérios de seleção da notícia, que não eram colocados pelo Diario de Pernambuco de forma clara e objetiva, o que também ocorre com todas as empresas de comunicação.

Antonio, então, buscou novas formas de se comunicar e produzir informação. Ao seguir dicas dadas por amigos, criou dois blogs: um pessoal e outro para a comunidade. No âmbito das mudanças na estrutura do campo do jornalismo, o comportamento de Antonio, assim como o dos outros cidadãos analisados nesta tese, contribui para quebrar o poder dos conglomerados de mídia que querem manter a exclusividade do papel de mediar a informação entre o cidadão comum e os demais campos sociais. O repórter-amador que consome, colabora e produz notícia ajuda a romper com esse padrão imposto pelas indústrias da informação, mas não é objeto desta pesquisa aprofundar esta questão, apesar de perpassá-la.

Antonio revelou que gostaria de ser jornalista. Era uma vontade que, segundo ele, “vem de dentro” porque gosta de ler e escrever. Antonio se considerava um jornalista, mas do tipo que “não faz nada para receber salário”, mas “por amor” à produção da informação, sinalizando para o nosso conceito de repórter-amador, detalhado nos capítulos anteriores. Ele faz o jogo do agir ativamente no jornalismo, quando sai e entra no campo ao colaborar com as grandes empresas. É repórter-amador, quando cria um espaço que fica na interface entre o

campo e o mundo do jornalismo, sem receber salário. Consegue realizar empiricamente alguns procedimentos de apuração de notícia, como o da entrevista com atores envolvidos nos episódios que narrava em seus blogs.

Ele não entendia de onde vinha essa vontade, quais foram os tipos de disposições – diacrônicas ou sincrônicas – e como elas foram ativadas para que pudesse realizar as práticas jornalísticas observadas nesta pesquisa. Elas se manifestavam, contudo, de forma requisitada, ou seja, de maneira voluntária e hedonista, que o leva a ter vontade e satisfação para ser cidadão-repórter e repórter-amador.

Antonio disse que o seu trabalho no blog é reconhecido pela família, pela comunidade e até pelos jornalistas. Lembrou que já foi citado por veículos de comunicação porque publicou uma informação em primeira mão, referindo-se a um jargão muito utilizado no jornalismo, o do furo, quando um veículo divulga uma notícia antes dos demais.

Como moro próximo à BR-101 (Sul), vai não vai tem acidente, muitas vezes a imprensa não chega. Aí eu entro. Uma vez mesmo eu fiz. Lá na rua de casa aconteceu um acidente. Aí eu fiz uma matéria, botei no meu blog. Teve uma pessoa de outro blog, de outro lugar, que tem um jornal que publicou. Eu fiquei feliz, né? Deram credibilidade. Foi uma coisa que causou muita repercussão porque parou a Zona Sul do Recife em peso. Foi na hora do almoço, aquela agonia toda (Antonio).

Afirmou gostar de fazer denúncias sobre o que considera errado. Por isso, era chamado de corajoso. Com o blog, disse que faz matérias e se comunica com órgãos públicos e privados para criticar e enviar sugestões. Lembrou já ter registrado um prefeito inaugurando uma obra duas vezes em seu bairro e foi a maior repercussão.

Quando a mãe participava das reuniões na comunidade e ele não podia comparecer, sempre perguntava o que tinha ocorrido para escrever no blog. Eles conversavam muito, dividiam as informações. A mãe, segundo ele, era uma espécie de repórter de seu blog. Ela acompanhava o trabalho dele e o incentivava. O pai, contudo, era indiferente. Segundo Antonio, ele só escutava os comentários e não se posicionava.

Como muitos repórteres não frequentam o seu bairro, Antonio disse sentir-se o repórter de sua comunidade. No blog, divulgava tudo o que acontecia. “Eu passo na rua vejo alguma coisa, boto no blog”, afirmou. Em uma viagem a um município da Mata Sul, observou alguns problemas nas ruas e procurou o prefeito. Não foi atendido, mas insistiu, mandou mensagens por e-mail e obteve as respostas que buscava. Colocou tudo no blog.

Explico que não sou repórter, sou um cidadão-repórter (para a nossa tese, um repórter-amador) que qualquer um pode ser. Para quem já está dentro, é uma coisa normal. Para quem está de fora, tem uma coisa, assim, assustadora (Antonio).

Depois que começou o estágio, estava encontrando dificuldades para conciliar o tempo de tudo o que já fazia com a produção dos blogs. Pensou em desativá-los porque não tinha como atualizar as páginas, já que os atores preferem ver notícias, segundo ele, novas. Procurou outro indivíduo para dividir a responsabilidade do blog, ainda não encontrou. Os familiares e amigos que convidou não tiveram interesse em ajudar a resolver os problemas da comunidade. “É cada um por si”, ressaltou. Isso indica que essa disposição para agir ativamente no jornalismo, mesmo forte e duradoura, pode entrar em crise.

4.2.7 As respostas para as nossas perguntas: as múltiplas socializações e os seus efeitos para o agir ativamente no jornalismo

Quais são os esquemas disposicionais que o cidadão comum aciona para se motivar a querer colaborar com os conglomerados e criar canais próprios para dar publicidade às suas versões sobre os acontecimentos do dia a dia, e como essas variações são acionadas inconscientemente? Ao reconstruir a trajetória de Antonio Empreendedor, perpassando o seu estado social desdobrado para chegar ao estágio mais profundo, o dobrado, observamos que temos que dedicar uma importância relevante à socialização no mundo da família, ou seja, às disposições do tipo diacrônica, formadas por meio do percurso biográfico.

A família representou o núcleo mais forte dos mundos sociais que Antonio perpassou, influenciando decisivamente para que ele começasse a construir as tendências para o assistencialismo, a compreensão do problema do outro, a superação e a mudança de vida, a partir das dificuldades encontradas no dia a dia. A família tinha uma forte ligação com a comunidade, o que fez Antonio desenvolver, ainda na infância, o sentimento de pertencimento ao lugar onde nasceu, que redimensionaria a sua ação para ser útil por não ficar restrita ao núcleo familiar.

Na visão de Antonio, a família e a comunidade eram quase um só mundo social. A família da mãe reside no bairro há mais de 40 anos, tem uma forte identidade com o local, o do pai também, apesar de ter chegado depois. Isso explica a tendência da avó materna e da mãe para as ações sociais e políticas na comunidade. A partir de iniciativas individuais estavam imbuídas do sentimento do assistencialismo, da ajuda ao outro. Inclinações que foram introjetadas em Antonio.

O contexto e as relações que foram sendo estabelecidas entre os membros dessa grande e unida família foi gerando uma matriz que formou disposições duradouras em Antonio. Ele, porém, direcionou esse patrimônio disposicional para realizar o jogo do agir ativamente, tendência dissonante dos outros membros da familia. Por meio da interação com a

grande imprensa e do espaço criado na internet, o nosso repórter-amador acionou as disposições para mobilizar o outro, se expressar e buscar informações para resolver os problemas da coletividade, seguindo as inclinações da avó materna e da mãe.

Esses esquemas disposicionais fortes e duradouros foram se desenvolvendo a partir de tendências que surgiam para as ações sociais, políticas e culturais. As duas primeiras começaram a ser internalizadas por influência da família original. A terceira, por treinamento a partir da iniciativa de uma professora, apesar dos pais e do avô paterno terem o hábito de assistirem aos telejornais durante a infância dele.

Esse cenário permitiu a Antonio revelar um perfil dissonante dos padrões de comportamentos de grande parte do núcleo familiar. Mesmo que a avó e a mãe tivessem inclinações para as práticas sociais e políticas, elas não direcionavam essas disposições para se sentirem motivadas a agir ativamente no jornalismo. Ao longo de sua plurissocialização, Antonio foi apresentando variações disposicionais se compararmos o seu comportamento ao do padrão externado por irmãos e amigos da mesma faixa etária, que não costumavam se interessar por assuntos da comunidade.

Desde a fase da infância, ele acompanhava as reuniões da associação de moradores para debater os problemas do bairro. Por meio da reconstrução de sua trajetória, não percebemos que essas disposições foram manifestadas de forma constituídas, como se fosse quase uma obrigatoriedade, uma imposição. Ele tomava a atitude de participar e de se interessar pelo coletivo, com naturalidade e espontaneidade.

Na própria família original, ativava esquemas diferentes e até contraditórios em função dos diversos momentos. Antonio tinha um comportamento ambivalente. Com a mãe e a avó, poderia acionar as disposições para o assistencialismo e a ajuda ao outro. Com o pai e os irmãos, não encontrava condições para ativá-las. Antonio transitava por esses dois polos, o que o fazia apresentar variações intra e interpessoal porque não queria deixar de ter uma relação harmoniosa com o pai e os irmãos.

Com o pai, Antonio costumava conversar sobre assuntos de que os dois tanto gostavam: carros, transporte público e trânsito. Anos depois, ele desenvolveu tendências para gostar de ler e escrever sobre esses temas, o que o estimulou a criar um blog para debaté-los. Com os irmãos, no entanto, Antonio não identificava inclinações que os aproximassem e os definia como “individualistas” ao observar que não tinham disposições para olhar o outro, como ele. Só participavam de alguma atividade comunitária quando a família arrecadava doações para distribuir no interior, mas era uma disposição temporária do tipo sincrônica

(contextual) que se manifestava de forma constituída, uma imposição externa da mãe e dele próprio.

Os fatores de ativação interna para agir ativamente foram fortalecidos e atualizados na escola. Uma professora passou a motivá-lo a reivindicar melhores condições para a instituição e os professores. Ela o influenciou a criar disposições para as ações culturais, representadas pelo prazer de ler e de escrever sobre temas da atualidade, voltados para a realidade de seu bairro.

Nesse momento, as disposições diacrônicas para o olhar social e o agir ativamente foram influenciadas pelas disposições sincrônicas, o contexto. Isso porque Antonio foi apresentado ao conteúdo das notícias veiculadas nos jornais impressos e observou que, se divulgassem os problemas do bairro, poderiam torná-los públicos e encontrar soluções. Antes mesmo de conhecer a internet, tentou acionar o esquema para agir ativamente quando quis produzir um jornal comunitário e um programa de rádio. Não encontrou nenhum ator disposto a dividir com ele essa prática.

Antonio não queria só ver os problemas e criticá-los, queria ter uma postura mais participativa. Ele tentava incluir na agenda da imprensa os temas que despertavam a sua preocupação, a maioria deles ligados ao local que pertencia. A mãe e a avó não tinham disposições para acompanhá-lo nessa vontade de querer ultrapassar as fronteiras do bairro através dos veículos de comunicação, mesmo que ele identificasse na mãe, particularmente, todas as credenciais que a levaria a ser repórter-amadora como ele.

O jogo do agir ativamente, colaborar com a grande imprensa e produzir notícia em um espaço próprio, estava se delineando como o melhor caminho para ativar disposições que foram construídas lá trás, principalmente na infância e na adolescência, no mundo da família original, e fortalecidos na socialização do mundo da escola.

Apesar de revelar que esses esquemas não tinham conexão com as influências recebidas pelo pai, um episódio provocado por ele, ao nosso ver, estimulou Antonio a desenvolver disposições de empreendedor, que o ajudaram a ser ainda mais ativo, postura que vai para além do jornalismo. Até os cinco anos de idade, a família dele tinha uma situação financeira confortável. Depois, o pai perdeu o emprego fixo e passou a viver de empregos temporários, gerando uma sensação de instabilidade que vai permear boa parte da trajetória de Antonio.

Esse contexto o levou a ter disposições para querer, desde cedo, ser provedor, buscar estabilidade financeira para mudar de vida. Ele não vinculou essa tendência a nenhuma obrigação, ou seja, a uma disposição constituída. Isso porque os pais sempre disseram, como

ele narrou, que a obrigação de trabalhar para sustentar a família era do pai e não dele. No papel de filho, Antonio tinha que estudar para construir uma carreira profissional. Mesmo assim, ele desenvolveu tendências para o trabalho.

Como não havia a pressão para que isso ocorresse como uma obrigação, Antonio desenvolveu disposições hedonistas para a busca da estabilidade financeira. Essas inclinações para construir esquemas disposicionais que estivessem vinculados ao prazer e ao voluntarismo se manifestavam constantemente ao longo de sua trajetória, partiam da família original e se refletiam nas ações que realizava nos outros mundos sociais. Assim, as tendências acionadas inconscientemente por Antonio para querer agir e pensar como repórter-amador carregam um forte componente de hedonismo.

Percebemos que as disposições que marcaram a trajetória de Antonio nasceram na família, que tinha uma forte identidade com o bairro onde ele morava. Esse limite geográfico foi ampliado quando ele comprou um computador e teve acesso à internet. A descoberta de canais de interação com os veículos de comunicação, abertos pela grande imprensa para que as empresas se aproximassem da audiência que estava escapando para o mundo virtual, foi um elemento definidor para que os esquemas disposicionais para o agir ativamente no jornalismo fossem atualizados e fortalecidos.

Além desses fatores de ativação externa, outros elementos colaboraram para que Antonio fosse estimulado a agir ativamente: os pedidos da comunidade para a solução de problemas, o reconhecimento da comunidade em relação ao seu papel de mobilizador, a sua participação no fórum do DP e o acompanhamento das notícias. O passo seguinte que completaria a disposição para agir ativamente veio com a decisão de criar um espaço próprio. Ele foi tomado a partir da observação de fatores, que definimos como de inibição para a colaboração com a grande imprensa.

Antonio decidiu criar dois blogs para escrever as suas notícias quando percebeu que o DP reduziu o aproveitamento das pautas enviadas pelos internautas cadastrados em seu fórum colaborativo. Discordou da forma como as informações eram aproveitadas, já que o DP acabou com a página exclusiva publicada no impresso com reportagens realizadas a partir das sugestões dos internautas.

O conteúdo das entrevistas nos ofereceu instrumentos para perceber que o perfil de Antonio não poderia ser considerado homogêneo, geral e regular. Ele tinha um perfil dissonante dentro do núcleo familiar e dos amigos. Os seus esquemas disposicionais foram fortemente influenciados pela socialização na família original, que, por sua vez, estava centrada na vida da comunidade.

Antonio realizou o jogo do agir ativamente no jornalismo, a partir da revelação de disposições para a ação social, política e cultural. Estamos nos referindo às tendências para o assistencialismo, a compreensão do sofrimento do outro, a superação de problemas pessoais, a mudança de vida, a mobilização, a liderança, o gosto pela leitura e pela escrita, o querer se expressar, o buscar informações mesmo que isso envolva algum grau de dificuldade, o diálogo com os veículos de comunicação, a atualização da informação por meio de veículos tradicionais e do mundo virtual e a criação de alternativas próprias de comunicação.

Os efeitos socializadores dos mundos da família, da comunidade, da escola e do trabalho construíram esquemas disposicionais socialmente requisitados, ou seja, que se manifestaram de forma voluntária e afetiva. Eles sinalizam que a tendência para agir ativamente no jogo de entrada e saída do jornalismo é indicador de uma variação geral, que se pode observar em vários momentos da vida de Antonio.

Essas disposições podem entrar em crise se ele não encontrar tempo para continuar a exercer o papel de repórter-amador, isso porque começou a realizar um estágio e está pensando em dedicar mais tempo ao novo desafio. É importante considerar, no entanto, que Antonio deixa evidente que, em algum momento de sua trajetória futura, poderá entrar em um curso de jornalismo. É um projeto que revela a força de seu esquema para querere agir

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