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Lisbela, a bela que inspirou esta pesquisa

CAPÍTULO 4. AVENTURAS DE UMA VIAGEM: O TRAJETO AO LAJEADO

4.3. Lisbela, a bela que inspirou esta pesquisa

A Lisbela é uma pré-adolescente muito espontânea. Sempre sorridente. Ela assumiu muito cedo o papel de cuidar dos irmãos mais novos, mas tem sonhos que passam pela dinâmica do adolescer e transpassam as responsabilidades com a lida do campo. Os valores e normas que a Lisbela pratica não seguem uma ordem. Por ora, o que se tem construído, é uma forma de ser e agir que torna urbano e rural de fato um híbrido que tem na dimensão do território a unidade para compreender esse pertencimento que não é uno, mas múltiplo e diverso.

Essa multiplicidade ocorre no encontro das três instituições sociais conforme articulado na figura abaixo:

Fonte: Org. da autora.

A Igreja, a família e a escola são três espaços de referenciais simbólicos diferentes com processos sociais próprios. A escola é o lugar do conhecimento construído pela sociedade em diferentes tempos históricos, bem como pode ser um meio de reconhecimento de si enquanto sujeito social (Young, 2007). A família, tem um papel único de reproduzir as sociedades e fornecer condições que possibilitem a constituição da cultura e dos rituais de realização da sua vida a partir de determinados valores. Já a Igreja funciona como um mundo de realizações sustentadas pela crença e pela fé, que também firmam e constituem determinadas normas sociais através dos seus ritos e tradições. (Bourdieu, 2009)

Cada uma dessas instituições desempenha um papel diferente na vida dos indivíduos e adquire importância na estrutura da sociedade. Elas se impõem no contexto mais amplo se fazendo presentes e necessárias ao desenvolvimento da vida. As vivências da Lisbela se fazem justamente nesse entrelaçamento entre as instituições, em que ela adquire e desempenha determinado papel social por isso.

O capital cultural18 herdado da Lisbela passa pela apropriação dos bens simbólicos do lugar, e isso tanto do urbano, quanto do rural. No entanto, sua relação corporal com o rural se expõe com mais propriedade, ainda que esteja a cada dia mais exposta à realidade urbana a cada ano na escola. Mas isso acontece porque a realidade familiar se impõe com força sobre a constituição da sua Identidade e faz isso ao inseri-la nas responsabilidades familiares e nas atividades rurais diariamente. Uma tradição composta por rituais de apropriação dos modos e

18 Termo construído por Pierre Bourdieu em O Senso Prático, editora vozes, 2009, que representa a herança

usos do espaço rural por àquela família situada em uma comunidade com fortes marcas da cultura rural de colonos alemães e italianos.

Essa apropriação constitui o pertencimento ao território na sua foram genuína, revelada pela forma como os sujeitos vivem e se manifestam no lugar. Para Carlos (2007, p.23)

A apropriação revela-se como uso dos lugares em tempos definidos para cada atividade (...) a cidade pode ser analisada como lugar que se reproduz enquanto referência – para o sujeito – e, nesse sentido, lugar de constituição da Identidade que comporá os elementos de sustentação da memória.

Os elementos que sustentam a memória da Lisbela estão nessa tríade, representada na figura acima, bem como ela representa em seu croqui na página 107 dos anexos. Ela usa dos referenciais do urbano e do rural para representar a sua forma de ver e sentir o espaço. Aliada a presença da escola está o comando da Brigada Militar no bairro Cruzeiro, como uma forma de pensar a existência das normas e das regras mais amplas da sociedade. A empresa de ônibus Toda Hora integra o grupo dos referenciais de usos do espaço urbano. São dois canais fixos dentro da ordem e funcionamento da vida. Os hábitos, inseridos na tradição, também são esses canais que articulam as vivências dos indivíduos no movimento de Identidade que cria o eu. Essa Identidade do eu vincula-se aos rituais (que são/estão na tradição) e, portanto, na diferenciação em relação ao outro.

A Identidade é sempre em relação ao outro, porque é, ao me ver, no outro que defino quem sou. Eu sei o que sou, porque sei o que meu colega é. Há sempre uma necessidade de dizer: quem é aquela? Quando cheguei na escola, por exemplo, para meu primeiro dia de trabalho em 2013, uma colega sussurrou para outra “quem é àquela menina, estagiária? ”, “não, parece que é a professora nova contratada”. Naquele momento, a minha Identidade na escola era definida: professora, nova, com vínculo de contrato com a rede estadual. Na minha rua eu era apenas a nova vizinha, sem filhos. Para minha mãe, a filha que saía de casa, recém- casada.

Vai se produzindo a pluralidade, a diversidade, o sentido que a vida dá a cada novo movimento que se faz na relação com os outros e com os lugares. A Lisbela é àquela que cuida dos irmãos, mas é também a menina que brinca na escola e que agora, na adolescência, sonha com os seus amores. Seus sonhos e anseios transcendem o lugar em que nasceu: são vontades próprias da condição humana de existir. Contudo, esses planos passam pela produção da cultura na qual foi constituída.

Segundo relato da coordenação pedagógica, logo que veio da escola que havia fechadona comunidade em 2008, ela sempre chorava por qualquer motivo, além de ser muito tímida. Desde que venho acompanhando seu desenvolvimento escolar, tem mudado muito, o que tem feito aumentar sua participação nas aulas, assim como seu desempenho. Há um esforço grande no espaço escolar, mas com restrições devido a sua dedicação às tarefas domésticas.

As notas do seu histórico escolar, conforme o quadro nº 10 abaixo, o seu desempenho escolar vem sendo mediano/baixo, pois, apesar de sua dedicação às aulas, não consegue se superar.

Quadro nº10. Média do Desempenho Escolar entre 2013 e 2014

Área 6º ano 7º ano

Linguagem 70 73 Ciências Humanas 81 76 Ciências Exatas 53 62 Matemática 64 60

Fonte: histórico escolar fornecido pela secretaria da E.E.E.F.Col. Braulio Oliveira

As marcas do capital cultural herdado pela família não imprimem na escola a perspectiva de sucesso econômico. A Lisbela não depende da formação acadêmica para progredir financeiramente. Ainda que aja um discurso familiar, da mãe principalmente, de que a escola é importante, isso não se exprime por meio do tempo em casa dedicado para estudos, o que se reflete no desempenho das avaliações e trabalhos. Isso não significa que a Lisbela não realize as tarefas solicitadas pelos professores, mas não há uma aposta e uma crença afirmativa na educação como esse espaço de progresso.

O espaço urbano e o espaço rural representam distintas funções na dimensão real da realização da vida da Lisbela e isso fica explícito em seu croqui. O rural não aparece com a representação de elementos agrícolas como os meninos, porque sua função na família é de cuidar da casa e dos irmãos e não da lida com os animais e a roça. A representação da mulher

no cuidado com as tarefas domésticas coloca em pauta a dominação masculina no trabalho rural. Essa afirmação liga-se ao papel feminino, desempenhado nas famílias mais tradicionais que ocuparam a região desde o início do século passado. Para Andrioli (2009, p.47),

É fundamental ter presente ainda que este acesso à educação não era permitido à todos/as. As meninas de classe trabalhadora, órfãs, bem como as crianças negras e indígenas, não tinham acesso à educação, uma vez que o trabalho na roça, as lidas domésticas e o cuidado dos irmãos menores era tarefa principal que auxiliava no sustento da família.

Os avós maternos e paternos, bem como seuspais, são trabalhadores da agricultura familiar, representam a classe trabalhadora que educa os filhos para a lida diária, investindo no futuro profissional voltado à dimensão agrícola.Os esquemas práticos da vida não só reforçam, mas perpetuam essa dominação que se exprime nas escolhas profissionais, nos gostos e disposições subjetivas a cada indivíduo na reprodução do habitus.

A Identidade Territorial da Lisbela, desse modo, tende a se fortalecer no trabalho rural, o que não impede que ela tenha acesso aos bens de consumo urbanos das meninas e meninos da sua idade, mas lhe confere a responsabilidade de dar continuidade à cultura herdada da família. Seu agenciamento maquínico de corpo e agenciamento coletivo de enunciação até se voltam para o urbano, mas com as marcas de quem vive e transpira a vida agrícola. Trata-se de um híbrido cultural em que sua base das práticas cotidianas se realiza na vida ruralizada.

CONCLUSÃO

Apesar de o rural ser associado com a tradição, às culturas estáveis e a homogeneidade, no Lajeado Reginaldo há indícios de uma hibridização, em que os sujeitos reconhecem a tradição do trabalho no campo, mas se reconhecem também participantes de uma realidade que se apresentava até pouco tempo como estritamente urbana. Ou seja, não é única: é plural e múltipla. Assim como a Lisbela é a dona de casa, “cuidadora” dos manos, é àquela que sonha e tem aspirações de sua geração: ter um tablet, um namorado, ao mesmo tempo em que participa ativamente dos cultos, vai às matinês no salão da Igreja em um domingo à tarde, como assim faziam sua mãe e sua avó. As outras seis crianças também demonstraram esse híbrido ao produzirem uma Identidade plural.

No entanto, existe uma tendência em dois pólos distintos nesse grupo, sendo queum se apresenta mais propenso às características rurais e outro mais propenso às características urbanas. A Lisbela, o Leonardo e o Donatello têm fortes marcas e envolvimento com o trabalho rural. Já o Rafael, a Linda, o Michelangelo e o Raul representam a parcela do grupo com tendências urbanas. E isso, não somente no croqui que desenharam, mas nas suas falas e demonstrações sobre o cotidiano.

Os quatro últimos relatam o uso de meios de consumo mais fortemente presentes em práticas de crianças urbanas, tais como: a internet, os jogos de videogame, programas de televisão e filmes disponíveis em canais por assinatura. Já a Lisbela, o Leonardo e o Donatello relataram e demonstraram maior familiaridade com as atividades voltadas ao trabalho rural: o cuidado com o gado, a limpeza da casa, a busca de animais dos pais que se perderam, o transporte de cargas com maquinários agrícolas, o plantio e a colheita de alimentos de subsistência.

Essa Identidade foi sendo constituída pelas práticas cotidianas da família e desse ir e vir para o urbano no acesso aos meios de necessidade básica tanto para a lavoura, quanto para a manutenção das famílias com aquilo que não se produz no rural: nos mercados, farmácias, lojas em geral. O conhecimento de vida que se produz a partir desse pertencimento produzido, constituído e formado nessa realidade tão pluralizada pela diversidade, se faz na dinâmica espaço-temporal do território, em que o lugar adquire forma e conteúdo. A forma diz respeito àquilo que configura a sua paisagem, enquanto que o conteúdo é a relação construída e

significada pelas pessoas que vivem no lugar e se apropriam de sua materialidade real e simbólica.

O transporte escolar público é o meio que faz a ponte entre os dois lugares. Tem sua importância às crianças. Para elas é a transição, a possibilidade enfim de utilizar de um espaço de construção do conhecimento, local que encontram àquilo que não tem em casa: os conhecimentos historicamente sistematizados pela sociedade. Constituem-se, desse modo, na diversidade de opções e formas de ser, existir e ocupar o lugar. Assim se faz o território, e dá sentidos outros que até então ele não tinha, no movimento que a vida faz ao atribuir elementos e práticas vividas no cotidiano nos diversos grupos sociais na produção, construção e formação das Identidades.

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