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As pessoas pequenas

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Em 30 de março de 1962, “The Little People” retorna a esse mesmo modelo de Robinsonada. Neste episódio escrito por Rod Serling e dirigido por William Claxton, Joe Maross (Peter Craig) e Claude Akins (William Fletcher) interpretam astronautas forçados a fazer uma aterrissagem de emergência em um planeta desolado.

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O comandante Fletcher, o piloto e mecânico, desce da nave. Encarregado do conserto do motor danificado por uma chuva de meteoros ele precisa esperar que o sistema resfrie para continuar com os reparos. Craig, o navegador, reclama do lugar do pouso. Reclama da comida, reclama de Fletcher, reclama dos asteróides. Fletcher se enfurece com a atitude de Craig. Ele deveria se dar por contente de que eles conseguiram aterrissar num lugar com uma atmosfera capaz de sustentar a vida humana e que Craig deve apenas seguir o protocolo e logo eles sairão dali, mas Craig não gosta de ouvir ordens. Ele é quem gostaria de dar ordens.

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“Eu gostaria de ter muitas pessoas nos meus cotovelos . Quanto mais 61

melhor, quanto mais barulhentas melhor. E queria o estádio dos Yankees junto! Mas eu quero essas coisas nos meus termos [...] Eu quero ser o grande chefão!”

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Antes que Fletcher, espantado com a confissão do colega, possa completar uma frase coerente sobre o que ouviu ele é interrompido novamente por Craig, que pensa estar ouvindo vozes vindas de algum lugar na ravina em que aterrisaram. Serling aparece e entrega sua introdução.

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“O momento é a era espacial, o lugar é a paisagem estéril de uma ravina de paredes rochosas que se encontra a milhões de milhas do planeta Terra. O elenco de personagens? Você os conheceu: William Fletcher, comandante de uma espaço-nave; seu piloto, Peter Craig. Os outros personagens que habitam esse lugar você talvez não veja, mas eles estão lá, como esses dois cavalheiros logo descobrirão. Porque eles estão prestes a tomar parte numa pequena exploração naquela área cinza e oculta no espaço e no tempo que nós conhecemos como Zona do Crepúsculo”.

O planetóide orbita um “duplo sol” e quando vemos os astronautas de novo, Fletcher está empenhado nos reparos enquanto Craig chega calmamente de mais uma de suas caminhadas pelos arredores. Fletcher desconfia que Craig tenha achado comida ou água em sua andanças, e talvez até um lugar mais fresco do que a escaldante ravina na qual eles aterrissaram. Eles discutem, basicamente sobre Craig não ajudar nos reparos, e o confronto acaba com Fletcher descobrindo que o cantil de água de Craig está completamente cheio, intocado há mais de 24 horas, e a marmita de metal que ele carrega junto ao uniforme contém algum tipo de planta ou líquen. Fletcher coloca o vegetal debaixo de um microscópio portátil (que mais parece uma luneta) e descobre que não é um líquen, musgo ou grama, mas minúsculas árvores, com tronco, folhas, etc. Craig tira um lenço dobrado de seu bolso e de dentro dele mostra a Fletcher um minúsculo caminhão. Fletcher não consegue acreditar e Craig o leva até uma pequena infiltração de água no fundo da ravina, contra uma parede rochosa. A água não é mais do que um minúsculo ribeiro, mas Craig aponta e Fletcher, com o microscópio confirma, que se trata de um rio, minúsculo, não mais do que um fio de água no chão arenoso, mas é um rio. Nas margens Fletcher encontra toda uma estrutura portuária, com barcos e portos, ancoradouros e armazéns. “É toda uma raça de pessoas do tamanho de formigas!”

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Craig, então, se gaba que enquanto Fletcher estava consertando a nave, uma atividade mundana, ele estava “fazendo contato”, descobrindo que os pequeninos são “cooperativos”, “você não acreditaria o quão cooperativos eles são”, que eles sabem matemática. Esta, ele diz, é sua grande chance. “Eu apenas comecei”, ele diz. “Toda minha vida eu queria sentar na frente do vagão e segurar as rédeas” e agora ele encontrou uma raça inteira que o vê como um “gigante saído das estrelas”, uma raça que “tem medo, [...] [que está] petrificada, então eles fazem o que eu mando, porque eles veem esse gigante como um anjo vingador. Eu me graduei, Fletch”, ele completa, “de um pateta com uma régua de cálculo para um... Um Deus!”.

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A expressão de Fletcher é quase de terror. “Eles são pessoas, Craig. Carne e osso. Nesse sentido não são diferentes de nós!”, ele diz, mas seu colega está tomado por um misto de cólera, fascinação e egomania. “Claro que eles são

diferentes, porque eles foram criados a minha imagem!” ele praticamente urra e começa a pisotear as margens do ribeirinho. Fletcher o puxa para o lado e o nocautea com um soco. Em seguida ele se abaixa perto da água e pede desculpas à civilização microscópica.

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A cena corta e agora Fletcher desce pela escada do foguete. Ele concluiu os reparos e começa a procurar por Craig, seguindo a ravina até o rio em miniatura, mas antes de chegar à parede rochosa se depara com uma estátua, em tamanho natural, de Craig. “Os pequeninos fizeram isso. Durante a noite”, lhe diz Craig que surge por detrás do despenhadeiro. “Como os escravos egípcios nas pirâmides ou os lilliputianos com Gulliver”. “Nós estamos indo”, diz Fletcher, mas Craig, que se afastara, vira-se empunhando sua arma. Ele não quer ir. Encontrou ali tudo que sempre procurara - ele ordena que Fletcher lhe jogue sua arma e parta. O comandante ainda tenta convencê-lo, reconhecendo que Craig está doente, louco talvez, mas Craig não será dissuadido, nem sob a ameaça de que logo se cansará de sua brincadeira de Deus e morrerá de solidão naquele planeta desolado. Ele dispara e destrói a cabeça da estátua. “Esta é uma sociedade monoteísta, só tem lugar para um Deus!” Fletcher se resigna e parte. Craig se volta para a minúscula cidade ao longo do ribeiro, carregando um pedaço da rocha da estátua: “Vamos lá, amiguinhos! É chegada uma nova era, a era de Peter Craig!”

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Ele arremessa a rocha contra a cidadezinha.

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“Este é um lembrete, amiguinhos. Deve existir disciplina. Antes de tudo disciplina. Teremos momentos periódicos nos quais eu devo lembrá-los de que vocês não devem me deixar bravo. Isto é importante agora. Vocês não devem me irritar” [ele gargalha, loucamente, e rola no chão, ao lado da cidadezinha] “Vamos começar por construir a estátua novamente. Vamos começar!”

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Ouve-se, então, o som de outra espaço-nave ou foguete. Diferente do som da decolagem de Fletcher, o barulho é ensurdecedor. “É apenas uma nave”, diz Craig aos pequeninos. “Se vocês ficarem quietos ela irá embora”. O som fica cada vez mais próximo e alto, Craig precisa cobrir seus ouvidos, e então o som desaparece. “Eu disse que iria embora”, Craig diz, sorrindo, mas logo ouve-se outro som, um estrondo como trovão e ele se aproxima lentamente pelo curso da ravina, vindo do

alto das encostas rochosas. Ele olha para os lados e não vê nada, então olha pra cima e sobre a linha do desfiladeiro vê dois gigantescos homens contra o céu limpo do planeta. Eles contemplam o horizonte árido do planeta, vestidos com roupas bem diferentes, futurísticas e com detalhes metálicos. “Vão embora!”, grita Craig, desesperado, “Vocês não podem ficar aqui! Vocês não entendem! Eu sou o Deus, eu sou o Deus! Vocês não entendem?”

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Um dos gigantes ouve um som vindo do fundo do chão e estica sua mão e pega algo. “O que você tem aí?”, pergunta o outro. “Um homem”, ele responde, “um homem muito pequeno”. É Craig, e o vemos minúsculo na palma da mão do gigante, contorcido e imóvel. “Bom, você o matou esmagado”. “Não era minha intenção”, responde o primeiro gigante. “Você acha que existem outros como ele ali embaixo?”, ele pergunta ao companheiro. “Eu não sei, e que diferença faz isso? Não estamos aqui para explorar. Estamos fazendo reparos. Venha, vamos embora daqui”. O

Imagem 17!

primeiro gigante arremessa o cadáver de Craig de volta ao fundo do cânion e segue seu companheiro.

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Ao final do episódio ouvimos novamente a espaço-nave dos gigantes decolando e vemos a estátua de Craig sendo puxada e derrubada por minúsculas cordas puxadas pelos pequeninos. Serling encerra o episódio:

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“O caso do navegador Peter Craig, uma vítima da desilusão. Neste caso, o sonho morre com mais dificuldade do que o homem. Um pequeno exercício em psicologia espacial que você provar o tamanho… na Zona do Crepúsculo”.

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As perguntas apresentadas ao final do episódio são incidentais - a verdadeira parábola está completa. Quem seriam os outros que aparecem ao final, os gigantes de segunda magnitude em relação aos pequenos? Outros astronautas, de outros mundos. Não seria plausível pensar que os pequeninos eventualmente desenvolveriam a capacidade tecnológica de viajar no espaço e talvez, eles mesmos chegassem a fazer contato com outra raça de gigantes ou mesmo uma raça ainda menor do que eles? Todas essas perguntas são pertinentes à audiência, mas são desnecessárias para a função narrativa. Ela permanece em aberto sem de fato ter impacto sobre aquela outra, a função cognitiva, que também permanece em aberto. “Um exercício em psicologia espacial”, nos diz Serling. O episódio, na verdade, usa um artifício comum em diversos outros: “uma mudança de perspectiva [que] consegue radicalmente alterar nosso sentido de lugar no universo, nosso julgamento de valores e prioridades, e o nosso sentido de que tipo de controle temos sobre nossas vidas” (FEAGIN, Susan L. In: CARROLL e HUNT, 2009, loc.1413).

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Como em “The Invaders”, somos confrontados com o contraste entre o gigante enquanto poderoso e o pequeno como capaz - até tecnologicamente avançado - mas inevitavelmente frágil, sujeito às forças exercidas pela natureza, por seus pares e, acima de tudo, pela invasão do gigante. Aqui, entretanto, o argumento central inverte-se: não somos nós, aventurando-nos no vazio do espaço armados com nossas roupas e foguetes espaciais, que encontramos um alerta, mas um alerta poderia estar sendo enviado para o universo. Enquanto aquele episódio dizia, em

resumo, cuidado com o salto e onde iremos pousar, este aqui urge cuidado universo,

os homens da Terra estão a caminho.

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É um conto cautelar exatamente sobre as iniquidades inerentes ao humano. Inerentes, de fato, à sociedade humana. A despreocupação científica da série, uma marca indelével de um trabalho que, como já vimos até aqui, foca mais nas questões morais do que no espanto da especulação científica, serve para contextualizar uma afirmação tipicamente moderna (e uma estratégia típica da chamada terceira fase ou fase sociológica da Ficção Científica): o homem, qualquer que seja sua estatura, pode muito bem ser o predador perfeito do próprio homem. E mais ainda quando este homem está em busca de auto-afirmação e de estratégias concretas e não subjetivas de expressão da sua construção de si. Peter Craig, o navegador, e William Fletcher, o comandante, são figurantes para duas tensões modernas sobre o homem em busca de auto-determinação. Eles protagonizam uma peça moral (e moralizante) sobre a construção e manutenção de si onde a autenticidade buscada nesses processos envolve, por um lado, criação e descoberta e frequentemente uma tomada de posição sobre as regras morais de uma sociedade e requer, por outro lado, uma abertura para os horizontes de significado e para o diálogo. Craig quer ser o “chefão”, the last straw boss, aquele que dá a última palavra, quer os outros a seu dispor. Fletcher quer apenas concluir sua missão, retornar ao lar, sobreviver. O experimento moral apresentado no episódio é, então, o da busca pela quebra com a arregimentação moral de uma sociedade, em confronto com a dinâmica das configurações que ela propõe.

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É o retorno à uma lei (idealizada) da selva onde o poder cru - o tamanho descomunalmente incompatível entre pequeninos e Craig e, depois, entre Craig e os recém chegados alienígenas super-gigantes - pode não ser o bastante para se ser realmente adorado enquanto uma deidade (SMUTS, Aaron in: CARROLL e HUNT, 2009, loc. 2244), mas é um subterfúgio que desconstrói violência em autoridade. É uma sessão de “incessante questionamento das fronteiras convencionais, como aquelas entre o Eu e o Outro e entre realidade e ficção” (BOOKER, 2002a, p.60) que apropria-se dos terrores históricos que a época ainda revivia diretamente pela experiência dos sobreviventes. Craig é um dos “fascistas de Serling” (BRODE e

SERLING, 2009, p.175), equacionando terror e violência a poder e autoridade e que implode horizontes de sentido afim de favorecer a reconstrução de uma identidade, enquanto aquele fundo necessário aos valores e desejos, que hierarquiza a existência. “Eles são como nós”, diz Fletcher ao que Craig responde, “não, eles são diferentes” - onde diferentes quer dizer menores, não apenas literalmente, eles são, de fato, pequeninos, mas menores em importância, em direitos e em respeito em uma hierarquia imaginada da existência.

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A própria existência dos pequenos é sinal de uma vacuidade. Frágeis, eles precisam ser aparelhados pela raça superior. A inversão neste episódio não é apenas de perspectiva (em “The Invaders” éramos pequenos, nós humanos da Terra, a audiência, agora, entretanto, somos gigantes) mas de valoração. O enredo deste episódio contém uma camada superficial (sempre haverá alguém maior do

que você) e uma camada mais densa que dialoga com um número de tensões

modernas (os Estados Unidos e a União Soviética enquanto polarizadores ideológicos e econômicos assumindo o papel de agentes externos dentro de países em desenvolvimento, o encontro de passado, presente e futuro na aceleração técnico-científica). Na primeira camada temos uma parábola moralizante, um artefato demagógico que informa sobre o imperativo de cuidar bem daqueles mais frágeis sob o risco de se ser mal tratado por alguém necessariamente maior ou mais poderoso ou resiliente. As camadas posteriores articulam um conto cautelar acerca das tensões civilizatórias do século XX. Como pode um povo se dizer mais avançado ou evoluído quando sua riqueza deriva do abuso e expropriação de outros povos que este primeiro agora julga inferiores?

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Quando Fletcher postula a pergunta sobre as esperanças, os desejos, de Peter Craig as opções são absolutamente cotidianas, “um bife grosso? Uma loira?” e a resposta de Craig é a expressão de uma visão bastante específica de mundo. “Eu quero muita gente nos meus cotovelos. Eu gostaria de dar as ordens”. A leitura superficial é a de que Craig considera-se portador de características pessoais subestimadas pelo conjunto social do qual faz parte (mais por falta de opções do que por identificação) e essa hubris se manifestará, então, enquanto violência. Craig não é e nem tem autoridade: Fletcher o despreza, ele é apenas o navegador na

missão, mesmo em seu tratamento dos pequeninos ele não esboça ou lhe é confiado qualquer tipo de poder (direto ou simbólico) - para o companheiro ele está “doente, mais doente do que se imagina” e para os pequenos ele é apenas a encarnação do terror enquanto “forma de governo que advém quando a violência, tendo destruído o poder, em vez de abdicar, permanece no controle total” (ARENDT, 2010, p.72).

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A leitura superficial, portanto, conjuga o moralizante com o macropolítico. Equaciona sentimento de inferioridade como algo que poderia afetar povos inteiros e nos apresenta, como dito, uma parábola não apenas sobre crianças que brigam em pátio de escola ou implicam com outras em sala de aula, mas uma potencial crítica às sombras do fascismo, do totalitarismo e do que chamaríamos o lado negro dos processos de globalização. É dever do mais forte proteger os fracos, Fletcher poderia ter dito ao invés de “eles são como nós”. Mas Craig tinha outros planos e uma leitura mais aprofundada denota que está se falando também sobre o registro do homem no pós-guerra, no capitalismo tardio, na era pós-industrial, na dicotomia entre era espacial (de esperança) e nuclear (de desespero). A programática da “era de Peter Craig” é uma de afirmação identitária e de operacionalização do Outro. Sendo incapaz de reconhecer a alteridade dos pequenos, de reconhecê-los de fato como um Outro que é “como nós” com quem o diálogo contínuo da construção de si se dá, ele os operacionaliza - uma figuração para a operacionalização de todos os relacionamentos. Mais do que “The Invaders”, com seu confronto entre arcaico e moderno, “The Little People” remete a “I Shot an Arrow Into the Air”: a distância dos centros emissores das configurações morais, que poderia abrir o campo para uma espécie pós-dever sem necessidade de lida com o hermetismo ou pluralidade típicos daquela sociedade, acabam por se tornar um vácuo moral em sua concepção mais fatalista. Fora da Terra, somos monstros ou deuses.

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A cápsula de Ferris, a espaço-nave, que é a mediação desse encontro com o eu também é programática do aniquilamento do homem. Ela medeia a manipulação do homem em seu triplo encontro com o novo, com o Outro e com o Si-Mesmo. “Imagens de progresso meramente tecnológico [...] fizeram com que em todos os tempos o progresso parecesse fácil demais, linear demais, em representações ainda

hoje, isoladas do contexto e omitindo a transformação social, não passam de ilusões falaciosas e meios de embuste” (BLOCH, 2006, p.34). Esse conjunto de episódios -

"And When the Sky was Open", "I Shot an Arrow Into the Air", "The Invaders" e "The Little People" - modula o conto cautelar enquanto narrativa acerca da utopia. Ele

coloca à frente de suas pretensões estéticas e narrativas a premissa de que há uma superficialidade de postura na cultura contemporânea em se tratando do potencial transformador das tecnologias e do avanço e progresso delas mesmas e daqueles campos da vida coletiva e cotidiana: nem a máquina nem o homem conseguem abrir caminho para a compreensão de uma essência utópica, de um "suprimento intencionalmente completo das necessidades e os desejos profundos que ainda precisam ser desejados" (Ibid., p.35). Saciar os desejos mesquinhos e individualistas não será jamais capaz de elevar o homem ou dar-lhe acesso à plenitude exatamente porque esses desejos mesquinhos, e as formas perpetradas para saciá-los, são já em si expressões de um programa anterior de valorização da construção de si, da ruptura com a tradição e de preservação de direitos individuais que manifestam-se em conjunto com uma disputa entre posições positivas, favoráveis à atomização dos indivíduos, e negativas, que acusam-no de perpetrar o enfraquecimento das estruturas morais tradicionais.

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Em sua quinta e última temporada The Twilight Zone retornará a essa temática, mas com um outro enfoque e com a utilização de um outro - bastante comum - tropo que possa abarcar a insolubilidade do problema do homem no espaço.

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