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Vitoria, T. L.1; Purcell, J.E2; Esquivel-Garrote, O.3; Santos, H. A.4; Morandini, A. C5; Nagata, R. M5.

Lycnorhiza lucerna é uma cifomedusa que ocorre ao longo do Atlântico Sudoeste, caracterizada pelo aparecimento em blooms de alta biomassa (NAGATA, 2015), e que possui um alto potencial de predação sobre o zooplâncton. A maior constância de blooms é um fato preocupante, principalmente pela magnificação dos impactos exercidos pela espécie sobre diversas comunidades, inclusive sobre o ictioplâncton (PURCELL et Al., 1985), populações com importante papel ecológico, e compreendida por diversas espécies de interesse econômico. O presente trabalho visa ampliar a compreensão acerca dos hábitos alimentares de L. lucerna, mais especificamente; i­ estimar seu tempo de digestão, ii­ estimar seu potencial de captura, e iii­ descrever padrões de seletividade alimentar, para assim embasar estudos quantitativos de alimentação e ecologia da espécie.

METODOLOGIA

Medusas, produzidas por pólipos foram cultivadas no Laboratório de Cultivo e Estudos de Cnidaria (Departamento de Zoologia, USP) até atingirem um diâmetro umbrelar médio de 4,6 cm. Indivíduos foram submetidos a um jejum inicial de 8 horas, para garantir o esvaziamento da cavidade gastrovascular. Após o jejum, medusas foram incubadas em aquários de 30 l, a 22°C em um meio de alimentação contendo zooplâncton do ambiente (300 org l­1), coletado com rede de plâncton de 200

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m, em São Sebastião SP, no dia 01/07/2016. Depois de serem alimentadas por 10 minutos nesse meio, medusas foram inseridas em um aquário com água do mar filtrada e preservadas em formol 4%, em intervalos de tempo pré selecionados de 0h a 7h após a incubação. O tempo de digestão das presas foi estipulado como o tempo do experimento no qual os conteúdos gastrovasculares estavam vazios, para cada tipo de presa. Além disso, foi feita análise da composição do meio de alimentação, para posterior comparação com o material capturado pelas medusas, visando estimar possíveis padrões de seletividade de presas.

RESULTADOS e DISCUSSÃO

Foram analisadas 20 medusas, com diâmetro umbrelar de 3,5cm a 5,6cm. Através da análise do conteúdo gastrodérmico, foi encontrado um total de 431 presas, agrupadas em 20 taxa. O conteúdo gastrodérmico apresentou uma grande diversidade

1Graduação em andamento na FURG

2Ph.D. na Western Washington University, atualmente professora visitante na FURG

3Doutorado em oceanografia biológica em andamento na FURG

4Graduando em Biologia pela USP, atualmente Aquarista no aquário de Ubatuba

Lychnorhiza lucerna

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Vitoria, T. L.1; Purcell, J.E2; Esquivel-Garrote, O.3; Santos, H. A.4; Morandini, A. C5; Nagata, R. M5.

ser semelhante ao meio de alimentação indica que sua alimentação é predominantemente generalista, o que demonstra grande versatilidade e eficiência desse predador. Nas amostras de 4h à 7h grande parte do alimento havia sido completamente digerido, restringindo o tempo de digestão para entre 3h e 4h. Foram encontradas após 4h apenas véligers de Bivalvia e Gastrapoda, que provavelmente não são digeridos por algumas espécies de cnidários (PURCELL et al., 1991) devido à suas densas e resistentes carapaças.

Levando em consideração o tempo de incubação das medusas (10 min), e assumindo alimentação constante, o potencial de capturas de presas diário foi estimado para 3.720 presas dia­1 (média), com valor máximo de 16.992 presas dia­1. Mais especificamente, em média, 3.048 copépodes Calanoida dia­1 (81/%), 312 copépodes Cyclopoida dia­1 (8%) e 144 cladóceros dia­1 (3,8%). Tal impacto predatório deve ser exercido principalmente sobre as populações do copépode Temora turbinata, com potencial de captura médio de 1.656 e máximo de 11.088 indivíduos dia­1.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudos referente a L. lucerna têm evidenciado o seu alto potencial de predação e o grande impacto trófico exercido pelas mesmas. Para maior certeza dos impactos das populações de L. Lucerna, assim como as forçantes dos blooms, devemos conhecer mais sobre a ecologia da espécie, ciclos de reprodução, densidades em campo e sua resposta às variações climáticas. Isto só irá acontecer com a intensificação de estudos e experimentos, simulando diversos outros fatores, tanto em laboratório, como também in situ.

PALAVRAS­CHAVE: LYCHNORHIZA LUCERNA, TEMPO DE DIGESTÃO, ECOLOGIA TRÓFICA

1Graduação em andamento na FURG

2Ph.D. na Western Washington University, atualmente professora visitante na FURG

3Doutorado em oceanografia biológica em andamento na FURG

4Graduando em Biologia pela USP, atualmente Aquarista no aquário de Ubatuba

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Lemos, V.R.¹; Bonoto, S.2; Nagata, R. M.3

O Estuário da Lagoa dos Patos cobre uma área de aproximadamente 1.500 km² no RS. Características ecológicas e biológicas, e a importância das atividades portuárias e industriais na região, fizeram que o ELP fosse escolhido como o Sítio 8 do projeto “Pesquisa Ecológica de Longa Duração, PELD ­ CNPq”. O maior conhecimento sobre o ambiente estuarino concentra­se nos níveis tróficos de topo, porém, para compreender todo funcionamento desses ecossistemas, é necessário conhecer os grupos do plâncton que estão diretamente envolvidos nos processos de produção e transferência de energia para níveis tróficos superiores. Entre os principais organismos plâncton, destacam­se as medusas e sifonóforos, cujas características do ciclo de vida, como sua plasticidade e crescimento rápido, facilitam seu transporte, introdução e estabelecimento em novos ambientes. A identificação de espécies e quantificação de suas distribuições, além de ajudar a identificar possíveis impactos ambientais, é importante para aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade e processos ecológicos no ELP. Foram analisadas amostras de plâncton coletadas com rede bongo de 30cm de diâmetro de boca e malha de 200

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m, no ELP, mais precisamente no trapiche da prainha, na 4a secção da Barra. As amostras coletadas quinzenalmente entre abril de 2013 e fevereiro de 2017, ao longo de 31 meses de amostragens, no âmbito do projeto “Pesquisa Ecológica de Longa Duração no Estuário da Lagoa dos Patos e Costa Adjacente” (CNPq). Sob estereomicroscópio foram triadas 50 amostras de zooplâncton, das quais foram retirados os cnidários e identificados ao menor nível taxonômico possível com base na literatura mais relevante. A temperatura da água variou entre 10 e 29ºC, com média de 21ºC. A salinidade variou entre 5 e 33, com média de 16. A clorofila­a variou entre 0,47 e 10,42

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g l­1, com média de 5,89

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g l­1. O volume de água filtrado pelas redes variou de 0,11 e 3,37 m­3, com média 1,89 m­3. Os anos de 2014, 2015 e 2016 foram anos caracterizados pelo fenômeno climático El niño. Foram separados 1318 cnidários planctônicos, sendo que, 1242 eram medusas, 64 sifonóforos e 12 hidróides. Foram encontradas 13 espécies de medusas e 2 espécies de sifonóforos (Tabela 1). Dentre as 1242 medusas encontradas, 1077 (86,7%) eram da espécie Liriope tetraphylla, que chegou a atingir um pico de 123,05 org.m­3. As 5 espécies que representam 97,74% dos espécimes analisados são: 1º Liriope tetraphylla, 2º Obelia sp., 3º Moerisia inkermanica, 4º Cunina sp. e 5º Eucheilota maculata. Das amostras, 15 não continham cnidários e entre essas, 13 apresentavam salinidade entre 5­7 e a maioria estava dominada por cianobactérias. A densidade total de cnidários por m³ atingiu um pico de 123,95 em uma das amostras. Destaca­se a identificação de 34 espécimes das espécies invasoras Moerisia inkermanika, que não havia sido registrada no ELP, e dois espécimes de Cnidostoma fallax, possivelmente nativa de estuários da África Atlântica. C. fallax é uma espécie invasora no Brasil, considerando seus registros em ambientes de água salobra perto de portos, onde o fluxo hidroviário

1Graduação em Ciências Biológicas Bacharelado em andamento na FURG

2Técnica do Laboratório de Zooplâncton da FURG

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Lemos, V.R.¹; Bonoto, S.2; Nagata, R. M.3

El Niño (2014, 2015 e 2016), é conhecido por reduções na densidade do zooplâncton, devido ao declínio da salinidade, consequente da maior vazão de água doce na lagoa. O El Niño também resultou em menores densidades de cnidários planctônicos, o que sugere que esse fenômeno pode ser deletério para essas populações.

Tabela 1: Lista de espécies encontradas

1Graduação em Ciências Biológicas Bacharelado em andamento na FURG

2Técnica do Laboratório de Zooplâncton da FURG

3Professor do Laboratório de Zooplâncton da FURG

Figura: Variação da temperatura d’água (Cº), salinidade e densidade de cnidários por amostra (org.m­3), entre abril de 2013 e fevereiro de 2017.

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Lemos, V.R.¹; Bonoto, S.2; Nagata, R. M.3

Este trabalho gerou a primeira lista de cnidários do estuário, ressaltando a importância do monitoramento de longo prazo. É o primeiro registro da espécie invasora M. inkermanika na região e a primeira avaliação da diversidade dessa fauna no ELP. Ressalta­se que o programa PELD além de ter extrema importância para o aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade do ELP, é relevante para se compreender a influência das variáveis ambientais e fenômenos climáticos sobre as assembleias planctônicas e o possível impacto de espécies invasoras.

PALAVRAS­CHAVE: ZOOPLÂNCTON GELATINOSO, MEDUSOZOA, HYDROZOA

1Graduação em Ciências Biológicas Bacharelado em andamento na FURG

2Técnica do Laboratório de Zooplâncton da FURG

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Pereira, A. D. S. ¹; Nascimento, L. S.¹; Costa, G.B.²; Fernandes, G.M.³; Martins, D. de A.³; Cavalcante, R.M.4

Com o avanço da urbanização e da ocupação das zonas costeiras, há uma crescente preocupação com a qualidade ambiental dos ecossistemas litorâneos que são impactados direta ou indiretamente pela ação humana. Atividades como agricultura, pecuária e, até mesmo, o lançamento de esgoto sanitário e industriais comumente geram poluentes e/ou contaminantes que ao chegar ao ambiente aquático podem alterar a estrutura ecológica ali existente. Um dos compartimentos ambientais mais preocupante é o sedimento que podem adsorver contaminantes devido as suas características físico­químicas. Dessa maneira, faz­se necessário a caracterização desse compartimento ambiental principalmente porque alguns tipos de sedimentos tendem a adsorver mais substâncias contaminantes. A presença desses compostos está, muitas vezes, diretamente associada ao diâmetro do sedimento e com o teor de matéria orgânica. Desta forma, o objetivo deste trabalho é caracterizar a matéria orgânica da Plataforma Continental Interna de Acaraú, região conhecida como Costa Negra, e correlacionar com a granulometria desse sedimento. Foi realizada uma coleta de sedimentos superficiais (até 2 cm de profundidade) em fevereiro de 2017, utilizando draga do tipo Van Veen e acondicionando a amostra em marmitas de alumínio. Ao total foram 14 pontos coletados, com o auxílio de uma embarcação. A análise granulométrica e de carbonato de cálcio foram realizadas no Laboratório de Geologia e Geomorfologia Costeira e Oceânica (LGCO/UECE) e seguiram a metodologia proposta por Suguio (1973) e Dias (2004), utilizando peneiramento úmido (para separação da fração lamosa), peneiramento seco (separação das frações de areia e cascalho) e pipetagem. A classificação granulométrica foi feita de acordo com o proposto por Larsonneur (1977). Já para avaliar os valores de CaCO3 foi retirado dez gramas das amostras, colocadas em béqueres em meio ácido (ácido clorídrico 0,1 N). Após o fim da reação, foi pesado o material restante em um filtro e calculou­se a concentração do carbonato de cálcio por diferença de peso. O teor de Matéria Orgânica (MO) foi determinado no Laboratório de Avaliação de Contaminantes Orgânicos (LACOr) pelo Método Walkley Black adaptado, no qual ocorre a oxidação do carbono orgânico presente na matriz sedimentar utilizando solução de dicromato de potássio 1N (K2Cr2O7) na presença de ácido sulfúrico concentrado (H2SO4). Então se determina a quantidade dos íons Cr3+, que equivalem ao carbono orgânico, por meio de titulação do excesso de dicromato com o sulfato ferroso amoniacal (Fe(NH4)2(SO4)2.6H2O). Os sedimentos amostrados apresentaram predominância da fração arenosa, sendo 50% dos pontos amostrados areia fina a muito fina, 29% areia média e 21% areia grossa a muito grossa. Os teores de lama variaram de 0 (ponto S97) a 19,37% (ponto S98). Quanto ao teor de carbonato de cálcio, 71% das amostras são de origem biolitoclástica (teor de CaCO3 entre 50 e 70%), enquanto 21% de origem bioclástica (teor de CaCO3 acima de 70%) e 8% de origem litobioclástica (teor de CaCO3 entre 30 e 50%),

1Graduação em Oceanografia em andamento na Universidade Federal do Ceará

2Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária em andamento na UniFanor Wyden

3Pós-graduação em Ciências Marinhas Tropicais em andamento na Universidade Federal do Ceará

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Pereira, A. D. S.¹; Nascimento, L. S.¹; Costa, G.B.²; Fernandes, G.M.³; Martins, D. de A.³; Cavalcante, R.M.4

demonstrando que os sedimentos são muito provavelmente originados in situ, com pouca contribuição terrestre. Os teores de matéria orgânica se mantiveram dentro do esperado para a plataforma continental que de acordo com Saliot (1994) varia entre 0,28 e 3,2%. O ponto S98 apresentou a maior porcentagem dentre os pontos estudados, chegando a 2,9%, enquanto o ponto S97 apresentou o menor valor de 0,25%. Analisando a granulometria e os teores de MO, verifica­se que há uma forte correlação positiva, enquanto há uma correlação bastante fraca entre o teor de matéria orgânica e o teor de carbonato de cálcio. Pode­se perceber, assim, que a matéria orgânica é mais bem retida em sedimentos mais finos, como afirma a literatura. Além disso, o rio Acaraú pode não ter contribuição considerável nos sedimentos que recobrem a plataforma adjacente podendo tanto reter sedimentos no estuário como também exportar para plataformas continentais de cidades a oeste da sua foz, seguindo o sentido de dispersão da pluma.

PALAVRAS­CHAVE: MATÉRIA ORGÂNICA, PLATAFORMA CONTINENTAL, SEDIMENTOS SUPERFICIAIS

1Graduação em Oceanografia em andamento na Universidade Federal do Ceará

2Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária em andamento na UniFanor Wyden

3Pós-graduação em Ciências Marinhas Tropicais em andamento na Universidade Federal do Ceará

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Pereira, A. D. S.¹; Nascimento, L. S.¹; Brito, C. D. A.¹; Ferreira, T. P.¹; Alves, R. S.²; Silva, A. R. F.²

O fósforo é um elemento químico com cerca de 0,1% de abundância na crosta terrestre, sendo 95% dele encontrada na forma do mineral apatita. Apesar da baixa concentração, esse elemento é essencial para a manutenção da vida, sendo introduzido no grupo dos nutrientes essenciais, uma vez que participa de processos básicos como a fotossíntese, atuando também nos processos de conversão de energia no sistema biológico e estando, ainda, contido na matéria orgânica. Assim, o entendimento do seu ciclo biogeoquímico, principalmente nas zonas costeiras, se faz extremamente relevante principalmente tendo em vista a pressão antrópica nesses ambientes. Em compartimentos aquáticos o fósforo pode se apresentar nas formas dissolvida e particulada, sendo a forma inorgânica e dissolvida a mais disponível para a biota e consequentemente a mais assimilada nos processos de fotossíntese. A razão atômica dos elementos encontrada no plâncton marinho encontrada por Redfield et al. (1963) é de C106N16P, sendo recentemente revisada para 117:14:1 (C:N:P) por Benitez­Nelson (2000), mostrando a biodisponibilidade de fósforo no sistema marinho. Além das entradas naturais de fósforo para os sistemas costeiros através do intemperismo de rochas e solos e transporte pelos rios, também contribuem as deposições atmosféricas. No entanto, a presença de atividades humanas também se constitui uma fonte de fósforo advindo tanto de processos metabólicos como de atividades industriais ou agricultura pelo uso de fertilizantes. Assim, os rios agem como uma importante fonte de fósforo natural para o mar, apesar de grande parte do fósforo transportado em vias fluviais ficar retido nos estuários tropicais nos mangues. Os emissários submarinos também podem contribuir com entradas de fósforo para as águas de plataforma continental, tendo em vista que são constituídos por dejetos humanos e o esgoto sanitário contem resíduos de detergentes ricos em fósforo. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi quantificar as concentrações de diferentes formas de fósforo em águas superficiais no lançamento de efluente do rio Ceará e do emissário submarino de Fortaleza. As amostras foram coletadas em três pontos de cada área amostral durante uma campanha do PRONEM e acondicionadas em garrafas âmbares, posteriormente colocadas em freezer para análise. As análises foram realizadas no Laboratório de Biogeoquímica Costeira (LBC/UFC). Tanto o fósforo total como o total dissolvido foram feitas segundo metodologia adaptada por Graushoff et al. (1999). O fósforo total foi determinado nas amostras de água não filtradas, levadas à autoclave para tratamento por via úmida utilizando solução de persulfato de potássio para a oxidação das possíveis formas orgânicas do elemento na amostra, enquanto o fósforo total dissolvido foi obtido através da filtração da amostra em filtro de 0,45 µm. O fósforo total particulado foi determinado pela diferença entre o fósforo total e o fósforo total dissolvido. A detecção final das concentrações das formas de fósforo foi realizada na extração do elemento com a mistura de molibdato de amônio e tartarato de amônio em meio ácido que forma um complexo de forfomolibdato. Após esses procedimentos, a concentração foi determinada por espectrofotometria na faixa do visível a 880 nm. Para

1Graduação em Oceanografia em andamento na UFC

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Pereira, A. D. S.¹; Nascimento, L. S.¹; Brito, C. D. A.¹; Ferreira, T. P.¹; Alves, R. S.²; Silva, A. R. F.²

a foz do rio Ceará as concentrações de fósforo dissolvido se mostraram similares (0,55 – 0,58 µM) enquanto as concentrações de fósforo total se distribuíram ao longo da região estuarina (0,8 – 0,98 µM). Para o emissário submarino obteve­se resultados de fósforo total variando de 0,69 a 1,78 µM e de fósforo dissolvido de 0,32 a 1,06 µM. Para a foz do rio Ceará verificou­se que o fósforo dissolvido, nos três pontos, equivale a mais de 50% do fósforo total, enquanto no emissário apenas o ponto E2 apresentou predominância da fração dissolvida. Para os pontos do emissário verificou­se que o ponto com maior predominância de fósforo se localiza logo à frente do despejo do material, com as áreas adjacentes tendo concentrações reduzidas, que pode indicar uma rápida retirada de fósforo (principalmente na forma dissolvida) através da assimilação por organismos fitoplanctônicos, enquanto que no rio Ceará as concentrações são constantes e seguem o fluxo da pluma do rio, que pode indicar baixa atividade primária na região. Os valores se mostraram dentro do esperado para a costa do Ceará, segundo concentrações obtidas por Becker (2001) em 1998, que vão de < 0,01 a 1,54 µM, exceto o ponto de saída do material do emissário, demonstrando que a contribuição de fósforo provindo do emissário pode ter aumentado ao longo dos anos. Agradecimentos ao Laboratório de Biogeoquímica Costeira e ao projeto CONPLACE do PRONEM.

PALAVRAS­CHAVE: FÓSFORO, EMISSÁRIO SUBMARINO, RIO CEARÁ, PLATAFORMA CONTINENTAL

1Graduação em Oceanografia em andamento na UFC

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Araújo, C.. A1.; Lima, A.D. M1; Rocha-Barreira, C. A.3

A biodiversidade de moluscos marinhos na costa do Brasil é considerada subestimada quanto à sua riqueza de espécies. No passado, expedições científicas realizadas na plataforma continental brasileira foram de grande importância para o levantamento da fauna. Mais recentemente, estudos com a finalidade de conhecer a fauna e prospectar seu potencial como recurso pesqueiro tem também contribuído para o conhecimento desta biodiversidade, bem como das características ecológicas deste ecossistema. O Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva (REVIZEE) foi coordenado pelo Ministério do meio Ambiente e foi iniciado em 1995. Este programa contou com a participação de inúmeras universidades e instiutições de pesquisa com o objetivo central de realizar um levantamento dos potenciais sustentáveis de captura dos recursos vivos na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) brasileira. Visando a sua implementação operacional, a ZEE brasileria foi dividida em quatro grandes regiões, de acordo com suas características oceanográficas, biológicas e tipo de substrato dominante (Norte, Nordeste, Central e Sudeste­Sul). No contexto do Programa REVIZEE Nordeste, foram realizadas expedições em quantro períodos distintos (agosto­outubro de 1995, janeiro­abrilde 1997, abril­julho de 1998 e setembro­dezembro de 2000), estendendo­se da foz do rio Parnaíba, no Piauí, à Baía do Todos os Santos, na Bahia. As amostras para esta pesquisa foram coletadas pelo Navio Oceanográfico “Antares” da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil. As coletas foram realizadas utlizando­se uma draga retangular de ferro com capacidade de 70 litros de sedimento, sendo revestida internamente por uma malha de 0,5mm, e externamente, por uma malha de 20mm, para proteção da malha interna. Foi convencionado 60 litros como volume padrão, por ser este valor o obtido em quase todas as dragagens. As amostras coletadas foram fixadas em formol à 10% e, posteriormente, transferidos para álcool 70% até o momento do processamento. Embora o Programa REVIZEE tenha sido finalizado e seus principais resultados já tenham sido disponibilizados, muito das amostras da macrofauna bentônica ainda encontra­se depositado em laboratórios de instituições participantes aguardando a finalização de sua análise. Assim, este estudo teve como objetivo de identificar a malacofauna coletada nas expedições REVIZEE­NE I e REVIZEE­NE II, depositada no Laboratório de Zoobentos do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará, e contribuir para o conhecimento da biodiversiade deste grupo ao longo da ZEE nordestina. Amostras foram