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Mercado de Trabalho no Concelho de Vila Velha de Ródão

No Concelho de Vila Velha de Ródão não existe emprego em sociedades maioritariamente estrangeiras, em actividades de Tecnologia Informação e Comunicação (TIC), nem em indústrias transformadoras de média e alta tecnologia. A proporção de emprego mais elevada é nas sociedades anónimas (56), seguindo-se o emprego nos serviços intensivos em conhecimento com uma proporção de 37.

Proporção de emprego mais elevada nas sociedades anónimas

Quadro 61 - Proporção de Emprego no Concelho de Vila Velha de Ródão, 2003 Proporção de emprego em sociedades anónimas Proporção de emprego em sociedades maioritariamente estrangeiras Proporção de emprego dos serviços em serviços intensivos em conhecimento Proporção de Proporção de emprego da emprego total indústria em actividades transformadora em

TIC indústrias de média e alta tecnologia

56 - 37 - -

Fonte: INE, Ficheiro de Unidades Estatísticas; Ministério da Justiça, Gabinete de Política Legislativa e Planeamento.

Quanto a alguns indicadores do mercado de trabalho, é possível referir que a taxa de trabalhadores por conta de outrem (TCO) é mais elevada em estabelecimentos com mais de 250 trabalhadores, 43,2% (a mesma taxa em estabelecimentos com menos de 10 trabalhadores é de 23,9%).

Situando o ganho médio mensal nos 1.060€, as disparidades nestes ganhos são as seguintes: 29,1% por sexo, 58,8% por escalão de empresa e 42,2% por sector de actividade.

Quadro 62 - Indicadores do mercado de trabalho em Vila Velha de Ródão, 2002

Taxa de TCO em Taxa de TCO em Disparidade no Disparidade no Ganho Disparidade no estabelecimentos com menos de 10 trabalhadores estabelecimentos com mais de 250 trabalhadores médio mensal ganho médio mensal por sexo

ganho médio ganho médio mensal mensal por escalão por sector de

de empresa actividade

% %

23,9 43,2 1 060 29,1 58,8 42,2

Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), Quadros de Pessoal.

Considerando a distribuição percentual dos trabalhadores por conta de outrem por sector de actividade, denota-se que, em 2002, 55% destes trabalhadores localizava-se no sector secundário, 39% no terciário e apenas 6% no sector primário. 55% de trabalhadores por conta de outrem no sector secundário

Gráfico 28 - Trabalhadores por conta de outrem segundo o sector de actividade, 2002

6% 55% 39% Primário CAE:A-B Secundário CAE:C-F Terciário CAE:G-Q

Relativamente ao ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, esse valor é menor no sector primário (401€) e mais elevado, com uma diferença superior a 1.000€, no sector secundário (1.459€).

Diferenças salariais por sector

No entanto, ressalve-se o facto de que estes valores salariais são atribuídos a indivíduos que trabalham nas empresas localizadas no concelho, nomeadamente grandes empresas, independentemente de aí residirem ou não. Assim, este valor traduz-se num capital financeiro que pode, por um lado, não estar associado a rendimentos investidos, unicamente, em Vila Velha de Ródão e, por outro, distorcer a expressão média dos ganhos mensais dos próprios residentes.

Gráfico 29 - Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem (€)

401

1459

589 Primário CAE:A-B Secundário CAE:C-F Terciário CAE:G-Q

Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), Quadros de Pessoal.

No quadro seguinte, é possível observar as diferenças no número de trabalhadores e no ganho médio mensal por sexo em cada sector de actividade. Deste modo, é no sector secundário que a diferença entre o número de trabalhadores por conta de outrem do sexo masculino e feminino é maior (307 homens e 47 mulheres), nos restantes sectores apesar de existirem sempre mais homens que mulheres, essa diferença é mais ténue.

Forte incidência masculina no sector secundário

Quanto a diferenças salariais, os ordenados dos homens são sempre mais elevados do que os das mulheres, sendo novamente ao nível do sector secundário que essa diferença se mais faz notar, uma vez que os homens ganham mensalmente em média 1.523€ e as mulheres 1.039€. Em termos totais, existem 231 trabalhadores a mais do sexo masculino em relação ao feminino, ganhando os homens em média mais 661€ por mês do que as mulheres.

Homens com remunerações superiores às mulheres, sobretudo no sector secundário

Quadro 62 - Trabalhadores por conta de outrem e ganho médio mensal, segundo sector de actividade e o sexo – Vila Velha de Ródão, 2002

Total Primário CAE:A-B Secundário CAE:C-F Terciário CAE:G-Q

HM H

Diferença entre H. e

M.

M HM H M HM H M HM H M Trabalhadores por conta de

639 435 204 231 38 23 15 354 307 47 247 105 142 outrem

Ganho médio mensal dos

1 060 1 271 610 661 401 438 344 1 459 1 523 1 039 589 715 495 trabalhadores por conta de

outrem (€)

Fonte: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), Quadros de Pessoal.

4.2.PERFIL ECONÓMICO DA POPULAÇÃO RESIDENTE

Neste ponto pretende-se apresentar os traços gerais que definem o perfil da população residente com e sem actividade económica.

Neste sentido, é importante apresentar, desde já, a estrutura da população residente no que concerne à situação perante o trabalho. Conforme se observa no quadro seguinte, o peso da população economicamente inactiva, no total da população residente, é bastante elevado (63,6%), sendo apenas de 36,4 a percentagem de população economicamente activa.

63,6% de residentes sem actividade económica, com destaque para o sexo feminino

Quanto a diferenças entre géneros, a taxa de inactividade é superior junto das mulheres (72,4%, enquanto que a dos homens é de 54%).

Quadro 63 - Perfil Económico da População Residente

População População População

Residente Economicamente Economicamente Activa Inactiva

N N % N %

H 1965 904 46,0 1061 54,0 M 2133 588 14,3 1545 72,4 Total 4098 1492 36,4 2606 63,6 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação - 2001

(Resultados Definitivos)

Uma leitura transversal do Quadro seguinte permite verificar que, dos 3.783 indivíduos residentes com 15 ou mais anos, cerca de metade é economicamente dependente do Estado (existindo 1.827 pessoas a usufruir de subsídios ou reformas – 48,3%). Cerca de 48% da população com mais de 15 anos é dependente do Estado

Neste contexto, e tendo presente o acentuado cenário de envelhecimento demográfico que existe em Vila Velha de Ródão, verifica-se que o "grupo dos activos" que suportam, quer o peso dos seus ascendentes idosos, quer o

encargo dos seus descendentes – crianças e jovens – é reduzido, representando apenas 1/3 da população total.

Quadro 64 - População Residente, com mais de 15 anos, por Principal Meio de Vida, em V. V. Ródão, em 2001

Meio de Vida Total Homens % Mulheres %

Trabalho 1301 814 44,6 487 24,9

Rendimentos da propriedade e da

empresa 10 6 0,3 4 0,2

Subsídio de desemprego 56 31 1,7 25 1,3 Subsidio temporário por acidente

trabalho ou doença profis. 4 4 0,2 0 0,0 Outros subsídios temporários 7 2 0,1 5 0,3 Rendimento mínimo garantido 2 2 0,1 0 0,0 Pensão / Reforma 1749 825 45,2 924 47,2

Apoio Social 9 5 0,3 4 0,2

A cargo da família 594 117 6,4 477 24,4

Outra Situação 51 21 1,1 30 1,5

Total 3783 1827 100,0 1956 100,0

Fonte: INE, Censos 2001